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Mostrando postagens com marcador Carlos Lamarca e Yoshitame Fujimori. Mostrar todas as postagens
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domingo, 4 de agosto de 2019

Ele é assim mesmo, mas é estratégia

Há uma estratégia para lá de bem-sucedida no estilo inflamado e provocador do presidente Jair Bolsonaro

Folha de S. Paulo - Globo

Sou assim mesmo. Não tem estratégia’, disse o presidente Jair Bolsonaro à repórter Jussara Soares. Meia verdade, ele é assim mesmo, mas há uma estratégia para lá de bem-sucedida no seu estilo inflamado e provocador. Em 2005 ele era um deputado periférico, havia defendido o fuzilamento do presidente Fernando Henrique Cardoso e foi entrevistado por Jô Soares (o vídeo está na rede). A conversa durou 21 minutos. Lá pelo final (minuto 19:00), Jô tocou na ideia de se passar FH pelas armas e Bolsonaro respondeu, rindo: “Se eu não peço o fuzilamento de Fernando Henrique Cardoso, você jamais estaria me entrevistando aqui agora”.
Bingo. Se Bolsonaro não tivesse falado do desaparecimento de Fernando Santa Cruz, talvez houvesse mais gente falando dos 12 milhões de desempregados. [não haveria,  há uma orquestração no sentido de só apontar defeitos e erros do presidente Bolsonaro; tivesse o número de desempregados subido para 14.000.000 seria um escarcéu, objeto de manchetes, editoriais, comícios, etc; mas, felizmente e graças a DEUS caiu para 12.000.000,- queda ainda pequena mas com tendência de acelerar -  virou notícia de canto de página.] Essa é a parte do comportamento do atual presidente que pode ser chamada de estratégica. A outra é a sua maneira de ser, e nela há dois componentes. Numa estão suas opiniões, que, como as de todo mundo, podem mudar. Noutra estão os seus próprios fatos, que são só dele.
Quando Jô classificou a ideia da execução de FH como “barbaridade” , Bolsonaro explicou: “Barbaridade é privatizar a Vale do Rio Doce, como ele fez, é privatizar as telecomunicações, é entregar as nossas reservas petrolíferas para o capital externo.”
Mudou de opinião, tudo bem. Bolsonaro, contudo, tem seus próprios fatos, que não fazem parte do mundo real. Ele não sabe como militantes da APML mataram Fernando Santa Cruz, porque isso não aconteceu. Na mesma entrevista com Jô, Bolsonaro relembrou um crime cometido por terroristas que acompanhavam Carlos Lamarca.
No mundo do fatos, em maio de 1970, Lamarca e um grupo de militantes da Vanguarda Popular Revolucionária que treinavam técnicas de guerrilha no Vale do Ribeira foram descobertos e enfrentaram um pelotão da Polícia Militar comandada pelo tenente Alberto Mendes Júnior. A tropa se rendeu, e o tenente ofereceu-se para ficar como prisioneiro, em troca da libertação dos sargentos, cabos e soldados. Dias depois, no meio da mata, os cinco captores que conduziam o tenente viram que ele seria um estorvo, capaz de denunciar sua localização. Decidiram matá-lo, e um deles (Yoshitame Fujimore) abateu-o, golpeando-o na cabeça com a coronha de um fuzil. (Meses depois, um dos captores de Alberto Mendes foi preso, localizou a sua cova e foi libertado em 1979, pela anistia. Em 1967, na Bolívia, o Che Guevara capturou 30 militares, não matou ninguém.) [Che Guevara um dos mais cruéis terroristas, extremamente covarde e sanguinário, não conseguiu suplantar o covarde Lamarca, que também foi desertor e traidor. 
A execução do tenente Mendes - herói e patrono da Polícia Militar - foi a coronhadas por covardia dos porcos terroristas que o executaram, que evitaram os tiros devido o barulho atrair atenção.
O presidente Bolsonaro descrevem em detalhes a execução do tenente Mendes, devido que parte dos seus assassinos foram capturados e deram detalhes.
Quando a execução do terrorista Fernando Santa Cruz, atribuída aos próprios companheiros - procedimento normal dos terroristas - não houve registro, sendo impossível descrever detalhes.]
A cena do assassinato do tenente não bastou ao deputado Bolsonaro. Com seus próprios fatos, ele disse a Jô que “Lamarca torturou-o barbaramente, fez com que ele engolisse os próprios órgãos genitais e o assassinou a coronhadas”. (Minuto 9:00)
Bolsonaro tirou os detalhes escatológicos do acervo de barbaridades do Exército japonês durante a Segunda Guerra e ainda assim exagerou ao nível da inverossimilhança, pois nenhum homem consegue engolir seus órgãos genitais. Ao fim das contas, em 2005, como hoje, era estratégia, mas “sou assim mesmo”.

(...)
 
Diplomacia do Caveirão
Em 1996 o Paraguai estava às vésperas de um golpe. O presidente Juan Carlos Wasmosy veio secretamente a Brasília e costurou um entendimento com Fernando Henrique. Com o apoio brasileiro garantido, demitiu o comandante do Exército, general Lino Oviedo.         

A operação foi conduzida por uns poucos diplomatas do velho Itamaraty e só foi conhecida anos depois.Há poucos meses, em surdina, a diplomacia do atual governo assinou um acordo com o governo do Paraguai para redefinir tarifas da hidrelétrica de Itaipu. Os çábios acharam que um acerto de tarifas poderia passar despercebido. Resultado: caíram o chanceler paraguaio e uma penca de burocratas. O próprio presidente Mario Abdo Benítez ficou com o mandato a perigo, revogou o acerto e o Brasil meteu-se numa encrenca.

Há mais de meio século o Brasil negocia Itaipu com luvas de pelica, evitando atropelar o Paraguai. Em apenas seis meses o estilo “Caveirão” da diplomacia de Bolsonaro transformou a hidrelétrica num contencioso nacionalista.
(...)
Poder dos índios
Bolsonaro deve calibrar melhor suas falas, sobretudo se acredita na capacidade de seu filho de atrair mineradoras americanas para a Amazônia.

Um empresário que tem grandes negócios internacionais da região informa:

“Se aparecer um índio na nossa assembleia de acionistas mostrando fotografias e dizendo que o projeto lhes é hostil, bye bye.”

Elio Gaspari, jornalista - Globo/Folha de S. Paulo

terça-feira, 15 de maio de 2018

Martírio do Tenente PM Alberto Mendes Junior

A  Nação Brasileira rememora o martírio do Tenente PM Alberto Mendes Júnior, covardemente assassinado por terroristas da VPR em 10 de maio de 1970. Sua execução foi marcada por requintes de frieza e perversidade. Após ser amordaçado e ter suas mãos amarradas atrás da cintura, o jovem oficial recebeu sucessivas coronhadas na cabeça até ter o crânio estraçalhado. Seu corpo só foi encontrado cinco meses depois, escondido num valão.

Em que circunstâncias ocorreu a morte deste guerreiro? Mendes Júnior comandava um pelotão destacado para patrulhar as imediações de Registro (SP), onde presumia-se haver um campo de treinamento da VPR, segundo informes colhidos pelo CIE – Centro de Inteligência do Exército. Em razão dessa suspeita, desde abril a região vinha sendo esquadrinhada por efetivos das Forças Armadas e da PM. À medida que o cerco se apertava, os guerrilheiros se evadiam ou caíam prisioneiros: dois foram detidos numa blitz e oito escaparam de ônibus, misturados à população. Restavam sete terroristas quando sobreveio o primeiro tiroteio seguido de fuga, às margens da BR-116, em 8 de maio. A caçada intensificou-se e culminou com um segundo reencontro, às 21:00 do mesmo dia. Quando as armas silenciaram, vários PMs jaziam feridos no chão. Para assegurar-lhes socorro médico, o Tenente Mendes Júnior negociou um cessar-fogo com o bando que era liderado por Carlos Lamarca, oferecendo-se como prisioneiro sob a condição de que seus homens pudessem ser evacuados incólumes.

Aceita a proposta, o Tenente passou à custódia dos guerrilheiros, agora reduzidos a cinco, uma vez que dois fugiram durante o confronto. O grupo embrenhou-se pelo mato, buscando assim escapar do cerco armado pelas forças legais. Após dois dias de fuga, julgando que Mendes Júnior já não tinha utilidade como refém, os terroristas decidiram executá-lo. Poderiam tê-lo matado de maneira indolor, com um tiro de misericórdia, mas preferiram fazê-lo da maneira mais bárbara possível, aplicando-lhe sucessivas coronhadas na cabeça. Após ocultar o cadáver, prosseguiram na fuga. O corpo do tenente só foi achado cinco meses depois, quando um dos assassinos foi capturado e mostrou às autoridades onde ele estava escondido.
A sorte do bando durou pouco. Dos cinco terroristas, dois vieram a ser mortos pelo Exército: Carlos Lamarca e Yoshitame Fujimori. Um terceiro foi poupado, por ser informante do CIE Gilberto Faria Lima. Os outros dois – Diógenes Sobrosa de Souza e Ariston Lucena – foram presos e condenados. Ao prolatar sua sentença, o Conselho Especial de Justiça da 2ª Auditoria Militar assim descreveu o oficial martirizado no cumprimento do dever: "O Tenente PM Alberto Mendes Júnior, na sua curta existência de 23 anos, realizou o ideal do herói e do santo. Quando chegou a sua vez e a sua hora, ele as aceitou e as dominou, renunciando à oportunidade de fugir ao dever, que, como uma espécie de última prova, lhe foi concretamente apresentada. Ele se tornou aquele 'dócil furacão' de que fala Jacques Maritain para definir o santo. E, na solidão de seus últimos momentos, no mistério para sempre impenetrável desses momentos, ele soube, nesses tempos de hedonismo crescente, realizar o milagre evangélico de dar sua vida pelo próximo - os seus soldados".
Alberto Mendes Júnior tinha dois filhos pequenos. Foi sepultado com honras militares em 11 de setembro de 1970. Sua missa de 7º dia reuniu mais de 6.000 pessoas, entre elas o General Vicente de Paula Dale Coutinho, Comandante do II Exército, o Brigadeiro José Vaz da Silva, Comandante da 4ª Zona Aérea, e o Coronel Confúcio Danton de Paula Avelino, Comandante da PM de São Paulo. Por decisão presidencial, Mendes Júnior foi promovido postumamente a Capitão. Anos depois, por força da Lei Estadual nº 13.026/2008, o 10 de maio foi declarado Dia do Herói Policial Militar. Desde então, o jardim do seu Batalhão abriga uma estátua de bronze talhada em alto-relevo num mural de mármore, para que o exemplo dele permaneça vivo na memória desta Nação que lhe é eternamente grata!

General Bda Rocha Paiva