Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
Empresas que deram guinada à esquerda sofrem com boicotes, vendas baixas e queda nos lucros
Foto: Montagem Revista Oeste/Redes Sociais/Shutterstock
Atentas ao fervor pueril de uma juventude doutrinada por professores universitários de esquerda, cada vez mais empresas se rendem à cultura woke. Entrincheiradas nas fileiras de movimentos que lutam por “justiça, inclusão e tolerância”, essas companhias tentam garantir um lugar de destaque na disputada arena das redes sociais e atender às demandas do consumidor “progressista”, capitalizando a popularidade desses grupos sociais. A estratégia mercadológica, contudo, não tem dado muito certo, fortalecendo a tese segundo a qual “quem lacra não lucra”.
A varejista norte-americana Target, equivalente às Lojas Americanas no Brasil, é um exemplo disso. No fim do mês passado,a empresa teve prejuízo de cerca de US$ 10 bilhões (pouco mais de R$ 50 bilhões), depois de engajar-se em uma campanha polêmica: o lançamento da coleção Pride, com roupas LGBT+ e “ocultistas”, com imagens satânicas, voltadas para o público infantil.
A campanha publicitária gerou uma onda de revolta que terminou com uma enorme campanha de boicote à empresa. A indignação levou consumidores a vandalizar lojas da rede. Emparedada, a empresa se viu forçada a recuar da decisão.
Em poucos dias, a Target tirou das gôndolas todos os produtos que haviam incomodado seus clientes e repaginou a linha de artigos LGBT+. Entre os itens removidos pela empresa havia peças como maiôs femininos “amigáveis”, que permitem às “mulheres trans” que ainda não passaram por cirurgias ocultar as partes íntimas. A ideia da varejista era celebrar o “Mês do Orgulho Gay”.
A cerveja Bud Light, versão suave da Budweiser e a mais consumida nos Estados Unidos, sentiu no bolso quanto custa lacrar. A dona da marca, Anheuser-Busch, perdeu US$ 5 bilhões na bolsa (R$ 25 bilhões) no início de maio por causa do fracasso da ação com Dylan Mulvaney, digital influencer trans. Consumidores se revoltaram com a peça publicitária divulgada na internet, exibindo Dylan segurando latinhas com seu rosto. Para reverter o prejuízo, a empresa colocou em circulação novas cervejas estampadas com camuflagem militar, além de imagens do programa social Folds of Honor, que oferece bolsas de estudo para filhos e cônjuges de militares e socorristas mortos ou com invalidez.
Dois meses antes, fora a vez da Hershey’s render-se ao politicamente correto.O gigante dos chocolates escalou Fae Johnstone, também trans, para a campanha do Dia Internacional da Mulher. “Podemos criar um mundo em que todos tenham condições de viver em espaços públicos”, diz Fae, no vídeo da empresa, ao exibir uma barra da companhia. Nas redes sociais, internautas criticaram a escolha de Fae para o 8 de Março. Isso porque, segundo essas críticas, a Hershey’s deveria escolher uma pessoa nascida mulher, em vez de um homem biológico.
Embora não tenha perdido tanto dinheiro como se imaginava com o boicote digital, a Hershey’s pariu uma concorrente de peso voltada para o público conservador, Jeremy’s Chocolate.
Em uma semana, a nova marca vendeu 500 mil unidades do produto. “Apresentando Jeremy’s Chocolate”, diz o anúncio que viralizou nas redes sociais. “Sim, é real. Temos dois tipos: HeHim e SheHer. Um deles tem nozes. Se você precisar que eu diga qual, continue comprando Hershey’s. Mas, se você sabe o que é uma mulher e adora chocolate, acesse o site ihatehersheys.com.” A palavra em inglês para “nozes” é “nuts”, que também é usada como gíria para se referir aos testículos.
Lição ignorada Se tivessem visto o que ocorreu com a Balenciaga, em novembro do ano passado, talvez a Target, a Bud Light e a Hershey’s não avançassem o sinal.
Naquele mês, a marca espanhola de acessórios femininos usados por celebridades de Hollywood divulgou uma campanha de Natal para lá de polêmica: crianças segurando ursos de pelúcia e apetrechos sadomasoquistas (coleiras, chaves, cadeados e algemas).
Ao redor dos pequenos, havia produtos vendidos pela grife. A foto que mais chamou a atenção mostra uma bolsa sobre uma pilha de papéis. Ao dar zoom em um dos documentos, é possível ler trechos do caso “Ashcroft contra a Coalizão de Liberdade de Expressão”. Trata-se de uma decisão, de 2002, da Suprema Corte dos Estados Unidos, segundo a qual nem todas as imagens sexualizadas de crianças devem ser consideradas ilegais
O boicote à marca veio com tudo, unindo pessoas comuns e artistas. Vídeos na internet mostraram famosos destruindo objetos da empresa. Algumas unidades da Balenciaga também sofreram atos de vandalismo. “Pedimos sinceras desculpas por qualquer ofensa que nossa campanha de férias possa ter causado”, informou a Balenciaga, em nota, ao mencionar que a campanha tinha a intenção de celebrar a infância de uma maneira mais “descolada”. “Nossas pelúcias não deveriam ter sido apresentadas com crianças. Removemos, imediatamente, a campanha de todas as plataformas. Estamos tomando medidas legais contra as partes responsáveis por criar o conjunto e incluir itens não aprovados para nossa sessão de fotos da campanha.”
Como resultado, o diretor criativo da empresa e responsável pelo escândalo, Demna Gvasalia, perdeu um prêmio que ganhara semanas antes, e o próprio emprego. A campanha afetou também as contas da marca. A Kering, holding que controla a Balenciaga e outras grifes, já esperava queda de mais ou menos 2% nas vendas, em virtude da situação econômica da China, mas registrou 7%. Internautas compartilharam imagens de liquidações com descontos de até 70% em produtos da marca, na tentativa de recuperar o dinheiro perdido com a campanha infantil.
Além da Balenciaga, outro exemplo notório a não ser seguido vem da Disney. Desde 2016, a “lacração” parte das produções da empresa, com remakes de filmes antigos e o lançamento de novas produções em uma roupagem mais “progressista”.
O apelo ideológico ganhou musculatura por influência de Abigail Disney, uma das herdeiras do império.
Neta do cofundador Roy O. Disney, irmão de Walt, ela defendeu abertamente a guinada da empresa à esquerda.
O gesto da Disney teve consequências. A primeira delas veio do mundo político. O parque da empresa fica em Orlando, na Flórida. Conservador, o Estado é governado pelo republicano Ron DeSantis, que tem maioria nas duas Casas legislativas. DeSantis conseguiu aprovar o fim do “status especial” do parque. Esse benefício dava à Disney poderes para cobrar impostos, construir estradas e controlar serviços públicos no território de seu parque temático. Conhecido como Reedy Creek Improvement District, o distrito foi criado em um acordo de 1967, entre o Estado e a direção da Disney. Agora a empresa vai ter de pagar impostos ao governo estadual, como qualquer outra.
Essas estratégias mercadológicas estão longe de ser uma onda de altruísmo de empresários bonzinhos. O woke capitalism (“capitalismo acordado”) é um conceito que nasceu da necessidade de reestruturar o “capitalismo selvagem”. Ele é patrocinado, sobretudo, por metacapitalistas que controlam fundos de investimentos bilionários, como o BlackRock (BR), patrono das pautas de enfrentamento às mudanças climáticas. O BR distribui dinheiro para companhias que se adequam a práticas politicamente corretas, e com o apoio de governos.
Para além das perdas financeiras, o lado cruel do “capitalismo woke” torna as empresas reféns do escrutínio investigativo e do julgamento ininterrupto no tribunal ilusório da perfeição capitaneado pela esquerda “Muitos governos se veem obrigados a aceitar toda essa agenda, porque, caso contrário, as empresas e os fundos de investimentos deixam de trabalhar em determinados países, afetando a economia local”, constatou o analista político Paulo Henrique Araujo, autor do livro As Bases Revolucionárias da Política Moderna. “Não há indícios de que o investimento em diversidade provoque o aumento da produtividade ou criatividade da empresa”, acrescentou Eduardo Matos, pesquisador e corroteirista do filme Nem Tudo se Desfaz, ao mencionar que não vê um futuro muito alvissareiro para empresas nesse caminho.
Em entrevista ao programa Linhas Cruzadas, da TV Cultura, veiculado em 2021, o cientista político conservador João Pereira Coutinho afirmou que há um enorme esforço por parte das grandes empresas para embarcarem no vagão do “consumo ético, sustentável e politicamente correto”. Hoje, as companhias não competem apenas umas com as outras por uma fatia maior do mercado — também competem para a exposição de suas “credenciais ativistas”.Trata-se de uma via de mão dupla.
Para além das perdas financeiras, o lado cruel do “capitalismo woke”torna as empresas reféns do escrutínio investigativo e do julgamento ininterrupto no tribunal ilusório da perfeição capitaneado pela esquerda. Ciente de seu poder de mobilização, com o palco das redes sociais sob seu domínio, a patrulha dos valores éticos e morais comanda o espetáculo entre “o bem e o mal” e dita as regras do jogo, conforme seus próprios interesses. Como preconiza o poema Versos Íntimos, de Augusto dos Anjos, “a mão que afaga é a mesma que apedreja”.
