PCdoB recebia propina de contratos do Minha Casa Minha Vida, diz delator
Pedro Corrêa diz que corruptos cobravam até 30% de propina por cada casa construída para famílias carentes.
O ex-ministro Aldo Rebelo embolsava um terço do dinheiro sujo destinado aos comunistas no esquema
A Veja.com trouxe
agora à tarde novos detalhes sobre a delação premiada do ex-deputado
Pedro Corrêa. E o depoimento complica a situação do PCdoB. Corrêa relata
que, durante o segundo governo Lula, a legenda esquerdista comandou a
Diretoria de Produção Habitacional do Ministério das Cidades, órgão
encabeçado por Daniel Nolasco, filiado ao PCdoB, e que comandava verbas
bilionárias do programa ‘Minha Casa Minha Vida’.
Nolasco, um apadrinhado
do ex-ministro Aldo Rebelo, operava recursos destinados a empreiteiras
de pequeno porte, que atuavam na construção de casas para a população
carente em cidades com menos de 50 mil habitantes. De acordo com o
ex-parlamentar, o militante do PCdoB aproveitou sua posição no
Ministério para tocar uma agenda criminosa.
Nessa função, Nolasco
cobrava propinas das empreiteiras que iriam construir as moradias
populares. A taxa praticada no esquema de corrupção girava em torno de
10 a 30 por cento do valor de cada casa construída. O cérebro de toda a
operação, ainda segundo Corrêa, seria Aldo Rebelo.
Segundo relata Pedro Corrêa no anexo 27 de sua delação, durante o segundo governo Lula, o PCdoB comandou a Diretoria de Produção Habitacional do Ministério das Cidades. Pilotado por Daniel Nolasco, filiado ao PCdoB, o órgão comandava bilionárias verbas do programa Minha Casa Minha Vida. Nolasco, apadrinhado no cargo pelo ex-ministro Aldo Rebelo, operava verbas destinadas a empreiteiras de pequeno porte, que atuavam na construção de casas para a população carente em cidades com menos de 50 000 habitantes.
Enquanto cumpria a nobre missão de realizar o sonho da casa própria para famílias humildes, o militante do PCdoB aproveitava para tocar uma agenda clandestina. Nessa função, nada edificante, cobrava propinas das empreiteiras que iriam construir as moradias populares. Segundo Pedro Corrêa, a taxa praticada no esquema de corrupção girava em torno de 10% a 30% do valor de cada casa construída. O golpe era simples: o diretor do órgão, a quem cabia liberar recursos para os empreiteiros e cobrar a propina, tinha uma empresa, a RCA Assessoria. Depois de o ministério fechar o convênio com a empreiteira e repassar o dinheiro para a construção das casas, os empresários corruptos pagavam a propina negociada com o PCdoB para a RCA.
O esquema do PCdoB era dividido com o PT e com o PP e operou cobrando propinas na construção de pelo menos 100 000 casas populares. Segundo Corrêa, apenas uma empreiteira com contratos no Maranhão pagou 400 000 reais aos corruptos. Pedro Corrêa conhece os detalhes da roubalheira porque era um dos seus beneficiários. "A propina arrecadada pela RCA era dividida entre o PT, que tinha a Secretaria Nacional de Habitação, pelo PCdoB, que comandava a Diretoria de Produção Habitacional, e pelo PP, que tinha (indicado) o ministro das Cidades", diz Corrêa.
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