Veja
resumo das frentes jurídicas contra a sujeira petista
A batalha jurídica da oposição contra Lula, Dilma
Rousseff e o ministro da Justiça, Eugênio Aragão, têm várias frentes.
1) Uma delas já rende
frutos: o juiz federal Augusto César Pansini
Gonçalves, da 1ª Vara Federal de Curitiba, determinou
abertura de ação “com urgência” contra Dilma e Aragão pela suposta (não para este blog) tentativa de interferir nas investigações
da Operação Lava-Jato.
“Intimem-se e em seguida citem-se
os réus”,
escreveu Pansini em resposta à ação popular ajuizada pelo deputado
Fernando Francischini (SDD-PR). Em seu despacho, o magistrado destaca as intimidações petistas contra o trabalho
policial:
“Próceres do Partido
dos Trabalhadores, especialmente o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
(investigado, ressalte-se, na Operação Lava-Jato), vinham fazendo seguidas
críticas à atuação do antigo ministro da Justiça e atual Advogado Geral da
União, José Eduardo Cardozo, alegando que ele não controlava a atuação da
Polícia Federal, intimidações que, aliás, precipitaram a sua saída do
Ministério da Justiça”.
Pansini
afirmou ainda que a fala de Aragão quando assumiu o cargo, de que
promoveria uma remoção nos quadros da PF caso sentisse “cheiro de vazamento”, serviria para
deter investigações: “Nessas circunstâncias, soa inadequado o pronunciamento de
Eugênio Aragão. Sua fala sugere, prima
facie, que a troca de comando na PF não terá a finalidade de punir servidores
faltosos, mas a de manietar a Operação Lava-Jato”.
É exatamente esta a intenção, senhor
juiz. Parabéns por mostrar a eles que a Justiça está de olho.
2) O DEM recorreu ao STF para impedir o governo de liberar dinheiro em forma de emendas
parlamentares em troca de votos contrários ao impeachment de Dilma e para
anular a execução das emendas já liberadas com este propósito.
O senador Ronaldo Caiado – que, nesta semana, também representou contra Dilma na PGR por uso político
do Palácio do Planalto -, acusa o governo de articular “negociatas políticas” em um “verdadeiro balcão de negócios” em busca de apoios para enterrar o
processo; e afirma que, em plena crise econômica, foram liberados de forma
seletiva 6,6 bilhões de reais em emendas individuais.
Isto, sim, é “vazamento
seletivo”, querida.
3) Já o deputado Raul Jungmann, do
PPS, está preparando uma representação
contra Lula, segundo o Radar de VEJA.
O
material será enviado ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e pedirá que um processo seja aberto contra o petista devido ao
bunker montado num hotel em Brasília onde Lula tem negociado votos de deputados
para evitar o impeachment de Dilma. O
ex-presidente tem de ser enquadrado por desobediência
à decisão judicial do STF de suspender sua posse como ministro, usurpação de função pública, além de seu velho
conhecido tráfico de influência.
Que Lula compre
parlamentares à luz do dia, enquanto o Supremo não
toma a decisão definitiva em plenário sobre sua entrada ou não para o
governo (que poderá nem mais
existir), é uma das
maiores vergonhas da história recente deste país.
Avante, oposição.