Atentas ao fervor pueril de uma juventude doutrinada por professores universitários de esquerda,cada vez mais empresas se rendem à cultura woke. Entrincheiradas nas fileiras de movimentos que lutam por “justiça, inclusão e tolerância”, essas companhias tentam garantir um lugar de destaque na disputada arena das redes sociais e atender às demandas do consumidor “progressista”, capitalizando a popularidade desses grupos sociais. A estratégia mercadológica, contudo, não tem dado muito certo, fortalecendo a tese segundo a qual “quem lacra não lucra”.
A varejista norte-americana Target, equivalente às Lojas Americanas no Brasil, é um exemplo disso. No fim do mês passado, a empresa teve prejuízo de cerca de US$ 10 bilhões (pouco mais de R$ 50 bilhões), depois de engajar-se em uma campanha polêmica: o lançamento da coleção Pride, com roupas LGBT+ e “ocultistas”, com imagens satânicas, voltadas para o público infantil.
A campanha publicitária gerou uma onda de revolta que terminou com uma enorme campanha de boicote à empresa. A indignação levou consumidores a vandalizar lojas da rede. Emparedada, a empresa se viu forçada a recuar da decisão.
Em poucos dias, a Target tirou das gôndolas todos os produtos que haviam incomodado seus clientes e repaginou a linha de artigos LGBT+. Entre os itens removidos pela empresa havia peças
como maiôs femininos “amigáveis”, que permitem às “mulheres trans” que
ainda não passaram por cirurgias ocultar as partes íntimas.A ideia da varejista era celebrar o “Mês do Orgulho Gay”.
A cerveja Bud Light, versão suave da Budweiser e a mais consumida nos Estados Unidos, sentiu no bolso quanto custa lacrar. A dona da marca, Anheuser-Busch, perdeu US$ 5 bilhões na bolsa (R$ 25 bilhões) no início de maio por causa do fracasso da ação com Dylan Mulvaney, digital influencer trans.
Consumidores se revoltaram com a peça publicitária divulgada na
internet, exibindo Dylan segurando latinhas com seu rosto. Para reverter
o prejuízo, a empresa colocou em circulação novas cervejas estampadas
com camuflagem militar, além de imagens do programa social Folds of Honor, que oferece bolsas de estudo para filhos e cônjuges de militares e socorristas mortos ou com invalidez.
Dois
meses antes, fora a vez da Hershey’s render-se ao politicamente
correto. O gigante dos chocolates escalou Fae Johnstone, também trans,
para a campanha do Dia Internacional da Mulher. “Podemos criar um mundo
em que todos tenham condições de viver em espaços públicos”, diz Fae, no
vídeo da empresa, ao exibir uma barra da companhia. Nas redes sociais,
internautas criticaram a escolha de Fae para o 8 de Março. Isso porque,
segundo essas críticas, a Hershey’s deveria escolher uma pessoa nascida
mulher, em vez de um homem biológico.
Embora não tenha perdido
tanto dinheiro como se imaginava com o boicote digital, a Hershey’s
pariu uma concorrente de peso voltada para o público conservador,
Jeremy’s Chocolate. Em uma semana, a nova marca vendeu 500 mil unidades
do produto. “Apresentando Jeremy’s Chocolate”, diz o anúncio que
viralizou nas redes sociais. “Sim, é real. Temos dois tipos: HeHim e SheHer.
Um deles tem nozes. Se você precisar que eu diga qual, continue
comprando Hershey’s. Mas, se você sabe o que é uma mulher e adora
chocolate, acesse o site ihatehersheys.com.” A palavra em inglês para
“nozes” é “nuts”, que também é usada como gíria para se referir aos testículos.
Lição ignorada Se tivessem visto o que ocorreu com a Balenciaga, em novembro do ano passado, talvez a Target, a Bud Light e a Hershey’s não avançassem o sinal. Naquele mês, a
marca espanhola de acessórios femininos usados por celebridades de
Hollywood divulgou uma campanha de Natal para lá de polêmica: crianças segurando ursos de pelúcia e apetrechos sadomasoquistas (coleiras, chaves, cadeados e algemas).
Ao redor dos pequenos, havia produtos vendidos pela grife. A foto que mais chamou a atenção mostra uma bolsa sobre uma pilha de papéis. Ao dar zoom em um dos documentos, é possível ler trechos do caso “Ashcroft contra a Coalizão de Liberdade de Expressão”.
Trata-se de uma decisão, de 2002, da Suprema Corte dos Estados Unidos,
segundo a qual nem todas as imagens sexualizadas de crianças devem ser
consideradas ilegais.
