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sábado, 15 de julho de 2023

Só ditaduras fazem isso… - Rodrigo Constantino

Gazeta do Povo 


  Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.

“Eu voltei não porque eu quis voltar, mas porque o povo voltou junto comigo. Para recuperar a democracia e a qualidade de vida do povo. Há muito pouco tempo o Brasil conheceu o que é o fascismo. Em quatro anos vimos como se destrói a democracia. Espero que a gente tenha aprendido a lição de que é a democracia que nos permite viver na diversidade”, disse o presidente Lula em evento da UNE, o mesmo em que o ministro Barroso confessou que eles derrotaram o fascismo, o bolsonarismo.

Só em ditaduras fascistas se tem censura, perseguição, mandatos cassados, disse Barroso
Lula e Barroso venceram. Você, o fascista, perdeu, seu mané
Durante os anos fascistas da gestão de Bolsonaro, não houve qualquer censura, é verdade. Já hoje, com a democracia vitoriosa, temos vários jornalistas censurados pelo STF. Mas é coincidência.
 
No governo Bolsonaro, a imprensa fez o que quis, chamou o presidente de genocida, desejou abertamente sua morte, e nada aconteceu
A liberdade de imprensa foi absoluta durante o fascismo brasileiro. 
Já na democracia vitoriosa de hoje, a Jovem Pan vem sendo perseguida até pelo Ministério Público, e há enorme pressão contra veículos independentes ou comentaristas críticos ao governo ou STF.
 
Deltan Dallagnol teve seu mandato cassado, mas não foi durante o fascismo, e sim na democracia robusta de agora
A turma no governo fala em cassar os mandatos de Nikolas Ferreira, Eduardo Bolsonaro, Carla Zambelli e outros, para cada caso com um pretexto diferente. Durante o fascismo, ninguém foi cassado.
 
Durante o fascismo, que em teoria é um conluio totalitário entre governo grande, sindicatos e grandes corporações corruptas, não houve escândalo de corrupção, o estado foi reduzido por reformas liberais, os sindicatos perderam boquinhas e as grandes empreiteiras ficaram afastadas das estatais
Agora que a democracia está de volta, tudo isso vem sendo revertido, e até a Odebrecht já pode negociar com a Petrobras novamente.
 
Fascismo é um governo autoritário que concentra tudo no estado. Durante o fascismo bolsonarista, houve mais autonomia para os estados e municípios, e o lema do ministro Paulo Guedes era "mais Brasil e menos Brasília". 
Agora que a democracia voltou, tudo passa novamente por Brasília, e a reforma tributária aprovada na Câmara sem leitura dos parlamentares, mas com bilhões do orçamento secreto, caminha nessa mesma direção do centralismo.

Se um alienígena chegasse de Marte hoje, ele poderia jurar, lendo as definições num dicionário, que a democracia pujante que temos agora se assemelha bem mais com o fascismo histórico do que o fascismo bolsonarista, onde reinava incrível liberdade democrática.

Mas são apenas definições ultrapassadas, claro. 
Quem define o que é fascismo e democracia é Lula, Alexandre, Barroso. E este já disse: "Nós vencemos, derrotamos o bolsonarismo". Viva a democracia! Viva Cuba! Viva Venezuela! Viva Nicarágua! Viva China!  
E viva o direito inalienável de ser feito de palhaço!!!

Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo


segunda-feira, 12 de dezembro de 2022

Um conjunto de barbaridades econômicas - Ubiratan Jorge Iorio

Revista Oeste

Como pensar em austeridade se a PEC da Transição, do Lula ou da Gastança vier a ser aprovada à velocidade da luz por uma legislatura em fim de mandato? 

O país está sendo sacudido por forte turbulência institucional, em que se acirram os conflitos entre os Poderes e em que algumas instituições — cuja própria razão de existência é a garantia da normalidade — vêm sistematicamente atuando, a um andamento cada vez mais acelerado, justamente para estimular a anormalidade, a insegurança e as anomalias, seja pelas omissões e covardia do Congresso, especialmente por parte dos presidentes de suas duas Casas, seja por uma sucessão já longeva e intolerável de ações absolutamente descabidas do Judiciário, merecedoras sem dúvida de estudos psiquiátricos.

Foto: Montagem Revista Oeste/Shutterstock

Foto: Montagem Revista Oeste/Shutterstock 

Há 40 dias, completamente ignorados e até criminosamente desqualificados pela imprensa tradicional, muitos milhares de brasileiros vêm se postando nas portas dos quartéis, expostos a sol, chuva, calor e frio, clamando pelo restabelecimento da normalidade, manifestando o seu descontentamento com a bagunça generalizada, queixando-se da possibilidade real de um homem condenado por unanimidade em todas as mil e uma instâncias da Justiça — e posto em liberdade por filigranas, arabescos e rococós jurídicos — voltar a presidir o país, protestando contra a supressão de liberdades básicas como a de livre expressão, reclamando da falta de transparência e da consequente desconfiança em relação à imparcialidade de quem teria de ser isento na condução do processo eleitoral e indignando-se com o despotismo e arrogância de algumas autoridades do Judiciário, que, segundo eminentes, probos e respeitados juristas, vêm extrapolando flagrantemente suas atribuições e finalidades. Até este momento, ninguém sabe como e quando o Estado de Direito e a estabilidade das instituições serão restabelecidos.

As causas da instabilidade são conhecidas por qualquer cidadão bem informado, que não se deixa manipular pela velha imprensa, e este artigo não pretende esmiuçá-las. O que desejo enfatizar é que, nas circunstâncias atuais, não podemos ignorar os efeitos contagiosos da insegurança jurídica e da baderna política sobre a economia — entendida não como aqueles elegantes modelos teóricos que dão aparência de ciência aos livros e fascinam a maioria dos economistas —, mas às atividades econômicas do mundo real, às incontáveis decisões tomadas por milhões de seres humanos que compram, vendem, poupam, investem, fazem planos, abrem e fecham empresas, exportam, importam, fazem Pix, enfim, que realizam transações.

Em frente ao Comando Militar do Sudeste, em São Paulo, 
manifestantes protestam contra o resultado da eleição presidencial 
pedindo ajuda das Forças (24/11/22) | Foto: Shutterstock

Essa multidão de agentes busca incessantemente objetivos individuais, em que cada um sempre procura obter a maior satisfação possível, avaliando os meios para que possa ter êxito e com base no conhecimento de que dispõe. É incontestável que os indivíduos, para que possam empregar com eficácia seus conhecimentos na elaboração de seus objetivos, devem procurar estar em condições mínimas de prever as ações do Estado que podem afetar seus propósitos. Em outras palavras, as decisões econômicas, desde as mais simples, como a de comprar um aparelho de TV, até as mais importantes, como a de trocar de emprego ou abrir um negócio, dependem, obviamente, de fatores puramente econômicos, mas também daquilo que podemos, generalizadamente, denominar de “ambiente”, composto do conjunto de leis, normas, regulamentos, confiança, desconfiança, segurança e insegurança física e jurídica e outros elementos.

