Obama anuncia proposta que bane equipamentos
militares das polícias americanas
Projeto é
parte de série de medidas propostas para restaurar confiança com comunidades e
reduzir incidentes de violência
Equipamentos
fundamentais do armamento militar serão banidos e outros serão restritos em
departamentos de polícia locais dos EUA, segundo funcionários da Casa Branca. O presidente
americano, Barack Obama, anuncia nesta segunda-feira uma medida que tem em
mente reduzir as tensões entre as polícias e comunidades, após incidentes
fatais em cidades como Ferguson e Nova York, além da recente morte do jovem
negro Freddie Gray, em Baltimore. Ele anunciará um pacote de estímulo à adoção
da medida avaliado em US$ 163 milhões.
Tropa
de choque da polícia de Baltimore contém manifestantes que protestam nas
imediações do shopping Mondawmin Mall - Drew Angerer / AFP
Imagine esses baderneiros tendo a oportunidade de
enfrentar uma polícia humanizada – haveria mortes e certamente não seria dos
desordeiros
Obama
decidiu tomar a medida após criar uma força-tarefa em janeiro, proibindo que os
departamentos usassem verbas federais para adquirir veículos blindados, armas e
munição de alto calibre e uniformes camuflados. [na
verdade Obama não está adotando nenhuma medida e sim cogitando de apresentar
uma proposta que será rejeitada; não tem sentido devido a ação reprovável de um
grupo de baderneiros, contrários à ação da polícia, que se desarme os
policiais, deixando-os a mercê dos marginais.]
Os itens banidos incluirão ainda
lança-granadas e baionetas. Explosivos e materiais de contenção de manifestações, explosivos e
veículos táticos só terão autorização mediante termo de compromisso. Outra
ideia é aumentar o uso de câmeras equipadas no corpo. A proposta, segundo os
funcionários ouvidos pelo “New York
Times”, serviria para ajudar a aumentar a confiança entre a polícia e
moradores.
O anúncio foi deixado para uma
visita à cidade de Camden, em Nova Jersey. A cidade se tornou modelo nacional após substituir sua
força policial por um sistema dividido em condados que não utiliza armamentos
pesados e tem colaboração da comunidade. Camden é uma das 20 cidades que se
juntaram ao programa recente da Casa Branca de usar câmeras na farda policial.
A
proposta do presidente é fazer contraponto a locais como Ferguson, onde o jovem Michael Brown foi morto com
um tiro na cabeça por um policial, e
não se sabe se o disparo foi correto. — Sem dúvida, estamos vivendo um momento de
definição no policiamento americano. É uma oportunidade única de redefinir a
atuação policial em nossa democracia, garantindo que a segurança pública seja
mais que a ausência do crime, mas que tenha uma presença pela justiça —
afirmou em coletiva Ronald Davis, diretor do Escritório de Serviços de
Policiamento para a Comunidade do Departamento de Justiça.
Uma
crítica ao governo por alas mais progressistas era a manutenção de armas de alto calibre e proteção pesada, medidas muito
estimuladas após os atentados de 11 de setembro de 2001. [a ideia é estúpida, convenhamos que desarmar a força policial –
reduzindo seu poder de fogo – e ao mesmo retirando equipamentos de proteção, é
a melhor forma de entregar as cidades aos bandidos, aos baderneiros e na
sequência aos terroristas. É isso que
querem?]
Em várias
ocasiões, Obama admitiu que a polícia americana aplica métodos discriminatórios
contra minorias negras, e vem buscando soluções para episódios que terminam em
acusações de violência policial. Um relatório recente do Departamento de
Justiça reforçou os apelos por maior “humanização”
da polícia americana. [polícia humanizada é polícia desmoralizada; até a própria Inglaterra que cultiva o mito de que sua polícia –
Scotland Yard – trabalha desarmada, quando necessário não vacila no uso de
força letal, especialmente contra terroristas.
Mostrando que existe um pequeno
contingente de policiais, colocados em pontos estratégicos para turista ver
(vale o contrário do adágio ‘para inglês ver’) que trabalha desarmado.]
Fonte: O Globo