O
boicote à marca veio com tudo, unindo pessoas comuns e artistas. Vídeos
na internet mostraram famosos destruindo objetos da empresa. Algumas
unidades da Balenciaga também sofreram atos de vandalismo. “Pedimos
sinceras desculpas por qualquer ofensa que nossa campanha de férias
possa ter causado”, informou a Balenciaga, em nota, ao mencionar que a
campanha tinha a intenção de celebrar a infância de uma maneira mais
“descolada”. “Nossas pelúcias não deveriam ter sido apresentadas com
crianças. Removemos, imediatamente, a campanha de todas as plataformas.
Estamos tomando medidas legais contra as partes responsáveis por criar o
conjunto e incluir itens não aprovados para nossa sessão de fotos da
campanha.”
Como resultado, o diretor criativo da empresa e
responsável pelo escândalo, Demna Gvasalia, perdeu um prêmio que ganhara
semanas antes, e o próprio emprego. A campanha afetou também as contas
da marca. A Kering, holding que controla a Balenciaga e outras
grifes, já esperava queda de mais ou menos 2% nas vendas, em virtude da
situação econômica da China, mas registrou 7%. Internautas
compartilharam imagens de liquidações com descontos de até 70% em
produtos da marca, na tentativa de recuperar o dinheiro perdido com a
campanha infantil.
Além
da Balenciaga, outro exemplo notório a não ser seguido vem da Disney.
Desde 2016, a “lacração” parte das produções da empresa, com remakes
de filmes antigos e o lançamento de novas produções em uma roupagem
mais “progressista”. O apelo ideológico ganhou musculatura por
influência de Abigail Disney, uma das herdeiras do império. Neta do
cofundador Roy O. Disney, irmão de Walt, ela defendeu abertamente a
guinada da empresa à esquerda.
O gesto da Disney teve
consequências. A primeira delas veio do mundo político. O parque da
empresa fica em Orlando, na Flórida. Conservador, o Estado é governado
pelo republicano Ron DeSantis, que tem maioria nas duas Casas
legislativas. DeSantis conseguiu aprovar o fim do “status especial”
do parque. Esse benefício dava à Disney poderes para cobrar impostos,
construir estradas e controlar serviços públicos no território de seu
parque temático. Conhecido como Reedy Creek Improvement District, o
distrito foi criado em um acordo de 1967, entre o Estado e a direção da
Disney. Agora a empresa vai ter de pagar impostos ao governo estadual,
como qualquer outra.
Combustível para a lacração
Essas estratégias mercadológicas estão longe de ser uma onda de altruísmo de empresários bonzinhos. O woke capitalism
(“capitalismo acordado”) é um conceito que nasceu da necessidade de
reestruturar o “capitalismo selvagem”. Ele é patrocinado, sobretudo, por
metacapitalistas que controlam fundos de investimentos bilionários,
como o BlackRock (BR), patrono das pautas de enfrentamento às mudanças
climáticas. O BR distribui dinheiro para companhias que se adequam a
práticas politicamente corretas, e com o apoio de governos.
Para além das perdas financeiras, o lado cruel do “capitalismo woke”
torna as empresas reféns do escrutínio investigativo e do julgamento
ininterrupto no tribunal ilusório da perfeição capitaneado pela esquerda
“Muitos
governos se veem obrigados a aceitar toda essa agenda, porque, caso
contrário, as empresas e os fundos de investimentos deixam de trabalhar
em determinados países, afetando a economia local”, constatou o analista
político Paulo Henrique Araujo, autor do livro As Bases Revolucionárias da Política Moderna.
“Não há indícios de que o investimento em diversidade provoque o
aumento da produtividade ou criatividade da empresa”, acrescentou
Eduardo Matos, pesquisador e corroteirista do filme Nem Tudo se Desfaz, ao mencionar que não vê um futuro muito alvissareiro para empresas nesse caminho.
Em entrevista ao programa Linhas Cruzadas,
da TV Cultura, veiculado em 2021, o cientista político conservador João
Pereira Coutinho afirmou que há um enorme esforço por parte das grandes
empresas para embarcarem no vagão do “consumo ético, sustentável e
politicamente correto”. Hoje, as companhias não competem apenas umas com
as outras por uma fatia maior do mercado — também competem para a
exposição de suas “credenciais ativistas”.Trata-se de uma via de mão
dupla. Para além das perdas financeiras, o lado cruel do “capitalismo woke”
torna as empresas reféns do escrutínio investigativo e do julgamento
ininterrupto no tribunal ilusório da perfeição capitaneado pela
esquerda. Ciente de seu poder de mobilização, com o palco das redes
sociais sob seu domínio, a patrulha dos valores éticos e morais comanda o
espetáculo entre “o bem e o mal” e dita as regras do jogo, conforme
seus próprios interesses. Como preconiza o poema Versos Íntimos, de Augusto dos Anjos, “a mão que afaga é a mesma que apedreja”.
