Polícia e Forças Armadas prendem 18 em operação em comunidades da Zona Norte do RJ
Tropas e policiais estão no Jacarezinho e em outras 6 favelas. Soldado do Exército suspeito de vazar informações das operações foi preso na manhã.
As Forças Armadas e as polícias prenderam 18 suspeitos, inclusive um soldado do Exército, em uma operação em sete comunidades da Zona Norte do Rio de Janeiro, nesta segunda-feira (21). O objetivo da ação conjunta é prender 14 traficantes, além de armas e drogas. Durante a operação, foram apreendidas drogas, máquinas caça-níqueis e uma pistola.
Foi preso o soldado recruta do Exército Matheus Ferreira Lopes Aguiar, de
19 anos, suspeito de vazar informações das operações para traficantes
do Rio. A prisão foi feita por agentes da Delegacia de Combate às Drogas
(Dcod), logo no início da manhã.
Há homens da Polícia Civil, Militar e Federal e das tropas federais nas
favelas de Manguinhos, Bandeira Dois, Jacarezinho, Parque Arará,
Mandela e Condomínio Morar Carioca e Alemão, na Zona Norte. Os presos
estão sendo levados para a Cidade da Polícia, no Jacaré, na Zona Norte.
De acordo com a polícia, durante toda a madrugada os agentes
monitoraram os rádios usados por criminosos da comunidade do Jacaré. Às
3h, eles disseram: "Vamos dispersar", evidenciando que os traficantes
tomaram conhecimento da operação que seria feita no início da manhã. Segundo o coronel Roberto Itamar, do Comando Militar do Leste, não havia
informações sobre confrontos envolvendo militares desde o início da
operação, às 5h. Cerca de 60 carros do Exército e dos fuzileiros navais
passaram em comboio pela Linha Amarela logo no início da manhã.
Participam da operação aproximadamente 1 mil homens da Polícia Militar,
Polícia Civil, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Força
Nacional de Segurança, Forças Armadas e Disque-Denúncia. A Secretaria de
Segurança (Seseg) informa que as equipes das Forças Armadas estão
responsáveis pelo cerco em algumas dessas regiões e baseadas em pontos
estratégicos para garantir a ordem entorno das comunidades.
Algumas ruas estão interditadas, e os espaços aéreos estão controlados
com restrições dinâmicas para aeronaves civis. Não há interferência nas
operações dos aeroportos. Na Favela do Jacarezinho, em dez dias sete pessoas morreram em trocas
de tiros entre policiais e criminosos. Desde que o policial civil Bruno
Guimarães Buhler, da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais
(Core), foi morto durante uma operação, os tiroteios são constantes na
comunidade.