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Forças de segurança fazem operação na Zona Norte do Rio para prender bandidos ligados a Nem da Rocinha
Equipes visam a cumprir 31 mandados de prisão contra suspeitos de tráfico
Policiais militares em operação policial em acesso ao Morro dos Macacos, em Vila Isabel - Fabio Guimaraes / Agência O Globo
Onze pessoas foram presas em uma megaoperação da polícia e das Forças
Armadas contra o tráfico de drogas no Morro dos Macacos, em Vila Isabel.
Foram apreendidas drogas, mas quantidade ainda não foi revelada.
Equipes das Forças Armadas fazem blitzes em vias do bairro. A Rua Torres
Homem e o Túnel Noel Rosa estão interditados. As equipes das polícias
Civil e Militar estão no Morro dos Macacos paracumprir 31 mandados de
prisão de bandidos que, segundo as investigações, são ligados ao
traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha. Houve
tiroteio, mas não há informações de feridos.
—
Esses bandidos participaram da primeira invasão que ocorreu na Rocinha
(no dia 17 de setembro). Essa é a segunda comunidade mais importante da
ADA (facção Amigos dos Amigos, à qual pertence Nem) — disse o delegado
Marcus Vinícius Braga ao telejornal "Bom Dia Rio".
Braga informou que a investigação começou há três meses: — Foi um excelente trabalho da UPP de inteligência dentro da
comunidade, com filmagens de pessoas armadas. Em vez de partir para o
confronto, usamos a inteligência, minimizando os riscos.
A Polícia Civil, então, começou a investigação e os identificou 31 deles, que tiveram a prisão decretada pela Justiça. — Depois do trabalho de Polícia judiciária, conseguimos expedir mandados de prisão. Segundo o delegado, essa operação seria para cumprir os mandados, mas acabou ganhando destaque especial.
— Eles (Os bandidos) participaram da invasão da Rocinha, e, se houver
outra, eles vão participar. A operação tem duplo objetivo, mostrar que
estamos de olho e que sabemos que eles participaram. E numa eventual
nova participação, eles estão monitorados e serão presos.
Braga explicou que as Forças Armadas têm papel fundamental: — Os militares fazem um cerco interessante, com estrutura e logística. Isso nos libera para a operação dentro da favela.
VEJA COMO ESTÁ A OPERAÇÃO:
A
ação em Vila Isabel começou às 5h20. Moradores registraram uma intensa
movimentação de tanques das Forças Armadas nas ruas do bairro. Durante a
investigação, os agentes descobriram que os bandidos são ligados a Nem
da Rocinha, ex-chefe do tráfico daquela favela da Zona Sul, que cumpre
pena numa penitenciária federal em Porto Velho. Ele iniciou uma guerra
pelo controle do tráfico na comunidade no dia 17 do mês passado. Na
ocasião, Nem determinou a morte de Rogério Avelino da Silva, o Rogériio
157, seu ex-aliado e que, atualmente, comanda o tráfico no local.
Por causa da violência na região do Morro dos Macacos, uma Clínica da
Família suspendeu o atendimento. O Disque-Denúncia (21 2253-1177)
divulgou um cartaz com fotos de alguns dos traficantes procurados na
comunidade. Por pistas que que levem à prisão deles é oferecida uma
recompensa de mil reais. Entre os procurados está Leandro Nunes Botelho,
o Scooby Doo, chefe do tráfico no Macacos. Segundo a polícia, Scooby
estaria no Morro de São Carlos, no Estácio.
INTERDIÇÕES Por causa da ação das Forças de
Segurança, a Rua Torres Homem está está interditada ao tráfego de
veículos a partir da Rua Souza Franco. Segundo o Centro de Operações da
Prefeitura do Rio (COR), motoristas devem optar pelo Boulevard Vinte e
Oito de Setembro, que apresenta boas condições de tráfego, no momento.
Os dois sentidos do Túnel Noel Rosa também estão fechados ao trânsito.
CERCO CAUSA SURPRESA Morador de Água Santa, um
idoso de 78 anos que trabalha realizando fretes contou que se
surpreendeu com o cerco militar quando se aproximou da Rua Torres Homem.
Ele contou que os agentes de segurança pararam e verificaram os
veículos que passavam pelo local. Apesar disso, ele ressalta, não ficou
com medo. — Tenho 78 anos. Nunca roubei nem fiz nada errado. Então eu não tenho
que ter medo. Deixa eles fazerem o trabalho deles — disse ele, que
preferiu não se identificar.
Um casal que mora numa vila na parte baixa do Morro dos Macacos e estava com o filho de 10 meses se assustou com o aparato. — Escutei alguns disparos lá em cima. É complicado esse tipo de ação
no momento em que o pessoal está saindo para trabalhar ou crianças estão
indo para escola. Eu estou esperando um Uber aqui embaixo, mas não sei
nem se ele consegue chegar aqui, para nos levar até a consulta do meu
filho às 10h. Ficamos apreensivos — disse o pai da criança.
Polícia e Forças Armadas prendem 18 em operação em comunidades da Zona Norte do RJ
Tropas
e policiais estão no Jacarezinho e em outras 6 favelas. Soldado do
Exército suspeito de vazar informações das operações foi preso na manhã.
As Forças Armadas e as polícias prenderam 18 suspeitos,inclusive um
soldado do Exército, em uma operação em sete comunidades da Zona Norte
do Rio de Janeiro, nesta segunda-feira (21). O objetivo da ação conjunta
é prender 14 traficantes, além de armas e drogas. Durante a operação,
foram apreendidas drogas, máquinas caça-níqueis e uma pistola.
MIlitares fazem cerco à comunidade do Jacarezinho (Foto: Reprodução / TV Globo)
Há homens da Polícia Civil, Militar e Federal e das tropas federais nas
favelas de Manguinhos, Bandeira Dois, Jacarezinho, Parque Arará,
Mandela e Condomínio Morar Carioca e Alemão, na Zona Norte. Os presos
estão sendo levados para a Cidade da Polícia, no Jacaré, na Zona Norte.
De acordo com a polícia, durante toda a madrugada os agentes
monitoraram os rádios usados por criminosos da comunidade do Jacaré. Às
3h, eles disseram: "Vamos dispersar", evidenciando que os traficantes
tomaram conhecimento da operação que seria feita no início da manhã. Segundo o coronel Roberto Itamar, do Comando Militar do Leste, não havia
informações sobre confrontos envolvendo militares desde o início da
operação, às 5h. Cerca de 60 carros do Exército e dos fuzileiros navais
passaram em comboio pela Linha Amarela logo no início da manhã.
Cartaz do
Disque-Denúncia com os procurados na operação desta segunda-feira em
sete comunidades da Zona Norte (Foto: Divulgação/ Disque-Denúncia)
Participam da operação aproximadamente 1 mil homens da Polícia Militar,
Polícia Civil, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Força
Nacional de Segurança, Forças Armadas e Disque-Denúncia. A Secretaria de
Segurança (Seseg) informa que as equipes das Forças Armadas estão
responsáveis pelo cerco em algumas dessas regiões e baseadas em pontos
estratégicos para garantir a ordem entorno das comunidades.
Algumas ruas estão interditadas, e os espaços aéreos estão controlados
com restrições dinâmicas para aeronaves civis. Não há interferência nas
operações dos aeroportos. Na Favela do Jacarezinho, em dez dias sete pessoas morreram em trocas
de tiros entre policiais e criminosos. Desde que o policial civil Bruno
Guimarães Buhler, da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais
(Core), foi morto durante uma operação, os tiroteios são constantes na
comunidade.
Disque-Denúncia oferece recompensa para assassinos de policiais - [a favela tem que ser invadida e sofrer uma faxina completa. Efeitos colaterais se houver serão absorvidos pelo bom resultado da limpeza geral.
Já passa da hora de acabar com esse negócio dos policiais sempre se ferrarem - só acaba a matança de policiais quando para cada policial morto, cinco bandidos morrerem, mesmo que escolhidos ao acaso e isto tem que valer no Rio, São Paulo, Brasília e em qualquer ponto do território nacional.]
Valor é de R$ 10 mil para quem der informações que possam levar suspeitos à prisão
Um dia depois que um helicóptero do Grupamento Aeromóvel (GAM) da
Polícia Militar caiu —ou foi derrubado —, na Avenida Ayrton Senna, em
Jacarepaguá,matando quatro PMs,
o Disque-Denúncia lançou nova campanha, oferecendo recompensa de R$ 10
mil para quem der informações quem possam levar à prisão de assassinos
de policiais. Segundo o órgão, que recebe informações pelo número
2253-1177 e através do aplicativo Disque Denúncia Rio, mais de 100
policiais morreram este ano no Rio.
Logo após a queda do helicóptero, moradores relatavam, apavorados,
pelo Twitter, que tinham testemunhado a queda da aeronave. “Acabei de
ver o helicóptero caindo. Meu Deus, estou perplexa! Que medo”, disse uma
internauta. Outra afirmou ter visto da janela de casa: “Mano, deu pra
ver o helicóptero caindo daqui do prédio”.
Na manhã de sábado, antes da queda do helicóptero,
confrontos entre traficantes da Cidade de Deus e milicianos da Gardênia
Azul que disputam o controle da região já tinham provocado a interdição
da via duas vezes. As primeiras informações que chegaram e foram
replicadas pelas redes sociais eram sobre um possível ataque de bandidos
ao helicóptero usado no apoio às operações policiais. O último caso
semelhante ocorreu no Engenho Novo, em 2009, durante uma guerra entre
facções.
As mortes dos PMs foram confirmadas pelo coronel Sérgio
Schalione, comandante do 31ºBPM (Barra). As causas da queda não foram
divulgadas. À noite, a população era orientada a não sair às ruas porque
outros tiroteios aconteciam no Alemão e no Complexo do Lins. Policiais do Bope e do Batalhão de Choque se preparavam para invadir a Cidade de Deus.