Em quadros de instabilidade institucional, como o que se está verificando nestes dias, é inequívoco que a importância desses componentes ambientais aumenta em relação à dos fatores meramente econômicos. Por isso, acredito que a tarefa dos economistas nesse contexto precisa ser mais abrangente do que aquela que normalmente desempenham em períodos em que prevalecem circunstâncias de normalidade nas instituições.

Não basta analisar se a famigerada PEC do Lula vai fazer a taxa Selic subir ou cair x% ou y%, o PIB aumentar ou diminuir w% ou z%, nem se a inflação, ou o dólar, ou o desemprego vão para a lua, Mercúrio ou Marte. Exige-se muito mais do que isso. Quando existe risco de ruptura institucional, é preciso ligar o farol de milha e buscar análises mais penetrantes, que contemplem a interdependência entre os fenômenos econômicos, políticos, geopolíticos, jurídicos, éticos, morais, sociológicos e históricos, entre outros. Para simplificar, podemos agrupar todos esses fenômenos em três grandes sistemas, o econômico, o político e o ético-moral-cultural.  
Cada um apoia-se nos outros dois e, quando um dos três entra em colapso, a sociedade torna-se instável. 
Nada de errado que os economistas se manifestem sobre taxas de juros, metas fiscais, inflação, desemprego e quaisquer outros fenômenos econômicos, mas só isso não basta. 
As relações entre economia, política e ética no mundo real são muito mais complicadas do que muita gente imagina e em ocasiões como a atual são muito mais relevantes.

No último artigo aqui em Oeste enfatizei o perigo da chuva de incertezas que a vitória do candidato do PT desencadeou na economia. Neste, vou tratar de algumas certezas, porque elas também existem e, infelizmente, porque nenhuma é agradável. Vou me limitar a cinco delas, que considero as mais importantes.

A primeira é que soa como uma enorme ingenuidade, como um sentimento quase infantil, acreditar que a simples indicação de algum economista ligado ao mercado financeiro para ser o futuro ministro da Fazenda do candidato que o TSE declarou ter sido eleito vai “acalmar” o mercado e que isso vai produzir bons resultados. 
Não basta levar um cavalo para beber água num rio; é preciso que o rio não esteja seco. 
E sabemos que no rio do PT não se encontra uma solitária gota d’água.
‘Se a Bolsa cair, paciência’, disse Lula, na COP27 - 
  [hoje, com a simples 'dipromação' 
do analfabeto eleito, a Bolsa já despencou e o dólar decolou.]
Sem meias palavras, de nada servirá chamar para tomar conta dos cofres públicos um técnico que defenda a responsabilidade fiscal, porque esse técnico vai necessariamente ter de se ajustar a um governo que certamente trata toda e qualquer austeridade com desdém, ou será demitido. 
Como pensar em austeridade se a PEC da Transição, do Lula ou da Gastança vier a ser aprovada à velocidade da luz por uma legislatura em fim de mandato? 
Como acreditar em algum ministro tucano mago das finanças, se, antes de assumir, o eventual futuro governo já está cavando um buraco quase equivalente, em valor, aos R$ 800 bilhões da reforma da previdência, negociada e aprovada a duras penas pelo atual governo? 
E se, em vez de um técnico, o ministro escolhido for um político, como não acreditar que, nesse caso, nem sequer se cogitará de levar o cavalo até a margem do rio?

De nada servirá chamar para tomar conta dos cofres públicos um técnico que defenda a responsabilidade fiscal, porque esse técnico vai necessariamente ter de se ajustar a um governo que certamente trata toda e qualquer austeridade com desdém

A segunda certeza é que não se pode esperar nada de bom — nada, mesmo! — das ideias econômicas do PT.  
Seus economistas vivem nos anos 80 do século passado e suas teses são por demais conhecidas e tresandam naftalina: é Estado para um lado, Estado para o outro, Estado para cima, para baixo, para a frente e para trás. 
Não haverá reformas modernizantes, algumas minirreformas feitas recentemente poderão ser revogadas, privatizações não serão realizadas e algumas em andamento poderão ser interrompidas, “grandes fortunas” serão taxadas, não haverá redução da burocracia e certamente os problemas crônicos que impedem historicamente o crescimento do Brasil, como o sistema tributário e o Estado hipertrofiado e ineficiente, não serão enfrentados corretamente.
 
Essa é a cara do PT e não há motivo para esperar que seja diferente, mesmo porque eles não têm escondido suas intenções de ninguém. 
Os argumentos econômicos utilizados no relatório apresentado no Senado para justificar a PEC da Gastança são um formidável conjunto de barbaridades contra a boa teoria econômica e uma confissão explícita de que não aprenderam nada com os erros que cometeram no passado.
 
A certeza é que, um tempo bem menor do que normalmente se costuma supor, a nossa economia será argentinizada e, em seguida, venezuelizada
É que as cabeças dos economistas e dos políticos do PT e de seus puxadinhos são rigorosamente semelhantes às dos seus pares que vêm destruindo impiedosamente a América Latina. 
Ora, não existem teorias econômicas específicas para cada país, ou aplicáveis apenas a uma região, ou válidas somente em um dos hemisférios, só existem simplesmente teorias certas e teorias erradas. 
E, da mesma forma que uma política econômica baseada em uma teoria boa tem de ser válida em qualquer lugar ou país, uma política baseada em falácias econômicas tem de ser prejudicial em qualquer latitude e longitude. 
Se adotarem mesmo as políticas que vêm anunciando, não receio afirmar que em nove a 15 meses viraremos Argentina e em dois a três anos estaremos bem perto de uma Venezuela
Aliás, esse — criar um clone da antiga União Soviética na América Latina — é o objetivo estabelecido desde 1990 pelo Foro de São Paulo, agora rebatizado de Grupo de Puebla. Ou não é?

Existe uma quarta certeza, que, infelizmente muitos não percebem ainda e tratam como se fosse um devaneio conspiratório, que é a da existência de uma aliança mundial entre comunismo e globalismo, com base na interseção das vocações doentias de ambos para controlar as vidas das pessoas, estabelecer o que é bom ou mau para elas, determinar o que podem ou não falar, escrever, comer, produzir, consumir, enfim, com base no pendor autoritário de um e outro.

Sim, há muitos interesses e pautas comuns entre tiranos pretensiosos do naipe de Klaus Schwab e seus amigos de Davos e da ONU — todos entupidos de reis e de dinheiro em suas barrigas — e sindicalistas tupiniquins sofrendo de abstinência do imposto sindical compulsório
entre os doidos varridos das “mudanças climáticas” e os líderes dos invasores de terras; 
- entre a Agenda 2030, a sigla ESG, o Foro Mundial com sua proposta de abolir a propriedade privada e a implantação da Unasul; [ou maais provavelmente a URSAL.]
- entre o governo da Holanda, que deseja estatizar 3 mil fazendas para que não produzam mais alimentos e os ataques sistemáticos dos progressistas de Macunaíma ao agronegócio brasileiro, que alimenta 20% do mundo; 
- entre os que atacam igrejas e obras de arte na Europa e Estados Unidos e os que fazem o mesmo aqui; 
- entre os discursos patéticos de Macron e os diretores de ONGS e políticos que, há muitos anos, exploram os indígenas no Brasil; 
- entre a permissão para praticar delitos até certo valor mágico na Califórnia e a contemporização e transigência com o crime em nosso país.
 
Caros leitores, já é tempo de pôr na cabeça que não é só a esquerda adoradora de ditadores latino-americanos que está ameaçando a nossa liberdade e que, caso o “descondenado” venha mesmo a subir a rampa, a agenda globalista será acelerada no Brasil. No cardápio, coisas como governo mundial, criptomoeda única, imposto universal, banco central mundial, abolição da propriedade privada, supressão da liberdade de expressão, ideologia de gênero, perseguição ao cristianismo e judaísmo, alimentação à base de carne produzida em laboratório e de insetos, etc. 
Não podemos ser tão loucos a ponto de duvidar da extensão da loucura dessa gente.

Por fim, há uma quinta certeza, que é do conhecimento de todos: o estado atual das coisas no Brasil não pode continuar por muito tempo. Toda essa instabilidade, incerteza, tensão, apreensão, ansiedade, todos os milhares de pessoas pedindo algum tipo de socorro em frente aos quartéis, todas as investidas do Judiciário sobre os outros Poderes, todo esse ambiente de medo, de supressão da liberdade, de boatos, todo esse sobe e desce emocional, tudo isso, afinal, vai ter de ter um fim, simplesmente porque nenhuma sociedade pode funcionar nessas condições. 

Não se sabe o que vai acontecer, o que se deve esperar é que os macacos dos Três Poderes principalmente os do Judiciário sejam levados de volta aos seus devidos galhos e obrigados a lá permanecerem e que o retorno à normalidade se dê o mais rapidamente possível. 

Leia também “Retomando o caminho para a miséria”

Ubiratan Jorge Iorio é economista, professor e escritor
Instagram: @ubiratanjorgeiorio
Twitter: @biraiorio

Revista Oeste


domingo, 4 de dezembro de 2022

Faltou combinar com o povo - Revista Oeste

Rodrigo Constantino

Que eleição foi essa em que o árbitro escolhe um lado de forma tão escancarada e apela até para a censura para blindar seu companheiro? 

 
 Rampa do Planalto, Brasília | Foto: Montagem Revista Oeste/Shutterstock
 Rampa do Planalto, Brasília | Foto: Montagem Revista Oeste - 
Shutterstock
Ao julgar pela velha imprensa, Lula foi eleito de forma absolutamente normal e inquestionável, não deve nada à Justiça, e devemos debater com toda a seriedade do mundo os nomes que ele prepara para formar seus ministérios e suas equipes, como se ninguém mais lembrasse do que ele fez no verão passado. 
 É como se todos tivessem vindo de Marte e nunca tivessem tomado consciência de quem é Lula e do que fez o seu PT com o Brasil.

O povo nas ruas não quer saber desse teatro chinfrim, dessa palhaçada toda. Está mais interessado em voltar algumas casas e debater todo o processo, clamando por transparência. O povo quer saber, por exemplo, como pode um ministro do STF agir de forma tão ilegal e ficar por isso mesmo.  
Como podem esses ministros supremos terem soltado Lula e o tornado elegível com base em malabarismos patéticos?
 
Em seguida, o povo questiona todo o processo eleitoral, opaco, centralizado, comandado por um ministro totalmente partidário que fez tudo para proteger Lula e perseguir Bolsonaro
Que eleição foi essa em que o árbitro escolhe um lado de forma tão escancarada e apela até para a censura para blindar seu companheiro? Isso é coisa de país normal, republicano?

Meu colega de revista Guilherme Fiuza tem sido uma das vozes mais enfáticas ao apontar para esse teatro do absurdo que estamos vivendo no Brasil. Ele comentou: “Brasileiros de norte a sul reagem à tramoia — expostos a chuva, sol, bombas de gás e perseguição judicial. Brasileiros de norte a sul abandonados pelas instituições e aviltados pelos cínicos clamam pelo cumprimento da lei. Ainda há autoridade no país disposta a cumprir a lei?”.

Em outro comentário, Fiuza desabafou: “Não é que a eleição tenha sido roubada. A questão é que a urna brasileira tem vontade própria — e a liberdade de escolha dela é garantida pelo TSE. Se as nossas urnas curtem um amor bandido, isso é problema delas. A dúvida é se os brasileiros vão aceitar bancar essa lua de mel”.

O PT não tem aliados, mas, sim, comparsas. Todos que estão em torno de Lula querem participar da divisão do butim da coisa pública, atuar na pilhagem do Estado brasileiro

Por fim, ele fez um alerta importante: “A conduta marginal do STF/TSE, passando por cima dos indícios de irregularidades na eleição e respondendo com tentativas de intimidação, é percebida por milhões de brasileiros como a substituição da lei pela brutalidade. É um caminho perigoso”.

De fato, estão brincando com fogo ao achar que essa parcela da população vai simplesmente engolir o sapo barbudo e fingir que tudo transcorreu dentro da completa normalidade institucional. 

Para calar essa gente indignada, o sistema podre e carcomido tem dobrado a aposta, tentando intimidar os manifestantes, tratados como golpistas e criminosos pela velha imprensa cúmplice dos verdadeiros golpistas.

No “pacotão da democracia”, assim chamado com total escárnio e deboche, os petistas querem criar crimes de “intolerância política” ou “injúria política”, sem falar de “obstrução de via pública”. São os mesmos que defendem o MST, o MTST, os black blocs e até a Antifa, sem falar do lockdown, bancando de repente os preocupados com o “direito de ir e vir”. São os mesmos que defendem a política de desencarceramento de marginais ou soltura de corruptos, querendo prender “criminosos” que simplesmente expressam sua ojeriza por uma quadrilha disfarçada de partido político.

O PT não tem aliados, mas, sim, comparsas. Todos que estão em torno de Lula querem participar da divisão do butim da coisa pública, atuar na pilhagem do Estado brasileiro.  
Alckmin sabia que o ladrão queria voltar à cena do crime; ele apenas resolveu participar dessa volta, auxiliada pelo TSE. 
Os militantes disfarçados de jornalistas simulam normalidade e querem debater a “qualidade” dos nomes indicados, como o mais cotado para assumir a pasta econômica no lugar de Paulo Guedes, o perdedor Fernando Haddad, o pior prefeito que São Paulo já teve.
Querem nos obrigar a fingir que Lula é um presidente eleito normalmente, e que não sabemos do que sua turma é capaz. 
Temos de fechar os olhos para o Foro de São Paulo e o que vem acontecendo nos países vizinhos dominados pela mesma esquerda lulista radical, apoiada abertamente por Lula e seu PT. 
Se Macron já reconheceu a vitória de Lula, então devemos nos curvar e aceitar o teatro mequetrefe montado por esse sistema apodrecido. Resta só combinar com o povo…
 
O gigante acordou, e não está muito interessado em cumprir ordens do Alexandre de forma dócil e passiva. 
Cada vez mais o brasileiro decente e patriota se dá conta do que está em jogo aqui, e não vai tolerar essa palhaçada em nome da “democracia”. São pessoas que não aceitam a ideia nefasta de alguém como Lula, da forma de que foi a eleição, subir a rampa do Planalto e voltar a “governar” como se nada tivesse acontecido. 
São brasileiros que não esqueceram do Mensalão nem do Petrolão só porque Fachin confundiu o CEP do processo legal anos depois
Para essa enorme massa, só há uma maneira de pacificar o Brasil: Fora, Lula!

