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sexta-feira, 20 de março de 2020

Decisões precipitadas não vão salvar o Brasil do coronavírus - J. R. Guzzo

Gazeta do Povo

Responsabilidade Decisões precipitadas não vão salvar o Brasil do coronavírus

Sempre é preciso tomar muito cuidado quando você decide que sua prioridade é ser responsável ao máximo, ou há o sério risco de perder o pé e acabar agindo de maneira irresponsável – exatamente o oposto das suas intenções. Acontece, com frequência, quando a obrigação de ser responsável supera a sua obrigação de pensar. O senso de responsabilidade, então, se torna destrutivo e leva as pessoas a caírem num mundo mental de desprezo insensato pela verdade. Os resultados são os que se pode imaginar. No Brasil do coronavírus, é algo que se pode ver todos os dias.

Em relação à epidemia, a ideia predominante, ou a chamada “sabedoria convencional”, é copiar o tempo todo quaisquer atos de proibição, restrição, interdição, suspensão, cancelamento, fechamento determinados por alguém que está ao seu lado, e principalmente acima, na árvore dos que mandam. Fechou lá? Então fecha aqui. Não pode lá? Então não pode aqui. O certo seria pensar, caso a caso, se é ou não necessário fazer a mesma coisa – ou, mais ainda, se o correto é fazer o contrário. No momento, parece que apenas uma minoria pensa assim – ou, melhor dizendo, parece que apenas uma minoria se dá o trabalho de pensar. O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, talvez seja um exemplo.

Mandetta lembrou que sim, perfeito, tudo bem, precisamos agir com o máximo de rigor para combater o contágio. Mas lembrou também que é preciso transportar cloro para tratar os sistemas de água corrente. Se são tomadas medidas que impedem as companhias de saneamento de colocar cloro na água, pelas restrições em cadeia que crescem a cada 24 horas, você estará salvando o Brasil do coronavíruse destruindo um dos princípios mais elementares da saúde pública.

O que é pior: coronavírus ou água contaminada, principalmente nas grandes cidades, onde estão os focos principais da epidemia? Os dois são piores não há escolha — e os dois têm de ser combatidos. Mas para fazer o combate completo à doença, uma coisa não pode impedir a outra. Muita coisa, neste momento, está sendo decidida, tanto nos governos como no setor privado, sem a consideração correta das consequências. Um carro não anda só com acelerador, ou só com freiosé indispensável combinar os dois, a menos que se queira arrumar uma colisão frontal ou ficar parado no mesmo lugar.

É angustiante que quase ninguém esteja pensando numa coisa chamada “emprego” – ou em trabalho, produção, atividade. Não se trata de ficar falando em “verbas”, como políticos e governos adoram fazer. Desemprego? Toca uma verba aí, mesmo que não exista de onde tirar um tostão dessa verba. Isso não resolve nada. O que pode ajudar a resolver, isso sim, é pensar com seriedade numa lógica para enfrentar a doença e não arrastar o país ao abismo.

Todos, em geral, querem fazer o bem, e cada um quer fazer mais o bem que todos os outros – governos, mídia, entidades, organizações, médicos, hospitais, direita, centro, esquerda. Em suma: todo mundo que pode decidir alguma coisa, do presidente da República ao síndico do prédio, acha sua obrigação agir com o máximo de prudência, cautela e toda a coleção de virtudes aparentadas a essas – é a “responsabilidade”.


J. R. Guzzo,  jornalista - Vozes - Gazeta do Povo


sábado, 14 de março de 2020

Brasil pensa em fechar a fronteira de Roraima com a Venezuela - Correio Braziliense

A pedido do governador de Roraima, Executivo federal avalia proibir a entrada de venezuelanos pelo estado, como forma de conter a propagação da Covid-19

O governo federal estuda a possibilidade de fechar a fronteira de Roraima com a Venezuela. O pedido, do governador do estado, Antonio Denarium (sem partido), ao ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, foi analisado em reunião, ontem, na Casa Civil, do grupo interministerial criado para avaliar o avanço do coronavírus no Brasil. [A fronteira já deveria ter sido fechada ainda no governo Temer - manter aberta foi um dos erros daquele governo e que permaneceu no governo Bolsonaro.
O risco do coronavírus é mais um agravante, sendo a causa principal a sobrecarga no já combalido sistema de saúde e mesmo o desemprego no Brasil.
Temos o DEVER HUMANITÁRIO de ajudar os imigrantes, os refugiados, mas quando para ajudá-los temos que sacrificar a vida dos nacionais, esse dever perde o sentido = distribuir desemprego não ajuda a ninguém.
Cada imigrante venezuelano que ingressa no Brasil, significa um emprego a menos para um brasileiro - que não escolheu nascer no Brasil, enquanto o imigrante optou até por saber que recebe um tratamento completo, incluindo no pacote um emprego.
Um país com 11.000.000 de desempregados não pode empregar estrangeiros.]

Durante a semana, Mandetta já tinha dito que a nação vizinha é a “única que realmente dá preocupação”. “A Venezuela não tem sistema de vigilância. Não sei o que acontece lá”, frisou o ministro, em sessão na Câmara. Ontem, a Venezuela confirmou os dois primeiros casos da Covid-19. Por enquanto, porém, não há nenhuma decisão oficial do governo brasileiro de impedir a entrada de venezuelanos. O martelo será batido apenas com o consentimento do presidente Jair Bolsonaro. Enquanto isso, parlamentares de Roraima reforçam o pedido ao Palácio do Planalto.  “Precisamos, urgentemente, fechar as fronteiras, segurar fronteira, segurar na entrada para que ela (pandemia do coronavírus) não entre em nosso estado e em nosso país”, afirmou o senador Mecias de Jesus (Republicanos-RR), que participou do encontro entre Denarium e Mandetta.

Ele destacou que “em Roraima, estamos, já há muito tempo, numa situação em que a saúde precisa urgentemente de apoio, porque não estamos conseguindo atender os brasileiros e os venezuelanos que já residem lá”. “Nós não temos condições de suportar essa pandemia lá em Roraima. Temos mais de 100 mil venezuelanos nas nossas ruas. O nosso sistema de saúde já está carcomido, já está ruim”, argumentou. “Se tivermos essa pandemia, se chegar o coronavírus com a força que ele chega a todos os países, certamente será desastroso para o Brasil e para o estado de Roraima.”

Da reunião de ontem participaram ministros de 12 pastas, como o próprio Mandetta e Paulo Guedes, da Economia. “Cada ministério apresentou os impactos em suas áreas e o que necessitam executar e articular com os demais ministérios ou congêneres”, afirmou o porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros. “As medidas preventivas e de monitoramento foram intensificadas, sendo coordenadas pelo Ministério da Saúde junto às Secretarias de Saúde dos estados e municípios.”

“Nós não temos condições de suportar essa pandemia lá em Roraima. Temos mais de 100 mil venezuelanos nas nossas ruas. O nosso sistema de saúde já está carcomido, já está ruim
Mecias de Jesus, senador

 Notícia Política Correio Braziliense