Atos de grupo sem-terra motivou parlamentares a assinarem pedido de abertura de CPI que tem como um dos alvos o atual ministro da Justiça
A série de invasões promovidas peloMST a propriedades rurais no oeste de São Paulo na semana passada virou não somente munição da bancada bolsonarista no Congresso como também deu um novo fôlego à estratégia de deputados de oposição ao governo Lula.
Conforme mostrou VEJA na edição que chega neste fim de semana às bancas e plataformas digitais, na Câmara, parlamentares aliados ao ex-presidente Jair Bolsonaro tentaram emplacar uma CPI voltada a fragilizar aliados de Lula por suposta omissão nos atos golpistas de 8 de janeiro. A ideia era centrar fogo na figura do ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB-MA). O plano até então não tinha vingado por falta de adesões, mas voltou a ganhar musculatura após os atos do MST em São Paulo.
A ideia seria incluir as invasões do MST no mesmo requerimento em que pediam a apuração das condutas do ministro da Justiça. A medida seria apenas a primeira dentre outras que os congressistas passaram a estudar, motivados pela criticada relação do MST com o PT, partido de Lula.
Esse movimento tem sido coordenado pelo deputado Evair de Mello (PP-ES), aliado de Bolsonaro. “Estamos organizando uma agenda legislativa da oposição e também um evento para os 100 dias de governo Lula”, disse o parlamentar. “Muitos que ainda estavam confiando no governo, após os últimos acontecimentos, estão aderindo”, completou, fazendo referência às invasões em SP.
Um dos deputados que ainda não tinha assinado o pedido de abertura da CPI até então, por exemplo, era David Soares (União-SP). Ele mudou de opinião quando soube dos atos do MST.“A partir do momento em que o MST faz essa ação coordenada, isso despertou raiva de muita gente, inclusive em mim. Porque isso afeta diretamente o agronegócio. Aí sabe-se lá o que vai acontecer”,afirmou.
Para que haja o início do processo de instalação de uma CPI na Câmara, é preciso que o pedido tenha a adesão de, no mínimo, 171 deputados. Mello afirmou ter colhido 141 assinaturas até o momento.
A aprovação em primeiro turno da PEC da Transição na Câmara nesta terça, 20, é sim uma vitória para o governo Lula. Mas a redução da validade da proposta para um ano é um recado claro deArthur Lirade que o novo governo não terá a vida tão tranquila como gostaria.
Quando protocolada no Senado em novembro, o governo queria que a PEC tivesse validade de quatro anos. Os senadores, no entanto, aprovaram o texto com validade de dois anos. Agora, na Câmara, o prazo foi reduzido para apenas um. Segundo a coluna apurou, a redução da validade foi uma estratégia do presidente da Câmara, Arthur Lira, após a decisão doSupremo Tribunal Federal (STF) de considerar inconstitucional o orçamento secreto.
Lira viu a digital de Lula na decisão da corte e, insatisfeito com esse posicionamento, articulou para reduzir a validade da PEC mais importante para o novo governo. Com a redução do prazo, o presidente eleito terá que manter um bom relacionamento com Lira e aceitar o que ele mais quer: negociações constantes – onde a política é feita – para conseguir orçamento dos demais anos de seu mandato.
Se tivesse conseguido uma PEC com duração de quatro anos, Lula estaria livre de negociar esse tema até o fim de seu terceiro governo. Agora, terá que voltar com o pires na mão já no ano que vem. Lira trabalhou para ter o governo nas mãos e agora tem um assunto chave para negociar nos próximos dois anos. Essa moeda de troca é valiosa e mantém Lira com o poder – muito poder, aliás – já que o fim do orçamento secreto representou uma revés gigante para o presidente da Câmara.
A eleição de Lula me causa profunda indignação.Lula presidente é um
símbolo visível e gritante da impunidade da corrupção no Brasil. O padre
Antônio Vieira já chamava atenção para essa impunidade em meados do
século XVII.
Dizia que os ladrões de galinha roubavam e eram enforcados,
enquanto os verdadeiros ladrões, os governantes, roubavam e enforcavam.
Mais do que garantir sua impunidade, promoviam retaliações e vinganças.
Protesto de caminhoneiros em São Paulo.| Foto: André Coelho/EFE Ouça este conteúdo
Há várias outras razões para estar indignado com a eleição de Lula e é legítimo protestar neste momento,como sempre foi e sempre será na democracia. Isso deve ser feito dentro da Constituição e da lei, respeitando direitos e sem violência.
E podem as Forças Armadas intervir ou atuar como poder moderador no cenário atual? Muitas pessoas bem-intencionadas, que amam o Brasil e estão preocupadas com o futuro no governo Lula, têm me perguntado isso. A resposta da Constituição é claramente negativa.[não há motivo para se preocupar com o futuro do governo Lula e sim com o futuro do Brasil sob um governo Lula; assim, só nos resta exercer o direito de pensar e torcer e assim pensar e torcer para que o governo Lula não tenha presente nem futuro. Um governo Lula acabará com o Brasil que Bolsonaro estava começando a conseguir construir.]