Leia também “Teatro farsesco”

Rodrigo Constantino, colunista - Revista Oeste

domingo, 27 de novembro de 2022

Teatro farsesco - Revista Oeste

Rodrigo Constantino

Não dá para falar em funcionamento normal das instituições republicanas em nosso país. Não com este STF ativista 

Causa espanto o tom de seriedade com que alguns empresários e jornalistas tratam a “equipe de transição” do presidente eleito, como se ninguém soubesse o que ele fez no verão passado. O presidente da Febraban diz esperar responsabilidade por parte do futuro presidente, enquanto economistas tucanos escrevem cartinhas alertando para os riscos de furar o teto de gastos, logo depois de terem feito o L para apoiar o ladrão.

Alexandre de Moraes, Lula e Luís Roberto Barroso | Foto: Montagem Revista Oeste/Shutterstock/Agência Brasil
Alexandre de Moraes, Lula e Luís Roberto Barroso | Foto: Montagem Revista Oeste/Shutterstock/Agência Brasil 
 
É como se todos eles tivessem chegado de Marte ontem, e nunca tivessem ouvido falar de Mensalão, Petrolão ou Dilma
É como se ninguém ali tivesse a mais vaga ideia de quem seja José Dirceu, ou da essência do PT. 
O jogo de cena chega ao absurdo de fingir que Lula nem foi condenado, e depois solto por um grotesco malabarismo supremo. Temos todos de participar do simulacro, caso contrário seremos rotulados de golpistas.
Jornais de esquerda, como a Folha de S.Paulo, chegam a mencionar a simbiose de Lula com empresários corruptos como “conflitos éticos”, e a indecente carona no jatinho de um companheiro como “deslize aéreo”
O Orçamento secreto, demonizado até ontem, virou “emenda de relator”, e o centrão se transformou em base aliada”. 
As manifestações contra o opaco processo eleitoral são chamadas de “atos antidemocráticos”, enquanto a censura imposta pelo TSE virou “defesa da democracia”. 
Quando alguém emite uma opinião diferente do consórcio da mídia é logo chamado de criminoso.
E o cidadão de bem virou um “mané”, assim descrito pelo próprio ministro Barroso com aplausos de inúmeros jornalistas.
 
Guilherme Fiuza descreveu a farsa em curso: “Como você já reparou — e, se não reparou, repare logo antes que seja tarde —, a moda é pisotear a democracia fingindo defendê-la
No Brasil, o TSE deixou de ser um Tribunal Eleitoral (o que já era exótico) e virou um comando policial, com poderes especiais que ninguém lhe conferiu, mas ele exerce assim mesmo. 
A apoteose dessa democracia de mentirinha foi a decisão solitária (e suficiente) do ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE, de bloquear recursos bancários de vários dos maiores produtores agrícolas do país”.
O PT chega com sua carranca horrível, e já estamos acostumados com sua ameaça. Risco maior vem de quem faz pose de sério, de empresário respeitável, de jornalista imparcial, de estadista, e logo em seguida repete que tudo está absolutamente normal no Brasil.  
Não dá para falar em funcionamento normal das instituições republicanas em nosso país. 
Não com esse STF ativista e com ministros que insistem em cometer crimes quase diariamente, abusando e muito de seu poder constitucional. 
Não como uma eleição sem qualquer transparência, repleta de suspeitas, e com o TSE tentando interditar o debate e impedir os questionamentos legítimos.

Jamais poderão nos obrigar a tratar como normal aquilo que é claramente surreal e digno de uma republiqueta das bananas

J.R. Guzzo considera que, “como nos tempos do AI-5, as instituições brasileiras pararam de funcionar”. Para ele, o “Brasil se acostumou a viver na ilegalidade e não há sinais, até agora, de nenhuma reação efetiva contra isso — declarações de protesto, manifestações na frente dos quartéis, críticas aqui e ali, mas nada que mude o avanço constante do regime de exceção imposto ao país pelo Poder Judiciário. As autoridades cumprem ordens ilegais. Os Poderes Executivo e Legislativo não exercem mais suas obrigações e seus direitos. As instituições pararam de funcionar”.

Alexandre Garcia, outro respeitado jornalista da velha guarda, alega que o “Estado de Direito já ficou para trás no Brasil”. Garcia usa como base o comentário do vice-presidente Mourão, para quem “o pacto federativo foi violado”, concluindo que o Brasil está em estado de exceção. Alexandre de Moraes convocou comandantes de PMs e chefes de Detrans, que são subordinados aos governadores, provavelmente para tratar da liberação das vias de trânsito, que estão sob a jurisdição deles. O grau de ingerência passou de qualquer limite aceitável.

Mas é exatamente isso que o sistema podre e carcomido quer que todos nós aceitemos sem nenhuma liberdade para criticar ou apontar a farsa: que o Brasil teve eleições com total lisura e transparência, comandadas por um ministro imparcial e justo, e que a maioria do povo elegeu um sujeito sem nenhum problema legal, que não deve nada à Justiça. 
Quem estiver inconformado com essa situação bizarra é um golpista, um antidemocrático. 
Agora é hora só de debater a qualidade da equipe de transição, para avaliar se Lula vai ser prudente e moderado. É uma piada!
 
Não contem comigo para esse teatro farsesco. Se o sistema se mostrar mais forte do que o povo, então os brasileiros serão obrigados a engolir o sapo barbudo. 
Mas jamais poderão nos obrigar a tratar como normal aquilo que é claramente surreal e digno de uma republiqueta das bananas. 
O Brasil virou terra sem lei, com enorme insegurança jurídica provocada justamente por quem deveria ser o guardião da Constituição. 
Encher a boca para repetir que as instituições estão funcionando perfeitamente é tratar o cidadão como otário
No fim do dia, pode até ser que os “manés” sejam subjugados, transformados em escravos
Mas daí a desejar que os “manés” aceitem participar do teatro patético dos “democratas” que bajulam os piores ditadores do planeta e endossam a corrupção vai uma longa distância…

Leia também “A inspeção do restaurante TSE”

Rodrigo Constantino, colunista - Revista Oeste

 

segunda-feira, 10 de outubro de 2022

Checamos o editorial da Gazeta sobre censura - Gazeta do Povo

Guilherme Fiuza

Daniel Ortega e Lula em 2010, durante visita do ditador nicaraguense a Brasília.| Foto: EFE/Fernando Bizerra Jr
 

A “Gazeta do Povo” publicou editorial sobre uma medida do TSE que determinou a remoção de uma postagem feita pelo jornal
Fizemos a checagem do conteúdo do referido editorial. Veja a seguir os trechos verificados (entre aspas) e o resultado, ponto a ponto, da nossa checagem:

1 - “Já faz algum tempo que certas afirmações não podem ser feitas em voz alta no Brasil sem que ‘fiscais da verdade’ e ‘editores da sociedade’ queiram multar, desmonetizar, censurar ou até prender – tudo, claro, em nome da ‘democracia’.”

Checamos: FALSO. Não existem fiscais da verdade no Brasil, país onde ninguém jamais foi multado ou sequer desmonetizado, porque a suprema corte é justa, equilibrada, discreta, sóbria, empática, democrática e nunca permitiria um abuso desses.

Além disso, nós, as milícias checadoras, trabalhamos em tempo integral no Gabinete do Amor e, mesmo quando estamos de home office, nem de longe nos passa pela cabeça censurar alguém.

2 - “(...) o ministro Paulo de Tarso Sanseverino, do Tribunal Superior Eleitoral, acrescentou mais um item à lista de tabus: a amizade que une o ex-presidente, ex-presidiário e ex-condenado Lula ao ditador da Nicarágua, Daniel Ortega, que em seu país aboliu as liberdades religiosa, de expressão e de imprensa.”

Checamos: FALSO. Lula nunca ficou preso em presídio, só numa cela confortável da PF. Também classificamos como conteúdo enganoso a afirmação de que Lula é “ex-presidente”. O correto é “candidato a presidente”.

Lula está chegando agora, não sabia de nada e tem ótimas ideias para o Brasil, que se tudo correr bem serão postas em prática muito em breve. Se tudo correr bem para ele, claro. Nós somos apenas checadores frios e criteriosos, não temos nada com isso.

Sobre chamar Daniel Ortega de ditador, consideramos no mínimo indelicado com um amigo de Lula – e todos sabem a importância que os amigos de Lula têm na História do Brasil.

3 - “Tanto não se pode mais falar disso (a amizade entre Lula e Ortega) em público que Twitter e Facebook foram obrigados, em liminar, a remover cerca de 30 publicações que destacam os laços que unem a dupla. Uma destas publicações foi feita pela Gazeta do Povo em seu perfil no Twitter, ao noticiar a suspensão do canal da rede de televisão CNN no país centro-americano.”

Checamos: FALSO. O TSE jamais faria isso. Jamais obrigaria alguém a apagar alguma coisa – ainda mais o Sanseverino, que é super de boa. Se as plataformas removeram publicações foi porque quiseram e ninguém tem nada com isso. A Gazeta do Povo deveria aprender que na democracia todos são livres para amordaçar quem quiserem. Basta de intolerância.

4 - “É preciso perguntar em que planeta Sanseverino vive para afirmar, com tanto despudor, que são ‘evidentemente inverídicas’ as afirmações de que Lula apoia Ortega, ou de que o ditador nicaraguense persegue os cristãos em seu país. Os laços entre ambos estão fartamente documentados, inclusive com episódios bastante recentes.”

Checamos: FALSO. Qualquer conhecedor do direito moderno sabe que quando Lula se refere a “um amigo meu” trata-se de sujeito oculto – às vezes muito oculto – sendo portanto as amizades do nosso candidato, quer dizer, do candidato do PT absolutamente incríveis e inauditáveis o que veda qualquer ilação sobre com quem esse grande brasileiro tramou ou deixou de tramar.[salvo falha da memória, tudo indica que foi devido a "o amigo do amigo do meu pai" ou  algo assim, que surgiu o 'inquérito do fim do mundo', na classificação do ministro Marco Aurélio, STF.]

Sobre o planeta em que Sanseverino vive, trata-se de evidente indução à desinformação, semeando de forma deliberada a dúvida sobre assunto absolutamente claro e definido. Ao contrário do que a Gazeta do Povo tenta fazer crer, não há incerteza sobre o planeta em que o ministro do TSE vive. Todos sabem que Sanseverino vive em Marte. E se ele faz home office para não ter que ficar toda hora na ponte aérea, ninguém tem nada com isso.

5 - “(...) o próprio Lula saiu em defesa de seu amigo dias depois, em entrevista ao El País. ‘Por que Angela Merkel pode ficar 16 anos no poder, e Daniel Ortega não?’, questionou o petista, criando uma equivalência entre um regime parlamentarista democrático, em que as regras do jogo são seguidas à risca, e um regime presidencialista em que o Estado de Direito foi abolido para garantir a perpetuação de Ortega no poder.”

Checamos: FALSO. Esse trecho do editorial do jornal não deu pra ler direito porque começou a rolar um churrasco aqui e essas situações dispersam um pouco, mas não pensem que estamos prejudicando nosso trabalho rigoroso pra cair de boca na carne. O churrasco é de melancia.

E esse negócio aí que a Gazeta escreveu sobre o Luiz Inácio Ortega não tem nada a ver. Nem deu pra entender, mas com certeza é FALSO. Agora vocês dão licença que vamos dar uma relaxada, porque lutar pela verdade cansa. Viva a liberdade de expressão.

Veja Também:
TSE garante o direito ao vexame
                                 Os irresponsáveis do “bora vacinar”


Conteúdo editado por:Jônatas Dias Lima

Guilherme Fiuza, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 

terça-feira, 20 de setembro de 2022

O ódio recalcado da elite de esquerda pelo povo que vai às ruas contra Lula - J. R. Guzzo

Gazeta do Povo - VOZES


O ódio recalcado da elite de esquerda pelo povo que vai às ruas contra Lula - Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senad

As manifestações populares em massa do dia Sete de Setembro, quando mais de 1 milhão de cidadãos cobriram as ruas de verde e amarelo, por livre e espontânea vontade, para declarar o seu apoio e o seu voto em favor ao presidente Jair Bolsonaro, tiveram de imediato um efeito altamente instrutivo para o entendimento do Brasil como ele é. Trouxeram à plena luz do sol, mais que em qualquer momento recente, um fato essencial da vida política deste país: o horror puro, simples e recalcado da elite em geral, e da esquerda em particular, pelo povo brasileiro
Em geral isso é escondido por trás de filosofança hipócrita, barata e pretensiosa, em seminários de ciência política e em mesas redondas com “especialistas” na televisão. Desta vez, porém, ficou escancarado demais, e declarado em todas as letras. É mais do que horror - é ódio mesmo.

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É indiscutível que a multidão toda que estava na rua no dia Sete de Setembro era o povo brasileiro. 
Se não era, de onde teria vindo, então, toda aquela gente – de Marte? Também é indiscutível a tempestade de ira que a presença do povo na praça provocou de imediato na esquerda. 
O ex-presidente Lula foi o mais insultuoso: comparou as manifestações a uma ”reunião da Ku Klux Klan”, a sociedade secreta dos racistas norte- americanos (ou “Cuscuz Klan”, pelo que deu para entender do que ele disse.) 
É isso o que Lula pensa do povo do Brasil quando este povo se declara contra ele – é tudo “racista”. 
 Já o ministro Luís Roberto Barroso disse que os manifestantes eram “fascistas” – segundo ele, o dia Sete de Setembro serviu para mostrar “o tamanho do fascismo” no Brasil
A mídia se cobriu de editoriais aflitos com a “ameaça à democracia” representada pelo fato de que a população foi às ruas de todo o país, em demonstrações sem um único ato de desordem ou incidente de qualquer tipo.

Em geral isso é escondido por trás de filosofança hipócrita, barata e pretensiosa, em seminários de ciência política e em mesas redondas com “especialistas” na televisão

O fato, e esse é o único fato que interessa, é que na comemoração dos 200 aos da independência do Brasil o povo brasileiro cometeu o crime de ir para a rua sem pedir licença à Lula, aos ministros do STF, aos jornalistas e ao resto da elite
Pronto: está tudo amaldiçoado como manifestação de extrema direita – racista, fascista e “antidemocrática”.  
O que poderia provar com mais clareza o ódio deles todos pelo povo? 
A possibilidade de Lula levar às ruas do Brasil uma multidão comparável é zero.  
Ele e PT sabem perfeitamente disso. Resultado: reagem automaticamente, então, com a hostilidade compulsiva por tudo o que não está debaixo das suas ordens.  
Como não podem dizer que aquela massa toda não era o povo brasileiro, dizem que o povo brasileiro está errado em sair à praça pública para manifestar as suas preferências políticas. 
A democracia que defendem para o Brasil é isso. O adversário não pode abrir a boca.
 
A dificuldade, para Lula e para a esquerda, é que a população de verdade só vai mesmo para rua para se manifestar contra ele e, neste momento, a favor do presidente da República. 
Lula, na verdade, não sai jamais – e nem o PT consegue juntar gente para uma manifestação de massa, além de umas miseráveis aglomerações com a do lançamento da sua “Carta aos Brasileiros”. 
Ficam fechados com grupinhos de sindicalistas, artistas e mais do mesmo; é este o seu mundo. 
É extraordinário, positivamente, que o candidato que se apresenta como “popular” não possa ir, sequer, a um estádio de futebol, porque tem medo de levar vaia; não foi a um único jogo Copa de 2014 no próprio Brasil, em pleno reinado de Dilma Rousseff e do seu partido.  
Na ocasião ficou escondido em casa. Hoje, com o mesmo medo de aparecer em público, chama de racistas os brasileiros que não querem votar nele.
 
J. R. Guzzo, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

segunda-feira, 26 de julho de 2021

A doença do medo - Revista Oeste

Dagomir Marquezi
 

A ameaça da covid serviu para camuflar o vazio de quem foi criado numa redoma emocional de privilégios e justificativas rasas

O paranaense Mário era o tipo de pessoa que viajava todos os fins de semana para percorrer trilhas ou passear em alguma praia. Estava sempre pronto a rechear a mochila e cair na estrada. Até que veio a pandemia de covid-19. Apavorado com o que via na TV, Mário se trancou no apartamento. Por quase um ano. Amigos e parentes traziam comida e remédios e deixavam os pacotes do lado de fora. Quando partiam, Mário colocava a máscara, abria cuidadosamente a porta, empunhando a garrafinha de álcool como uma arma. Antes de levar as encomendas para dentro do apartamento, borrifava cada embalagem, e cada produto. Quando abria as janelas, procurava não respirar muito fundo. Um ano depois de se trancar, pegou covid — a qual, por sua vez, se revelou uma gripe chata. Mas Mário ainda não teve coragem de voltar a suas trilhas.

Mário é um nome fictício que representa muitos casos reais. Afinal, além daquela bolinha vermelha cheia de farpas conhecida como Sars-CoV-2, outra pandemia se alastrou pelo Brasil e pelo mundo:  
- um surto de pânico que em muitos casos se revelou tão perigoso e prejudicial quanto a própria covid. 
A hashtag #ficaemcasa, a campanha de terror de boa parte da mídia, a indecente exploração política da doença, os relatos (verdadeiros ou não) que se espalhavam nas redes sociais pariram um monstro. Quem escapou da covid quase morreu de medo.

O psiquiatra Giovani Missio ficou particularmente interessado pelo fenômeno do isolamento. Observando seus pacientes, percebeu que todas as questões de ordem emocional — transtornos de estresse pós-traumático, de ansiedade generalizada, do pânico, hipocondria, transtorno obsessivo-compulsivo, depressão — pioraram muito com o isolamento forçado por prefeitos e governadores querendo “salvar vidas”.

“Se considerarmos ainda que apenas uma em cada nove pessoas com problemas de saúde emocional busca atendimento”, declarou o doutor Missio a Oeste, “poderemos concluir que existe uma quantidade enorme de pessoas sofrendo mais com as consequências do isolamento do que diretamente com a pandemia.” Situações surpreendentes começaram a surgir no seu consultório. “Me marcou o caso de um casal de idosos, sem nenhuma história prévia pessoal ou familiar de problema emocional e que passou a apresentar sintomas graves de depressão, após 90 dias de total isolamento, no início da pandemia. Houve uma dificuldade muito maior que a esperada em conseguir uma melhora com o tratamento, dado que eles mantinham o isolamento absoluto, sem contato com nenhum conhecido, vizinho ou familiar. Outra paciente, que já estava bem, com dois anos sem precisar de tratamento, voltou a apresentar um quadro de transtorno do pânico depois de oito semanas de home office e isolamento social”.

Um caso exemplar desse clima de histeria ocorreu na redação do Jornal Nacional, na Rede Globo. Em 9 de julho a apresentadora Renata Vasconcellos tossiu no estúdio. Foi imediatamente mandada para casa. Era uma “forte gripe”, declarou Renata. Uma semana depois, ela ligou para o âncora e editor William Bonner avisando que estava pronta para voltar. E, na ligação, tossiu de novo.

William Bonner e Renata Vasconcellos no Jornal Nacional 
/ Foto: Reprodução

“Não pode”, declarou Bonner a jornalistas. “O resfriado não passou totalmente. A gente tem um protocolo aqui segundo o qual, enquanto tiver sintoma do resfriado, da gripe, o que for, você não volta. Você pode passar para alguém.” A partir de agora, aparentemente, quem soltar um mísero espirro na redação do Jornal Nacional poderá ser imediatamente isolado por uma equipe de descontaminação e mandado em carro lacrado para casa.

O Brasil parece ter sido especialmente atingido por esse pânico. Um ano atrás uma equipe da Universidade Federal do Paraná participou de uma pesquisa internacional sobre o grau de medo provocado pela covid-19. Concluiu-se que 53% dos 7.430 brasileiros entrevistados revelavam “alto nível de medo”. Como comparação, o estudo mostrou que esse “alto nível de medo” tinha alcançado 22,7% dos pesquisados em Cuba e apenas 16,6% na Bielorrússia.

Algumas pessoas passaram a desenvolver um tipo de culto inconsciente à covid-19

No Brasil, a parcela etária mais afetada estava entre os 18 e os 29 anos, assustados com a possibilidade da morte prematura e de infectarem os pais. O estudo registrou que, quando pensavam em covid-19, a grande maioria dos entrevistados relatava que sentia “medo, desconforto, ansiedade e sensação de morte”. Outros, em menor número, desenvolviam reações psicossomáticas — “suor nas mãos, taquicardia e insônia”.

Ninguém pode negar que toda a experiência da covid-19 foi e é assustadora. É normal que causasse muito medo. Mas existiram outros fatores que potencializaram a pandemia de pavor e se alimentaram dele. O medo é, como sabemos, uma arma fundamental para qualquer tirania. A psicóloga Adriana de Araújo, autora de O Segredo para Vencer o Medo, garante que a sensação em si pode ser muito útil. “O medo é um sentimento natural, quando está em proporção adequada dentro de nós, e com isso consegue nos proteger”, diz Adriana. Mas, quando foge ao controle, pode nos prejudicar de duas maneiras importantes: 1) impedindo-nos de “fazer uma leitura saudável da vida e dos fatos” e 2) “privando-nos profundamente da capacidade de ação e tomada de escolhas”.

Uma parcela mais elitista da população foi além do simples medo. Algumas pessoas passaram a desenvolver um tipo de culto inconsciente à covid-19. Foram apelidadas de “coronalovers” nas redes sociais. A pandemia serviu para que projetassem alguns sonhos ocultos e revelassem suas reais condições psicológicas.

1) Imaturidade A geração “floco de neve” está assumindo seu papel na sociedade, o de se esconder debaixo da cama e esperar a chuva passar. O sociólogo britânico Frank Furedi, autor de A Cultura do Medo, define muito bem a situação: “Vivemos numa cultura em que o medo está sempre no ar. Somos avisados a todo momento: não seja um herói. Não se permite mais que crianças saiam de casa para brincar. Toda alegria e aventura que existe em brincar fora de casa, onde as crianças começam a aprender sobre suas forças e fraquezas e interagir umas com as outras, já não é possível sem a supervisão de adultos. Que tipo de mensagem estamos passando aos jovens quando eles imaginam que qualquer pessoa acima dos 17 ou 18 anos é uma ameaça em potencial à sua vida?”. Para essa turma snow flake, a pandemia se tornou uma capa para a falta de coragem e de vontade. A ameaça da covid serviu para camuflar o vazio de quem foi criado nessa redoma emocional de privilégios e justificativas rasas. Mas a grande maioria dos jovens brasileiros teve de frequentar ônibus lotados, rezando para não perder o emprego. Para esses, o fantasma da covid ficou de um tamanho mais próximo ao real.

2) Ideologia — Coronalovers, em geral, definem-se “de esquerda”. E a esquerda, especialmente a brasileira, imagina o socialismo como um regime no qual ninguém precisa trabalhar, pois o Estado dá tudo aquilo de que a gente precisa. É a imaginária fábrica estatal de leite e mel que nunca acabam, alimentada pela magia das boas intenções. Mas o Brasil real continua capitalista. E o capitalismo só cresce e distribui riqueza na insegurança do risco e do esforço individual. Prossegue Frank Furedi: “‘Risco’ se tornou sinônimo de perigo. Em outros tempos, as pessoas se arriscavam, sorriam e comemoravam ter-se arriscado, como uma maneira de ganhar maturidade. Hoje, arriscar-se é quase sempre associado a um ato de irresponsabilidade”. A pandemia despertou essa fantasia insustentável — a de um país inteiro em casa, de pijamão, assistindo a filmes no streaming, ganhando ajuda emergencial ou salário em troca de nada, só se levantando do sofá para gritar na janela “Bolsonaro genocida” nos momentos combinados pelo Instagram. É uma fantasia frágil, parte de uma estratégia política tosca que poderá enfrentar momentos difíceis quando a pandemia estiver sob controle.

A covid-19 continua solta, é perigosa, e as medidas básicas para que seja controlada devem continuar sendo levadas a sério. É uma doença que pode matar ou deixar sequelas graves. 
Mas sentir pavor paralisante de um vírus justificava-se na miséria abjeta de 1350, durante a peste negra (que também se originou na China e durou quatro anos). Agora o medo não pode ter o mesmo tamanho. Temos o que não havia na Idade Média: ambulâncias, respiradores, antibióticos, comunicação instantânea, redes de médicos e hospitais, máscaras cirúrgicas, laboratórios, anestésicos, equipamentos para avaliação clínica. Mortes por covid ocorrem, como também ocorrem em acidentes, nos crimes e nas doenças ainda sem cura. Mas não temos mais cadáveres em decomposição empilhados no meio da rua ou fome generalizada como nos tempos medievais. No conforto do século 21, esse apego exagerado ao medo não mais se justifica.

Não se trata aqui de enviar adolescentes para lutar contra a máquina nazista na 2ª Guerra. Ou de arriscar a vida combatendo um surto de ebola no coração da África. Ou de se alistar na primeira onda de colonização de Marte. Contra a covid-19, nossas lutas e vitórias serão bem mais simples: voltar a abraçar nossos amigos e parentes, comer um pastel na feira, torcer por nosso time num estádio de futebol, dançar numa festa. Para que essas coisas voltem a acontecer um dia, temos de nos vacinar contra o medo antes mesmo de vencer o vírus.

Leia também “O novo totalitarismo”

Revista Oeste

 

 


domingo, 25 de abril de 2021

Que Parlamento é este? - Percival Puggina


O ANIVERSARIANTE

Eu, porém, me sinto herdeiro dessa fé, dessa história e dessa cultura. Louvo, com Camões, “o peito ilustre lusitano, a quem Netuno e Marte obedeceram”. Por isso, discretamente, no retiro de minha casa, nesta noite de outono, brindo o aniversário de minha amada e mal tratada Terra de Santa Cruz.

Há muitos anos assisti a um filme em que o personagem principal entrou numa confeitaria e encomendou um bolo de aniversário, bem enfeitado, que contivesse a frase “Feliz Aniversário”. No final do expediente, retirou o bolo, levou para casa, ajeitou-o metodicamente sobre a mesa e sentou-se para comemorar consigo mesmo.

Essa representação cênica de solidão e esquecimento me vem à mente quando cai a noite sobre este 22 de abril e a data passa longe dos registros e celebrações. Ontem fizemos feriado no separatismo mineiro representado pela execução de Tiradentes e, hoje, esquecemos do Descobrimento, malgrado seu belo registro oficial na Carta de Caminha.

O 22 de abril de 1500 representa, na História Universal, o ponto culminante de uma das mais significativas aventuras humanas. O Descobrimento do Brasil foi o mais bem sucedido empreendimento ultramarino português, a longa epopeia dos lusíadas, iniciada por Dom João I com a conquista de Ceuta em 1415.

Na gravação para a série “A última Cruzada” produzida pelo Brasil Paralelo, afirmei que as Grandes Navegações, no início do século XV, como aventura e ousadia, superam as viagens que ficaram conhecidas como a “Conquista do Espaço”. Estas, note-se, não envolviam superstições, contavam com excelente informação, base tecnológica e, salvo acidentalmente, não produziram vítimas. Viagens espaciais não justificam versos como os que Fernando Pessoa dirige ao mar salgado lembrando o pranto das famílias enlutadas: “Quanto de teu sal são lágrimas de Portugal!”.

A propaganda esquerdista, porém, intoxicou o Descobrimento. Desvirtuou os feitos portugueses como condição para a velha estratégia de suscitar sentimento de culpa, gerar dívidas e produzir forças antagônicas em ausência das quais se asfixia. Parece não haver mérito em o pequenino Portugal haver descoberto, povoado, protegido e defendido este imenso continente brasileiro contra cobiçosas invasões francesas, inglesas e holandesas.

