Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
Trata-se
de uma prática não baseada em evidências científicas, não regulamentada
pelo CFM e que pode trazer lesões e efeitos adversos aos pacientes
Ludhmila Hajjar
A Covid-19 deixou marcas indeléveis no nosso país. Perdemos mais de 700
mil vidas, sofremos as complicações da Covid longa, temos os desafios
de lidar com o extenso número de pessoas nas filas para procedimentos
cirúrgicos e exames diagnósticos, vivemos o aumento significante das
doenças cardiovasculares e do câncer, e ainda temos que lutar
diariamente contra a desinformação e contra a disseminação de
tratamentos ilusionistas.
A sanção da Lei 14.648, de 04/08/2023,que autoriza a ozonioterapia no
território nacional como tratamento complementar para uma série de
doenças, remonta ao período do negacionismo que tanto combatemos.
Trata-se de uma prática não baseada em evidências científicas, não
regulamentada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e que pode trazer
lesões e efeitos adversos aos pacientes. Durante a pandemia, ganhou
destaque por ser defendida como uma terapia eficaz contra o coronavírus
por leigos e grupos anti-ciência que tanto fizeram para destruir as
recomendações corretas e respaldadas para o controle da doença.
A Agência Nacional de Vigilância sanitária (Anvisa), desde 2022,
declara que a ozonioterapia só pode ser utilizada na dentística, na
periodontia, na endodontia e para auxílio à limpeza e assepsia de pele,
uma vez que para outras finalidades não há comprovação de eficácia e de
segurança. Entidades como a Academia Nacional de Medicina (ANM) e a
Associação Médica Brasileira (AMB) se posicionaram publicamente pelo
veto diante da falta de evidências científicas que sustentem a indicação
da prática.
Infelizmente, nos últimos anos, disseminam-se clínicas e consultórios
oferecendo aplicações do gás ozônio através do ânus, da vagina e por via
intravenosa como promessa de cura do câncer, de infecções virais,
endometriose, doenças cardiovasculares e depressão, e inúmeros pacientes
se veem explorados pagando altos preços por uma terapia inerte.
Em 2018, o Ministério da Saúde divulgou uma portaria que incluía a
ozonioterapia à Política Nacional de Práticas Integrativas e
Complementares do Sistema Único de Saúde (SUS). O documento autorizava
sem bases fundamentadas que a técnica fosse praticada por diferentes
profissionais de saúde como terapia integrativa (e complementar) em
doenças cardiovasculares, para alívio da dor, cicatrização de feridas,
doenças inflamatórias crônicas, entre outras situações. No entanto,
ainda em 2018, o Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou uma
resolução classificando a ozonioterapia como um procedimento de caráter
experimental, cujo uso deveria ser limitado apenas para estudos e ao
ambiente acadêmico.
O uso da ozonioterapia é bastante antigo: há relatos de que o gás
ozônio, descoberto em 1840, tenha sido usado por soldados alemães para
tratar feridas durante a Primeira Guerra Mundial.
Acredita-se que o
ozônio atue para melhorar a oxigenação dos tecidos e para fortalecer o
sistema imunológico por meio de mecanismos celulares em resposta a um
estresse oxidativo.
Porém, até o momento, a ozonioterapia para
tratamento de doenças crônicas não significa nada além de crença, de
misticismo, de ilusão.
A ciência no Brasil sofreu uma redução de 7,4% em 2022em comparação a
2021, registrando o pior índice entre 51 países analisados, comparável
ao desempenho da Ucrânia, um país em guerra.
Com 10 milhões de
analfabetos e milhares de pessoas sem educação de qualidade, temos uma
população vulnerável, que precisa ser protegida por políticas públicas
sedimentadas e pela informação adequada.
Não à ozonioterapia, não ao
charlatanismo e sim à ciência.
Ação é parte de denúncia feita pela Defensoria Pública do Rio de Janeiro; governo tem quatro meses para se manifestar
A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) intimou o governo
brasileiro a se manifestar em relação a uma denúncia, feita pela
Defensoria Pública do Rio de Janeiro (DPRJ), sobre a atuação na pandemia
e problemas de acesso à saúde pública. A petição foi movida em 2018 com
base na insuficiência e má gestão de leitos em Unidades de Terapia
Intensiva (UTI), que levaram a recorrentes violações aos direitos
humanos, afirma a defensora pública e coordenadora de Saúde e Tutela
Coletiva (COSAU) da DPRJ, Thaisa Guerreiro, uma das autoras da petição.
Porém, foi atualizada neste ano para incluir a “falta de ação” do
governo no combate à Covid-19, como na demora em adquirir vacinas e
implementar medidas restritivas.[quem esse pessoal dessa tal CIDH imaginam que são?
intimar o Governo de uma NAÇÃO SOBERANA sobre assunto interno da intimada!!! aliás, em nossa opinião, deveria ser considerado crime qualquer brasileiro denunciar o Brasil. Salvo engano, essa Comissão é a mesma que através de um dos seus comitês queria em 2018 ou 2019 soltar o petista.
Um respeitoso pedido de esclarecimentos seria aceitável - jamais intimar.]
