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quinta-feira, 2 de novembro de 2023

Não há previsão de saída de brasileiros de Gaza, diz embaixador em Israel

O embaixador do Brasil em Israel, Fred Mayer, afirmou que o Itamaraty está em “compasso de espera” e que “inexiste previsão (por enquanto) do dia de retirada dos brasileiros de Gaza”. 

O diplomata deu as declarações em conversa com a coluna. Na nova lista de estrangeiros que podem deixar a Faixa de Gaza nesta quinta, 2 – através da passagem de Rafah, na fronteira com o Egito -, não constam brasileiros. [Em nossa opinião, NÃO EXISTE A MENOR MOTIVAÇÃO para os brasileiros terem prioridade para voltar ao Brasil. Estavam na região como turistas e devem ser tratados como os turistas dos demais países. Além do mais o desempenho medíocre do Brasil na presidência do CS, só motiva a que os brasileiros não tenham qualquer preferência sobre os demais.Outro absurdo é que nós, os pagadores de impostos, estejamos bancando o regresso dos turistas brasileiros - nos demais países a passagem é cobrada normalmente, aqui é tudo de graça.]

São 576 pessoas autorizadas a atravessar a fronteira, sendo 400 dos Estados Unidos.

Cidadãos do Azerbaijão, Bahrein, Bélgica, Coreia do Sul, Croácia, Grécia, Holanda, Hungria, Itália, Macedônia, México, Suíça, Sri Lanka e Chade também poderão sair da região em guerra.

Segundo a embaixada do Brasil na Cisjordânia, 34 pessoas pediram a ajuda do Brasil para deixar a região controlada pelo Hamas, sendo 24 brasileiros e dez palestinos que pretendem imigrar para o Brasil. A guerra Israel-Hamas já matou ao menos 10 mil pessoas – em sua maioria civis.

Matheus Leitão, Blog em VEJA
 

quarta-feira, 13 de setembro de 2023

Decisão de Toffoli fica ainda pior com documento de cooperação da Suíça no caso Odebrecht - O Estado de S. Paulo

J. R. Guzzo

Ministério da Justiça agora diz houve trâmite internacional entre autoridades dos dois países, desconstruindo tese que embasou despacho do ministro do STF

A anulação das provas sobre os atos de corrupção praticados pela construtora Odebrecht, um manifesto político que jamais seria reconhecido como peça de valor jurídico em qualquer democracia séria do mundo, é uma dessas histórias que começam da pior forma possível – e conseguem se tornar piores ainda à medida em que passa o tempo. 
A decisão, tomada pelo ministro Antônio Dias Toffoli no STF, nunca fez nexo lógico. 
Como podem ser consideradas “imprestáveis” as provas contra um réu que confessou, com a plena assistência de seus advogados, ter praticado os crimes dos quais era acusado? 
Mais: ele também delatou por livre e espontânea vontade outros criminosos e os seus crimes, em acordo assinado com o Ministério Público dentro de todas as exigências da lei. 
Abriu os computadores que contabilizavam os pagamentos feitos pelo seu departamento de propinas; sim, a empresa tinha um departamento só para cuidar desses assuntos. 
Por fim, devolveu R$ 2,7 bilhões de dinheiro roubado – e quem aceita devolver essa montanha de dinheiro se não fez nada de errado?
Toffoli diz que essas provas foram obtidas de forma ilegal, para servir à uma conspiração feita pela justiça brasileira com o objetivo de impedir que o presidente Lula pudesse voltar ao governo em 2018. 
O ministro não cita nenhum fato concreto capaz de dar um mínimo de coerência à acusação que faz. 
Se houve um pré-golpe de Estado na vara criminal de Curitiba que julgou Lula e a Odebrecht, como se explica, então, que a empresa e uma subsidiária tenham aceitado pagar 3,5 bilhões de dólares de multa nos Estados Unidos, após confessarem ter utilizado 780 milhões de dólares para subornar governos de doze países diferentes? 
A justiça americana teria também participado da conspiração do ministro Toffoli? É igualmente um mistério que a Odebrecht, ao longo de todos os últimos anos, nunca tenha reclamado de nada disso.
 
Acaba de cair, agora, mais uma porção inteira da casa. 
Toffoli disse em seu despacho que um dos motivos principais para a anulação das provas foi a inexistência de um documento legal, originário na Suíça e entregue às autoridades brasileiras, que permitia acesso aos computadores do serviço de propinas da Odebrecht. 
O problema, aparentemente insolúvel, é que esse documento existe. 
O Ministério da Justiça, acionado por Toffoli antes da sua decisão, tinha informado a ele que não existia; mas o mesmo ministério, que segundo o ministro Flavio Dino trabalha pela “causa” de Lula, está dizendo agora que existe. 
Segundo o departamento encarregado de tratar do caso, o documento suíço foi “encontrado”, com uma nova pesquisa em seus arquivos digitais.
O despacho de Toffoli, que declarou a condenação de Lula “um dos maiores erros judiciários” da história do Brasil, transformou-se numa criatura do dr. Frankenstein
Era, desde o começo, uma aberração. Para começar, o pedido de anulação das provas contra a Odebrecht está numa ação movida por Lula através de uma advogada que é mulher do ministro Cristiano Zanin, recém-nomeado para o STF pelo próprio presidentee seu advogado pessoal nos processos em que foi condenado pelos crimes de corrupção e de lavagem de dinheiro, em três instâncias e por nove juízes diferentes. 
A partir daí, o monstro foi subindo de patamar
Sabe-se lá de que jeito vai estar mais adiante – mas e daí? Esse tipo de coisa, hoje em dia, é a menor preocupação do STF.
 
J. R. Guzzo, colunista, - O Estado de S. Paulo
 
 
 

quarta-feira, 12 de julho de 2023

Está tudo perfeitamente normal no Brasil… - Rodrigo Constantino

Gazeta do Povo

Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.

Fiquei alguns minutos diante da tela em branco, cursor piscando, sem saber sobre o que escrever. 
É o dilema que muito comentarista, em especial quem escreve colunas diárias, enfrenta cedo ou tarde. 
Mais um texto sobre o surrealismo que tomou conta do nosso país? 
Tentar criticar com seriedade um circo? Nah, cansei.
 
Aí bateu uma inspiração: e se eu for sarcástico?!  
Ao menos posso colocar em forma de humor meu desabafo para fora, e com menos risco de novas perseguições (há mais o que possa ser feito contra mim?). 
"Mas brasileiro não entende ironia", dizem alguns céticos. 
Não sei quantos conseguem capturar o sarcasmo - e sou contra ele, que fique claro para o STF. Mas resolvi tentar.
 
E logo veio o título desse texto à minha mente. 
Poxa, eu fico todo dia tentando alertar que não dá para levar qualquer notícia a sério em nosso país, pois tudo está invertido, os corruptos estão no poder, os autoritários posam de salvadores da democracia, e ainda assim a velha imprensa fica lá, tratando cada acontecimento como se fosse na Suíça!
 
Lula nega que tenha tido toma-lá-dá-cá para aprovar na Câmara a reforma tributária, e Valdemar da Costa Neto, presidente do PL, o partido de Bolsonaro, concorda! Tudo normal, claro. 
Foram apenas uns dez bilhões de reais em emendas parlamentares em poucos dias, e ministérios na fila: o Centrão já dá como certa a entrada triunfal no governo Lula, diz colunista do Globo.
 
Nada para se ver aqui, gente. O editorial do Estadão, em coro com comentaristas da Globo, disse que é tudo "parte do jogo".  
Só antes, no governo Bolsonaro, é que o "orçamento secreto" era ainda pior do que o mensalão. Agora não. O Brasil voltou. 
Odebrecht pode voltar a fazer negociatas, digo, negócios com a Petrobras, enquanto Sergio Cabral atua como blogueiro de turismo.
 
Em paralelo, o governo Lula e a ditadura comunista da Venezuela montam uma agenda para avançar relações bilaterais. Maduro foi recebido como estadista por nosso presidente, que também sai em defesa do companheiro da Nicarágua, uma ditadura comunista que persegue cristãos. 
Na campanha, o TSE não deixou jornais sérios como a Gazeta do Povo lembrarem do elo profundo entre PT e ditadores comunistas. Tudo normal.
 
Por falar em comunista, agora o ministro Alexandre de Moraes leva ao conhecimento de Lula que considera Flavio Dino um bom nome para o STF. O primeiro indicado foi o advogado particular de Lula, seu amigo sem mestrado ou doutorado em Direito, mas que garantiu sua soltura e elegibilidade, contando com uma ajudinha do próprio Supremo
Zanin e Dino no STF: tudo normal, gente. Outro assunto?
 
O tenente-coronel Mauro Cid vai depor na CPI dos "atos golpistas" fardado, e isso incomoda nossa imprensa. 
Ele opta pelo silêncio, mas senadores e deputados de oposição falam por ele e por milhões de brasileiros: trata-se de um preso político, claro, enquanto o general G. Dias, que ciceroneou os "terroristas" naquele dia e falsificou relatório para a CPMI, um pouco mais grave do que adulterar cartão de vacina experimental que nunca deveria ter sido obrigatória, segue livre, leve e solto por aí.
 
O Brasil está de volta! E segue avançando... rumo a qual destino não parece importar muito. 
Há uma montanha de dinheiro a ser distribuída no processo, e depois a elite tucana vê onde isso vai dar. Se a farinha é pouca, meu pirão primeiro.  
E para colocar uma cereja nesse bolo fecal, temos o governador que despontava como grande esperança dos brasileiros decentes indo até a festa pop de Gilmar Mendes em Lisboa para bajular nosso STF e afirmar, com todas as letras, que o Estado Democrático de Direito vai muito bem em nosso país, que a democracia é robusta e aponta para a direção certa. Ai de quem criticar Tarcísio... falta pragmatismo!

Está tudo perfeitamente normal em nosso bordel, digo, país. Anormal é quem pensou que poderia transformar o Brasil num país mais sério em apenas quatro anos...


Rodrigo Constantino, colunista -Gazeta do Povo - VOZES

 


terça-feira, 11 de julho de 2023

PAC Zero - Silvio Navarro

Revista Oeste

Sem dinheiro em caixa nem plano para a infraestrutura do país, Lula recicla o PAC, [no mandato passado do apedeuta presidente o codinome era PACo = lembrança do Conto do Paco.]o programa que acumula milhares de obras paradas até hoje

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante cerimônia de início das obras do Lote 1F do Trecho 1 da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) | Foto: Ricardo Stuckert/PR
 
No segundo semestre deste ano, o bairro Santo Antônio, no município de Morungaba, na Região Metropolitana de Campinas (SP), vai receber lombadas para reduzir a velocidade dos veículos. Serão 15, espalhadas pelas vias de acesso à pequena cidade, com 14 mil habitantes, ao custo de R$ 125 mil — autorizados pela Caixa Econômica Federal. 
A placa já foi instalada pelo Ministério da Economia. 
É um retrato da atuação na área de infraestrutura do país depois de seis meses de governo Lula.
 
A importância de uma lombada — ou da construção de uma quadra de futebol de salão — não se discute. 
Cada prefeito sabe das necessidades da população que o elegeu. 
Mas se trata de um exemplo preciso da falta de projetos, um rascunho que seja, da atual administração federal
Não há placas como essa anunciando a duplicação de rodovias, a ampliação de portos ou de usinas. 
É raro encontrar um eleitor que conheça o nome dos ministros da área de infraestrutura — e a maioria dos escolhidos tampouco tem acesso ao gabinete do presidente.

Diante desse cenário, Lula decidiu reciclar o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). O anúncio foi feito na segunda-feira, 3, na Bahia. Ele participou do lançamento da Ferrovia Oeste-Leste (Fiol), uma linha inicial com 127 quilômetros de trilhos para ligar o município de Ilhéus a Aiquara.

O anúncio, contudo, era só uma peça de publicidade oportunista. Isso porque esse trecho da ferrovia foi leiloado em 2021, na gestão Jair Bolsonaro. Foi elaborado no modelo do governo anterior: a empresa Bahia Mineração (Bamin) arrematou a concessão de 35 anos, tocada com investimento 100% privado. O término está previsto para 2027 talvez Lula nem seja mais o presidente. 
Ou seja, a participação do governo federal, por enquanto, é nula — o que existe é a promessa de continuar a obra de onde a empresa privada parar, sem data prevista, até chegar a Goiás e Tocantins.

Lula não escondeu a preocupação com a farsa no discurso, mas foi a única obra cuja faixa inaugural conseguiu cortar depois de seis meses. “Façam um pouco de hora extra, trabalhem no final de semana se for necessário, para que a gente possa inaugurar logo. Se não, a gente corre o risco de uma outra ‘coisa ruim’ voltar neste país, e a ferrovia ficar parada outra vez. Vamos tratar de inaugurar logo essa obra”, disse.Foto: Reprodução Poder 360 (3/5/2023)

A farsa do PAC
A sigla PAC foi criada em 2007 pelo marqueteiro João Santana, que ficaria conhecido anos depois pelos milhões que recebeu do Petrolão
O PAC teve duas fases: a primeira com o próprio Lula reeleito, e a segunda para alavancar a candidatura de Dilma Rousseff, apelidada de “Mãe do PAC” na campanha de 2010. 
Foi a maior enganação já alardeada em cadeia nacional nas últimas décadas. 
Os governos do PT prometeram entregar 30 mil obras e investir R$ 1,5 trilhão em cimento, malha ferroviária e recursos hídricos — uma fatia considerável do Produto Interno Bruto (PIB) em dez anos. Quando Dilma sofreu o processo de impeachment, em 2016, o índice de execução do pacote de obras não alcançava 17%.
 
Na época, foi apresentado um estudo feito pela Inter.B Consultoria na comissão temática da Câmara dos Deputados. 
A conclusão dos economistas que estudaram o PAC foi clara: como não concluiu o que prometeu no PAC 1, Lula empurrou a cartilha de obras para o PAC 2 de Dilma.  
Mas aqui entra um detalhe fundamental: as revisões feitas de 2010 a 2014 aumentaram os custos em 50%. Ou seja, quando a era petista no poder terminou, com o impeachment, o país era um canteiro com milhares de obras paradas, e o dinheiro tinha sumido.

O sobrepreço de algumas obras era gritante: a dragagem no Porto de Santos subiu 300%;  a construção da Linha 1 do Metrô de Belo Horizonte, mais de 800%. 

O projeto mais icônico foi o trem-bala que ligaria São Paulo ao Rio de Janeiro até a Copa do Mundo de 2014.

Uma parte dos recursos públicos que desapareceram foi encontrada pela Operação Lava Jato ao longo de sete anos de investigação
O dinheiro saiu do caixa de estatais, ministérios e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e abasteceu contas clandestinas de partidos, de políticos com ou sem mandato e de empreiteiras — especialmente na Suíça. 
A Lava Jato conseguiu mapear R$ 15 bilhões surrupiados, cifra que seria ainda maior se os acordos de leniência assinados pelas empresas não fossem rasgados pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Com a volta do PT ao poder, algumas das grandes empreiteiras — Odebrecht, UTC e Andrade Gutierrez — que estavam no centro do escândalo foram reabilitadas até pela Petrobras para voltarem à cena. A Odebrecht foi incluída na “categoria plena”, que libera a participação em qualquer tipo de concorrência.

Além do propinoduto institucionalizado do Petrolão, o aumento desenfreado do gasto público para ganhar eleições agravou a crise fiscal no país e promoveu a escalada da inflação, duas marcas de Dilma Rousseff que levaram o Brasil à ruína econômica e à recessão. ​​”A violência dos números de 2016, informando o prejuízo advindo das obras inacabadas, é mais sentida por meio do comparativo com o valor do estoque da dívida pública federal em abril de 2019. O desperdício representa, aproximadamente, 30% de toda a dívida contraída pela União.”
(O Labirinto das Obras Públicas, um raio X publicado no ano passado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção — CBIC)

Atraso sistemático
Ao anunciar que tem um novo PAC saudosista em mãos, Lula deve apresentar neste semestre nada mais do que uma planilha de obras que ele e Dilma iniciaram e jamais foram concluídas.  

A explicação para o fiasco passa por três caminhos. O primeiro deles foi a corrupção do Petrolão, que exigiu ajustes e cancelamentos em contratos com empreiteiras durante os governos Michel Temer e Jair Bolsonaro. Depois, a pandemia forçou o direcionamento de recursos para a saúde por quase dois anos. Por fim, resta o eterno entrave ambiental e técnico, que ganha fôlego a cada guinada de governo de esquerda e tem forte respaldo do Ministério Público — pressionado por ONGs e grupos ideológicos.

Em 2019, a pedido do Congresso Nacional, o Tribunal de Contas da União (TCU) fez um amplo levantamento do Brasil travado.  
O tribunal informou em acórdão que havia 14 mil obras paralisadas, em mais de 38 mil contratos, com valor estipulado em R$ 144 bilhões.  
Desse universo estagnado, 91% dos recursos eram das enfadonhas exibições de PowerPoint do PAC.“De plano, os números são assustadores. Das 38 mil obras levantadas, mais de 14 mil estão paralisadas. Ou seja, mais de um terço das obras que deveriam estar em andamento pelo país não teve avanço ou apresentou baixíssima execução.

(Acórdão do TCU, de 2019, com o diagnóstico das obras no país)

De lá para cá, mesmo com as limitações impostas pela pandemia, houve avanço significativo na gestão de Paulo Guedes no Ministério da Economia. De acordo com a base de dados atualizada do TCU, consultada nesta semana por Oeste, 8,6 mil obras contratadas estão estagnadas atualmente, de um total de 21 mil — o montante total é de R$ 113 bilhões.

Dos projetos que não saíram do papel, os Estados campeões em ineficiência eram administrados — ou ainda são — por aliados do atual governo petista: Maranhão, Bahia e Pará, respectivamente pelos ministros Flávio Dino (Justiça) e Rui Costa (Casa Civil), que elegeram sucessores, e pelo governador Helder Barbalho, cujo irmão, Jader Filho, é ministro das Cidades.

Segundo o TCU, essas regiões interromperam a construção de creches, escolas, quadras esportivas e até a reforma da Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia. Foram encontradas deficiências técnicas e casos de abandono pelas empresas contratadas.
Nesse cenário de escassez de boas ideias, o governo colocou outra carta na mesa: tem liberado as chamadas emendas parlamentares no varejo para os deputados que aceitam votar projetos do seu interesse — especialmente os que podem ampliar a arrecadação, em debate nesta semana no Congresso. 

Esses recursos, que antes eram chamados de orçamento secreto para desgastar Bolsonaro, servem para pequenas obras em redutos eleitorais. No caso dos deputados, há pressa em entregá-las por causa da eleição municipal do ano que vem.

Mas o fato é que, em meio ao relançamento do programa grandioso de Lula — sem datas de execução, lista de obras nem dinheiro no Orçamento —, chamou a atenção uma declaração da ministra Simone Tebet, aquela a que o petista se referia como “Simone Estepe” na campanha, mas que precisou levar depois para a Esplanada.  
A ministra afirmou: “O governo está para anunciar novas medidas. Uma delas é um novo PAC, que não vai ser um PAC”. Tebet chefia a pasta do Planejamento e Orçamento. Ela sabe do que está falando. “Muita coisa já está aí e só vamos envelopar”, disse. Traduzindo: vem aí o PAC Zero.
 
Silvio Navarro, colunista - Revista Oeste
 


Leia também “Arthur Lira no olho do furacão”

 

 

sexta-feira, 26 de maio de 2023

Jornalistas de Taiwan são impedidos de cobrir evento da OMS após pressão chinesa

Mundo - Gazeta do Povo

Assembleia Mundial de Saúde

Dois jornalistas de Taiwan foram impedidos de fazer a cobertura da Assembleia Mundial de Saúde (AMS), em Genebra, na Suíça. De acordo com informações do Taipei Times, eles foram informados por representantes do evento de que não poderiam participar devido à pressão da China, que considera Taiwan parte de seu território e se opõe à sua participação em organizações internacionais.

Os jornalistas Judy Tseng e Tien Hsi-ju trabalham para a Agência Central de Notícias de Taiwan (CNA, na sigla em inglês), que é o veículo de comunicação oficial do país. Eles tentaram retirar suas credenciais de mídia na segunda-feira (22), mas foram rejeitados por um funcionário da ONU, que disse que eles não eram elegíveis por terem passaportes de Taiwan.  A decisão gerou protestos e críticas de várias organizações de mídia e defensores da liberdade de imprensa, que acusaram a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a ONU de ceder às pressões políticas do regime chinês e violar os direitos dos jornalistas.

A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) disse em um comunicado que negar o credenciamento de imprensa a jornalistas verificados, principalmente em eventos de importância global como a AMS, órgão da OMS, logo após a pandemia de Covid-19, "representa uma ameaça clara à liberdade de imprensa". A FIJ e sua afiliada, a Associação de Jornalistas de Taiwan (AJT), pediram que a OMS e a ONU "reconsiderem sua decisão e garantam o acesso igualitário à informação para todos os jornalistas".

Taiwan foi excluído da OMS em 1972,
mas foi autorizado a participar da AMS como observador entre 2009 e 2016, durante uma distensão das relações com Pequim. No entanto, desde que a atual presidente, Tsai Ing-wen, assumiu o poder em 2016, com uma postura mais firme em relação à China, Taiwan perdeu seu status de observador e não foi convidado para as últimas cinco edições da AMS.

Taiwan conta com o apoio dos Estados Unidos, que destacaram sua resposta à pandemia de Covid-19, em oposição à gestão da China. Antes da reunião, o chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, defendeu que as ameaças à saúde exigem "uma colaboração internacional estreita" e que convidar Taiwan "ilustraria o compromisso" da OMS com uma "abordagem inclusiva". No entanto, o embaixador da China na OMS, Chen Xu, denunciou a proposta como uma "manipulação política".

Mundo - Gazeta do Povo 

 

Marina Silva no governo Lula: pedir para sair ou engolir sapo? - J. R. Guzzo

Vozes - Gazeta do Povo

A ministra Marina Silva, burocrata-mor do Meio Ambiente e figura colada há anos no ecossistema ambientalista, teve duas realizações notáveis em sua curta permanência no governo Lula. A primeira foi dizer, para os “bilionários do bem” que se reúnem todos os anos numa estação de esqui na Suíça, que havia “120 milhões” de pessoas passando fome no Brasil. (As agências de “verificação de fatos”, ligadas o tempo todo na fiscalização do que dizem os adversários do PT e suas vizinhanças, não fizeram nenhuma objeção – a ministra é uma dessas personalidades que foi canonizada em vida pela maior parte da mídia, e não pode ser criticada, nunca.)

A segunda realização de Marina, antes de se completarem seis meses de governo, foi ver o seu ministério amputado de funções essenciais. Para se ter uma ideia mais precisa das coisas: o Ministério do Meio Ambiente, hoje, é menos do que era no governo anterior, o mais amaldiçoado da história pelos ecologistas, militantes da natureza e salvadores do planeta. Pode?

    Marina continua querendo ser amiga de Lula e do PT para receber alguma vantagem – e continua se dando mal todas as vezes em que tenta.

As ONGs etc. etc. etc. estão indignadas, é claro.  
Exigem que o governo Lula defenda a “integridade” do MMA e lhe devolva as atribuições expropriadas; aparentemente, até agora, não conseguiram estabelecer uma relação de causa e efeito sobre o que aconteceu. 
Se foi o próprio governo quem decidiu esvaziar o ministério de Marina, como ele pode ser chamado para lhe prestar socorro? Não faz nexo. Mas o fato é que muito pouca coisa faz nexo em relação à Marina Silva.
 
Aos 65 anos de idade, e uns 50 como profissional das causas ecológicas no Brasil e no mundo, ela continua querendo ser amiga de Lula e do PT para receber alguma vantagem – e continua se dando mal todas as vezes em que tenta. 
Agora, mais uma vez, está na posição de pedir o boné e tornar-se ex-ministra, ou engolir o sapo e continuar grudada no governo
É uma situação inviável, até porque a ministra é uma figura inviável. 
Sua única função na vida pública tem sido fazer oposição ao progresso, sempre – e, aí, até o “socialismo” do PT fica incomodado.

“Qualquer tentativa de desmontar o serviço nacional de meio ambiente é um desserviço à sociedade brasileira” protestou Marina. “Isso pode criar gravíssimos prejuízos para o país”. É mesmo? Mas quem está prestando o que ela chama de “desserviço” não é a “direita”, nem o “agronegócio”, nem a oposição é o governo Lula, do qual faz parte.

Como é que fica, então? A ministra, como já aconteceu em outras oportunidades, tentou fazer parte do Sistema Lula. 
Está vendo que não faz. Sua função é enfeitar o ministério com uma pegada ambientalista – e só isso.

J.R. Guzzo, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 


terça-feira, 16 de maio de 2023

Coincidências supremas - Rodrigo Constantino

Gazeta do Povo  - VOZES

Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.

"Lewandowski suspende processo de R$ 670 milhões do TCU contra Joesley: Ministro concedeu liminar pedida pela defesa de empresário, que alega que supostas irregularidades na fusão JBS-Bertin estão prescritas desde 2014". Essa era a chamada na Veja em 2021. 
Fast forward para 2023 e temos no UOL: "Fora do STF, Lewandowski é escalado por donos da JBS em litígio bilionário". [CONFIRAM: novo trabalho de Lewandowski".] 

Reportagem da Globo, com William Bonner no comando, afirmava que a JBS Fiboi abriu duas contas na Suíça com R$ 300 milhões de propina para Lula e Dilma. Foi o próprio Joesley quem confessou. Claro que devem ser apenas coincidências. 
 O ministro amigo da família de Lula foi contratado sem quarentena pela holding que controla a JBS por seu "notório saber jurídico" e "reputação ilibada", não há motivo algum para duvidar.


Já outro ministro supremo
, Gilmar Mendes, que chora de emoção com a defesa feita pelo advogado de Lula, chama de "tortura" o que aconteceu com o empresário Emílio Odebrecht ao aceitar delação premiada na Operação Lava Jato. O dono da empreiteira que tinha até planilha de propina disse que entregou os podres "sob coação".

Deltan Dallagnol publicou trecho da delação do empresário, onde ele aparece sorridente falando da corrupção, e comentou: "Esse era Emílio Odebrecht durante sua delação para a Lava Jato, se divertindo e dando gargalhadas ao comentar como os petistas queriam cada vez mais dinheiro de propina, passando de jacaré para crocodilo. Agora ele quer que você acredite que ele fez delação 'sob coação'. No Brasil, quem sempre ganha mesmo é a inversão de valores".

Sergio Moro, em sua coluna na Gazeta, fala sobre o momento em que vive nosso país, quando ministro comunista da Justiça, que entra em favela dominada pelo tráfico sem escolta policial, se coloca como um dos Vingadores: "O momento atual do governo Lula deixa nosso país do avesso e a moralidade invertida. De certa forma, lembra o mundo dos Vingadores sombrios, no qual os heróis foram substituídos por vilões e toda imoralidade era aceita como normal".

Tudo no Brasil está, de fato, invertido. A moralidade foi para o espaço de vez. A turma perdeu o pudor. O Brasil sujo acontece ao meio-dia, em praça pública, bem diante de nossos olhos. E ninguém consegue fazer nada para reverter o quadro assustador. 
O jornalista Carlos Alberto Di Franco, em coluna na Gazeta, tenta um apelo ao bom senso dos ministros: Tenho respeito pelo Judiciário, particularmente pelo Supremo Tribunal Federal. Trata-se de instituição essencial para o bom funcionamento da democracia. Minhas críticas, alinhadas com os editoriais do Estadão, são propositivas. Desvios, quando não corrigidos, costumam acabar mal. Conheço alguns dos ministros do STF e tenho especial apreço pelo ex-presidente, Luiz Fux. O próprio ministro Alexandre de Moraes é um bom constitucionalista. No entanto, meu texto se apoia na força dos fatos. Faço um apelo aos ministros do STF: promovam um diálogo interno e façam uma sincera autocrítica. Trata-se de um balanço urgente e necessário. O Brasil precisa de segurança jurídica e de paz.

