Alguém porventura já parou para pensar, “arriscando” chegar à conclusão que os governos oriundos do “Regime Militar”, da Revolução (ou “golpe”,como preferirem) de 1964,que permaneceu até l985, cujos cinco (5) presidentes não foram eleitos diretamente pelo povo, todavia saíram-se, sem exceção, muito melhores que todos os outros governos,anteriores ao Regime Militar e, principalmente,posteriores?
Em todo esse tempo de “governos civis”, quantos aventureiros, oportunistas,falsários,demagogos e corruptos sairam consagrados das urnas para usar a faixa presidencial e outros cargos eletivos, porém acabaram estagnando, ou até regredindo o país, política, moral, econômica, e socialmente ?
Como explicar,por exemplo,que os Estados Unidos,comparado ao Brasil, os quais têm praticamente a mesma “idade”,são tão diferentes,um muito rico,inclusive o seu povo,e outro muito “pobre”,mais ainda o seu povo,desde o momento em que as potencialidades e riquezas dadas pela natureza a cada um privilegiaram muito mais o Brasil,em detrimento dos ”States”?
E que na questão do desenvolvimento,a partir das respectivas potencialidades humanas e riquezas naturais de cada qual,essa equação se inverte? Qual a melhor explicação? Seria mérito e demérito dos respectivos povos? Dos seus políticos e governos?
Teria razão o filósofo francês Joseph-Marie De Maistre,de que “o povo tem o governo que merece”?
E “avançando o sinal”,que “cada povo tem a realidade política,social,moral econômica ,“dirigida” por seus políticos ,que também merece”?
Como explicar que os presidentes “civis” escolhidos pelo povo na prática da sua democracia deturpada foram sempre muito piores que os outros que não foram escolhidos em eleições diretas pelo povo,ou indiretas,pelo Congresso (Tancredo Neves/José Sarney)?
Como explicar que os governos militares,de 1964 a 1985, fizeram muito mais em benefício do povo do que todos os outros que os sucederam,de 1985 a 2022,ou seja,durante 37 anos, passando por José Sarney, Collor de Mello,Itamar Franco,Fernando H.Cardoso,Lula da Silva,Dilma Rousseff,Michel Temer e Jair Bolsonaro?
E sem falar que “antes” de 64,tivemos o tresloucado Jânio Quadros? E Jango Goulart,que terminou o mandato de Jânio,devido à sua renúncia,até ser apeado do poder em 1964?
Qual a razão do Brasil ter ficado completamente estagnado em obras de infraestrutura,de maneira que as obras dos governos militares ,que não foram eleitos,realizadas durante 21 anos ,praticamente “congelaram” de lá para cá?
Que quase nada foi feito nesses 37 anos,além de muita politicagem, corrupção,e gastança inútil dos tributos “extorquidos” do povo,inclusive para sustentar uma ”máquina pública” mas cara que a de qualquer outro país mais rico?
É claro que nossas conclusões poderiam ser rebatidas pelo fato do Governo Bolsonaro estar “entupido” de militares, havendo generais e outros oficiais superiores por todos os cantos, até para “servir cafezinho”,além naturalmente,do próprio Presidente ter sido um militar (capitão), cuja saída do Exército até hoje não ficou bem esclarecida,para “se meter” na política. [a sentença do Superior Tribunal Militar, Instância máxima da Justiça Militar da União, é de clareza solar ao não condenar Bolsonaro e permite a dedução da saída ter sido motivada pelo capitão entender que na política poderia servir melhor ao Brasil - o que fará com o fim da pandemia e sua reeleição em outubro 2022.]
Essa enorme diferença entre os governos nos “dois tempos” só pode ter uma explicação. Quem já pensou que enquanto o “cérebro militar” governou de 64 a 85,o “cérebro político” se adonou do poder posteriormente,de 1985 a 2022?
Que os militares que governaram de 64 a 85 assumiram o governo, mas não se transformaram nessa “praga” chamada “políticos”?
E que os militares que entraram no governo junto com o “capitão” Jair Bolsonaro deixaram de ser militares e se transformaram em meros “políticos”,com todas as suas deficiências,sem terem a “malandragem” necessária, só presente nos políticos de carreira?
E que o mesmo acontece com o próprio Presidente Bolsonaro,cuja inércia para afastar os obstáculos,sabotagens e boicotes ao seu governo,com o remédio “devido”,claramente previsto na constituição, certamente não significa menos que a preponderância na sua pessoa, do político”,ao invés do “militar”,como aconteceu nos governos de 64 a 85?
Será que deu para entender porque os políticos “demonizam” tanto os militares,dando a entender nos seus discursos que só “eles” teriam capacitação para governar,jamais os militares?
O que teria o militar a “menos”que qualquer outra profissão que pode livremente se dispor a governar?
Civil pode,e militar,não?
Será que o grande “álibi” dos políticos seria a sua grande capacidade de enganar o povo nas suas campanhas eleitorais,o que os militares não gostam e nem sabem fazer?
Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo