O cenário está praticamente sacramentado pelo afastamento definitivo da petista, com o provável placar de 59 a 21 . Aliados tentam virar o voto de 11 senadores ainda "indecisos"
Após três dias de julgamento, oito testemunhas ouvidas, longos embates
técnicos entre defesa e acusação e muito bate-boca em plenário, o quadro
em desfavor da presidente afastada, Dilma Rousseff, parece consolidado.
O sentimento é de que cada senador, juiz do processo, já entrou no
julgamento com a convicção política do seu voto. Argumentos técnicos não
são levados em consideração por ambos os lados. Levantamento do
Correio, atualizado ontem, indica que, dos 64 parlamentares que
declararam como vão se posicionar, 46 vão pelo impeachment e 18
contrários. Os senadores Acir Gurgacz (PDT-RO) e Omar Aziz (PSD-AM), que
votaram pela admissibilidade do processo de impeachment e também pela
pronúncia, são os dois únicos que permanecem indecisos.
Há 14
senadores que preferiram não revelar o voto. Desses, apenas Elmano
Ferrer (PTB-PI), Otto Alencar (PSD-BA) e Roberto Muniz (PP-BA) disseram
“não” à pronúncia da presidente afastada, Dilma Rousseff. Desta maneira,
se os posicionamentos forem mantidos, o placar final ficaria 59 a favor
do impeachment e 21 contra. Para afastar a presidente de maneira
definitiva, são necessários 54 votos.
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