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quarta-feira, 20 de novembro de 2019

A ilusão do impeachment - Sérgio Alves de Oliveira


Os políticos ,constituintes e parlamentares, que escrevem  as  constituições, e  as leis que tratam do  “crime de responsabilidade” de determinadas autoridades públicas, previstas na Constituição (Presidente da República, Procurador Geral da República, Ministros de Estado e do STF, Governadores e Secretários de Estado), para fins de “impedimento” (impeachment) , fazem-no invariavelmente  “escapando” das suas repercussões, ou seja, sem que esse tipo de medida possa  alcançá-los. 

Em princípio, essa omissão  constituinte, ou legislativa deliberada ,configura  “proteção” em causa própria.   Por isso os membros dos poderes legislativos federal e estaduais não podem ser “impichados”.


À vista dessa realidade, nunca  se vê “impeachment” contra senadores e  deputados , que “coincidentemente” são os que escrevem as leis, e que podem ficar sujeitos exclusivamente à “cassação” dos seus mandatos, por outras  infrações previstas em lei, mas sem o alcance e o  impacto de um “impeachment”. Mas tanto o “impeachment”, quanto a cassação de mandato, de autoridades federais, estaduais ou  municipais, são processos extremamente  burocratizados, complicados, demorados e de difícil comprovação infracional, só sendo instaurados e acolhidos excepcionalmente por motivos muito fortes,”escandalosos”, tornados públicos e impossíveis  de serem ocultados. 


O resultado de todos esses “entraves” ´é que só uma pequena parcela das infrações sujeitas  à impeachment (crimes de responsabilidade), ou cassação de mandato, são processadas e  julgadas procedentes. Agora mesmo só falam e discursam sobre impeachment de  um, dois, ou três Ministros do Supremo Tribunal Federal. E os “outros”? E as cassações que deveriam haver no Senado e na Câmara Federal? Será que meia dúzia de impichados  ou cassados  “limparia” o serviço público nos Três Poderes, na medida do necessário? É claro que não.


O melhor exemplo que se poderia encontrar  sobre a ingênua expectativa da limpeza da administração pública, dos tribunais  e dos parlamentos, com essa   eventual meia dúzia de  cassações ou impeachment que estão sendo cogitados e “trabalhados”, seria a equivocada concepção de  que  para a limpeza de uma fossa séptica ou  sumidouro  das  imundícies ali depositadas  durante anos  bastaria tirar um balde cheio dessa sujeira, deixando o resto. É exatamente esse o tamanho da  “limpeza” que estão cogitando. Quem tirar só um “balde” da sujeira acumulada.

Impeachment pune alguém? Castiga? Ou “premia”?


Se verificarmos  os “castigos” de impeachment dados aos então Presidentes da República , Fernando Collor de Mello, em 1992, e  Dilma Rousseff, em 2016, concluiremos necessariamente  que as únicas “punições” que ambos  tiveram foi a dispensa do trabalho, mantendo  todas as mordomias e vantagens  que tinham durante o exercício dos seus mandatos, com “juros e correção monetária”. E pelo resto das suas vidas. [no caso do ex-presidente Collor,  justo se acrescentar que sofreu uma pequena restrição quanto aos seus direitos políticos - sendo oportuno destacar que, posteriormente, foi absolvido pelo Supremo e eleito senador da República;
quanto à 'escarrada' petista, seu 'impeachment' permitiu ao Brasil se livrar dela na Presidência da República e só isso.

Já que o 'supremo' ministro  Lewandowski, com a cumplicidade do Calheiros, fez um releitura da legislação e nem restrições aos direitos políticos ela sofreu.
O 'supremo' ministro esqueceu que acima da 'suprema'  vontade dele, paira soberana a do povo - que impôs clamorosa derrota a fracassada ex-proprietária de uma lojinha de R$ 1,99.]


Levam vida de “bilionários”, não de simples “milionários”. E às custas do erário. Collor se dá ao luxo de colecionar os carros mais sofisticados e caros do mundo. E Dilma, por sua vez, não tira a “bunda” dos aviões, viajando  todo o tempo  pelo mundo,  invariavelmente  falando mal do governo, que paga  todas as suas contas, por meio  dos impostos arrecadados do povo, constituído ainda  por grande número miseráveis que só diminuíram nos discursos, contas e falsas estatísticas  do PT.

Certamente essa “bandalheira” política , por ação e omissão, não se verifica em qualquer outro país do mundo. Só no Brasil.


Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo