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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Lula pediu para não depor porque está com medo, e Conselho Nacional do Ministério Público concede

Já houve um tempo em que, em situações assim, Lula se comportaria como o garoto da poesia “Meus Oito Anos”, de Casimiro de Abreu: iria com “a camisa aberta ao peito, pés descalços, braços nus”. 

Hoje, o Apedeuta é obrigado a mobilizar uma tropa de criminalistas, tem de contar com a artilharia dos deputados petistas e precisa se esconder. 

Ou por outra: Lula sabe que dar um jeito de não depor corrói um pouco mais a sua imagem. 

Mas isso significa também quem ele tem a certeza de que falar seria ainda pior

[o mais grave é que sabemos que Lula é burro - pedimos perdão aos muares; 
por algum tempo, alguns incautos achavam que a sorte do Lula era inteligência, mas, agora é notório que Lula e uma toupeira rivalizam em falta de inteligência.

Quando a dona Marisa, não consegue formar uma frase com vinte palavras.

Os dois depondo, separadamente, será um desastre.
Só que não depondo será o fim político do apedeuta.]

Luiz Inácio Lula da Silva e Marisa Letícia não vão mais depor nesta quarta sobre o polêmico tríplex do Guarujá, no edifício Solaris. Os respectivos depoimentos da dupla estavam marcados para as 11h e 13h no Fórum Criminal da Barra Funda, em São Paulo, mas foram suspensos por liminar concedida por Valter Shuenquener de Araújo, membro do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), atendendo a pedido encaminhado pelo deputado petista Paulo Teixeira (SP).

Já houve um tempo em que, em situações assim, Lula se comportaria como o garoto da poesia “Meus Oito Anos”, de Casimiro de Abreu: iria com “a camisa aberta ao peito, pés descalços, braços nus”. Hoje, o Apedeuta é obrigado a mobilizar uma tropa de criminalistas, tem de contar com a artilharia dos deputados petistas e precisa se esconder. Ou por outra: Lula sabe que dar um jeito de não depor corrói um pouco mais a sua imagem. Mas isso significa também quem ele tem a certeza de que falar seria ainda pior. Lula e Marisa estão com medo.

Teixeira encaminhou mais do que um pedido ao CNMP. Ele enviou um enorme chororô que demonstra, adicionalmente, o ódio que tem e que contamina todo o seu partido pela imprensa livre. A íntegra de sua petição está http://s.conjur.com.br/dl/representacao-cnmp-paulo-teixeira.pdf.

Uma parte da argumentação do deputado apela à questão técnica. Diz ele que a denúncia está em fase de instrução na 5ª Vara Criminal do Fórum Criminal de São Paulo e que ato normativo impõe que dela se encarregue a 1ª Promotoria de Justiça. O promotor do caso, Cássio Roberto Conserino, é da segunda. Isso violaria o princípio do promotor natural.

Teixeira não parou por aí. Alega que, ao afirmar em entrevista à VEJA que iria, sim, denunciar Lula e Marisa,  Conserino antecipou uma decisão à revista. Até aí, vá lá, eu mesmo já disse que ele não deveria tê-lo feito — à revista, que se registre, cabe publicar. Um veículo de comunicação não é guardião de sigilo nem bedel de promotor.

O que é estupefaciente é o juízo de valor que Teixeira faz sobre a VEJA. Segundo ele, trata-se de um “veículo de imprensa notoriamente engajado na persecução pessoal e política do ex-presidente Lula e do Partido dos Trabalhadores”.

A VEJA só pode receber como elogio a opinião que dela tem Paulo Teixeira, não é mesmo? Ora, pense um pouquinho: tente-se lembrar, ou recorra ao arquivo, de todas as reportagens que a revista publicou sobre os desmandos petistas. À luz do que se sabe, quem estava falando a verdade? A VEJA ou o PT?

O ridículo chega a seu estado da arte quando Teixeira infere que houve uma relação de troca. Segundo ele, “O Reclamado (Conserino) teve por objetivo, nitidamente, agradar os donos e responsáveis pela revista, em troca de um espaço de promoção pessoal que lhe foi efetivamente concedido”.

Como, no PT, quem tudo decide é o dono vale dizer: Lula —, Teixeira imagina que o mesmo se passe na VEJA. Este senhor desconhece o fundamento da independência editorial porque deve estar acostumado a lidar com os ditos blogs sujosque hoje adotam tal designação sem nenhuma vergonha; são mesmo uns sem-vergonhas —, que fazem seu jornalismo de joelhos para o PT.

Segundo Teixeira, todo mundo agora que conceder uma entrevista a um veículo de comunicação estará fazendo uma troca com o dono. Quando Dilma falar a algum jornal, a alguma revista ou a alguma TV, vamos perguntar quais foram as benesses trocadas.  Teixeira é um notório militante em favor da descriminação da maconha. Mas vou apostar que estivesse sóbrio quando redigiu seu trololó. Acho que ele não precisa queimar um mato para escrever besteira.

Shuenquener de Araújo não entrou no mérito nem fez considerações sobre a argumentação de Teixeira. Apenas suspendeu os depoimentos em caráter liminar — e nem havia a certeza de que o casal compareceria — para que seja examinado, então, pelo plenário do Conselho.

Segundo o conselheiro, o centro de sua decisão busca evitar uma eventual nulidade da apuração caso exista mesmo o erro formal apontado, relativo à distribuição. Até aí, vá lá.
Mas há também uma consideração inaceitável. Segundo Shuenquener de Araújo, a notícia de que grupos favoráveis e contrários a Lula estariam prontos a se manifestar poderia “comprometer o regular funcionamento e a segurança” do local. Aí não dá! Milícias do petismo sempre estarão mobilizadas para defender a impunidade de seus líderes.
Serão elas agora a definir quando um petista presta e quando não presta depoimento?

Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo

 

terça-feira, 30 de junho de 2015

Muito além das fronteiras

As agruras de algumas empreiteiras extravasaram os inquéritos locais sobre corrupção na Petrobras. A Odebrecht, por exemplo, agora é investigada em cinco países

As agruras de algumas empreiteiras extravasaram os inquéritos locais sobre a corrupção na Petrobras. O grupo Odebrecht, por exemplo, agora é investigado em cinco países: Colômbia, Panamá, Estados Unidos, Itália e Suíça. Na Colômbia, a Agência de Infraestrutura anuncia uma “consulta urgente” ao Conselho de Estado, corte suprema para assuntos administrativos, para que decida se o Estatuto Anticorrupção já é aplicável ao grupo brasileiro, contratado para obras de US$ 3 bilhões.

A lei proíbe o Estado colombiano de negociar com empresários responsabilizados por delitos como “suborno transnacional”, assim como “suas empresas, suas matrizes e subsidiárias”. A inabilitação “será de 20 anos” — diz o artigo 1º do Estatuto Anticorrupção, citado na consulta ao Conselho de Estado.  No Panamá, a procuradoria-geral confirma investigações sobre o grupo Odebrecht “a pedido” da Justiça brasileira e da ONG Transparência.

O Brasil pediu informações sobre a empreiteira e empresas locais como a Del Sur, suspeita de intermediar propinas no caso Petrobras.  A Del Sur existiu no papel, sob patrocínio do escritório de advocacia Patton, Moreno & Asvat, que representou os interesses da Odebrecht Offshore Drilling Finance Ltd. na emissão de US$ 1,6 bilhão em títulos, em 2013.  Já a Transparência foca em suborno do ex-presidente Ricardo Martinelli (2009-2014), que fugiu do país. Pressiona pelo exame da empreitada de US$ 1,4 bilhão na construção de 13,7 quilômetros do metrô da capital, liderada pelo grupo Odebrecht (55% do consórcio).

A auditoria desse contrato (N° SMP-28-2010) começa amanhã, anuncia a controladoria. Ele havia sido julgado “regular’’ pela KPMG — auditoria privada que aprovou as contas da Petrobras (2009 a 2011), expurgadas em US$ 17 bilhões.  A obra no Panamá também está sob investigação da Procuradoria de Nápoles, por causa das relações do ex-presidente Martinelli com Valter Lavitola, antigo aliado do ex-premiê italiano Silvio Berlusconi. Lavitola dirigiu o jornal “L'Avanti!” (contrafação do antigo "Avanti!", do Partido Socialista). Há três anos reside no presídio de Poggioreale, bairro-sede da Camorra napolitana.

Suas digitais permeiam a lavagem de quase US$ 200 milhões, supostamente propinas pagas a Martinelli. A promotoria acha que Lavitola atuava junto ao ex-presidente como “facilitador” de empresas, inclusive brasileiras.  Por isso, pediu ao Panamá, Brasil, EUA e Suíça para localizar e interrogar colaboradores de Lavitola em várias empresas (duas no Brasil, a Pesqueira S. João da Barra, de Casemiro de Abreu, e a Imobiliária Lagiuva, de Búzios). Entre os procurados, três são brasileiros: Alexander Heródoto Campos, Neire Cassia Pepe Gomes e Danielle Aline Louzada.

Como as empresas de papel de Lavitola têm vínculos com a Bonaventura LLC, de Miami, a Itália requisitou ajuda americana. É o segundo caso de investigação nos EUA, nas últimas quatro semanas, em que aparece o grupo Odebrecht. Dias atrás a procuradoria brasileira anunciou um pedido para rastrear finanças de Bernardo Freiburghaus, cuja prisão foi decretada com base em documentos fornecidos pela Suíça sobre propinas pagas a executivos da Petrobras.
Nunca antes o ilícito local foi tão global.

Fonte: Coluna José Casado - O Globo