Fator de desigualdade
Na
quarta-feira, no Senado, registraram-se manifestações de ceticismo sobre a
tramitação do projeto sobre a Reforma da Previdência neste fim de ano. Foi
durante a rotineira prestação de contas do Banco Central, quando o presidente
da instituição reafirmou que a continuidade da redução da taxa de juros
depende, cada vez mais, do avanço na aprovação das reformas econômicas, entre
as quais a da Previdência tem peso especifico.
A
alternativa, disse o presidente do BC, Ilan Goldfajn, será o reajuste nos
juros, hoje em 8,25% ao ano — descontada a inflação projetada para os próximos
12 meses, a taxa real é de 3% anuais, patamar mais baixo em anos. De fato,
esse será o verdadeiro custo que o governo Michel Temer e os maiores partidos
no Congresso acabarão impondo a toda à sociedade, caso se mantenham inertes em
relação às reformas, principalmente a da Previdência.
Alega-se
“dificuldade política”, ora porque o presidente é alvo de processo criminal,
ora porque este é um ano pré-eleitoral, e, por fim. A frivolidade desses argumentos não resiste à sinalização da realidade
adiante: sem a reforma da Previdência, a taxa de juros vai subir em pleno ano
eleitoral, dificultando a expansão de investimentos, empresas e o equilíbrio
das contas fiscais do país, com prejuízos diretos à prestação de serviços
básicos na saúde, educação e segurança. [até quem não é especialista em economia - felizmente, o meu caso, - tem que admitir que as reformas são necessárias e sem elas a Previdência quebra;
mas, qualquer ser humano que tenha bom senso, concorda que o atual momento é péssimo para realizar uma reforma com o impacto que a da Previdência apresenta;
- dos muitos fatores adversos ao êxito de qualquer tentativa de reformar a Previdência no atual momento, o representado pelas acusações contra o presidente Temer é o menor, tendo em conta a improcedência das mesmas, a falta de provas e o fato público e notório que não passam de uma sabotagem nojenta do, felizmente, ex-procurador-geral da República, Rodrigo 'enganot';
grave mesmo é que estamos último trimestre de um ano pré-eleitoral - quando os parlamentares sempre atentos aos seus superiores interesses, os pessoais, começam a torcer para adiar qualquer medida que possa 'queimar o filme' junto ao eleitorado, o que inclui a Reforma da Previdência - sempre será fácil para a oposição, com a falta de patriotismo que a caracteriza, explorar todos os aspectos da reforma pretendida e necessária, manipulando os dados de forma a levar o eleitor menos favorecido (infelizmente, ainda a maioria) a ver prejuízos se a reforma for implantada - não surge nenhum opositor para lembrar que sem Reforma o prejuízo será bem maior, já que SEM REFORMA = SEM APOSENTADORIA, SEM PENSÃO, SEM BENEFÍCIOS.
Por óbvio, os malefícios resultantes da reforma da Previdência que já assustam os incautos - e que a patriótica oposição ao Brasil, não ao governo Temer, já está maximizando, se tornarão maiores, sob a ótica dos inimigos do Brasil em um ano eleitoral, 2018.]
Parlamentares que sonham com a
reeleição, naturalmente, serão responsabilizados.
Sem rumo,
engolfada por sua crise ética, a oposição aposta nesse cenário de estagnação na
instabilidade econômica. Tem se revelado pródiga na criação de mitos, como o de
que a Reforma da Previdência significa uma condenação dos pobres ao trabalho
perpétuo — “até à morte”.
Esconde o
mais relevante: a situação da Previdência não é apenas crítica em relação à
solvência dos pagamentos de benefícios em futuro próximo, mas principalmente
porque a atual distribuição de renda no sistema previdenciário só amplia as
desigualdades na sociedade brasileira.
Os
números não mentem: o déficit do governo federal com aposentadoria de um milhão
de servidores da União, desde 2015, tem sido maior maior que o registrado com
33 milhões de aposentados da iniciativa privada. Significa que criou-se uma
casta no funcionalismo, privilegiada com aposentadorias e pensões de valores em
média cinco vezes maiores (!!!!!)que as recebidas pelos trabalhadores do setor
privado. [mais uma vez registramos que o Blog PRONTIDÃO TOTAL não tem procuração - nem aceitaria - para defender os servidores públicos, mas, em NOME DA VERDADE vamos mais uma vez lembrar que os SERVIDORES PÚBLICOS contribuem com 11% sobre tudo que ganham.
Sendo óbvio e ululante:
- se o servidor público ganha um salário de R$ 1.000,00, todo mês ele é descontado em R$ 110,00;
- se o servidor público tem um salário de, digamos, R$20.000,00, todo mês ele é descontado em R$ 2.200,00.
Já o trabalhador da INICIATIVA PRIVADA que ganhe R$ 1.000,00, é descontado todo santo mês em 8% que resulta em um desconto de R$ 880,00 - a alíquota de 8% vale para quem ganha um salário de até R$ 1.659,38;
O trabalhador da mesma INICIATIVA PRIVADA que ganhe R$ 1.800,00, recolhe 9% para o INSS, que equivale a um desconto de R$ 162,00, a cada mês - sendo alcançado pela alíquota de 9% trabalhadores com o salário entre R$ 1.659,39 a R$ 2.765,66;
os que ganham acima de R$ R$ 2.765,67 até R$ 5.531,31 recolhem 11%. - sobre o que passa de R$5.531,31 não recolhem um centavo sequer.
Valendo lembrar que o trabalhador tem direito a um beneficio de um salário mínimo contribuindo para o INSS com uma alíquota de 2% sobre o valor bruto de sua comercialização rural.
Por uma questão de Justiça é correto, legal, justo, que quem contribui mais receba mais, quem contribui menos receba menos.
O acima demonstrado, que pode ser comprovado através da internet, consulta a qualquer contador, ida ao INSS, etc, deixa claro QUE NÃO EXISTE CASTA PRIVILEGIADA NO FUNCIONALISMO, dizer isto é mentira, calúnia, e ter intenção de colocar o trabalhadores da iniciativa privada contra os funcionários públicos.]
A
oposição sabe disso. O PT conhece a fundo essa realidade. Tanto que, em 2003, o
governo Lula pôs na mesa um projeto de Reforma da Previdência. Abandonou-o pela
mesma razão que hoje PT, PC do B e PSOL fazem questão de ocultar: mudar a
distribuição de renda no sistema previdenciário significa cortar benesses da
casta do funcionalismo, dominante no sindicalismo que sustenta esses partidos.
Preferem
continuar com políticas de assistencialismo aos pobres e de correção do
salário-mínimo pago a nove em cada dez aposentados, do que encarar um dos
fatores estruturais da desigualdade na distribuição de renda no país. O
resultado é conhecido: juros altos, inflação, desemprego, instabilidade e
concentração de renda.
Fonte: O Globo
[Recomendamos a leitura no Blog Prontidão Total do artigo da autoria do deputado petista, Elvino
Bohn Gass, interessante e com algumas verdades, especialmente quando aponta a sonegação como causa principal do deficit da Previdência Social.
Só que o nobre escriba se empolga por apontar algumas verdades e cai na política nefasta de tentar convencer os incautos que com a Reforma da Previdência proposta por Temes - e necessária - os mais necessitados estarão condenado ao 'trabalho perpétuo' - o que afronta a verdade. Portanto é uma matéria que deve ser lida com senso crítico e atenção para não ser mal informado.]