No final de julho, a CIDH deu um prazo de três meses, prorrogável se
necessário para quatro, para que o governo apresente justificativas
sobre as alegações. A etapa é anterior ao possível encaminhamento do
caso para ser julgado em audiência na Corte. Thais explica que o
objetivo é que a denúncia, caso leve a uma condenação, chame atenção
para a atuação do país.— Um dos efeitos do sistema internacional de proteção dos direitos
humanos é o constrangimento do país pelos erros cometidos caso o país
seja condenado. No caso, o Brasil aderiu ao pacto e se comprometeu a
proteger a vida e a saúde, e ele está violando isso com a falta de
leitos e a resposta à pandemia — afirma a defensora.
Ao incluir as medidas referentes à crise sanitária na denúncia, os
defensores escrevem que "lamentavelmente, desde o início da pandemia,
interesses políticos e ideológicos prevalecem sobre os critérios
técnicos e científicos reconhecidos nacional e internacionalmente e
ditam a postura do Governo Federal e de seus aliados políticos à frente
de Estados e Municípios no enfrentamento da COVID-19, gerando o estado
de completa e escancarada descoordenação nacional e o gravíssimo estado
de coisas inconstitucionais e de violação de direitos humanos que
chocaram e ainda chocam o mundo”.
Relator já havia votado para rejeitar todos os pedidos do presidente
O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu
vista e interrompeu o julgamento de 20 recursos apresentados contra
quatro inquéritosque têm o presidente Jair Bolsonaro ou aliados como
alvos.
Antes dele, apenas o relator, o ministro Alexandre de Moraes,
votou para negar todos os recursos, ou seja, para manter as
investigações e outras decisões tomadas ao longo das apurações.
O ministro do STF André MendonçaCarlos Moura/SCO/STF
Assim, os quatro inquéritos — que apuram a participação do presidente
no vazamento de dados sigilosos de uma investigação, uma "live" em que o
presidente associou erroneamente a vacina da Covid-19 à aids, ataques
ao STF, e a preparação dos atos do Sete de Setembro do ano passado —
permanecem válidos. Não haverá, no entanto, por enquanto, a chancela dos
demais ministros.
O julgamento ocorria no plenário virtual, em que os ministros votam
pelo sistema eletrônico da Corte, sem se reunirem. Antes de sua
interrupção, o prazo para a votação terminaria na sexta-feira da semana
que vem. Não há previsão de retomada do julgamento, algo que depende
agora de Mendonça.
Em nota divulgada depois dos pedidos de vista, Moraes divulgou a lista
de todos os recursos, tanto nos inquéritos que são públicos, como nos
sigilosos. O gabinete negou a informação de que tivesse pautado para
julgamento"qualquer recurso contra decisão que determinou a análise e
elaboração de relatório de material obtido a partir de determinação de
quebra de sigilo telemático".
Vazamento de dados Um dos inquéritos foi aberto para apurar a participação do presidente no vazamento de informações sigilosas de uma outra investigação sobre um ataque hacker ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Embora essa apuração tenha concluído que as urnas eletrônicas não foram afetadas, Bolsonaro usou o episódio para tentar desacreditar o sistema de votação usado no Brasil. Bolsonaro apresentou um recurso contra a abertura do inquérito que
investiga o vazamento.
O presidente também era contra o fato de a
investigação ser tocada por Moraes, ministro com quem ele já teve vários
atritos.
Em geral, processos no STF têm seus relatores sorteados de
forma eletrônica. Nesse caso, porém, o inquérito foi para Moraes, por
ele ser o relator do chamado"inquérito das fake news",[denominado pelo então ministro Marco Aurélio de 'inquérito do fim do mundo'.]que apura
ataques à Corte.
"Não havendo dúvidas, portanto, de que a divulgação de dados de
inquérito sigiloso da Polícia Federal pelo Presidente da República,
através de perfis verificados nas redes sociais, teria o objetivo de
expandir a narrativa fraudulenta que se estabelece contra o processo
eleitoral brasileiro, com objetivo de tumultuá-lo, dificultá-lo,
frustrá-lo ou impedi-lo, atribuindo-lhe, sem quaisquer provas ou
indícios, caráter duvidoso acerca de sua lisura, revela-se
imprescindível a adoção de medidas que elucidem os fatos investigados,
especialmente no que diz respeito à divulgação de inquérito sigiloso,
que contribui para a disseminação das notícias fraudulentas sobre as
condutas dos Ministros do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal
Superior Eleitoral e contra o sistema de votação no Brasil, o
encerramento da investigação, por ausência de justa causa, se revela
absolutamente prematuro", diz trecho do voto de Moraes. [COMENTÁRIO: o presidente Bolsonaro divulgou dados do inquérito no dia anterior à decretação que tornou sigiloso o inquérito.]
Ele também disse que o recurso de Bolsonaro "não traz qualquer
argumento apto a alterar a decisão". Refutou ainda o argumento de que o
inquérito deveria ser anulado por ter sido aberto sem ouvir antes a
Procuradoria-Geral da República (PGR). Moraes, porém, citou trecho de
parecer da própria PGR, segundo a qual, “embora inexistente pedido
prévio da Procuradoria-Geral da República para a instauração do
inquérito, vindo os autos este órgão ministerial não se opôs à
instauração, tendo, aliás, indicado diligências investigativas diversas
das já deferidas pelo Ministro Relator”.
Live da aids Bolsonaro também é alvo de inquérito aberto apurar as declarações dadas em "live" em 21 de outubro de 2021, quando ele apontou uma ligação entre a vacinação contra a Covid-19 e o desenvolvimento da Aids, o que não é verdade. Essa investigação tem origem na CPI da Covid, que funcionou no Senado no ano passado. [CPI da Covid = aberta por intervenção de ministro do STF na autonomia do Senado, que determinou sua instalação;
CPI presidida pelo senador Aziz, relatada pelo senador Calheiros e tendo como vice o senador Rodrigues = trio que dispensa apresentações;
CPIque denunciou dezenas de pessoas, só que esqueceu de juntar provas que sustentassem as acusações apresentadas;
a CPI foi tão ridícula que terminou alcunhada pela imprensa de Circo Parlamentar de Inquérito.]A PGR então recorreu, alegando que o inquérito não poderia ter sido aberto a pedido à CPI, e dizendo que deveria ter sido sorteado o relator, em vez de o caso ter ido automaticamente para Moraes.
O voto de Moraes foi curto. Ele argumentou que a PGR "não apresentou
qualquer argumento minimamente apto a desconstituir entendimento da
decisão". Destacou também que "este inquérito está tramitando
regularmente, tendo o seu prazo sido prorrogado por mais 60 (sessenta)
dias por meio de despacho de 9/6/2022, de modo que deve se aguardar o
decorrer das investigações para a análise das questões incidentais
trazidas pela Procuradoria-Geral da República".
Havia ainda um recurso de uma pessoa que queria ingressar como
interessado no inquérito da "live" da aids, o que tinha sido negado por
Moraes. O ministro votou agora para negar mais uma vez o pedido. Nesse
caso, não houve pedido de vista de André Mendonça.
Inquérito das "fake news" Havia ainda dez recursos contra decisões tomadas no inquérito das fake news. Alguns deles foram apresentados por aliados de Bolsonaro, como o empresário Luciano Hang, contra o bloqueio de perfis em redes sociais, e a deputada Bia Kicis (PL-DF), que queria levantar o sigilo dos autos. Também havia pedidos do Twitter e do Facebook contra o bloqueio de perfis de usuários. Moraes votou para negar todos, mais depois houve pedido de vista de Mendonça.
Sete de Setembro Moraes também votou para rejeitar oito recursos aberto para investigar a preparação dos atos de Sete de Setembro do ano passado. Entre os alvos estão alguns bolsonaristas, como o deputado Otoni de Paula (MDB-RJ), o cantor e ex-deputado, Sérgio Reis, e Marcos Antônio Pereira Gomes, conhecido como “Zé Trovão”.
Dos oito recursos, sete eram do Facebook, Twitter e Google contra o
bloqueio de perfis. O outro era de Otoni de Paula, que também queria
reverter o bloqueio nas redes sociais. André Mendonça pediu vista em
todos.
A pandemia da covid-19 acabou. O diagnóstico partiu dos especialistas
mais confiáveis — aqueles que acertaram suas interpretações dos dados
durante a pandemia, em especial John Ioannidis, da Universidade de
Stanford.
Foto: Shutterstock
Agora a doença se junta a uma longa lista de patógenos que coexistem com os humanose com os quais lidamos de modo local e direcionado, quando e se ocorrem surtos. Como a gripe.
Não fazemos testes para esses patógenos se não temos sintomas.
Não isolamos pessoas mesmo que elas tenham sintomas.
Não esperamos que a população inteira se vacine contra esses patógenos.
Não acompanhamos obsessivamente o aumento ou a diminuição de casos entre a população.
É o estágio no qual deveríamos estar com relação à covid-19 neste momento. Se o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos anunciasse amanhã que a pandemia acabou,aqui estão algumas das grandes mudanças a que deveríamos assistir:
não haveria mais testagem de grandes parcelas da população. O resultado desses testes, a menos que se estivesse tentando limitar a proliferação da doença ou localizar áreas de infecção especificamente alta, é insignificante: mesmo que a população tenha resultado positivo nos testes, não é preciso tomar nenhuma atitude. Todo mundo será exposto ao vírus em algum momento, e muitos de nós já fomos. A maioria não vai lidar com sintomas graves nem vai morrer;
não haveria mais justificativa para a obrigatoriedade do uso de máscaras em nenhum lugar — nem nos transportes, nem nos serviços de saúde, nem nas escolas. Indivíduos que se sentirem mais protegidos cobrindo o rosto poderiam continuar usando máscara, mas ninguém precisaria fazê-lo por causa da covid-19. Lembrete: a justificativa para a OBRIGATORIEDADE do uso de máscaras é que, quando todos usam máscara, isso supostamente diminui a velocidade de alastramento da doença. Se não estamos mais nos preocupando com a rapidez, a vagarosidade ou até mesmo se a doença está se espalhando, essa obrigatoriedade deixa de fazer sentido. (O que não é a mesma coisa que dizer que as máscaras não funcionam, trata-se de uma questão diferente.);
não haveria razão para a obrigatoriedade da vacina, para passaportes de vacinação nem para longas discussões sobre vacinar crianças ou qualquer pessoa. Quem quiser se vacinar ou aos seus filhos pode fazê-lo. E quem não quiser se vacinar não estará colocando ninguém em risco.
O estado louco de limbo Por que então nenhuma dessas coisas aconteceu ainda?
Por que, se os dados e os especialistas dizem que a pandemia acabou, o nosso comportamento não reflete essa realidade?
O que está nos impedindo — a nós de modo geral e às autoridade de saúde em especial — de finalmente dar fim a uma desgastante histeria pandêmica e garantir a todos que podemos tocar a vida?
Quem se beneficia dessa covid-19 sem fim?
A resposta inclui todos os componentes do complexo industrial pandêmico: políticos, a burocracia da saúde pública, grande parte da mídia, os fabricantes de máscaras, testes e vacinas e o segmento do público cujas ansiedades e sinalização obsessiva de virtude mapeiam perfeitamente o pânico da pandemia.
Nós nos encontramos em um estado louco de limbo: não existe mais uma grave ameaça da covid-19(como o próprio Anthony Fauci admitiu). No entanto, estamos apegados às reações cuja única justificativa era lidar com a grave ameaça da covid-19.
Estamos apegados às reações cuja única justificativa era lidar com a grave ameaça da covid-19
A razão, eu argumentaria, é que o complexo industrial da pandemia não pode e não quer ceder.
Se deixarmos a pandemia para trás, como ela já está tecnicamente, então…
…os políticos que lidaram com suas bases apoiando as medidas mais draconianas (e demonizando qualquer um que as questionasse, como se fossem assassinos negacionistas de bebês) terão de encontrar novas razões para retratar seus oponentes como monstros.(Sim, estou falando de vocês, da esquerda. Como uma democrata de inclinação esquerdista de longa data, estou horrorizada com o seu pensamento coletivo lamentável e, no fim das contas, desastroso.)
…as autoridades de saúde pública que conquistaram tanta fama e adulação por encontrar ainda mais variantes para monitorar e razões para se manterem vigilantes vão perder os holofotes. Terão de voltar ao seu trabalho anônimo e complicado, em que elas supostamente administram todos os aspectos do que mantém uma população saudável.
É tão mais fácil se concentrar em apenas uma doença!
Eles também terão de lidar com as catástrofes de saúde pública em termos de vícios, saúde mental, déficits de escolarização, doenças não tratadas etc. que a devastadora guerra global contra a covid-19 causou.
…os veículos de mídia e plataformas on-line não vão mais poder capturar suas audiências e seus públicos-alvo com mapas vermelhos sangrentos, contagens de casos disparadas e previsões apocalípticas.
A transição de Donald Trump para a covid-19 como um inimigo infalível ajudou toda a imprensa a se manter sensacionalmente relevante.
Aliás, eu diria que, para um grande segmento da mídia, assim como para parte mais à esquerda do país, combater a covid-19 substituiu quase perfeitamente o combate a Trump.
Foi como a reação à doença se tornou tão irremediável e destrutivamente politizada.
…os mercados multibilionários de máscaras, testes e vacinas vão diminuir consideravelmente, deixando o que imagino que vão se tornar enormes pilhas de medicamentos e equipamentos sem uso. É provável que os preços de ações e os retornos dos investidores nas indústrias e empresas relacionadas caiam.
…todas as pessoas, a maioria nas cidades costeiras ditas esquerdistas, como a Filadélfia, onde vivo, que passaram dois anos usando mais máscaras, tomando mais vacinas, defendendo mais fechamentos de escolas e se sentindo infinitamente superiores a qualquer um que sugerisse que essas medidas são ruins ou ineficazes, terão de encontrar uma nova causa com que ficar superansiosas e superbravas.
São muitos os interesses fortes que precisam ser combatidos se quisermos voltar ao normal. É muita pressão para as autoridades de saúde pública enfrentarem se quiserem transmitir uma mensagem clara sobre o fim da pandemia.
Como diminuímos a pressão de todos os componentes do complexo industrial da pandemia para podermos voltar de modo pleno a algo minimamente parecido com a normalidade? Eu gostaria de saber.
Debbie Lerman é formada pelo Departamento de Inglês da Universidade de Harvard. Aposentada, ela escrevia sobre ciências e atualmente é artista na Filadélfia, nos Estados Unidos
No ano passado, país ocupava o 21º lugar em levantamento com 34 países.
Avanço brasileiro é explicado por diferença no ritmo de reabertura da
economia entre as nações
Lojas no Saara, no Rio: com menos restrições, economia ganha força e
Brasil sobe em ranking global de crescimento — Foto: Fabiano Rocha
O Brasil melhorou sua posição no ranking de crescimento global neste
primeiro trimestre de 2022. Segundo levantamento feito pela agência de
classificação de risco Austin Rating, com avanço de 1% entre janeiro e março deste ano,o país ocupa a 9ª posição no índice que considera 34 países. O Brasil
terminou o ano de 2021 na 21ª posição neste mesmo ranking.
No topo do ranking apareceu o Peru, com crescimento no primeiro
trimestre de 2%, seguido das Filipinas (crescimento de 1,9%) e Canadá
(1,6%).A China apareceu na quinta colocação, com expansão de 1,3% no
período.
Para Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating, o setor de
serviços carregou o Produto Interno Bruto (PIB) nas "costas" neste
primeiro trimestre. O crescimento de 1% surpreendeu o economista, que
esperava uma expansão de 0,6% no período.- O setor de serviço puxou o PIB neste primeiro trimestre, enquanto a
indústria continua patinando e a agropecuária recuou. A retomada de
atividades como transportes, turismo, comércio, foi fundamental para
este crescimento após as medidas drásticas tomadas durante a Covid-19 -
diz Agostini.
Países ricos crescem menos e China fica em quinto lugar
Ele observa que enquanto a economia brasileira avançou 1%, outros
países com economias fortes como a Alemanha (crescimento de 0,2% no
primeiro trimestre e 20º lugar no ranking) e o Reino Unido(0,8%, 14º
lugar no levantamento) cresceram menos.
Xangai começa a retomar atividades após dois meses de restrições pela Covid-19
A média geral de crescimento dos 34 países foi de 0,3%.
Veja os países que mais cresceram no primeiro trimestre
A doutrinação esquerdista domina o pensamento acadêmico, desde os livros didáticos até as escolas e as universidades
7 de janeiro de 2021. Durante uma live para
estudantes, o professor Pedro Hallal, da Universidade Federal de
Pelotas, “ensinou” para seus alunos que o presidente Jair Bolsonaro
tentou “dar um golpe” na instituição, ao indicar para a reitoria a
terceira colocada na lista tríplice. [esse Hellal nunca mereceu nossa confiança, desde o inicio da covid-19, quando posava de 'especialista' em covid-19 e se limitava a repetir as bobagens que outros, também denominados 'especialistas' pela TV Funerária, já tinham expelido.]
Ilustração: Shutterstock
Durante a transmissão, Hallal chamou Bolsonaro de “defensor de torturador” e o “único chefe de Estado do mundo que não defende a vacinação contra a covid-19”. Não ficou por aí. O pró-reitor Eraldo Pinheiro tomou a palavra e qualificou o presidente de “sujeito machista, homofóbico e genocida, que exalta torturadores”.
14 de dezembro de 2020. Escola Municipal Guerino Zugno, em Caxias do Sul (RS). A professora Monique Emer se lamentava em sala de aula porque Pepe Vargas, candidato do PT, perdera a disputa pela prefeitura do município. Vargas foi ministro do Desenvolvimento Agrário da ex-presidente Dilma Rousseff.
Em um áudio vazado,Monique declara aos alunos: “Da direita, quanto mais morrerem de covid-19, aids, câncer fulminante, melhor. Já que a gente não pode fuzilar, então que vão à praça fazer bandeiraço e, se Deus quiser, morram tudo de covid. Adultos, mulheres, idosos e crianças. Não vale um, não se salva um”.
Em seguida, a educadora fez uma publicação em sua conta no Facebook defendendo a necessidade de “canalizar a revolta incendiária de estudantes” em prol de pautas de esquerda. “Onde está a resistência?”, perguntou a professora. “Barricadas? Incêndios? Mobilização popular?” Dias depois, Monique foi afastada do cargo pela Justiça.
“Esse imbecil ganhou porque a maioria votou” Professores deveriam ensinar suas matérias e não usar a influência que têm sobre os alunos para fazer doutrinação político-partidária. Mas isso não impede que eles ajam para influenciar diretamente os estudantes, inclusive nas escolas particulares.
Abril de 2019. Um professor de geografia ataca o presidente Jair Bolsonaro e seus eleitores. “Já pararam para pensar que esse imbecil ganhou porque foi a maioria que votou?”, pergunta o docente à classe, que se manteve em silêncio. “Mas sabe o que é pior? É quando a maioria que ganha quer que a outra parte se foda. Se a maioria ganha e quer ajudar o resto, é uma coisa, mas quando a maioria ganha e quer que o preto se ferre, o pobre se ferre, o gay se ferre e a mulher se ferre, aí é pior que uma ditadura.” Ele foi demitido depois de o vídeo ser publicado nas redes.
Na semana passada, outro caso chocou o país.A indígena Sônia Guajajara, ex-PT e atual Psol, ex-candidata a vice-presidente na chapa de Guilherme Boulos, dava uma palestra na Escola Avenues, em São Paulo, que cobra mais de R$ 12 mil de mensalidade de seus alunos.
Previsivelmente, a política psolista atacava o agronegócio brasileiro e o governo federal. Um estudante pediu a palavra e expôs seu ponto de vista, o que não agradou ao professor Messias Basques.
A arrogância do fake Harvard O professor constrangeu o aluno diante de uma plateia de 300 estudantes. “A minha recomendação é a seguinte: respeite-me, porque sou doutor em Antropologia”, disse. “Não tenho opinião, sou especialista em Harvard. Isso é ciência. No dia em que você quiser discutir conosco, traga seu diploma e sua opinião, fundamentada em ciência. Aí sim poderá discutir com um especialista em Harvard.”
A plateia, formada por adolescentes, aplaudiu a arrogância do educador. Basques, na verdade, não tem diploma na universidade norte-americana de Harvard,mas apenas o certificado de um curso on-line que custou US$ 250.
Uma das vítimas preferidas dos redatores dos livros didáticos é o agronegócio
Na sequência, Guajajara retomou sua apresentação e criticou “fazendeiros”, que, segundo ela, ocupam terras que deveriam ser redistribuídas para a população: “É preciso democratizar o acesso às terras”. Em carta, o aluno manifestou seu descontentamento. “Falar do agronegócio de maneira tão pejorativa, para uma audiência de 300 pessoas, deixou-me extremamente ofendido”, ressaltou. “Os pais dos meus amigos trabalham no agronegócio, minha família vem da agropecuária.” [a índia Guajajara deveria começar a democratização distribuindo para os brasileiros a imensidão de 'terras indígenas' que eles possuem e não trabalham nelas - dividindo a área total de terras indígenas no Brasil pelo número de índios, resulta mais de 4.000 hectares/índio. Um hectare equivale a um campo de futebol.]
Até o momento, o professor Messias Basques continua integrando o corpo docente da escola, apesar de manifestações de repúdio de diversos pais. A instituição emitiu uma nota minimizando o ocorrido.
100% de doutrinação A doutrinação em sala de aula começa nas páginas dos livros didáticos, cujo conteúdo é elaborado por professores universitários — a maioria com viés de esquerda. O cientista político Fernando Schüler, professor do Insper, conta o que descobriu, em 2016, ao se debruçar sobre os principais livros didáticos do Brasil, com o objetivo de responder à pergunta: há ou não doutrinação ideológica nesse material?
“Dos dez livros que analisei, 100% tinham um claro viés ideológico”, disse Schüler, numa entrevista a Oeste.“Não encontrei, infelizmente, nenhum livro ‘pluralista’ ou particularmente cuidadoso ao tratar de temas de natureza política ou econômica. São todos livros mancos. E sempre para o mesmo lado.”
Além do capitalismo e do conservadorismo,uma das vítimas preferidas dos redatores desses livros é o agronegócio, retratado como um vilão da natureza. Essa visão distorcida da realidade origina-se do estrabismo marxista sobre vários aspectos da sociedade, constatou o professor Mauro Aguiar, diretor do Colégio Bandeirantes, um dos mais tradicionais de São Paulo. “Existe um predomínio do pensamento de esquerda nas Ciências Humanas no Brasil e no mundo ocidental”, afirmou Aguiar. Para ele, a esquerda conseguiu vencer no campo ideológico-cultural, apesar da queda do Muro de Berlim, muito em razão da propaganda bem-sucedida. “Isso atinge as escolas, porque os professores são educados com base nessa formação.”
Essa deformação do ensino do agronegócio foi o estopim para a criação do De Olho no Material Escolar. O movimento começou quando a produtora rural Letícia Zamperlini presenciou as aulas on-line da filha de 10 anos durante a pandemia. Entre outras coisas, o setor era apresentado às crianças como responsável pela miséria de povos indígenas. “São inúmeros os exemplos”, contou Letícia, numa reportagem de Oeste. “Todo mundo que nos procura tem uma história para contar. Se você está perto e olha o material escolar, mesmo não sendo do agro, percebe o tom negativo e uma ausência de referências científicas. Não vemos citações da Embrapa, do Ibama ou de órgãos confiáveis.”
Hoje, são mais de 4 mil simpatizantes e centenas de associados espalhados por dez Estados brasileiros. O grupo já se encontrou com representantes dos ministérios da Educação e da Agricultura, além de ter conseguido das editoras a promessa de revisar os livros didáticos. Há duas semanas, um evento na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) reuniu produtores rurais, diretores de escolas e representantes das principais editoras do país.
A tirania da minoria Para Ilona Becskeházy, ex-secretária de Educação Básica do Ministério da Educação, as universidades são dominadas pela esquerda em virtude de um processo complexo e demorado de ocupação de espaços. Como a classe intelectual é a responsável por formar diversos ramos da sociedade, a exemplo da classe política, a visão de mundo da esquerda acaba sendo hegemônica. “São esses acadêmicos que escrevem e controlam a qualidade dos livros didáticos, por exemplo”, explica. “Não tem como dar certo.”
Resolver um problema dessa magnitude leva tempo. A presidente do Instituto Livre pra Escolher, Anamaria Camargo, apoia a criação de instituições de ensino com diferentes vieses filosóficos, religiosos e outros focos pedagógicos, como o sistema STEM (Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática, em português). “Devemos garantir a liberdade das famílias para que possam escolher aquela que está de acordo com seus valores”, disse. [a praga do maldito esquerdismo progressista encontra campo fértil mais na área de Humanas.]
Nesse modelo, Anamaria defende a criação de um sistema de vouchers, em que cada família possa usar o valor do recurso estatal que cabe à educação do seu filho no colégio de sua escolha, como na Holanda. “Enquanto couber ao Estado e àqueles que dele vivem, como sindicatos, escolher as ‘vozes’ que devem ser elevadas e as que devem ser caladas em todas as escolas, jamais teremos uma real pluralidade de ideias.”
Os “líderes geniais das massas” Cláudia Costin, especialista em educação e ministra da Administração do governo FHC, critica a formação de professores e defende a ideia de que o primeiro passo para alcançar uma escola plural é ensinar os educadores a praticarem, em sala de aula, o debate livre de ideias. “Na escola, sempre houve a tentação de doutrinar”, afirma Cláudia.
A especialista advertiu que esse cenário acaba empobrecendo a produção intelectual dos educadores, a exemplo dos livros didáticos, que oferecem uma visão muito limitada da realidade. “Sobretudo os de geografia”, observou, ao mencionar o agronegócio sendo retratado como inimigo. “Não se deve demonizar um setor da economia que gera renda e emprego.”
Ela defende ainda a ideia de que haja uma abordagem mais ampla dos assuntos, que possa oferecer os dois lados da moeda para o aluno, sem ocultar fatos ou tentar prejudicar determinada pauta. “Precisamos fugir da ‘verdade única’. Educação é formar pensadores autônomos e não pessoas que vão seguir ‘líderes geniais das massas’.”
Todos os passos do presidente russo são observados de perto por centenas de guarda-costas que o acompanham 24 horas por dia.Sua comida é preparada às escondidas e tudo o que ele bebe deve ser previamente checado por seus assessores mais próximos.
Ex-oficial
da KGB, o serviço de segurança da União Soviética, Putin conhece muito
bem as ameaças que existem ao seu redor, especialmente em tempos de
guerra. O mandatário lidera a invasão russa à Ucrânia, e isso representa alguns riscos adicionais para sua segurança.
Empresa diz que não pode 'antecipar decisões sobre manutenção ou
ajustes' nos valores, devido à alta volatilidade e ao risco de
desabastecimento
A Petrobras divulgou nota nesta sexta-feira em que explica por que demorou para reajustar os preços dos combustíveise por que ainda não baixou os valores nas suas refinarias, apesar da queda recente do barril de petróleo.
FGTS:Caixa divulga calendário de saque de até R$ 1 mil. Veja as datas"Nos últimos dias, observamos redução dos níveis de preços
internacionais de derivados, seguida de forte aumento no dia de ontem. A
Petrobras tem sensibilidade quanto aos impactos dos preços na sociedade
e mantém monitoramento diário do mercado nesse momento desafiador e de
alta volatilidade, não podendo antecipar decisões sobre manutenção ou
ajustes de preços", diz a estatal em nota.
Depois de bater quase US$ 140 há duas semanas, o barril de petróleo tipo Brent - referência no mercado internacional -caiu abaixo de US$ 100 nesta semana. Mas ontem fechou em US$ 106,64, alta de 8,79%.
Incerteza e preocupação com abastecimento A companhia diz ainda que o ambiente de incerteza segue no mundo, "com aumento na demanda por combustíveis, num momento em que os desdobramentos daguerra entre Rússia e Ucrânia impactam a oferta".
Segundo
a Petrobras, essa situação cria uma competição pelo fornecimento de
produtos, "o que reforça a importância de que os preços no Brasil
permaneçam alinhados ao mercado global, para assegurar a normalidade do
abastecimento e mitigar riscos de falta de produto".
O Brasil
produz volume de petróleo suficiente para seu consumo, mas precisa
importar especialmente o diesel, pois o tipo de petróleo aqui produzido
não atende especificidades das refinarias locais para produzir certos
combustíveis.
O país importa 20% a 25% do diesel que consome. Nos últimos meses, a
diferença entre o valor de venda no Brasil e o praticado no mercado
internacional levou a temores de desabastecimento porque os importadores
não conseguiam comprar o produto a preços competitivos, para revendê-lo
no mercado interno.
Distribuidoras, como aIpiranga, chegaram a limitar a venda do diesel.
Justificativa para alta da semana passada Na nota divulgada nesta sexta-feira, a Petrobras também esclareceu porque demorou tanto para elevar os preços. A empresa lembra que o mercado internacional do petróleo vem enfrentando forte volatilidade, tendo a Covid-19 como pano de fundo, e que a guerra na Ucrânia agravou essa situação. "Em
um primeiro momento, apesar da disparada dos preços internacionais, a
Petrobras, ao avaliar a conjuntura de mercado e preços conforme
governança estabelecida, decidiu não repassar de imediato a
volatilidade, realizando um monitoramento diário dos preços de
petróleo", diz a Petrobras em nota.
Viu isso? Brasil tem a gasolina mais cara do mundo? Entenda o que pesa no preço"Somente
no dia 11 de março, após serem observados preços em patamares
consistentemente elevados, a Petrobras implementou ajustes nos seus
preços de venda às distribuidoras de gasolina, diesel e GLP", completou.
A gasolina foi reajustada em 18,77% e o diesel em 24,99%
nas refinarias, após 57 dias sem alteração. Já o GLP, popularmente
conhecido como gás de cozinha, subiu 16%, após 152 dias de preços
estáveis. "Os valores aplicados naquele momento, apesar de
relevantes, refletiam somente parte da elevação dos patamares
internacionais de preços de petróleo, que foram fortemente impactados
pela oferta limitada frente a demanda mundial por energia", diz a
Petrobras.
"Esse
movimento foi no mesmo sentido de outros fornecedores de combustíveis
no Brasil que, antes da Petrobras, já haviam promovido ajustes nos seus
preços de venda, e necessário para que o mercado brasileiro continuasse
sendo suprido, sem riscos de desabastecimento".
A empresa diz que
"segue todos os ritos de governança e busca um equilíbrio com o mercado,
ao mesmo tempo que evita repassar para os preços internos as
volatilidades das cotações internacionais e da taxa de câmbio causadas
por eventos conjunturais".
Covid-19: combinação entre vacina e infecção natural pelo coronavírus cria 'superimunidade'
[podemos acreditar? é o tipo de notícia sempre desejada, esperada.Devemos torcer para não ser mais um chute dos "especialistas". !!!]