Não consigo manter o mesmo otimismo. Meu respeito pelo STF se esvaiu faz tempo, pois a importante instituição foi tomada por militantes autoritários ou defensores de bandidos que perseguem inocentes. O Brasil caminha rápido para o abismo. Podemos crer em muitas coincidências supremas, claro; ou podemos constatar, com maior realismo, que os bandidos tomaram conta de tudo em nosso país, e já nem se importam em tentar esconder o fato.

Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 

domingo, 30 de abril de 2023

Duas décadas de corrupção- Revista Oeste

Joice Maffezzolli

Depois de inúmeros escândalos com o dinheiro público e da morosidade de governos, o Rodoanel de São Paulo parece enfim estar a caminho da conclusão

Trecho Norte do Rodoanel Mário Covas | Foto: Alexandre Carvalho/A2img
Era um debate presidencial, em 10 de outubro de 2010, na Rede Bandeirantes de televisão, entre os candidatos Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB). Dilma perguntou a Serra quem era Paulo Souza Vieira, conhecido pela cúpula tucana paulista como Paulo Preto, diretor da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A) durante sua gestão no governo de São Paulo. Serra se esquivou — embora não por muito tempo. No dia seguinte, obrigado a comentar o assunto, desconversou: “Não sei quem é Paulo Preto. Nunca ouvi falar. Ele foi um factoide criado pela imprensa”.

A amnésia passou rápido, assim que Paulo Preto mandou o recado: “Serra me conhece muito bem”, avisou. “Não se larga um líder ferido na estrada a troco de nada. Não cometam este erro.”

A ameaça reavivou a memória de Serra. “Evidente que eu sabia do trabalho do Paulo Souza, que é considerado uma pessoa muito competente e ganhou até o prêmio Engenheiro do Ano.” A informação explodiu como uma bomba na campanha de Serra — e o Brasil descobriu a corrupção envolvendo a construção do Rodoanel.

O que era para ser a maior obra viária do Brasil, tornou-se exemplo do que não fazer com o dinheiro público

Apontado pela Polícia Federal como principal operador do PSDB em São Paulo, Paulo Preto é acusado de permitir que empreiteiras do Rodoanel Mário Covas realizassem alterações no projeto para elevar os custos. Além de ser o responsável pela formação de cartel para a construção do complexo.

Paulo Preto foi condenado, em março de 2019, a 145 anos de prisão, por organizar desapropriações irregulares durante as obras do anel viário e desviar dinheiro das indenizações. O ex-diretor da Dersa foi responsável, por exemplo, pela desapropriação de uma mesma área três vezes. E acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de ter embolsado R$ 7 milhões de verbas indenizatórias destinadas a famílias que viviam no traçado do Rodoanel.Paulo Preto, o homem dos negócios obscuros do PSDB | Foto: Reprodução

Em dezembro do mesmo ano, Reynaldo Soares da Fonseca, ministro do Superior Tribunal de Justiça, anulou a condenação do engenheiro. A anulação foi baseada em decisão do Supremo Tribunal Federal que determinou que delatados devem apresentar suas alegações finais depois dos delatores. Como a decisão de Fonseca faz o caso voltar à primeira instância, as acusações contra o ex-diretor podem caducar.

Em outra sentença, Paulo Preto foi condenado a 27 anos de prisão, sendo os sete primeiros anos em regime fechado. Ele foi acusado pelo MPF de ter fraudado licitações e participado da formação de cartel em obras do Trecho Sul do Rodoanel.

Paulo Preto foi preso duas vezes em 2018 e acabou solto por habeas corpus concedidos por Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal. Ele voltou a ser preso em 2019, em outra fase da Operação Lava Jato. A Ad Infinitum cumpriu 12 mandados de busca, entre eles, do ex-senador Aloysio Nunes Ferreira Filho. O foco da investigação era o complexo esquema de lavagem de dinheiro praticado pela Odebrecht, por Paulo Preto e por outros três operadores, que atuaram entre 2007 e 2017. Segundo o MPF, as transações investigadas superaram R$ 130 milhões, que correspondiam ao saldo de contas controladas por Preto na Suíça.

À época, Paulo Preto foi representado pelo advogado José Roberto Santoro. Oeste entrou em contato com o escritório de Santoro, que disse não estar mais com o caso. Na Justiça, não consta o nome de outro advogado. Atualmente, Paulo Preto está com tornozeleira eletrônica, cumprindo prisão domiciliar.Aloysio Nunes também foi alvo de busca e apreensão da Lava Jato | Foto: Reprodução/Redes sociais
 
O passado condena
Nome importante da elite tucana paulista, Aloysio Nunes foi vice-governador de São Paulo, senador, ministro da Justiça e das Relações Exteriores. Ele foi um dos indicados pelo PSDB para a transição do governo Lula 3
Mas é bom voltar a um passado ainda mais remoto para entender quem é Aloysio Nunes. Bem antes de assumir uma posição centro/conservadora, Nunes foi comunista e filiado à Ação Libertadora Nacional (ALN), organização guerrilheira de Carlos Marighella. As ações da ALN incluíram o assalto ao trem pagador da antiga Estrada de Ferro Santos−Jundiaí, em 1968. Aloysio Nunes foi motorista e guarda-costas de Marighella.
 
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No meio do caminho tinha uma pedra − Trecho Norte

A Operação Pedra no Caminho, um desdobramento da Operação Lava Jato, tornou réus em 2018 o ex-secretário de Transportes do governo de Alckmin, Laurence Casagrande, agentes públicos da Dersa, além de funcionários das construtoras OAS, Mendes Júnior e Isolux. Também apontou superfaturamento e sobrepreço nos contratos de remoção de pedras e terraplanagem. A estimativa é de desvios na ordem de R$ 625 milhões. As fraudes teriam ocorrido entre 2014 e 2017.  “O que levou à deflagração da Lava Jato foi a previsão, no contrato de perfuração, de segmento do Trecho Norte que compreendia o desbravamento de rochas, só que, ao encontrar rochas, fizeram aditivos que encareceram muito o valor, sendo que no projeto já havia previsão desse custo caso fossem encontradas rochas”, afirmou o deputado estadual Danilo Balas, que em 2019 coordenou a Frente Parlamentar contra Corrupção e participou da operação em São Paulo, como agente federal.Estrutura terá de ser reconstruída | Foto: Revista Oeste

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Corrupção em outros trechos
O Trecho Sul também foi foco de corrupção. O tucano José Serra foi alvo de buscas depois de denúncia no Ministério Público Federal por lavagem de dinheiro e suposto recebimento de propina da Odebrecht durante as obras do Rodoanel.