A ocupação dita extrativista e aventureira da descoberta era chamada povoamento nos textos portugueses. Tratava-se de povoar um continente e os portugueses foram ativos nessa tarefa, originando um fenótipo que hoje corresponde a 33% da população brasileira. Contudo, os descobridores desrespeitaram condições essenciais para que esse quase inacreditável feito merecesse reconhecimento dos lixeiros da história. D. João III e seus sucessores não eram comunistas. 
As caravelas portuguesas não traziam a bordo sociólogos, antropólogos, assistentes sociais, ambientalistas e psicólogos
Os donatários das capitanias hereditárias não eram sem-terra. 
Não duvido de que até as posteriores senzalas seriam bem-vistas se se chamassem gulags.
A ideologização da história do Brasil, toda ela concebida segundo uma teoria dita “crítica”, acabou por comprometer o amor à Pátria no coração de muitos brasileiros. 
Mesmo entre os católicos não falta quem considere o Descobrimento e a subsequente obra de evangelização como o assassinato de uma cultura.  
E isso persiste mesmo depois de o Papa haver canonizado o padre José de Anchieta por haver exercido com sabedoria e discernimento seu sacerdócio entre os nativos.

Eu, porém, me sinto herdeiro dessa fé, dessa história e dessa cultura. Louvo, como Camões, “o peito ilustre lusitano, a quem Netuno e Marte obedeceram”. Por isso, discretamente, no retiro de minha casa, nesta noite de outono, brindo o aniversário de minha amada e mal tratada Terra de Santa Cruz.

Percival Puggina (76), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.

 

quinta-feira, 18 de março de 2021

“Nós” descobrimos o pré-sal, lula? - Sérgio Alves de Oliveira

O vídeo gravado do depoimento de Lula ao Juiz Federal Ricardo S.Leite, da 10ª Vara Federal de Brasilia, no dia 14.03.2017, se adaptado ao cinema, teria o mérito suficiente para ser indicado à receber a estatueta do OSCAR 2018, evento  anualmente realizado pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas na cidade de Los Angeles/CA.

Os prêmios concedidos pela dita academia ao Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Ator, Melhor Atriz, Melhor Ator Coadjuvante, Melhor Atriz Coadjuvante, Melhor Roteiro Original e Melhor Roteiro Adaptado, com certeza  seriam todos vencidos  por Lula, que ainda  faria  jus a  mais prêmio adicional, que poderia ser talvez, a estatueta da “MELHOR MENTIRA “, ou seja, a mentira mais deslavada, descarada e atrevida do festival do cinema. Ninguém conseguiria ultrapassar o magistral desempenho do “ator” Lula, que com esse desempenho  ganharia a disputada estatueta, com folga, em votação unânime dos juízes.

Efetivamente foi deprimente assistir um ex-Presidente da República do Brasil protagonizar um espetáculo tão pobre, constrangedor e medíocre, com força suficiente para desmoralizar um país inteiro frente à comunidade internacional. A gente até fica perguntado a si mesmo como pode um sujeito de tão baixo nível intelectual conseguir enganar a maioria de um povo durante tanto tempo, fazendo dele “gato-e-sapato” , numa total falta de respeito com esse povo e com a própria  ética social.

Utilizando a tática da tergiversação, própria daqueles que não têm argumentos válidos para sustentar a própria defesa, ficando nos limites de uma  espécie de “pero que si, pero que no”, muito usada no passado recente por  Cantinflas ,o inigualável  ator-comediante mexicano, lá pelas tantas ,na maior cara de pau, o depoente soltou uma mentira tão forte que é de surpreender não ter abalado ou “implodido” a estrutura do prédio do Forum onde se realizava a dita solenidade.

Lula declarou textualmente, parece que até “meio” falando para dentro: “QUANDO NÓS DESCOBRIMOS O PRÉ-SAL...”. Ora,hoje todos já sabem que o pré-sal não é uma exclusividade do subsolo dos  mares brasileiros, e que  também se faz presente  no leito marítimo de grande parte do Planeta Terra. Também se sabe que a sua exploração em outras “plagas” ainda não se deu por diversos fatores que a inviabilizam, uns pela carência tecnológica  ,outros de fundo econômico, pelo elevado custo. Uns chegam a argumentar que essa exploração seria tão inviável, especialmente pelo  seu custo, que daria no mesmo que tentar  garimpar e buscar diamantes em Marte.

Mas os políticos tupiniquins dessa corrente de enganadores  insistiram, teimaram, e estão buscando algum petróleo no “seu” pré-sal, ao contrário do restante do mundo, talvez surgindo daí um dos principais motivos que, somado à roubalheira e má gestão  na Petrobrás, faça com que o combustível de petróleo  no Brasil seja  um dos mais caros do mundo. Em dólares americanos ,por exemplo, nos Estados Unidos o consumidor paga na bomba a metade do que é pago no Brasil, sem considerar que lá as pessoas em geral são  melhor remuneradas pelo seu trabalho.

“Aterrissando” novamente no Brasil. Na contramão dos acontecimentos em outras partes do mundo,igualmente  dotadas  de petróleo na região do pré-sal, o Primeiro Governo do Presidente  Lula da Silva, iniciado em 2003, resolveu,principalmente por “demagogia”, e para garantir a sua reeleição, investir pesado na mentira do pré-sal, contando com a Grande Midia, paga a preço de ouro, para divulgar essa grande  farsa, o que de fato lhe rendeu os votos necessários para  reeleição, num universo de eleitores onde a maioria tem deficiência na capacidade de escolher e votar, ou seja, uma maioria analfabeta politicamente e  alienada das verdadeiras causas da sua desgraça econômica e social. Mas como essa maioria possui um título eleitoral na mão – o que sempre é mais perigoso que entregar uma arma de fogo a uma criança-  evidentemente é ela quem decide numa democracia deturpada, degenerada, corrompida, que nem  democracia é, porém a sua contrária, a “oclocracia”,praticada  pela massa ignara em benefício da patifaria que rodeia a política.

A história do pré-sal brasileiro é bem mais antiga  que a versão mentirosa inventada  por Lula. O geólogo Guilherme Estrella, que era da Petrobrás,e que mais tarde até de filiou ao PT, desmente a história criada pelo ex-Presidente. Dois anos após a primeira posse de Lula, ou seja, em 2005, o geólogo Estrella foi chamado de volta ao trabalho. Levou ao Presidente, a pedido deste, os mapas dos gigantescos reservatórios do pré-sal brasileiro, na Bacia de Santos. Ele conta que no Governo Geisel (1974 a 1979) fizeram a primeira perfuração  do pré-sal  brasileiro, no mar do Espírito Santo, Campo de Guaricema. Os testes indicaram presença de óleo, mas seria subcomercial e a exploração naquele momento não conviria ainda.

Portanto, desmentindo o Sr.Lula da Silva,não foi no seu Governo que o pré-sal brasileiro foi descoberto. 
Foi bem antes, em 1974, no Governo Ernesto Geisel
Já no Governo Itamar Franco o pré-sal teria sido “mapeado”, sendo este provavelmente o mapa dos “gigantescos reservatórios” de petróleo que o geólogo Estrella teria levado ao Lula,lá por 2005,e que tanto o “entusiasmou”. E também consta que no Governo de Fernando Henrique Cardoso dita exploração teria sido considerada inviável. Vê-se, por conseguinte,que no mínimo esses três ex-Presidentes nunca alardearam essa descoberta  para fazer demagogia, como mais tarde fez e vem fazendo  Lula, inclusive no depoimento ao Juiz de Brasilia.

 Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo