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segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Chapecoense campeã da Sul-Americana

Conmebol: Chape é campeã da Sul-Americana

 Chape é oficialmente campeã da Sul-Americana; Atlético Nacional recebe prêmio por fair play

Conmebol outorgou título catarinense menos de uma semana depois de tragédia

 CONMEBOL otorga el título de Campeón de la 2016 a Chapecoense:

A entidade acatou o pedido do Atlético Nacional para que a taça fosse entregue ao clube catarinense após a tragédia aérea 


 A Chapecoense é oficialmente campeã da Copa Sul-Americana. Quase uma semana depois da tragédia que vitimou 71 passageiros do voo que levava a delegação da equipe catarinense à Colômbia para a ida da final da competição, a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) outorgou o título na tarde desta segunda-feira. Além da taça, o 'Verdão do Oeste' ficará com os 2 milhões de dólares (R$ 6,86 milhões) de premiação pela conquista.

 

Já os colombianos do Atlético Nacional, que seriam os rivais da Chapecoense na final, receberão os valores destinados ao vice-campeão, além do troféu do centenário da Conmebol pelo fair play demonstrado no caso. A equipe de Medellín prestou inúmeras homenagens às vítimas da tragédia. Uma delas, por exemplo, foi ter enviado à entidade sul-americana um documento que pedia que a Chape fosse declarada campeã.

As decisões foram tomadas após uma reunião do conselho da Conmebol, que citou quatro considerações a respeito da medida. A primeira lembra exatamente a carta do Atlético Nacional ao presidente da entidade, Alejandro Domínguez. A segunda declara que a Chape é campeã e receberá a premiação. Nas duas últimas considerações, o texto afirma que o Atlético Nacional ficará com a posse do troféu por fair play e a premiação de 1 milhão de dólares (R$ 3,4 milhões).

Além dos R$ 6,86 milhões referentes ao título, a Chape receberá ainda a premiação pela vaga na Recopa (R$ 3,43 milhões), participação na Libertadores de 2017 (cerca de R$ 2 milhões). A disputa de pelo menos três partidas em casa na competição internacional do ano que vem renderá também R$ 6,1 milhões.

Leia a nota divulgada pelo site da Conmebol
Luque, Paraguai - 5 de dezembro de 2016. 

A Confederação Sul-Americana de Futebol confirma que o Conselho da CONMEBO, em sua qualidade de autoridade permanente encarregada de fazer cumprir os Estatutos da Instituição, decidiu declarar a Associação Chapecoense de Futebol campeã da edição 2016 da Copa Sul-Americana, assim como outorgar o Club Atlético Nacional o reconhecimento extraordinário do prêmio do "Centenário Conmebol de Fair Play". A decisão se dá com base nas seguintes considerações:

1. Na quarta-feira dia 30 de novembro, a Confederação Sul-Americana de Futebol recebeu uma carta do Club Atlético Nacional, dirigida ao senhor Alejandro Domínguez, presidente da CONMEBOL, convidando a CONMEBOL "a entregar o título da Copa Sul-Americana a Associação Chapecoense de Futebol como laurel honorário por sua grande perda e homenagem póstuma às vítimas do acidente fatal que deixa nosso esporte de luto".

2. O Conselho tomou a decisão de nomear a Associação Chapecoense de Futebol como campeã da Copa Sul-Americana 2016 com todas as prerrogativas desportivas e econômicas que ela carrega.

3. Para a CONMEBOL, não há maior mostra de "espirito de paz, compreensão e jogo limpo" enunciado como objetivo de nossa Instituição que a solidariedade, a consideração e o respeito exibido pelo Club Atlético Nacional da Colômbia para os irmãos da Associação Chapecoense de Futebol.

4. Em razão da petição realizada pelo Club Atlético Nacional que com sua atitude promoveu no futebol na América do Sul umespírito de paz, compreensão e jogo limpo, na certeza de que os valores esportivos prevalecem sempre aos interesses comerciais, o Conselho decidiu outorgar ao Club Atlético Nacional o prêmio "Centenário Conmebol de Fair Play" juntamente à quantia de 1 milhão de dólares. 


Fonte: Correio Braziliense 


sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Controladora de avião que caiu na Colômbia denuncia ameaças

A controladora do aeroporto de Rionegro, noroeste da Colômbia, onde o avião envolvido no trágico acidente com os jogadores da Chapecoense deveria aterrissar, denunciou nesta quinta-feira ter recebido ameaças após a divulgação de uma gravação que registra a conversa do piloto minutos antes do acidente.  "Lamentavelmente, por conta de meus colegas jornalistas, consegui que pessoas ignorantes e alheias a este trabalho e, sobretudo, que ignoram os procedimentos, ameacem a minha integridade física e a minha tranquilidade pessoal", afirmou Yaneth Molina em um comunicado divulgado nesta quinta-feira em Medellín, mas datado de 30 de novembro.

"Posso afirmar com absoluta certeza que, da minha parte, fiz o humanamente possível e o tecnicamente obrigatório para preservar a vida desses usuários do transporte aéreo", afirmou a controladora no texto, que afirma estar "analisando soluções" diante das ameaças, sem dar mais detalhes.  O áudio divulgado pela imprensa colombiana, mas qualificado pela Aeronáutica Civil como "inexato no tempo", além de não ter certificação, registra momentos dramáticos, mas Molina não perde a compostura.

