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segunda-feira, 4 de março de 2019

Maduro só sairá “Muerto”

Tanto o Presidente interino autodeclarado da Venezuela, Juan  Guaidó, quanto o Grupo de Lima, formado por 14 países, inclusive o Brasil, ”viajam na maionese” com suas ridículas estratégias para eventualmente derrubar  o tirano venezuelano Nicolás Maduro do seu trono, mediante novas eleições livres devidamente fiscalizadas por organismos internacionais. Com absoluta certeza não darão nenhum resultado positivo as pressões “diplomáticas” e “econômicas” para fazê-lo ceder ao uso dessa alternativa, democraticamente limpa, conforme decidiram. Sentado no ”colo” da ONU, e com as “costas quentes” com os “colegas” Rússia e China, Maduro sente-se absolutamente confortável para não ceder a qualquer  tipo de pressão, seja diplomática, seja  econômica.

O “Grupo de Lima” descartou, por completo, na reunião que teve na Colômbia, durante a semana em curso, qualquer “intervenção” ou  medida  militar de força contra o governo venezuelano, plenamente consciente, com certeza, do perigoso estopim que estaria  acendendo, se assim decidisse, no sentido de um possível e incontrolável conflito bélico envolvendo as Grandes Potências Mundiais, uma contra, outras a favor de Maduro. 

O Grupo de Lima “borrou-se” de medo, resumindo. E com inteira razão. [não é só por medo do conflito entre as Grandes Potências;
o Grupo de Lima não tem nenhum dos seus integrantes, começando pelo Brasil, com capacidade militar para invadir qualquer país. O Brasil o maior deles e com FF AA mais numerosas, no tocante a efetivo, tem capacidade para se defender e oferecer grandes dificuldades ao invasor, mas, em termos de invadir a Venezuela, só a Força Aérea faria grandes estragos nas tropas invasoras.
Sem contar que a tão necessária recuperação econômica do Brasil ganharia um atraso extra de uns dez anos. ]

Mas é evidente que nenhum bloqueio econômico à Venezuela dará  qualquer  resultado, mesmo porque mais “quebrada” que a Venezuela já  está ,certamente não poderá ficar. E qualquer bloqueio econômico porventura decretado contra esse país traria como única vítima o próprio povo venezuelano. As suas elites políticas, militares e econômicas nada sofreriam, uma vez que possuem o poder de escolher e selecionar  quem seriam os prejudicados  com essas medidas, reservando para si próprios o “bom”, e repassando para o povo o “mau”. Mas  não há mais o que tirar do povo venezuelano.                           

Além das “garantias” que possui para manter o seu mandato, “roubado” em eleições fraudadas, Maduro conta com um “exército” de generais dentro do seu  próprio Exército, que  alguns garantem que seria em torno de 2 mil generais, todos comprados com as suas “estrelas”, os quais estariam incluídos entre os poucos privilegiados desse país, militarmente sustentando  Maduro, muitos dos quais participando  ativamente  dos  negócios ilícitos dentro do país, inclusive relacionados à cocaína e outras drogas. Maduro também controla a Justiça venezuelana, através dos juízes que nomeou para os tribunais superiores. [a justiça venezuelana, em minúsculas mesmo, além de ser formada por juízes devedores do ditador, além de não ter interesse em proferir nenhuma sentença contra Maduro, se o fizesse não teria como impor o cumprimento da decisão;]


Resumidamente, não há como se  ter alguma expectativa de eventual  rebelião militar exitosa. Maduro tem absoluto controle sobre as suas Forças Armadas, tanto quanto Kim-Jong-un o tem na Coreia do Norte, os   quais inclusive   têm muitas semelhanças. Por seu turno o povo venezuelano não tem forças nem armas para se opor a  Maduro.  E as eleições, quando feitas, são fraudadas. A própria “fome” decretada por Maduro para controlar o seu povo se encarrega de inutilizar esse povo para qualquer reação.

Parece então que a única chance de derrubar Maduro do poder seria algum “acidente”, ou iniciativa interna de algum “herói”, que o  “eliminasse” definitivamente do mundo  dos vivos. A história está cheia de exemplos desse tipo de acontecimento , os quais infelizmente não beneficiaram os respectivos povos, ao contrário do que poderia acontecer na Venezuela.
Talvez excepcionalmente valesse  a expressão tão censurada que “os fins justificam os meios”.
Sérgio Alves de Oliveira é Advogado e Sociólogo