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sexta-feira, 18 de maio de 2018

Estudante armado mata dez pessoas em escola no Texas



Polícia prendeu suspeito, de origem grega, que invadiu aula de artes; explosivos foram encontrados em prédio


Estudante que matou dez em escola no Texas sofria bullying

 Dimitrios Pagourtzis, suspeito de ter matado dez pessoas na Santa Fe High School, no Texas - HANDOUT / REUTERS

Um estudante abriu fogo em uma escola secundária em Santa Fé, no Texas, durante a manhã desta sexta-feira e deixou ao menos dez pessoas mortas, nove alunos e um professor, além de outras dez feridas. Duas pessoas foram presas após a ação policial, sendo uma delas, um adolescente de 17 anos, Dimitrios Pagourtzis, suspeito de ser o responsável pelo crime — além disso, a polícia encontrou explosivos em alguns pontos do prédio da escola. A instituição foi interditada e os arredores cercados. 

O jovem, de origem grega, é aluno da escola, onde fez parte do time de futebol, e também integrante da equipe de dança de uma Igreja Grega Ortodoxa local. Segundo outros estudantes, ele sofria bullying. Pagourtzis é acusado de homicídio e não tem direito a fiança. Em uma coletiva de imprensa em que confirmou o número de mortos e feridos até o momento, o governador do Texas, Greg Abbott, disse que o atirador utilizou uma escopeta e uma pistola calibre .38, as duas pertencentes ao seu pai. Ainda segundo o governador, os planos do atirador não envolviam ser preso pela polícia.  — Ele não apenas queria realizar o ataque, mas também cometer suicídio ao fim do tiroteio. Ele não teve coragem — afirmou Abbott.

Apesar disso, Abbott disse que Pagourtzis não deu sinais prévios de que poderia cometer um ato violento. Ele não tinha antecedentes criminais e o único sinal de perigo encontrado até agora foi uma foto em seu perfil no Facebook na qual ele usava uma camiseta com a frase "Born to kill" (nascido para matar).  Diferente de Parkland, diferente de Sutherland Springs, não houve esses tipos de sinais alarmantes — disse o governador. — Os alertas foram não existentes ou quase imperceptíveis.

Dustin Severin, estudante de 17 anos, contou que Pagourtzis era alvo de bullying na escola, não só de alunos, mas também de alguns treinadores. Segundo ele, o jovem usava um casaco pesado, o mesmo que estaria vestindo no momento do ataque, todos os dias, mesmo quando estava calor. — Ele já foi alvo de piada por treinadores antes, por cheirar mal e coisas assim — disse à NBC. — E ele não fala muito com muitas pessoas também. Ele fica mais na dele.

Outra testemunha contou à rede KTRK, afiliada da CNN, que o estudante entrou em uma aula de artes na Escola Secundária Santa Fé e começou a disparar. A fonte disse que viu uma garota baleada na perna. Logo após entrar no edifício da escola, a polícia localizou o que poderiam ser dispositivos explosivos na escola e no campus. O Departamento de Educação do Distrito de Santa Fé informou em um comunicado que iniciou um bloqueio da região após um incidente com tiros na escola. 

Uma imagem aérea do lado de fora da escola transmitida pela televisão local mostrou policiais escoltando filas de estudantes para fora do prédio e, em seguida, procurando por armas, enquanto muitos carros da polícia e pelo menos duas ambulâncias estavam no local.
O presidente americano, Donald Trump, classificou o episódio como "desolador":
— Meu governo está determinado a fazer tudo em seu poder para proteger nossos estudantes, nossas escolas, e manter armas longe das mãos daqueles que impõem ameaça a si mesmos e aos outros — disse o republicano.

A aluna Leila Butler disse à afiliada local da ABC que os alarmes de incêndio dispararam por volta das 7h45m (horário local), e os alunos deixaram suas salas de aula. O novo tiroteio em uma escola americana reacendem um debate nacional sobre controle de armas, que se intensificou depois que um agressor matou 17 alunos e funcionários em fevereiro em um colégio da Flórida.
 Escola em Santa Fé, no Texas, é interditada após relatos de tiros - AP

Um estudante que não se identificou descreveu a cena em uma entrevista à rede CBS.
Foram três disparos que eu ouvi, então todos nós saímos pelos fundos e tentamos chegar até umas árvares, já que queríamos nos esconder. Foi então que ouvi quatro outros tiros, e então resolvemos pular a cerca que divide a escola de algum vizinho — afirmou.
 

AP e REUTERS