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quarta-feira, 27 de abril de 2016

Nem ao PT interessa eleição presidencial este ano



Por que Dilma diz que impeachment é golpe, e ele não é? E por que Temer diz que eleição direta para presidente da República, este ano, seria golpe, e de fato seria?
Impeachment não é golpe porque está previsto na Constituição. Se o Congresso julga e condena o presidente por crime de responsabilidade, ele perde o mandato e é substituído. 

Eleição direta para presidente em data não prevista no calendário é golpe porque não está previsto na Constituição como meio de substituir um presidente deposto ou ameaçado de ser deposto.

Dilma, Lula e o PT advogam eleição direta em outubro próximo não porque acreditam que ela seria desejável ou possível. Procedem assim só para causar embaraços políticos ao governo Temer em formação.

Desejável, nem mesmo para o PT seria. O partido atravessa seu pior momento desde que foi fundado. O prestígio de Lula desabou e ele está às voltas com denúncias acumuladas pela Lava-Jato.  Como ele e o PT imaginariam sair vitoriosos em uma eleição fora de hora e disputada em circunstâncias tão adversas? O mais provável é que fossem derrotados. Como deverão ser nas eleições municipais já marcadas.

Fonte: Blog do Noblat

domingo, 6 de março de 2016

Pimenta nos outros, pode. Em Lula, não. É isso?

Na última sexta-feira, o ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, foi a primeira voz de respeito a censurar a decisão do juiz Sérgio Moro favorável ao emprego da condução coercitiva para que Lula fosse depor aos procuradores da Lava-Jato. "Condução coercitiva? O que é isso? Eu não compreendi. Só se conduz coercitivamente, ou, como se dizia antigamente, debaixo de vara, o cidadão que resiste e não comparece para depor. E o Lula não foi intimado", afirmou o ministro.

Condução coercitiva quer dizer condução obrigatória. De fato, Lula não fora intimado. Agentes federais amanheceram no seu apartamento de São Bernardo do Campo e o lavaram para depor em uma delegacia da Polícia Federal no aeroporto de Congonhas. Ele ficou ali por três horas. Naquele dia, a prefeitos que se reuniram com ela no Palácio do Planalto, a presidente Dilma havia manifestado seu "absoluto inconformismo" com a "desnecessária" condução coercitiva de Lula, que "por várias vezes compareceu de forma voluntária para prestar esclarecimentos".

Dito assim, parece que Lula saiu por aí batendo em portas de delegados e de procuradores se oferecendo para esclarecer isso ou aquilo. Não foi assim. Intimado a depor várias vezes, ele atendeu a algumas intimações. E conseguiu driblar outras. [Lula atendia quando o depoimento era sobre assuntos vagos, mas, quando se tratava de intimações para esclarecer as vantagens indevidas que ele recebeu de empreiteiras, Lula encontrava uma forma de driblar. 
Para ficar na mais recente, a dos promotores, ele além de mandar aquele deputado petista, um pau mandado cujo nome não vale a pena decorar, impetrar MANDADO DE SEGURANÇA, ainda alertou as GANGs petistas, apelidadas de 'movimentos sociais' para ficarem a postos no Foro de Barra Funda para impedir eventual depoimento.]
 
Das dezenas de vozes que protestaram contra a condução coercitiva de Lula, entre elas as de juristas, a voz de Rui Falcão, presidente do PT, foi a mais inflamada, a ponto de provocar tensão entre generais do Alto Comando do Exército, em Brasília. Rui disse:
- A condução coercitiva de Lula representa um ataque à democracia e à Constituição. Trata-se de novo e indigno capítulo na escalada golpista que busca desestabilizar o governo da presidente Dilma Rousseff, criminalizar o PT e combater o principal líder do povo brasileiro.

Tudo é golpe para o PT. Quando o escândalo do mensalão ameaçou encurtar o mandato de Lula, o PT falou em golpe. O pedido de impeachment de Dilma foi e é tratado como golpe. A humilhação de Lula foi mais um capítulo do golpe que está em marcha.
Está tudo bem, tudo muito bem, só não dá para entender uma coisinha: por que nenhuma das vozes que se revelaram inconformadas com a condução coercitiva de Lula se fez ouvir quando outros envolvidos com a Lava-Jato foram conduzidos coercitivamente para depor? Não repararam? Não se tocaram?

Só vale para os outros a condução coercitiva, para Lula, não? É capaz de valer para importantes empresários, alguns deles presos; ultimamente para políticos; e para gente comum. Aliás, para esse tipo de gente sempre valeu. Quem se incomoda com ela? Mas para Lula, não? Por quê?

Ex-presidente da República não tem direito a fórum privilegiado. Está sujeito à Justiça de primeira instância. Como os demais cidadãos, pode apelar de decisões da primeira instância às instâncias superiores da Justiça. E é só. Não tem direito a nenhum tratamento especial.

O mais espantoso é que Lula não foi o primeiro, nem o segundo, nem será o último suspeito da roubalheira na Petrobras a ser conduzido para depor “sob vara”, como prefere o ministro Marco Aurélio. Antes dele, 116 suspeitos foram alvo de condução coercitiva. Lula foi o 117º.   É como observa com razão a nota oficial distribuída, ontem, pela força-tarefa do Ministério Público encarregada da Lava-Jato:
"Houve no âmbito da Lava Jato 117 mandados de condução coercitiva. Apenas em relação à do Sr. Luiz Inácio Lula da Silva houve manifestação de opiniões contrárias. Conclui-se que esses críticos insurgem-se não contra o instituto da condução coercitiva em si, mas sim pela condução coercitiva de um ex-presidente da República".
 
Os procuradores reconhecem que Lula merece respeito, mas apenas "na exata medida do respeito que se deve a qualquer outro cidadão brasileiro".
Estão certos.

Lula, somente ele, é o responsável pela situação em que se encontra. Não foram seus adversários que o levaram a prevaricar. Não foram as elites que o forçaram a se corromper. Ninguém o obrigou a jogar na lama sua fama de homem decente.  Lula é vítima de Lula, da sua ambição desmedida pelo poder, do seu encantamento por um mundo ao qual sempre quis pertencer, da falta de solidez dos seus compromissos com valores e princípios que dizia cultivar. É triste que termine assim.

Fonte: Blog do Noblat