Combinação resulta em anticorpos dez vezes mais potentes contra a doença
A combinação da vacinação e da infecção natural,
independente da ordem dos eventos, é capaz de criar uma “superimunidade”
contra a Covid-19. A conclusão é de um estudo da Universidade Oregon Health & Science, nos EUA, publicado na revista Science Immunology.
De
acordo com a pesquisa, a quantidade de anticorpos no sangue de pessoas
que foram infectadas após a vacinação — e vice-versa — é dez vezes maior
do que aquela gerada apenas pela imunização. O estudo foi realizado
antes do surgimento da Ômicron, mas os cientistas esperam que as
respostas imunes híbridas sejam semelhantes para a nova variante,
altamente transmissível.
Segundo especialistas ouvidos pelo GLOBO, esse resultado reforça o
que já foi mostrado em trabalhos anteriores e adiciona uma nova via para
a superimunidade. — Esse estudo mostra que a pessoa que se
infectou deve se vacinar. Ele reforça o que sabíamos até agora. Mas o
mais interessante é que ele mostra que a pessoa que se vacinou, se for
infectada, está superprotegida também. Ainda não havia evidências sobre
isso — diz o médico Salmo Raskin, geneticista e diretor-médico do
Laboratório Genetika, de Curitiba.
Investigação Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores analisaram a reposta imunológica de 104 pessoas que estavam vacinadas contra a Covid-19. Elas foram divididas em três grupos: 42 vacinados sem contágio prévio, 31 que receberam imunizante após uma infecção e outros 31 que foram infectados depois da vacinação. Em seguida, os cientistas coletaram sangue dos participantes e as amostras foram expostas em laboratório a três variantes do Sars-CoV-2: Alfa (B.1.1.7), Beta (B.1.351), e Delta (B.1.617.2).
Os resultados mostraram que os dois grupos com“imunidade híbrida”,
composto por aqueles que foram vacinados depois de serem infectados e
vice-versa, geraram os maiores níveis de anticorposem comparação com o
grupo que foi apenas vacinado. Em ambos os casos, a resposta imune
medida no soro sanguíneo revelou anticorpos igualmente mais abundantes e
pelo menos dez vezes mais potentes do que a proteção gerada apenas pela
vacinação. — Quanto mais exposição aos antígenos, maior o
benefício. Se a pessoa teve Covid-19, por exemplo, a vacina vai
estimular, selecionar e expandir as células de defesa que a infecção
natural selecionou — explica Raskin.
Embora a infecção natural e a
vacinação estimulem o sistema imunológico, elas agem de maneira
diferente. Portanto, acrescenta o geneticista, há complementação. O
infectologista Renato Kfouri, diretor da Sociedade Brasileira de
Imunizações (SBIm), acrescenta que a imunidade híbrida gera uma resposta
mais robusta não só em níveis de anticorpos, mas em outras frentes da
defesa, como a imunidade celular, na qual linfócitos B de memória são
capazes de reconhecer agentes infecciosos.
Há alguns trabalhos que
indicam que a imunidade híbrida é mais eficaz para prevenir novas
infecções e também para reduzir a transmissão. Entretanto, vale
ressaltar que isso não significa que pessoas que apresentam esse tipo de
imunidade podem abandonar os cuidados preventivos. Para começar, ainda
não existem estudos que mostrem, na prática, o quanto esse reforço se
traduz em proteção. Além disso, também não se sabe qual é a duração
dessa defesa.
— A maioria dos estudos disponíveis é feita em laboratório. Eles
apontam um sentido, mas não são categóricos. Para responder essas
questões, é preciso realizar estudos de mundo real, que não são simples
de serem feitos. Mas são eles que vão comprovar se, na prática, esse
aumento da resposta imunológica se traduz em menos infecções, por
exemplo. Além disso, outras variáveis precisam ser observadas, como a
vacina recebida, o tempo entre a vacinação e a infecção, as variantes
circulantes, o desfecho considerado (se são formas mais graves ou mais
leves). Ainda tem muita coisa sem resposta, mas é uma construção de
conhecimento — diz Kfouri.
Intervalos Um estudo publicado em setembro na revista Nature alertou, por exemplo, para a necessidade de considerar o momento em que a infecção aconteceu e também o período da vacinação, porque até mesmo a imunidade híbrida varia entre os indivíduos. Para explicar, Raskin faz uma analogia com a imunização. Tomar várias vacinas seguidas, sem respeitar um intervalo mínimo entre as doses, por exemplo, não se traduz em maior proteção contra o coronavírus. — Há um consenso de que um maior intervalo entre as doses se traduz em maior proteção, justamente porque dá tempo para o organismo produzir a resposta imunológica, e só quando ela começa a cair é a hora de pensar em ativá-la novamente — destaca.
Apesar dessas lacunas e do estudo não ter avaliado especificamente a
proteção da imunidade híbrida contra a Ômicron, especialistas estão
otimistas com a possibilidade de as características da variante, capaz
de infectar pessoas já vacinadas, ajudarem a multiplicar as pessoas
superimunes à Covid-19 e, assim, aproximar o mundo do fim da pandemia. “Esses
resultados apontam para um momento em que o Sars-CoV-2 pode tornar-se
uma infecção endêmica leve, como uma infecção sazonal do trato
respiratório, em vez de uma pandemia”, salientou um dos autores, Marcel
Curlin, especialista em infectologia na universidade norte-americana,
em comunicado.