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terça-feira, 20 de setembro de 2022

O ódio recalcado da elite de esquerda pelo povo que vai às ruas contra Lula - J. R. Guzzo

Gazeta do Povo - VOZES


O ódio recalcado da elite de esquerda pelo povo que vai às ruas contra Lula - Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senad

As manifestações populares em massa do dia Sete de Setembro, quando mais de 1 milhão de cidadãos cobriram as ruas de verde e amarelo, por livre e espontânea vontade, para declarar o seu apoio e o seu voto em favor ao presidente Jair Bolsonaro, tiveram de imediato um efeito altamente instrutivo para o entendimento do Brasil como ele é. Trouxeram à plena luz do sol, mais que em qualquer momento recente, um fato essencial da vida política deste país: o horror puro, simples e recalcado da elite em geral, e da esquerda em particular, pelo povo brasileiro
Em geral isso é escondido por trás de filosofança hipócrita, barata e pretensiosa, em seminários de ciência política e em mesas redondas com “especialistas” na televisão. Desta vez, porém, ficou escancarado demais, e declarado em todas as letras. É mais do que horror - é ódio mesmo.

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É indiscutível que a multidão toda que estava na rua no dia Sete de Setembro era o povo brasileiro. 
Se não era, de onde teria vindo, então, toda aquela gente – de Marte? Também é indiscutível a tempestade de ira que a presença do povo na praça provocou de imediato na esquerda. 
O ex-presidente Lula foi o mais insultuoso: comparou as manifestações a uma ”reunião da Ku Klux Klan”, a sociedade secreta dos racistas norte- americanos (ou “Cuscuz Klan”, pelo que deu para entender do que ele disse.) 
É isso o que Lula pensa do povo do Brasil quando este povo se declara contra ele – é tudo “racista”. 
 Já o ministro Luís Roberto Barroso disse que os manifestantes eram “fascistas” – segundo ele, o dia Sete de Setembro serviu para mostrar “o tamanho do fascismo” no Brasil
A mídia se cobriu de editoriais aflitos com a “ameaça à democracia” representada pelo fato de que a população foi às ruas de todo o país, em demonstrações sem um único ato de desordem ou incidente de qualquer tipo.

Em geral isso é escondido por trás de filosofança hipócrita, barata e pretensiosa, em seminários de ciência política e em mesas redondas com “especialistas” na televisão

O fato, e esse é o único fato que interessa, é que na comemoração dos 200 aos da independência do Brasil o povo brasileiro cometeu o crime de ir para a rua sem pedir licença à Lula, aos ministros do STF, aos jornalistas e ao resto da elite
Pronto: está tudo amaldiçoado como manifestação de extrema direita – racista, fascista e “antidemocrática”.  
O que poderia provar com mais clareza o ódio deles todos pelo povo? 
A possibilidade de Lula levar às ruas do Brasil uma multidão comparável é zero.  
Ele e PT sabem perfeitamente disso. Resultado: reagem automaticamente, então, com a hostilidade compulsiva por tudo o que não está debaixo das suas ordens.  
Como não podem dizer que aquela massa toda não era o povo brasileiro, dizem que o povo brasileiro está errado em sair à praça pública para manifestar as suas preferências políticas. 
A democracia que defendem para o Brasil é isso. O adversário não pode abrir a boca.
 
A dificuldade, para Lula e para a esquerda, é que a população de verdade só vai mesmo para rua para se manifestar contra ele e, neste momento, a favor do presidente da República. 
Lula, na verdade, não sai jamais – e nem o PT consegue juntar gente para uma manifestação de massa, além de umas miseráveis aglomerações com a do lançamento da sua “Carta aos Brasileiros”. 
Ficam fechados com grupinhos de sindicalistas, artistas e mais do mesmo; é este o seu mundo. 
É extraordinário, positivamente, que o candidato que se apresenta como “popular” não possa ir, sequer, a um estádio de futebol, porque tem medo de levar vaia; não foi a um único jogo Copa de 2014 no próprio Brasil, em pleno reinado de Dilma Rousseff e do seu partido.  
Na ocasião ficou escondido em casa. Hoje, com o mesmo medo de aparecer em público, chama de racistas os brasileiros que não querem votar nele.
 
J. R. Guzzo, colunista - Gazeta do Povo - VOZES