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segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Propina de R$ 1 milhão para Gleisi foi no ‘fio do bigode’, diz ex-deputado

O ex-deputado Pedro Corrêa (ex-PP) afirmou que propinas de R$ 1 milhão oriundas do suposto caixa de seu partido junto à Diretoria de Abastecimento da Petrobras à campanha de Gleisi Hoffmann (PT) ao Senado, em 2010, foram acertadas “no fio do bigode. A presidente do PT e seu marido, o ex-ministro Paulo Bernardo, são réus por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no STF. Pedro Corrêa teve sua delação homologada em agosto de 2017 pelo ministro do Supremo Edson Fachin. O ex-parlamentar, condenado a 30 anos na Lava Jato e a 7 anos e 2 meses no Mensalão, é testemunha de acusação em processo contra Gleisi. Ele depôs no dia 19 de setembro.

O ex-deputado confessou ter sido um dos políticos que se beneficiavam de esquemas de corrupção na Petrobras. Ele relata que o falecido deputado José Janene (PP) e o doleiro Alberto Yousseff eram os arrecadadores do PP. A “conta” de propinas do partido na Petrobras era alimentada por desvios de contratos da Diretoria de Abastecimento, ocupada por Paulo Roberto Costa, que também é delator e corrobora com a versão de Corrêa.

Quando Janene esteve doente, em 2010, Pedro Corrêa alega que somente Yousseff passou a prestar contas para os políticos que recebiam propinas no PP. Ele diz que o doleiro “arrecadava, “mostrava” e os políticos faziam “a distribuição para os diversos parlamentares, inclusive para ajudar uns mais necessitados, outros menos necessitados”.
“Então isso, em 2010, Alberto Youssef, numa das reuniões para prestar contas, ele tinha dito que tirou um milhão de reais do caixa do partido, a mando de Paulo Roberto Costa, para entregar ao ex-ministro Paulo Bernardo, de quem eu tinha sido companheiro”, alega.

O ex-deputado relata que chegou a reclamar com o ex-diretor da estatal “porque o PT tinha a Diretoria de Serviços” e o PP enfrentava “dificuldade grande de fazer a campanha, para terminar a campanha do partido”.  “Então fui reclamar de Paulo Roberto, e ele então me disse que tinha sido uma determinação da presidente Dilma, que mandou que ele ajudasse a Senadora Gleisi Hoffmann, e, por isso, ele mandou que se entregasse um milhão de reais. E, na verdade, a Senadora foi eleita e, logo depois, em janeiro, foi Ministra da Presidente Dilma”, afirma.

O ex-parlamentar, no entanto, relata que não restaram provas documentais sobre os supostos acertos. “Não ficava nada, nada. O trabalho da política e sempre no “fio do bigode”, por isso que a prova do político e mais complicada, porque e sempre o que você tem, que, embora se diga que a pior das provas seja a prova testemunhal, mas e a maneira que tem de juntar a prova, varias testemunhas pra saber que o fato existiu. Porque, na verdade, não tinha escrito nada”.

Defesas
A senadora Gleisi Roffmann negou irregularidades por meio de sua assessoria de imprensa.
“A defesa já restabeleceu a verdade com relação a essas acusações infundadas e levianas. Por não existirem fatos concretos e plausíveis que respaldem tais delações, elas só podem alimentar a atenção da imprensa novamente por interesses políticos e com o intuito de perseguir o PT, seus dirigentes e suas lideranças. O PT tem mais de 22% da preferência popular de acordo com as recentes pesquisas de opinião; o Presidente Lula, que parte agora em caravana pelo interior de Minas Gerais, quase 40% das intenções de voto para a Presidência da República, se as eleições fossem hoje, e novas filiações aumentam a cada dia junto aos diretórios do PT e pela internet. Somos mais de 1,8 milhão de filiados em todo o País. Mais uma vez, o PT representa a esperança do povo em reverter os estragos feitos pelo golpe no Brasil.”

Dilma
A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou em depoimento que a senadora Gleisi Hoffman (PT-PR) não participou da manutenção de Paulo Roberto Costa como diretor da Petrobras. A assessoria de Dilma tem dito que Pedro Corrêa mentiu em delação premiada.
“A Senadora Gleisi era Ministra Chefe da Casa Civil em 2011, no momento em que eu demiti o senhor Paulo Roberto Costa da Diretoria de Abastecimento da Petrobras. Ela, nesse momento, ela era simplesmente Ministra-Chefe da Casa Civil. E quem decide quem demite ou quem nomeia e a relação entre a diretoria da Petrobras e a presidência. E óbvio que ela não participou da contratação do senhor Paulo Roberto Costa para a Diretoria de Abastecimento, porque isso, se eu não me engano, remonta a 2003, ou 2004 ou 2005 – eu não lembro bem -, não era eu Presidente da Republica.”

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo
 

domingo, 19 de junho de 2016

Aldo Rebelo embolsava propina de 30% do Minha Casa Minha Vida

PCdoB recebia propina de contratos do Minha Casa Minha Vida, diz delator

Pedro Corrêa diz que corruptos cobravam até 30% de propina por cada casa construída para famílias carentes. 

O ex-ministro Aldo Rebelo embolsava um terço do dinheiro sujo destinado aos comunistas no esquema

A Veja.com trouxe agora à tarde novos detalhes sobre a delação premiada do ex-deputado Pedro Corrêa. E o depoimento complica a situação do PCdoB. Corrêa relata que, durante o segundo governo Lula, a legenda esquerdista comandou a Diretoria de Produção Habitacional do Ministério das Cidades, órgão encabeçado por Daniel Nolasco, filiado ao PCdoB, e que comandava verbas bilionárias do programa ‘Minha Casa Minha Vida’. 

Nolasco, um apadrinhado do ex-ministro Aldo Rebelo, operava recursos destinados a empreiteiras de pequeno porte, que atuavam na construção de casas para a população carente em cidades com menos de 50 mil habitantes. De acordo com o ex-parlamentar, o militante do PCdoB aproveitou sua posição no Ministério para tocar uma agenda criminosa. 

Nessa função, Nolasco cobrava propinas das empreiteiras que iriam construir as moradias populares. A taxa praticada no esquema de corrupção girava em torno de 10 a 30 por cento do valor de cada casa construída. O cérebro de toda a operação, ainda segundo Corrêa, seria Aldo Rebelo.

Há duas semanas, VEJA revelou os detalhes da extensa delação premiada que o ex-deputado Pedro Corrêa, um dos corruptos mais antigos em atividade no país, firmou com a Justiça. Confessando seus crimes com a autoridade de um decano da roubalheira, que começou a receber propinas na década de 70 e só foi parado pela Operação Lava Jato, Corrêa desnudou as engrenagens da corrupção nos governos de Lula e de Dilma Rousseff, mas fez mais. Além de comprometer figuras de proa da antiga oposição, como Aécio Neves, e da cúpula do PMDB e do governo interino de Michel Temer - como Geddel Vieira Lima, Henrique Eduardo Alves, Eduardo Cunha, Romero Jucá e Renan Calheiros - Corrêa escancara de vez o esquema de corrupção montado por pretensos partidos "éticos" da política, os virtuosos líderes de esquerda do PCdoB. O cérebro do esquema de corrupção comunista, diz o delator, era o ex-ministro Aldo Rebelo.

Segundo relata Pedro Corrêa no anexo 27 de sua delação, durante o segundo governo Lula, o PCdoB comandou a Diretoria de Produção Habitacional do Ministério das Cidades. Pilotado por Daniel Nolasco, filiado ao PCdoB, o órgão comandava bilionárias verbas do programa Minha Casa Minha Vida. Nolasco, apadrinhado no cargo pelo ex-ministro Aldo Rebelo, operava verbas destinadas a empreiteiras de pequeno porte, que atuavam na construção de casas para a população carente em cidades com menos de 50 000 habitantes.

Enquanto cumpria a nobre missão de realizar o sonho da casa própria para famílias humildes, o militante do PCdoB aproveitava para tocar uma agenda clandestina. Nessa função, nada edificante, cobrava propinas das empreiteiras que iriam construir as moradias populares. Segundo Pedro Corrêa, a taxa praticada no esquema de corrupção girava em torno de 10% a 30% do valor de cada casa construída. O golpe era simples: o diretor do órgão, a quem cabia liberar recursos para os empreiteiros e cobrar a propina, tinha uma empresa, a RCA Assessoria. Depois de o ministério fechar o convênio com a empreiteira e repassar o dinheiro para a construção das casas, os empresários corruptos pagavam a propina negociada com o PCdoB para a RCA.