Os 57 quilômetros foram divididos em cinco lotes, assumidos por grandes construtoras. A área dois ficou com a Odebrecht, depois de uma licitação que, segundo delações, foi combinada entre as construtoras e a Dersa. A empreiteira teria pago R$ 4,5 milhões de propina a Serra, entre 2006 e 2007, e mais R$ 23 milhões, entre 2009 e 2010.

Ex-executivos da Odebrecht denunciaram o pagamento de propina a Serra, que na ocasião era candidato ao governo estadual. Depois que o tucano assumiu como governador, o representante da Dersa renegociou os contratos existentes para o recebimento de propina do Trecho Sul. “Um desvio de verba de superfaturamento de obras públicas tira o poder do Estado de atender a população mais pobre, deixa de investir em outras áreas”, ressalta Danilo Balas.É o pior crime que pode acontecer você tirar investimentos da segurança pública, por exemplo, e sem segurança aumenta o crime.”
 
Extinção da Dersa
Fundada em 1969 para executar obras viárias e administrar rodovias que cortam o Estado, a Dersa virou foco de inúmeras denúncias de corrupção contra políticos e integrantes de gestões do PSDB em São Paulo.

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Outra questão apontada pelo procurador para uma investigação ser bem-sucedida é a sintonia entre a equipe. “É preciso uma parceria entre a Polícia Federal, o Ministério Público e o magistrado, um confiar no outro, e ter vontade de fazer acontecer. A Operação Lava Jato em Curitiba funcionou porque havia esse entrosamento.”Mato toma conta do túnel abandonado em trecho do Rodoanel | Foto: Revista Oeste
 
Retomada da obra
Há uma luz no fim do túnel abandonado e quase encoberto pelo mato. Desta vez, o Trecho Norte deve ser concluído até 2026. Em 14 de março, a proposta da Via Appia Fundo de Infraestrutura e Participações venceu o leilão de concorrência. O contrato prevê a concessão dos serviços públicos de operação, manutenção e exploração do sistema rodoviário por 31 anos. Para isso, a empresa deve investir R$ 3,4 bilhões, e o projeto prevê a geração de mais 15 mil empregos. 
 
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Economia no entorno
Parte da economia do país passa pelo Rodoanel.
Diversas empresas se instalaram no entorno, por causa da acessibilidade. O Trecho Sul é uma das áreas mais procuradas por centros logísticos. Ele liga a região do ABCD às Rodovias Anchieta e Imigrantes, que levam ao Porto de Santos e a aeroportos, além de ser uma saída fácil para o centro de São Paulo.

A MBigucci, que atuava em condomínios residenciais, por conta do Rodoanel, também passou a investir em centros de logística, em 2011. Já tem dois empreendimentos em Diadema e um em São Bernardo do Campo. O quarto será entregue em Santo André, neste ano.O Centro Logístico MBigucci Business Park, em Santo André, está em fase final de obra | Foto: Divulgação

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Uma novela que começou nos anos de 1990

O primeiro edital do Rodoanel foi lançado em 1998, pelo ex-governador Mário Covas. A obra deveria ser concluída em oito anos. A construção foi dividida em quatro trechos: Oeste, Sul, Leste e Norte. O Trecho Oeste foi o primeiro a ser entregue, em 2002. O Sul foi concluído em 2010. O Leste, em 2014. Agora falta o Norte.


Depois de tantas promessas que parecem histórias de pescador, a obra enfim parece estar a caminho do fim. O empreendimento vai acabar com o sossego do Ronaldo e dos quero-queros que repousam tranquilos sob a pedra no meio do lago. Mas vai aliviar um pouco os congestionamentos, que atormentam a vida daqueles que trafegam por São Paulo.
Obras faraônicas que demoraram menos tempo para sair do papel

1) Em contraponto ao Rodoanel, a Transamazônica, também conhecida como BR-230, foi construída em cinco anos, durante o governo de Emílio Médici, no período do regime militar. A execução da obra ocorreu entre 1969 e 1974, sendo inaugurada antes mesmo da conclusão, em 1972. Considerada a terceira rodovia mais longa do Brasil, tem 4.260 quilômetros de extensão.Transamazônica | Foto: Shutterstock

2) Ainda no governo Médici, a Ponte Rio−Niterói foi concluída em menos de seis anos. Com pouco mais de 13 quilômetros de extensão, ela atravessa a Baía de Guanabara, no Estado do Rio de Janeiro, conectando os municípios do Rio de Janeiro e Niterói. É considerada a maior ponte em concreto protendido do Hemisfério Sul.Ponte Rio−Niterói | Foto: Shutterstock

3) Até mesmo a rodovia mais longa do país, a BR-116, ficou pronta em menos tempo. Foram 11 anos para a construção dos quase 4,5 mil quilômetros, totalmente pavimentados, que cortam dez Estados, entre as cidades de Fortaleza, no Ceará, e Jaguarão, no Rio Grande do Sul, na fronteira com o Uruguai.BR-116 | Foto: Wikimedia Commons

4) Localizada na China, a maior ponte do mundo, com 55 quilômetros de extensão, foi concluída em nove anos. Isso porque houve atraso na entrega, devido a imprevistos com materiais e à falta de mão de obra.Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau | Foto: Shutterstock

5) Também na China, o Ark Hotel, um prédio de 15 andares, foi erguido em apenas 48 horas. A estrutura inclui três níveis de purificação do ar, que garantem um interior até 20 vezes mais limpo do que a poluição externa. A construção, resistente a terremotos, foi feita com uso de pré-fabricados, o que diminui consideravelmente os gastos de tempo e dinheiro.

6) Maior edifício do mundo, o Burj Khalifa, localizado em Dubai, nos Emirados Árabes, demorou cerca de seis anos para ser construído. Com 828 metros de altura, 160 andares e 58 elevadores, ele custou US$ 1,5 bilhão. Burj Khalifa | Foto: Shutterstock

Leia também “Em busca do retrocesso perpétuo”
 
 Joice Maffezzolli, colunista - Revista Oeste - Clique aqui, MATÉRIA COMPLETA

quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

Um tribunal para os crimes de guerra da Rússia – mas como?

Na Ucrânia estão sendo cometidas atrocidades que exigiriam a instauração de tribunal de crimes de guerra. Mas justiça requer paciência. Leia aqui nosso boletim informativo sobre a guerra na Ucrânia.

 Explicando: crimes internacionais e a guerra da Ucrânia

Ben Ferencz nunca pensou que voltaria a ver uma guerra na Europa. O jurista americano de 102 anos de idade é o último procurador dos julgamentos de Nuremberg ainda em vida, que reuniu provas dos crimes de guerra nazistas após o fim do conflito. Ferencz nos explica como vê a guerra na Ucrânia. “É difícil dizer quem é o criminoso”, respondeu Ferencz, “mas invadir outro país é certamente um crime de guerra”. Vladimir Putin deve ser julgado? “Qualquer pessoa que inicia uma guerra ilegal, por megalomania ou qualquer outra razão, merece ser tratada como um criminoso.”