A voz da funcionária do terminal aéreo José María Córdova de Rionegro é ouvida em uma gravação em que o piloto do avião relata estar com graves problemas minutos antes de cair com 77 pessoas a bordo, das quais apenas seis sobreviveram, em uma área montanhosa a 50 km de Medellín.  "Senhorita, Lima-Mike-Índia 2933 está em falha total, falha elétrica total! Sem combustível", disse o piloto Miguel Quiroga à operadora da torre de controle as 22H00 locais de segunda-feira (01H00 de Brasília), segundo a gravação.
"Vetores, senhorita, vetores na pista!", exclama depois.

Na gravação também pode ser ouvido o piloto solicitando "prioridade para aterrissar" e a operadora tentando abrir o caminho entre as três aeronaves na área: duas da Avianca e uma da Viva Colombia.  A última frase de Molina com o avião acidentado é "Lima-Mike-Índia 2933, posição?". Depois, silêncio.

A licença da companhia Lamia, proprietária da aeronave acidentada, foi suspensa nesta quinta-feira pelo governo boliviano que ordenou uma investigação pelo acidente.  No avião, que cobria a rota Santa Cruz de la Sierra-Rionegro, viajavam jogadores e diretores da Chapecoense, que iriam disputar em 30 de novembro a partida de ida da final da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional. Junto com eles estavam 20 jornalistas esportivos.

A tragédia é investigada pelas autoridades da aviação colombiana, junto com especialistas internacionais, que advertiram que as conclusões sobre as causas do acidente levarão, pelo menos, seis meses.

Fonte: AFP

 

terça-feira, 29 de novembro de 2016

Avião com time da Chapecoense cai na Colômbia: 75 mortos e 6 sobreviventes

Time seguia para Medellín, onde faria primeiro jogo da final da Copa Sul-Americana

[atualização: o número de sobreviventes passou de 5 para 6]
 
O avião que levava a equipe da Chapecoense para o primeiro jogo da final da Copa Sul-Americana caiu na madrugada desta terça-feira, nas proximidades de La Ceja, na Colômbia. O chefe da polícia de Antioquia, general Jose Azevedo, confirmou que há 76 mortos. São cinco sobreviventes, todos identificados: Alan Ruschel, lateral do time; Danilo, goleiro; Jackson Follman, goleiro; Ximena Suárez, comissária de bordo; e Rafael Henzel, jornalista. No voo estavam 72 passageiros e nove tripulantes. Seis pessoas tinham sido resgatadas com vida, mas uma delas morreu a caminho do hospital. A aeronave pertencia à companhia boliviana Lamia, e perdeu contato com a torre de controle ao sobrevoar o uma região montanhosa no município de La Ceja, perto de Medellín, no noroeste da Colômbia, por volta de 22h15m de segunda-feira (hora local). O avião teria sofrido falha elétrica, e o piloto descartou combustível antes de tentar pouso forçado. 
 Dentre os 72 passageiros, 48 eram integrantes da delegação da Chapecoense, que levou, além da comissão técnica, vários dirigentes. Estavam a bordo, ainda, 21 jornalistas e três convidados do clube.  O time da Chapecoense viajava para Medellin, onde na quarta-feira faria o primeiro jogo da final da Copa Sul-Americana, contra o Atlético Nacional. Os jogadores decolaram do aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, na segunda-feira, e chegaram a fazer escala técnica em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia. A delegação teve que mudar seu plano de voo por uma decisão da autoridade da aviação brasileira, que o impediu de ir para Medellín num avião fretado desde Chapecó.

O prefeito de Medellín disse através de seu perfil no Twitter que a prefeitura disponibilizou a rede de hospitais e enviou uma equipe do Departamente Administrativo de Gestão de Risco e Desastre ao local do acidente.  A Confederação Sul-americana de Futebol confirmou que foi notificada por autoridades colombianas sobre o acidente envolvendo a aeronave que transportava a equipe da Chapecoense. No comunicado, a Conmebol lamenta o ocorrido: "A família Conmebol lamenta enormemente o ocorrido. Todas as atividades da confederação estão suspensas até um novo aviso", consta em um trecho da nota.

Ainda de acordo com o comunicado, o presidente da confederação, Alejandro Domínguez, está a caminho de Medellín. Um vídeo publicado na página da Chapecoense em uma rede social mostra a equipe e os jogadores do time no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, momentos antes do embarque. No registro, o gerente de futebol do clube, Cadu Gaúcho, afirmou que essa seria a viagem "mais importante do clube até agora".  A cada ano que passa a gente vai conseguindo marcar a história do clube. A gente espera que, novamente, numa final inédita sul-americana, a gente possa fazer um primeiro jogo muito bom — disse ele no vídeo.


Em seu perfil no Twitter, o Atlético Nacional lamentou o acidente e prestou solidariedade a Chapecoense: "Nacional lamenta profundamente e se solidariza com @chapecoensereal por acidente ocorrido e espera informação das autoridades."


Fonte: O Globo