O esquema do PCdoB era dividido com o PT e com o PP e operou cobrando propinas na construção de pelo menos 100 000 casas populares. Segundo Corrêa, apenas uma empreiteira com contratos no Maranhão pagou 400 000 reais aos corruptos. Pedro Corrêa conhece os detalhes da roubalheira porque era um dos seus beneficiários. "A propina arrecadada pela RCA era dividida entre o PT, que tinha a Secretaria Nacional de Habitação, pelo PCdoB, que comandava a Diretoria de Produção Habitacional, e pelo PP, que tinha (indicado) o ministro das Cidades", diz Corrêa.

Ler a íntegra, clique aqui


 
 

sexta-feira, 15 de maio de 2015

‘Só não prenderam Lula porque ninguém tem coragem’, diz ex-deputado




Pedro Corrêa (PP/PE), preso por suspeita de corrupção, depôs à CPI da Petrobrás e afirma que foi o ex-presidente que indicou Paulo Roberto Costa para diretoria na estatal Por Ricardo Brandt, enviado especial a Curitiba, Julia Affonso e Fausto Macedo
O ex-deputado federal Pedro Corrêa (PP-PE) – condenado no mensalão e preso pela Operação Lava Jato – afirmou à CPI da Petrobrás que foi o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que colocou Paulo Roberto Costa na Diretoria de Abastecimento. Ouvido em Curitiba por parlamentares da CPI, o ex-presidente do PP afirmou que “só não prenderam Lula porque ninguém tem coragem”. 

“O diretor de Abastecimento da Petrobrás, que se eu não me engano a memória era um tal de Manso, ele se atritou com a diretoria e o presidente Lula convidou o Paulo Roberto Costa para ser diretor de Abastecimento”, afirmou Corrêa, ao comentar a nomeação do delator ao cargo, em 2004. “Isso era a notícia que chegou para mim.”  “O presidente Lula, depois de achar que o Paulo (Roberto Costa) deveria ser diretor de Abastecimento, disse então que ele ficaria na cota de autoridades que poderiam ter a chancela do Partido Progressista”, disse Pedro Corrêa.

 “Lula disse isso?”, questionou o deputado Onix Lorenzoni.  “Não disse isso a mim. Mas disse isso ao líder do partido, que era o sr Jose Janene”, respondeu o ex-deputado.

Fonte: Blog do Fausto Macedo – O Estado de São Paulo

sexta-feira, 10 de abril de 2015

O condenado Zé Dirceu cometeu delito maior do que Pedro Corrêa = recebeu propina do PETROLÃO-PT quando estava preso devido o MENSALÃO – PT.


Porque  Dirceu não está preso? Ele pode receber propina preso e o Corrêa não

Pedro Corrêa recebeu propina da Petrobras durante julgamento do Mensalão, diz juiz

Ao mandar prender ex-­deputado, magistrado assinala que ele "é recorrente em escândalos políticos criminais" e que sua filha, deputada Aline Corrêa, também teria recebido propinas 


O ex-­deputado Pedro Corrêa (PP-­PE) recebeu propinas do esquema de corrupção na Petrobrás mesmo quando estava sob julgamento no Supremo Tribunal Federal no processo do mensalão. A informação consta do decreto de prisão de Corrêa na Operação A Origem, 11.ª etapa da Lava Jato, deflagrada nesta sexta feira, 10, em seis Estados e no Distrito Federal. “As provas são no sentido de que (Corrêa) estava envolvido no esquema criminoso que vitimou a Petrobrás enquanto já respondia, como acusado, a Ação Penal 470, e que persistiu recebendo vantagem indevida no período mesmo respondendo a processo perante o Supremo Tribunal Federal, inclusive durante o julgamento em Plenário, o que caracteriza, em princípio, acentuada conduta de desprezo não só à lei e à coisa pública, mas igualmente à Justiça criminal e a nossa Suprema Corte”, assinalou o juiz Sérgio Moro, que mandou prender Corrêa.

Para o magistrado, “a prova do recebimento de propina mesmo durante o processamento da Ação Penal 470 reforça os indícios de profissionalismo e habitualidade na prática do crime, recomendando, mais uma vez, a prisão para prevenir risco à ordem pública”. O juiz destaca que Pedro Corrêa, atualmente cumprindo pena em regime semiaberto pela condenação no processo do mensalão “é recorrente em escândalos políticos criminais e traiu seu mandato parlamentar e a confiança que a sociedade brasileira nele depositou.”.
Em sua decisão, datada de 1.º de abril, o juiz Moro assinala que Pedro Corrêa foi deputado federal pelo Partido Progressista (PP), por várias legislaturas. Seu mandato foi cassado pela Câmara dos Deputados em 15 de março de 2006 no âmbito do mensalão. Ele cumpre pena em regime semiaberto. “Ainda assim, não perdeu seu poder político, tendo inclusive logrado eleger sua filha Aline Corrêa para a Câmara dos Deputados”, destaca o juiz. 

Ao fundamentar a ordem de prisão do ex-­parlamentar, o juiz destaca que ele “usou seu mandato para enriquecer ilicitamente em detrimento dos cofres públicos”. Ainda segundo o juiz, o ex-deputado “utilizou sua posição no Partido Progressista para o mesmo objetivo, logrou eleger sua filha (Aline Corrêa) que também teria recebido propinas no mesmo esquema criminoso”. “É inaceitável qualquer possibilidade de que (Corrêa) volte a exercer qualquer cargo ou poder político, ainda que por intermédio de terceiros, mais ainda se justificando a preventiva para proteger a sociedade brasileira deste risco”, argumenta o juiz. ”A gravidade concreta da conduta de Pedro Corrêa é ainda mais especial, pois as provas apontam que ele traiu seu mandato parlamentar e a confiança que a sociedade brasileira nele depositou, ao concordar em utilizá-lo para enriquecer ilicitamente.”  O juiz faz menção aos depoimentos do doleiro Alberto Youssef que, em delação premiada, apontou a filha do ex-parlamentar como beneficiária do esquema de propinas na Petrobrás. “Segundo Alberto Youssef, também Aline Lemos Corrêa passou a receber propinas oriundas do esquema criminoso da Petrobrás, em reprodução do que ocorreu com seu pai.”

Fonte: IstoÉ 

Lava Jato chega a contratos da Caixa e do Ministério da Saúde



Lava Jato prende ex-deputados e chega a contratos da Caixa e do Ministério da Saúde
11ª fase da Operação prendeu os deputados André Vargas (ex-PT) e Luiz Argôlo (ex-PP), além de outras 4 pessoas
De acordo com a Polícia Federal, a 11ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada nesta sexta-feira (10), vai além das irregularidades na Petrobras. Nesta etapa, são investigadas irregularidades em contratos publicitários do Ministério da Saúde e da Caixa Econômica Federal.

De acordo com o G1, sete pessoas foram presas. Entre elas três ex-deputados: Luiz Argôlo (SDD-BA), Pedro Corrêa (PP-PE) e André Vargas (sem partido). Vargas foi preso na manhã desta sexta-feira (10) no condomínio de alto padrão onde mora, em Londrina, no Paraná. Ele também é investigado por ter usado o avião do doleiro Alberto Youssef. Segundo a Polícia Federal, o doleiro chefiou um esquema de lavagem de dinheiro que movimentou R$ 10 bilhões. O ex-deputado também é suspeito de ter cometido tráfico de influência no Ministério da Saúde a favor de uma empresa de Youssef.

Os outros detidos, segundo a Folha de S. Paulo, são Leon Vargas, irmão de André Vargas; Elia Santos da Hora, secretária de Argôlo; Ivan Torres, acusado de ser laranja de Corrêa e Ricardo Hoffmann, diretor-geral e vice-presidente da agência de publicidade BorghiLowe em Brasília.

De acordo com a PF, a agência de publicidade de Hoffmann era contratada para a execução de serviços de publicidade. Ela subcontratava outras empresas que, na verdade, não existiam fisicamente e tinham como sócios André e Leon Vargas. Como não havia prestação real de serviços, essas empresas eram contratadas para fazer lavagem de dinheiro. As irregularidades ocorreram entre 2010/2011 e 2014.

A polícia diz que, a princípio, essas irregularidades não têm relação com os esquemas de corrupção da Petrobras. A 11ª fase da Operação da Lava Jato é cumprida pela PF no Distrito Federal e em seis estados – Paraná, Bahia, Ceará, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo. De acordo com os policiais, serão cumpridos sete mandados de prisão, 16 de busca e apreensão, nove de condução coercitiva, quando a pessoa é levada para prestar depoimento. A ação foi batizada de "Origem".


Fonte: Revista Época