A brutalidade da guerra contra a Ucrânia é difícil de suportar. Tais crimes podem ficar impunes? Os perpetradores poderão ser punidos algum dia? E pode haver paz sem justiça? A jornalista Elena Servettaz, da swissinfo.ch, questionou personalidades internacionais.  A ex-procuradora internacional Carla Del Ponte atuou no Tribunal Penal Internacional para a ex-Iugoslávia (TPII) e de Ruanda. Ela confirma o que diz Ferencz. “Seu maior crime é a invasão. Ele é um criminoso de guerra, sim, com certeza”, diz. Mas a jurista suíça vê grandes desafios em levar o presidente russo à Justiça. Afinal, um tribunal especial da ONU dificilmente seria realizável frente ao poder de veto da Rússia no Conselho de Segurança da ONU.

Beth Van Schaack aponta para outro desafio. Ela é a embaixadora dos EUA para a Justiça Internacional e diz: “Os responsáveis por essa campanha de atrocidades estão na Rússia. Eles só podem ser pegos quando deixarem o país.”

Algo que levará muito tempo. E esta é a percepção de especialistas: a justiça requer paciência para ser executada. Pois a base de toda acusação é a evidência. Como diz o advogado Philippe Currat: “Crimes contra a humanidade, crimes de guerra e genocídio são delitos extremamente complexos. São o resultado de um grande número de atos cometidos por muitas pessoas.”

A Suíça coleta testemunhas de refugiados ucranianos desde junho de 2022 a fim de estar preparada para qualquer processo criminal ou pedido de assistência. A Procuradoria Geral da Suíça também criou um grupo de trabalho relacionado à Ucrânia e Rússia, com foco no direito penal internacional. “Claro que chegará a hora da lei, mas quando e perante qual tribunal?” se questiona François Zimeray. Esse advogado no Tribunal Penal Internacional de Haia já lidou com vários crimes de guerra. 
No momento também vê poucas chances de punir a Rússia em um julgamento internacional. 
A Ucrânia, por outro lado, está legitimada e predestinada a assumir essa tarefa.

Irwin Cotler, ex-advogado de Nelson Mandela, então promotor federal do Canadá, trabalha atualmente com uma rede da ONU parar criar um tribunal para julgar os crimes cometidos na Ucrânia. Ele espera que a Suíça desempenhe um papel nesse sentido. “A comunidade internacional não interveio quando a Rússia invadiu a Chechênia e a Geórgia. Também não tomou posição com a anexação da Crimeia e os bombardeamentos na Síria”, acusa Cotler, considerando que essa passividade possa ter encorajado Putin a invadir a Ucrânia.

Cotler é o único dos especialistas entrevistados que vê a agressão russa como um possível crime humanitário, dentre outros, devido ao apelo direto e público de genocídio.”

Mas afinal o que é genocídio? 
E qual é um crime de agressão segundo o direito internacional? 
Sua classificação é difícil devido à complexidade da questão. Nossa jornalista explica as diferenças.

Leia Também:

Explicando: crimes internacionais e a guerra da Ucrânia

 

Geopolítica - DefesaNet

 

segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

Fome e esquerda andam juntas - Guilherme Baumhardt

Ao surgirem dados sobre fome e miséria, olhe com atenção

Alguns anos atrás, antes de ser presidente, Lula participou de um evento, na Europa, e lá pelas tantas disparou: "No Brasil há 25 milhões de crianças de rua". Foi aplaudido por uma plateia de desinformados. Anos depois, rindo, falou sobre a "proeza", após levar uma chamada do ex-prefeito e ex-governador do Paraná Jaime Lerner: "Lula, a gente não conseguiria andar nas cidades se tivéssemos tantas crianças morando nas ruas". 
Mas como na cabeça do sujeito impera a malandragem (basta lembrar do episódio da mala de dinheiro encontrada no banheiro do aeroporto de Brasília), Lula optou por contar vantagem: "A gente inventava e saia dizendo número". Lula, neste caso, é um bom professor.
 
Nesta semana, em Davos, na Suíça, foi a vez da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, iniciar o desmatamento da verdade e a queimada do bom senso.  
Sem ficar ruborizada, Marina lascou que 120 milhões de brasileiros passam fome. 
É, obviamente, algo que não encontra respaldo na realidade. 
Significa que mais da metade do país não conseguiria se alimentar como deveria, ou seja, trata-se de mais um episódio que nos ensina que duvidar é preciso.
 
Durante a campanha eleitoral, difundiu-se a informação de que no Brasil havia 33 milhões de pessoas passando por insegurança alimentarum conceito um tanto difuso
Você sabe de onde saiu o número? Da Rede Penssan. 
O leitor já havia ouvido falar sobre o grupo? Não fique preocupado. 
Quase ninguém conhece, o histórico da turma é mínimo, mas a imprensa difundiu o dado produzido pela Penssan como se fosse uma verdade absoluta, algo que serviu para ajudar a campanha lulista a vender a tese de que o país estava na pior.
 
Marina Silva não tirou 120 milhões de famintos da própria cabeça. 
O número saiu de um levantamento coordenado pelo (preste atenção ao nome) Grupo de Pesquisa Alimento para Justiça: Poder, Política e Desigualdades Alimentares na Bioeconomia.  
Uma sigla que pretende muito, diz quase nada e, ao final, nos perguntamos: esse pessoal é o famoso "quem", mesmo? Pois é. Se quisermos um dado concreto, mais próximo da realidade, podemos e devemos buscar outras fontes.
O Banco Mundial, no final de 2022, revelou aquilo que muita gente já sentia. O indicador de brasileiros vivendo na extrema pobreza despencou de 5,4%, em 2019, para 1,9%, em 2020.  
Em números absolutos, estamos falando de uma queda de 7,2 milhões de pessoas (de 11,3 milhões para 4,1 milhões). Querem mais? 
Em novembro de 2022, o índice de desemprego no Brasil havia caído para o menor nível desde 2014, recuando para 8,3%, e com algumas unidades da federação gozando do pleno emprego, como Santa Catarina – coincidência ou não, Estado que nunca foi governado pelo PT ou pela esquerda.
 
Quando surgirem dados sobre fome e miséria, olhe com atenção. Citei alguns grupos acima, mas existem outros ainda mais inexpressivos, com coisa produzida em "fundo de quintal", por gente louca por alguns minutos de fama e holofote. 
 Em momentos assim, o melhor a se fazer é olhar para o retrovisor e revisitar a história. 
Os episódios relacionados à fome estão relacionados, na sua maioria, a guerras ou governos de esquerda. A Grande Fome de Mao (que matou mais de 40 milhões de chineses); o Holodomor, também conhecido como a "Grande Fome", que varreu do mapa ao menos quatro milhões de ucranianos; ou ainda a Venezuela atual, em que a população há anos não se alimenta como deveria. E nem vou citar Cuba.

