A pedido do governador de Roraima, Executivo federal avalia proibir a entrada de venezuelanos pelo estado, como forma de conter a propagação da Covid-19
O governo federal estuda a possibilidade de fechar a fronteira de Roraima com a Venezuela.
O pedido, do governador do estado, Antonio Denarium (sem partido), ao
ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, foi analisado em reunião,
ontem, na Casa Civil, do grupo interministerial criado para avaliar o
avanço do coronavírus no Brasil. [A fronteira já deveria ter sido fechada ainda no governo Temer - manter aberta foi um dos erros daquele governo e que permaneceu no governo Bolsonaro.
O risco do coronavírus é mais um agravante, sendo a causa principal a sobrecarga no já combalido sistema de saúde e mesmo o desemprego no Brasil.
Temos o DEVER HUMANITÁRIO de ajudar os imigrantes, os refugiados, mas quando para ajudá-los temos que sacrificar a vida dos nacionais, esse dever perde o sentido = distribuir desemprego não ajuda a ninguém.
Cada imigrante venezuelano que ingressa no Brasil, significa um emprego a menos para um brasileiro - que não escolheu nascer no Brasil, enquanto o imigrante optou até por saber que recebe um tratamento completo, incluindo no pacote um emprego.
Um país com 11.000.000 de desempregados não pode empregar estrangeiros.]
Durante
a semana, Mandetta já tinha dito que a nação vizinha é a “única que
realmente dá preocupação”. “A Venezuela não tem sistema de vigilância.
Não sei o que acontece lá”, frisou o ministro, em sessão na Câmara.
Ontem, a Venezuela confirmou os dois primeiros casos da Covid-19. Por
enquanto, porém, não há nenhuma decisão oficial do governo brasileiro
de impedir a entrada de venezuelanos. O martelo será batido apenas com o
consentimento do presidente Jair Bolsonaro. Enquanto isso,
parlamentares de Roraima reforçam o pedido ao Palácio do Planalto. “Precisamos,
urgentemente, fechar as fronteiras, segurar fronteira, segurar na
entrada para que ela (pandemia do coronavírus) não entre em nosso estado
e em nosso país”, afirmou o senador Mecias de Jesus (Republicanos-RR),
que participou do encontro entre Denarium e Mandetta.
Ele
destacou que “em Roraima, estamos, já há muito tempo, numa situação em
que a saúde precisa urgentemente de apoio, porque não estamos
conseguindo atender os brasileiros e os venezuelanos que já residem lá”.
“Nós não temos condições de suportar essa pandemia lá em Roraima. Temos
mais de 100 mil venezuelanos nas nossas ruas. O nosso sistema de saúde
já está carcomido, já está ruim”, argumentou. “Se tivermos essa
pandemia, se chegar o coronavírus com a força que ele chega a todos os
países, certamente será desastroso para o Brasil e para o estado de
Roraima.”
Da reunião de ontem participaram
ministros de 12 pastas, como o próprio Mandetta e Paulo Guedes, da
Economia. “Cada ministério apresentou os impactos em suas áreas e o que
necessitam executar e articular com os demais ministérios ou
congêneres”, afirmou o porta-voz da Presidência da República, Otávio
Rêgo Barros. “As medidas preventivas e de monitoramento foram
intensificadas, sendo coordenadas pelo Ministério da Saúde junto às
Secretarias de Saúde dos estados e municípios.”
“Nós
não temos condições de suportar essa pandemia lá em Roraima. Temos mais
de 100 mil venezuelanos nas nossas ruas. O nosso sistema de saúde já
está carcomido, já está ruim”
Mecias de Jesus, senador
Notícia Política - Correio Braziliense