O artigo 142 da Constituição estabelece três objetivos para as Forças Armadas. O primeiro é defender a pátria contra agressão estrangeira.[a defesa da Pátria não alcança apenas agressões estrangeiras - lembrem-se que em 64 a agressão era orientada e financiada por governo estrangeiro, mas era executada por maus brasileiros, traidores da Pátria, que assaltavam, sequestravam, matavam e com isso não era possível provar ser uma agressão estrangeira.] O segundo é garantir os poderes constitucionais quando um poder tenta eliminar o outro. O terceiro é garantir a lei e a ordem quando as forças de segurança pública forem insuficientes. A Constituição brasileira não atribui às Forças Armadas um poder moderador, nem permite que sejam usadas por um poder contra o outro. [o artigo 142, famoso por não ser usado, permite as mais variadas interpretações, o que exige que seja interpretado, se e quando necessário, por um Poder Judiciário isento, independente e IMPARCIAL.]
A Constituição também não autoriza que as Forças Armadas mudem decisões de um Tribunal Eleitoral ou que funcionem como árbitro nas eleições. As polícias e forças de segurança internas também não têm esse papel, nem podem se impor sobre tribunais.[uma pergunta motivada pela falta de conhecimentos jurídicos especializados e que pensamos ser a de milhões de brasileiros: e se as decisões de cada um dos Poderes, especialmente as do Poder Judiciário, forem parciais, favorecendo de forma inequívoca uma das partes, a quem recorrer?ao Papa?
Sendo conveniente, para fins temporais, terrenos - não religiosos - não esquecer que o Papa é argentino.]
Por isso as Forças Armadas e seus generais têm se manifestado contrariamente à ideia de intervenção, que seria um golpe de Estado. [mesmo que para garantir a lei e a ordem quando as forças de segurança pública forem insuficientes.] Se alguém recorre a ele uma vez, o que impede de recorrer várias? Golpes resultam em ditaduras, na supressão de direitos e garantias. Basta um olhar ao redor do mundo para concluir que não há ditadura boa.
Protestar nas ruas é legítimo e mostra que as pessoas realmente se importam com os rumos do país. Estão envolvidas com a política como raras vezes no passado. Por outro lado, flertar com a intervenção como um “atalho” contra Lula ou o PT é um grande equívoco.
É a democracia que garante a mim e a você o direito de protestar, de lutar para ter outro presidente no futuro, de ir e vir ou tantos outros direitos que são fundamentais. É essa democracia que exige: o resultado da eleição deve ser respeitado, goste-se eu ou não dele.O único caminho de mudança está dentro da democracia, ainda que exija dedicação, estratégia e perseverança. [e quando cobrar das instituições, ainda que de forma pacífica, exercendo o direito de reunião na forma permitida pela Constituição, é considerado ato antidemocrático.] Ainda que demande cobrar das instituições que cumpram fielmente seus papeis. Ainda que seja necessário esforço para cobrar um bom trabalho dos novos deputados e senadores ou eleger melhores no futuro.
Por meio da democracia, deputados e senadores eleitos poderão fazer oposição firme e inabalável para frear os retrocessos morais e econômicos que o governo do PT queira impor. [será que estarão imunes às tentações de um Mensalão? afinal, os fatos mostram que no Brasil, para certas pessoa o crime compensa.]
Reformas trabalhista, previdenciária, tributária, administrativa, eleitoral e política dependem todas da aprovação do Congresso. E o Congresso deve atuar de modo independente em favor do Brasil.
O único caminho de mudança está dentro da democracia, ainda que exija dedicação, estratégia e perseverança
É hora de seguirmos unidos com fé e coragem, lembrando que todos estamos no mesmo avião. Violência, desordem, crime e desrespeito à democracia não prejudicam apenas o piloto que foi escolhido. Prejudicam a todos nós.
Eu não gosto do piloto que foi escolhido. Eu acredito que meus colegas passageiros fizeram uma escolha errada, mas eu vou lutar, como cidadão e deputado, para que o nosso voo siga pelas melhores rotas para o nosso país, em amor ao Brasil e aos brasileiros. E essas rotas estão dentro da democracia e do respeito à lei.
Este é meu primeiro artigo como colunista da Gazeta do Povo, que é acessada por 13 milhões de leitores por mês.
A Gazeta é o quarto maior jornal do Brasil em assinaturas digitais.
Assino a Gazeta há anose acredito no seu compromisso firme com valores cristãos e conservadores como a defesa da família, do combate à corrupção e da liberdade de expressão.
Recentemente fui eleito o deputado federal mais votado no Paraná, por 345 mil eleitores distribuídos em todos os 399 municípios paranaenses. No Congresso, discutirei muitos temas e este é mais um canal para debater e informar a respeito de assuntos de interesse da sociedade. [Algo que quanto mais o tempo passa, mais dificil fica de entender:
qual a explicação para quase todos que compartilham dos ideais, dos valores do presidente Bolsonaro foram eleitos - exceto ele?]
Conteúdo editado por:Jônatas Dias Lima
Deltan Dallagnol, colunista - Gazeta do Povo Deltan Dallagnol é mestre em Direito pela Harvard Law School e foi o deputado federal mais votado do Paraná em 2022.
Discurso da primeira-dama ocorreu em culto evangélico, ao lado do presidente
A primeira-dama Michelle Bolsonaro afirmou que o Palácio do Planalto era consagrado a demônios antes da posse do presidenteJair Bolsonaro (PL). “Por muitos anos, por muito tempo, aquele lugar foi um lugar consagrado a demônios. Cozinha consagrada a demônios, Planalto consagrado a demônios. E hoje é consagrado ao senhor Jesus”, disse ela neste domingo, 7, ao lado do presidente, durante culto evangélico na Igreja Batista Lagoinha em Belo Horizonte.
Em um discurso de pouco mais de cinco minutos, Michelle chamou muitas pessoas pelo primeiro nome, agradecendo orações feitas a favor do governo. Ela ainda disse que o momento está “muito difícil”e repetiu a frase já dita pelo presidente de que as eleições são uma “guerra do bem contra o mal” e alegou que “nossa nação é uma nação rica, uma nação próspera, ela só foi mal administrada”. “Podem me chamar de fanática, podem me chamar de louca, mas vou continuar louvando nosso Deus, vou continuar orando”, disse.
Ela também relembrou a facada sofrida por Bolsonaro em 2018. “É uma renúncia estar do outro lado. Nós pagamos um alto preço. Até com a vida, como tentaram tirar do meu marido em 2018?.
Michelle, que falou logo após o presidente, tem intensificado sua presença nos atos de campanha do marido, como estratégia para melhorar a imagem dele junto ao eleitorado feminino e evangélico. “Eu sempre falo e falo para ele (Bolsonaro), quando eu entro na sala dele e olho para ele: essa cadeira é do presidente maior, é do rei que governa essa nação”, disse a primeira-dama. Durante a fala dela, Bolsonaro demonstrou emoção e ficou com os olhos marejados.
Relatório interno da Corte Eleitoral aponta risco de crime cibernético sofisticado às vésperas da votação de outubro; medidas para proteger sistema vêm sendo implementadas
Alertado por grupo técnico que se dedica à segurança da informação, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) trabalha com a possibilidade de sofrer ataques hackers às vésperas das eleições de outubro. Diante do cenário global de “recrudescimento das ameaças”, a Corte Eleitoral vem implementando medidas para proteger o sistema eleitoral em Brasília e também nos tribunais regionais.
Segundo relatório interno ao qual oEstadão teve acesso, o TSE não descarta ser alvo de um ataque como o que paralisou o Superior Tribunal de Justiça (STJ) por uma semana em novembro de 2020. A Corte foi alvo de “ransomware”,um sofisticado crime cibernético que sequestra dados e só os devolve mediante pagamento de resgate. Servidores e ministros ficaram impossibilitados de acessar arquivos e e-mails. O andamento de milhares de processos ficou prejudicado.
“Pensemos num ataque de ransomware, às vésperas do pleito de 2022, em que todos os computadores da Justiça Eleitoral amanheçam criptografados, apresentando uma mensagem em sua tela de pedido de resgate para a liberação de seus conteúdos. São situações extremas, mas perfeitamente possíveis de ocorrer,caso os adequados controles não sejam implementados, não apenas no TSE, mas em todos os tribunais regionais”, avisa o relatório interno de 2021.
Os técnicos alertaram ainda para a necessidade de debelar riscos de vazamento em massa do cadastro eleitoral, de manipulação do sistema de óbitos e direitos políticospara incluir candidatos inaptos e de acesso a dados restritos para venda ilegal no mercado paralelo. “Ocorrências como essas colocariam em xeque todo o sistema eleitoral e até mesmo a estabilidade do regime democrático de direito, catalisando as forças contrárias aos princípios democráticos que existem em nossa sociedade”,diz o documento elaborado por nove técnicos do TSE e de tribunais eleitorais nos Estados.
Diretor executivo do InternetLab, um centro independente de pesquisa da internet, Francisco Brito Cruz afirmou que o mapeamento de ameaças pelo TSE é positivo e que incidentes de cibersegurança não devem ser tratados com politização. “Seria um escândalo se o TSE não tivesse um planejamento, não investisse nessa área. Olhando a estrutura da administração pública brasileira, o tribunal é um dos que mais travam discussões sobre cibersegurança”, disse. “O TSE caminha sob o fio da navalha. Sabemos que essas tentativas de enviesar a questão tem um efeito como propaganda política.”
Meta Uma das metas do TSE é preservar a credibilidade do sistema, considerado um dos mais seguros do mundo. Mesmo com ataques malsucedidos ou menos complexos, toda a segurança do pleito pode ser comprometida a partir da atuação coordenada de atores políticos. O presidente Jair Bolsonaro (PL) tem atuado para minar a credibilidade das urnas eletrônicas, mesmo tendo sido eleito por meio delas em 2018. [em nossa opinião, o fato de ter sido eleito através das urnas que critica, confere mais credibilidade as críticas, especialmente falta de transparência, ao presidente Bolsonaro; caso ele fosse um candidato derrotado, seria 'chororô' de político sem voto.]
Na disputa eleitoral de 2020, os ataques cibernéticos detectados não afetaram os sistemas de apuração de votos, mas o fato ajudou a alimentar teorias conspiratórias. A ação, segundo apuração da equipe técnica do tribunal, usou dispositivos do Brasil, dos Estados Unidos e da Nova Zelândia. Apenas dados antigos foram expostos. Mesmo assim, bolsonaristas aproveitaram para lançar dúvidas sobre urnas eletrônicas e defender o voto impresso.
Riscos mundiais Com a popularização do 5G e das transações financeiras eletrônicas, crimes virtuais viraram um problema global. Empresas como Embraer e Apple também já sofreram prejuízos. O cenário mundial fez crescer a preocupação cibernética em todo o Judiciário.
Na Justiça Eleitoral, ameaças efetivas e concretas não foram detectadas até o momento, segundo o Estadão apurou.
O relatório menciona a “necessidade de readequação” para contar com uma “estrutura mínima para ações preventivas e reativas compatíveis com os riscos nas eleições de 2022. O documento recomenda a definição, para cada tribunal regional de número de técnicos atuando diretamente na segurança da informação, revisão de processos de trabalho e realocação de servidores. Também foi recomendado que os gestores de segurança da informação se reportem diretamente à presidência ou direção dos TREs. [ao que entendemos, o relatório fala em " 'necessidade de readequação' para contar com uma estrutura mínima... "; fica a impressão, especialmente para leigos, nosso caso, de algo a ser feito o que motiva perguntar: ainda não existe tal estrutura?]
Procurado, o TSE afirmou que um programa nacional de cibersegurança vem sendo implementado em toda a Justiça Eleitoral,mas não quis dar detalhes por motivo de segurança.
Para lembrar Apurações e tentativas de invasões ao sistema:
Pedido de auditoria: Depois da eleição de 2014, o Tribunal Superior Eleitoral aceitou um pedido do PSDB para auditar as urnas eletrônicas. A Corte concedeu acesso a dados, arquivos e alguns programas usados nos equipamentos para uma auditoria externa. Relatório da investigação concluiu que não foi possível identificar qualquer tipo de fraude na votação.
Denúncia de invasão:Um inquérito foi aberto pela Polícia Federal dez dias após o segundo turno das eleições de 2018 para apurar uma denúncia de invasão ao sistema interno do TSE. A investigação foi solicitada pelo próprio tribunal. De acordo com a Corte, o episódio não representou risco à integridade das eleições, uma vez que o código-fonte dos programas utilizados passaram por “sucessivas verificações e testes, aptos a identificar qualquer alteração ou manipulação'.
Vazamento de dados:Em 2020, ataque hacker ao sistema do TSE acessou dados de servidores do tribunal e houve vazamento de informações no dia 15 de novembro, 1.º turno do pleito. Apesar do atraso na totalização dos votos, o então presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, disse que a invasão não afetou o resultado das urnas. [COMENTÁRIO: da leitura atenta de toda a matéria - que classificamos como EXCELENTE - apesar de efetuada por leigos, se conclui o óbvio: NENHUM SISTEMA CIBERNÉTICO É INVIOLÁVEL.
A sustentar nossa 'sábia conclusão', temos que recentemente um oleoduto nos EUA, fronteira com Canadá, foi 'sequestrado', por hackers utilizando o método "ransomware”;
a própria matéria aponta prejuízos causados por invasões a empresas como Embraer e Apple, os sistemas da Nasa já sofreram invasões;
o TSE já teve seu sistema invadido em 2018 e 2020. Auditoria realizada pelo PSDB, autorizada pela Justiça Eleitoral, concluiu que não foi foi possível identificar qualquer tipo de fraude, o que a nosso ver não significa que não houve que não houve fraude.]