Do Site Percival Puggina - Publicado originalmente no Correio do Povo


quarta-feira, 18 de janeiro de 2023

Marina Silva espalha fake news em Davos sobre fome no Brasil - O Estado de S. Paulo

J. R. Guzzo

Ministra de Lula mente ao falar em ‘120 milhões’ de famintos para plateia de milionários entediados na Suíça

A ministra Marina Silva, escolhida pelo presidente Lula para cuidar do meio ambiente no Brasil, disse na reunião internacional de Davos que há “120 milhões de pessoas” passando fome no Brasil este momento.    É uma mentira irresponsável, agressiva e mal-intencionada. 
A ministra não apenas oferece ao mundo um número falso – é uma contrafação que vai no exato contrário da atual realidade dos fatos. Qualquer dos diversos Ministérios da Verdade que existem ou estão em projeto no Brasil de hoje chamaria isso, aos gritos, de “fake news”; como só se escandalizam com as notícias que não gostam, essa vai passar batido. Mas não deixa, por isso, de ser uma mentira de primeiro, segundo e terceiro grau.
 
O Brasil, na carta oficial das ficções da esquerda, tinha até outro dia “33 milhões de pessoas” com fome, um disparate fabricado para uso na campanha eleitoral e desvinculado de qualquer relação com as realidades mais evidentes
A ministra, ao que parece, decidiu que essa cifra não é suficientemente ruim para os seus propósitos; aumentou a desgraça por quatro, de um momento para outro, e tentou mostrar um Brasil em estado terminal de miséria para a plateia de milionários entediados que vai à Suíça uma vez por ano para lamentar os problemas do capitalismo. O que disse não tem pé nem cabeça. Os “120 milhões” de famintos são mais que um numero errado são simplesmente uma estupidez, como seria descrever um homem que tem oito metros de altura ou um cavalo que corre a 1.000 quilômetros por hora.
Fórum Econômico de Davos, na Suíça
Fórum Econômico de Davos, na Suíça Foto: Markus Schreiber/AP
No mundo das realidades objetivas o que está acontecendo com o Brasil é o oposto do que disse a ministra.  
Segundo os últimos dados do Banco Mundial, o Brasil foi o país que mais reduziu a miséria na América Latina em 2020, saindo de um índice de 5,4% da população para 1,9% – o menor de toda a serie histórica, iniciada em 1980. Em 2019, de acordo com o Banco Mundial, o Brasil tinha acima de 11 milhões de pessoas vivendo na miséria – ou seja, ganhando até 2,15 dólares, ou pouco acima de 10 reais, por dia. 
Em 2020 esse número caiu para 4 milhões; em um ano, 7 milhões de brasileiros deixaram a pobreza extrema. 
 
Não é uma informação do departamento de propaganda do governo anterior; é número do Banco Mundial, coisa que a esquerda sempre toma como definitiva. 
Como dizer, então, que há “122 milhões de pessoas” passando fome num país onde menos de 5% da população está abaixo da linha da miséria?
Não existe fome acima da linha da miséria, nem “insegurança alimentar”, como se diz hoje. 
A ministra Marina mente, apenas, e mente com uma mentira na qual é tecnicamente impossível acreditar. 
É este o padrão de seriedade dos extremistas que estão na alma do governo Lula.
 
J. R. Guzzo, colunista - O Estado de S. Paulo

segunda-feira, 16 de janeiro de 2023

Decisões de Moraes - Glenn Greenwald percebeu o que acontece no Brasil e está mostrando para o mundo

Vozes - Alexandre Garcia

Eu condenei o jornalista americano Glenn Greenwald quando houve aquele ataque de hackers que revelou conversas entre o pessoal da Lava Jato. Foi um crime, previsto inclusive na Constituição, porque invadiu a privacidade dos promotores, mas foi usado para desmoralizar a Procuradoria da Lava Jato e o juiz Sergio Moro.

Mas agora, o jornalista Greenwald, não é que mudou de lado, ele percebeu que um outro lado exagerou e está fazendo eco a reportagens do New York Times que dizem que o Brasil está em um momento muito perigoso de arbítrio, de totalitarismo, de desrespeito à Constituição e as liberdades e de censura.

Ele está botando a boca no mundo. Interessante que é a forma de sair do Brasil e ir para os Estados Unidos e para o mundo o que tá realmente acontecendo aqui no Brasil. Fica aqui esse registro.

Eu não sou seguidor dele, mas estou vendo que ele percebeu o que está acontecendo aqui no país. Eu passo o dia inteiro falando que a Constituição tem que ser respeitada e vocês sabem, como eu sei, que ela não está, principalmente no Artigo 5º e no Artigo 220, que falam sobre as liberdades, o direito à liberdade de expressão e sobre a vedação à censura, essas coisas.

Começa o Fórum de Davos
Hoje começa o Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça. O Brasil tem uma comitiva que é chefiada pelo vice-presidente da República, que também é Ministro da Indústria, Comércio e Desenvolvimento, Geraldo Alckmin. Ele chefia uma comitiva que tem a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Certamente, Marina Silva vai se enquadrar no politicamente correto das questões ambientais, que são muito bonitas, etc, mas que, pelo menos na Europa, não estão resultando muita coisa.

Isso porque eles são obrigados a produzir energia de carvão e energia nuclear, por exemplo. O Partido Verde da Alemanha até já afundou. Mas, enfim, Marina está lá. Não sei o que Fernando Haddad vai falar. Tomara que não fale muito. Mas o Mauro Vieira certamente vai explicar a posição do Brasil.

Logo depois, terminado o Fórum Mundial, dia 20, outra missão de Mauro Vieira será acompanhar o presidente da República à Argentina porque vai ter a reunião de cúpula dos chefes de governo da América Latina e do Caribe. O anfitrião é o presidente Alberto Fernandéz.

A maioria desses países agora é de esquerda, então vai ser um caminho indo para a esquerda.

Aqui no Brasil isso já está sendo posto em prática,
com a reabertura das embaixadas do Brasil em Havana e em Caracas e a retirada de um general como embaixador do Brasil em Israel.

Vem aí a eleição dos presidentes da Câmara e do Senado
Está faltando só 15 dias para a eleição dos presidentes da Câmara e do Senado.

As pessoas falam em reeleição. O Artigo 57, no parágrafo 2º, diz que não tem reeleição. Mas ninguém mais obedece a Constituição, né?  
O que é um perigo muito grande, porque aí o que manda é quem tem mais força, não é a lei. É um perigo.

Quem desobedece a Constituição está armando alguma coisa que pode vir contra si próprio. Mas, enfim.

O grande perigo é reeleger Rodrigo Pacheco no Senado, porque ele foi omisso completamente com todos esses desrespeitos à Constituição.
Eu estou torcendo para que ele não seja reeleito, para que o Senado tenha um papel realmente de câmara revisora, inclusive dos atos do Supremo, como diz a Constituição. Temos que respeitá-la. [a declarada torcida do douto articulista, nos deixou preocupado: será que torcer contra alguém que atuou, por omissão, favoravelmente ao Supremo, não é ato antidemocrático?] 

Economia no governo novo
Quinze dias de governo novo e já a economia completamente entregue ao acaso.
A insegurança jurídica no país hoje é muito grande, o que faz com que os investidores, aqueles que estão investindo no país, em emprego, em produção, estejam todos com o pé atrás.

Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES