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sábado, 24 de novembro de 2018

Os trabalhos de Moro e Bolsonaro participa de evento militar no Rio


A entrevista do futuro ministro da Justiça, Sergio Moro, para ISTOÉ constitui um marco histórico no combate à corrupção e ao crime organizado. Deve ser destacado que ninguém imaginava a designação de Moro para a pasta da Justiça. Foi um golpe de mestre do presidente eleito. Apontou claramente o compromisso com a mudança exigida pelo eleitorado. Sinalizou aos investidores estrangeiros que o governo não será complacente no combate à corrupção. E isso terá um enorme significado econômico.

Não será tarefa fácil combater a corrupção. Ela está entranhada na estrutura estatal. Não foi criada pelo PT. Porém, foi potencializada pelos petistas numa escala nunca vista na história. Ao combatê-la, o governo vai bater de frente com os petistas que permanecem no Estado. Essa é a uma herança maldita que não será solucionada a curto prazo. 

Mas é indispensável enfrentá-la. Caso contrário, a luta contra a corrupção estará fadada ao fracasso. Em outras palavras, despetizar o Estado é atacar a corrupção no seu cerne.

O crime organizado, hoje, é o grande inimigo a ser enfrentado. Em diversas unidades da federação tem o controle do sistema prisional e corrompeu as polícias, isso quando não atingiu o Legislativo e o Judiciário. Haverá um custo no confronto com as quadrilhas que transcenderam o território nacional. Vão reagir. Poderão ameaçar as autoridades com ações de guerrilha urbana. Nesse caso, o que ocorreu em São Paulo em 2006 se repetirá, em muito maior escala, em todo o País. Será o custo inevitável para impedir que o Brasil vire uma Colômbia dos anos 1980-2000. 
[ - para começo de conversa acabar a visita íntima; 
- contato entre presos e visitantes (incluindo seus advogados) através do parlatório - vidro blindado e contato entre o preso e o visitante só por telefone; 
- fim dos saídões.
Qualquer programa para combater o crime organizado tem que começar com as três providências acima.]


Além de recursos financeiros e apoio popular será necessário modificar a legislação brasileira. O endurecimento penal é essencial. Um novo regime carcerário é fundamental para o êxito das operações. A impunidade tem de acabar. Ela estimula o criminoso. E, para isso, além de leis severas, é tarefa importante que o Judiciário cumpra suas atribuições, diminua as férias forenses, amplie as varas de execução criminal e acelere os processos.  Caberá a Sérgio Moro dar o exemplo, quando necessário, para que os movimentos sociais cumpram a lei. É inadmissível que façam o que bem entendam e não sejam punidos. Invasão de propriedade privada tem de acabar. Impedir a livre circulação de pessoas em ruas, avenidas e estradas é intolerável e, principalmente, ilegal. Essas são algumas tarefas para o novo ministro. Exigirá muito trabalho. Boa sorte!

Não será tarefa fácil combater a corrupção. Ela está entranhada na estrutura estatal. Não foi criada pelo PT. Porém, foi potencializada pelos petistas

Reveja a entrevista, clicando aqui


Marco Antonio Villa, IstoÉ 

Bolsonaro participa de evento militar no Rio

O presidente eleito da República, Jair Bolsonaro (PSL), participa na manhã deste sábado, 24, de uma cerimônia do aniversário de 73 anos da brigada da Infantaria de Paraquedista, na Vila Militar, em Deodoro, zona oeste do Rio. Bolsonaro tem formação paraquedista. Durante o evento, também haverá a formatura de uma turma de paraquedistas.

Também estão no local o General Augusto Heleno, indicado para ministro do Gabinete de Segurança Institucional, o general da reserva Fernando Azevedo e Silva, que será o ministro da Defesa, o governador eleito pelo Rio, Wilson Witzel, e o interventor federal na segurança do Rio, general Braga Neto.

Esta é a primeira agenda que Bolsonaro participa após passar por avaliação médica que constatou a necessidade de prorrogar a retirada da Bolsa de colostomia devido a uma inflamação no intestino
Era comum Bolsonaro, durante seus mandatos como parlamentar, participar destes eventos aos sábados, no Rio.  O presidente eleito se formou no curso de paraquedista militar no ano de 1977 e serviu no 8º Grupamento de Artilharia de Campanha Paraquedista, no período de 1983 a 1986.