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“Black Lives Matter” instiga a segregação e manipula as estatísticas para
pintar a polícia como racista
A vida nos apresenta inúmeros motivos para
sentirmos medo. As ameaças físicas, as
doenças, o receio do que pensam da gente, a solidão, o fracasso, o
envelhecimento. Por isso
mesmo a coragem individual é tratada como uma das virtudes essenciais desde a
Antiguidade. Todo herói clássico é corajoso. No mundo atual falta coragem. A
começar pelo pensamento crítico individual, aquele que dispensa rebanhos. Na
era das redes sociais, ficou mais difícil remar contra a maré populista.
Aquele que ousa seguir por um
caminho diferente é logo rotulado e se sente intimidado pela patrulha
organizada. Em vez
de pluralidade, acabamos com um uníssono politicamente correto. Poucos têm coragem, por exemplo, de reconhecer o elo evidente
entre o Islã e o terrorismo. Muitos,
como o presidente Obama, sequer conseguem falar em “radicalismo islâmico”,
com
receio de “ofender” os crentes. Mesmo quando os terroristas matam em
nome de Alá e de um califado, esses covardes se recusam a admitir o óbvio,
buscando bodes expiatórios para justificar o terror, tais como as armas, a
desigualdade, a pobreza.
O mesmo vale para a agressão a
policiais. Movimentos como o “Black Lives Matter” instigam
a segregação e o ódio, ignoram os fatos ou manipulam as estatísticas, tudo
para pintar a polícia como racista em
vez de reconhecer que há um problema grave de criminalidade na comunidade
negra. Em boa parte isso se deve ao declínio da família, que não
pode ser suplantada pelo assistente social ou a esmola estatal. Mais de 70% dos negros americanos nascem de
mães solteiras, mas é preciso alguma coragem para tocar nessa ferida em vez
de apelar para a cartada racial e bancar a vítima.
Os
movimentos de “minorias”, aliás,
tornaram-se ícones da falta de coragem no presente. Tudo é vitimização e
demanda por “direitos”, que no fundo
são privilégios mascarados de “justiça
social”. A visão simplista é também falsa: o “homem branco” é o grande
responsável pelas mazelas do mundo. Poucos têm coragem para apontar o absurdo
dessa narrativa. As democracias de massa levaram ao crescente populismo, o
modelo de estado de bem-estar social prometeu cada vez mais regalias, cuidaria
de todos do berço ao túmulo, e o resultado foram governos falidos apesar de
impostos abusivos.
Mas as lideranças políticas não
têm coragem de dizer a verdade ao eleitor, de avisar que faltam recursos, que a conta das aposentadorias
não fecha. A política virou palco dos mais mentirosos e covardes, já
que falar a verdade exige coragem. Aqui o leitor terá uma coluna contra essa
tendência. Se há uma virtude que pretendo sempre buscar, essa é a coragem de
dizer o que penso. Espero, com isso, contribuir para boas reflexões e debates
sérios, de adultos.
Por: Rodrigo Constantino – Isto É - http://istoe.com.br/falta-coragem/