Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
A medida cortará o financiamento de pesquisas com células-tronco
A nova política de investimentos foi idealizada pelo papa
Francisco | Foto: Reprodução/Flickr
A Igreja Católica
anunciou atualizações em sua política de investimento,a fim de
proteger a santidade da vida e alinhar-se aos ensinamentos cristãos. O
mais recente esforço na reforma das finanças do Vaticano terá como foco a
exclusão de investimentos em pesquisas com células-tronco embrionárias e
em outros temas considerados contrários aos ensinamentos da Igreja.
“A política de investimentos visa a contribuir para um mundo mais
justo e sustentável, de maneira a proteger o valor real do patrimônio
líquido da Santa Fé e gerar um retorno suficiente para auxiliar de forma
sustentável o financiamento de suas atividades”, informou o Vaticano, na terça-feira 19.
“Essas medidas estão alinhadas com os ensinamentos da Igreja e
pretendem excluir os investimentos que contrariam seus princípios
fundamentais, como a santidade da vida, a dignidade do ser humano e o
bem comum.”
A mudança de política enfatiza a ideia da Igreja Católica de investir
em atividades consideradas produtivas. “Nesse sentido, é importante que
sejam voltadas para atividades financeiras de natureza produtiva,
excluindo as de natureza especulativa, e sobretudo que sejam pautadas
pelo princípio de que a decisão de investir em um lugar e não em outro,
em um setor produtivo em detrimento de outro é sempre uma escolha moral e
cultural”, diz o texto.
A política, promovida pelo papa Francisco, entrará em vigor em 1º de setembro.
A agenda de esquerda que quebrou a Argentina agora ameaça o Brasil infiltrada no programa de governo de Lula
A imagem do presidente Fernando de la Rúa deixando a Casa Rosada a bordo
de um helicóptero, em dezembro de 2001, ficou marcada para sempre na
memória dos argentinos. Do lado de fora da sede do governo, uma multidão
enfurecida batia panelas, num gesto que se espalhava das ruas do centro
de Buenos Aires para todas as províncias. O país estava em convulsão
social. Quarenta pessoas morreram durante os protestos, cinco delas na
Praça de Mayo, o coração da capital argentina.
Ex-presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva (à esq.), ao lado da vice-presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, e do presidente argentino, Alberto Fernández | Foto: Estaban Collazo/Presidência de La Nación Argentina
É unânime na literatura que a virada daquele ano foi o pior momentoda história de um país que já figurou como a sétima economia do mundo. No século passado, aliás, os vizinhos se gabavam da expressão riche comme un argentin(“rico como um argentino”).
Eram vistos em férias das praias de Santa Catarina ao Nordeste brasileiro. Foram apelidados de “os europeus sul-americanos”.
Mas a Argentina é um caso raro de país rico que ficou pobre rapidamente.
E agora está muito pobre.
Vinte anos depois daquele dia, os argentinos lotaram as ruas no último sábado, 9, no feriado da Independência. De Córdoba a Santa Fé, de Mendoza a Rosário, multidões empunharam faixas de protesto contra a derrocada econômica, cujo marco é a inflação galopante em mais de 60% ao ano — a previsão é passar de 100% até dezembro — e uma moeda que não tem valor. Em Buenos Aires, uma frase estampada em cartazes sintetizou o desejo da população: “Argentina sem Cristina”.
Desde 2007, Cristina dá as cartas na política argentina, com um breve intervalo no infeliz governo de Mauricio Macri. Ele assumiu a Presidência no fim de 2015, depois de 12 anos dos Kirchners — Nestor, marido de Cristina, precedeu os mandatos dela. Macri foi eleito por apresentar uma agenda econômica liberal, para sufocar a inflação e sanar a crise fiscal — o país era o 138º colocado no ranking dos cobradores de impostos do Fórum Econômico Mundial. Não fez nada disso: aumentou os gastos públicos, não privatizou estatais(só a Aerolíneas Argentinas dava prejuízo de US$ 2 milhões por dia),congelou preços e deu aumento para o funcionalismo.
O que aconteceu? Cristina voltou. Cercada de denúncias de corrupção, montou uma chapa na qual é vice-presidente de um preposto, Alberto Fernández. Ele é uma quase figura folclórica, não fosse corresponsável por um cenário de tragédia social. Acabou apelidado de “nossa Dilma Rousseff” pelos raros cartunistas de direita platinos.
Um país em ruína Como ocorre em todas as crises, a alternativa dos argentinos foi recorrer ao dólar — ainda que não existam reservas. O comércio do bairro de Palermo, por exemplo, ou o da Rua Flórida exibem os preços em moeda norte-americana — também é possível pagar em real. Os lojistas rejeitam o peso porque o próprio povo não confia mais na própria moeda. Nesta semana, viralizou a notícia de que um iPhone é vendido a mais de 1 milhão de pesos, ou R$ 40 mil. O presidente Alberto Fernández, contudo, vive num mundo paralelo. Em pronunciamento recente, disse que faltam dólares em circulação no país porque a economia interna está crescendo.
A Argentina é hoje um território que afasta investimentos estrangeiros. O maior problema é com os bancos. O governo tem títulos de dívidas de US$ 5 bilhões vencidos. A dívida com credores privados é um abismo. E todos os dias os telejornais apontam risco de outro calote ao Fundo Monetário Internacional (FMI). De quanto estamos falando? Algo como US$ 65 bilhões aos credores privados e um empréstimo de mais US$ 45 bilhões com o FMI. O país é o maior devedor ao FMI do planeta.
O agora ex-ministro da Economia Martín Guzmán disse que não vai ocorrer novo calote, mas renunciou ao cargo na semana passada. Não se sabe ainda o que esperar da sucessora, Silvina Baltakis. Ao assumir o posto, ela virou notícia por outro motivo: o governo quer proibir a divulgação de imagens de gôndolas vazias em supermercados.Há um problema em curso: por causa da hiperinflação (algo pior do que o brasileiro viu no governo José Sarney, nos anos 1980), os preços são remarcados mais de uma vez ao dia. Com isso, criou-se um câmbio paralelo. Nas ruas, existem casas de câmbio batizadas de Cuevas. Elas funcionam dentro de pequenos mercados, quiosques e em bancas de jornais — que vendem de tudo, menos jornais. Em suma, dólar e real valem mais do que a cotação oficial. Não à toa, uma das buscas mais procuradas no Google sobre o país é: qual moeda levar para a Argentina?
Sem crédito nem reserva, a solução poderia ser o passado glorioso da agropecuária. Mas o cenário é desalentador. O plantio de soja, por exemplo, acabou em março. Os 16 milhões de hectares plantados representam o pior resultado em 15 anos — a produção estimada caiu de 44 milhões de toneladas para 42 milhões. É praticamente a safra de Mato Grosso.
No caso da carne bovina, os criadores perderam US$ 1 bilhão no ano passado, porque o governo limitou as exportações para segurar os preços domésticos. O país só detém ainda um pedaço de mercado porque a arroba do boi (em dólar) é mais barata do que no Uruguai, no Brasil e no Paraguai.
O perigo mora ao lado Nos últimos anos, quando os economistas liberais passaram a usar a expressão “fábrica de pobres” para se referir ao modelo econômico argentino, a dupla Cristina e Alberto Fernández viu uma luz no fim do túnel. Passou a apostar todas as suas fichas na eleição do ex-presidente Lula no Brasil. Sem disfarçar, admitiu que o socorro poderia vir do vizinho em 2023.
Em dezembro do ano passado, o governo montou um palco na Praça de Mayo, em frente da Casa Rosada, para um showmício do petista. A foto dos três, além do uruguaio José Mujica, rodou a América Latina.No palanque, Lula rasgou elogios a Cristina e prometeu ajuda.“A perseguição que me colocou em cárcere é a mesma perseguição sofrida por Cristina Kirchner aqui”, disse. “Alberto foi me visitar mesmo depois de eu dizer para ele ter cuidado, que talvez não fosse prudente um candidato a presidente ir à cadeia visitar um preso político. Alberto disse ao meu amigo Celso Amorim (ex-chanceler) que me visitaria com muito orgulho.”
Lula e o PT usaram as imagens à exaustão nas redes sociais, para afirmar que uma onda de esquerda estava se erguendo na América Latina e que era hora de “começar a reatar os laços do Brasil com o país irmão”.Fernández retribuiu o carinho na TV local. “Pouco a pouco, as coisas vão se arrumando: (Gabriel) Boric, no Chile está fazendo um esforço; o Lucho (Luis) Arce, na Bolívia; (Pedro) Castillo, no Peru; (Gustavo) Petro, na Colômbia; e Lula, que eu desejo que ganhe no Brasil. Teremos uma lógica de unidade conceitual na América do Sul”, afirmou, ao canal C5N.
A “lógica conceitual” se chama Foro de São Paulo. Em dezembro, a frente radical de esquerda comemorou 30 anos. “Não imaginávamos que esse encontro de partidos e movimentos chegasse aonde chegou, tornando-se um foro permanente e até uma referência para partidos de esquerda e ‘progressistas’ de todo o mundo”, disse Lula.
Fazem parte do grupo os narcoguerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e ditadores, como Nicolás Maduro (Venezuela), Miguel Díaz-Canel (Cuba) e Daniel Ortega (Nicarágua). E o PT.
Para a Argentina, o que restou é tentar se pendurar no Brasil como tábua de salvação. Para o Brasil, a ruína do vizinho deveria servir de alerta.
“Se a esquerda continuar no governo, a Argentina vai virar uma Venezuela”, diz o analista político Gustavo Segré, do diário La Nación. “No Brasil, para o Bolsonaro, a melhor campanha é o governo Alberto Fernandez. Porque ele pode dizer que, se o PT ganhar, pode acontecer isso aqui também.” A candidatura de Lula é a consolidação do peronismo à brasileira
Tango sem fim Os argentinos convivem com modelos econômicos fracassados e uma classe política incompetente desde os 1980. Essa década, aliás, terminou de forma trágica, com a queda do presidente Raúl Alfonsín. A inflação bateu 764% ao ano, o país parou com mais de mil greves (13 delas nacionais), saques e protestos sangrentos nas ruas. Foi declarado estado de sítio.
Carlos Menem assumiu o governo com uma agenda liberal, na contramão de bandeiras históricas do peronismo. “Levanta-te e anda, Argentina!” foi o seu lema. Estreitou laços com os Estados Unidos, fez as pazes com o Reino Unido e privatizou todas as empresas estatais que conseguiu — principalmente as petrolíferas, ferroviárias e aéreas. Segurou a hiperinflação e atraiu capital estrangeiro, como as multinacionais de telefonia. Com perfil excêntrico, marcado pelas costeletas bicolores e fotos pilotando jet-ski e carros de luxo, ficou dez anos no poder.
A década foi marcada pela retomada do crescimento, mas a bolha criada pelo modelo econômico de paridade cambial peso-dólar, elaborado pelo ministro Domingo Cavallo, estourou. O país queimou reservas e se endividou. Foi quando surgiu a novidade Fernando de la Rúa e seu plano econômico que limitava os valores para saques em bancos e o congelamento das poupanças. As fachadas dos bancos foram depredadas durante os panelaços. A população de classe média caiu de 60% para 30%. Tornou-se cena comum nas ruas de Buenos Aires ver cidadãos com terno e gravata pedindo ajuda nos semáforos. Surgiram nas ruas os chamados “cartoneros” (catadores de papelão) — 55% da população estava abaixo da linha da pobreza. A Argentina faliu.
Por que um país próspero, com educação e cultura acima da média no cone sul, chegou ao fundo do poço? Uma das respostas é o peronismo
O movimento nasceu na década de 1940, pelas mãos de Juan Domingo Perón, numa mistura de fascismo com socialismo, ancorada na multiplicação dos sindicatos como ativo político. “A grande massa do povo combatendo o capital”, diz a letra da clássica marcha argentina. Sua mulher, Eva Perón, era conhecida como “a mãe dos pobres”. O culto à imagem de Perón e Evita se tornou um símbolo de como o narcisismo de um governante faz dele autoritário — o presidente mandou prender seus adversários e passou a controlar a imprensa.
A dependência da população para com o Estado tornou-se uma marca indelével. Hoje, quatro em cada dez argentinos são pobres e vivem de programas assistencialistas. As diretrizes de governo defendem a reestatização, o aumento do funcionalismo público e a ampliação de aposentadorias. “Seis milhões de pessoas bancam o país inteiro. O restante depende do Estado”, diz Gustavo Segré.
Hoje, o peronismo virou algo indecifrável, mas que espraiou suas raízes à esquerda. E adquiriu uma nova característica com os Kirchners: a corrupção. Cristina é conhecida por produzir dossiês contra deputados, senadores e juízes da Suprema Corte — um dos magistrados, Eugenio Zaffaroni, virou personagem de escândalo, ao ser acusado de manter prostíbulos clandestinos. Sempre que é pressionada, a vice-presidente ameaça fazer vazarem informações sigilosas sobre os rivais para a imprensa.
Outra característica da Argentina foi dar corda para as pautas do chamado “progressismo” — ou esquerda moderninha. O aborto foi legalizado há dois anos. Há uma intensa campanha para o uso de linguagem neutra nas escolas — o “todes” e outras bizarrices. O filho do presidente Alberto Fernández aparece com frequência no noticiário, por se apresentar como drag queen. A Argentina é um país que não aprendeu com o seu passado. O Brasil tem a chance de não repetir os mesmos erros nas eleições de outubro.
A pandemia da covid-19 atingiu 57 mortes por hora,
quase uma por minuto. O relaxamento do isolamento social e a imunização
de rebanho caminham de mãos dadas
[se decisão judicial não tivesse atribuído aos governadores e prefeitos o combate à covid-19, a imunidade de rebanho teria sido a política adotada.
A opção por isolamento e distanciamento sociais, via"quarentenas meia boca", não tem se mostrado eficiente e retardou em muito o alcance da imunidade de rebanho.]
Uma nuvem de gafanhotos ronda a fronteira do Brasil com a Argentina,
ameaçando as lavouras do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, depois de
atacar as do Paraguai, onde os insetos destruíram plantações de milho.
As principais regiões atingidas na Argentina são as províncias de Santa
Fé, Formosa e Chaco, onde existe produção de cana-de-açúcar e mandioca e
a condição climática é favorável. Uma nuvem de gafanhotos, em um
quilômetro quadrado, pode ter até 40 milhões de insetos, que consomem,
em um dia, pastagens equivalentes ao que 2 mil vacas ou 350 mil pessoas
consumiriam. Na Bíblia, nuvens de gafanhotos são uma das 10 pragas do Egito
(Êxodus), lançadas por Deus para obrigar o faraó a libertar os hebreus.
Moisés foi o portador da mensagem divina: “Assim diz o Senhor, o Deus
dos hebreus: ‘Até quando você se recusará a humilhar-se perante mim?
Deixe ir o meu povo, para que me preste culto. Se você não quiser
deixá-lo ir, farei vir gafanhotos sobre o seu território amanhã. Eles
cobrirão a face da terra até não se poder enxergar o solo. Devorarão o
pouco que ainda lhes restou da tempestade de granizo e todas as árvores
que estiverem brotando nos campos. Encherão os seus palácios e as casas
de todos os seus conselheiros e de todos os egípcios: algo que os seus
pais e os seus antepassados jamais viram (…)”. Mas o Senhor disse a Moisés: “Estenda a mão sobre o Egito para que os
gafanhotos venham sobre a terra e devorem toda a vegetação, tudo o que
foi deixado pelo granizo”. Moisés estendeu a vara sobre o Egito, e o
Senhor fez soprar sobre a terra um vento oriental durante todo aquele
dia e toda aquela noite. Pela manhã, o vento havia trazido os
gafanhotos, os quais invadiram todo o Egito e desceram em grande número
sobre toda a sua extensão. Nunca antes houve tantos gafanhotos, nem
jamais haverá. Eles cobriram toda a face da terra de tal forma que ela
escureceu. Devoraram tudo o que o granizo tinha deixado: toda a
vegetação e todos os frutos das árvores. Não restou nada verde nas
árvores nem nas plantas do campo, em toda a terra do Egito. Em julho do ano passado, uma nuvem de gafanhotos invadiu Las Vegas,
nos Estados Unidos. Simultaneamente, no Iêmen, devastado pela fome e
pela guerra civil, outra nuvem de gafanhotos destruiu as plantações. Os
gafanhotos circularam por mais de 60 países, principalmente na África,
no Oriente Médio e na Ásia Central. Os cientistas acreditam que as
mudanças climáticas estão fazendo os insetos agirem de maneira mais
destrutiva e imprevisível. Estudo publicado por cientistas americanos na
revista Science mostrou que o clima mais quente torna os gafanhotos
mais ativos e reprodutivos. Um gafanhoto adulto é capaz de comer o equivalente ao seu peso
corporal por dia. Plantações de trigo, arroz e milho são um banquete
para os insetos. Um ataque de gafanhotos à nossa agricultura em plena
pandemia pode ser um desastre. O agronegócio é o setor mais dinâmico da
nossa economia. Em 2004, na África, os insetos causaram danos no valor
de US$ 2,5 bilhões para as lavouras. O historiador romano Plínio, o
Velho, registrou a morte de 800 mil pessoas na região que atualmente
engloba Líbia, Argélia e Tunísia por causa da devastação das lavouras
por essa praga bíblica. A China acaba de anunciar a mobilização de 100
mil patos para combater uma nuvem de 400 bilhões de gafanhotos que se
aproxima da fronteira com a Índia e o Paquistão. A pandemia
Já nos basta a peste. Aqui no Brasil, a pandemia da covid-19, ontem,
atingiu a marca de 57 mortes por hora, ou seja, quase uma por minuto. O
relaxamento precoce do isolamento social e a política de imunização de
rebanho não-declarada caminham de mãos dadas, estamos longe do pico.
Ontem, em audiência no Congresso, o ministro interino da Saúde, general
Eduardo Pozuello, garantiu que o governo dará “transparência infinita”
às informações e anunciou que o Ministério da Saúde passará a considerar
o diagnóstico dos médicos, e não apenas os testes, para contabilizar os
casos confirmados. Ou seja, jogou a toalha em relação à política de
testagem em massa para monitoramento dos infectados. Os números oficiais de ontem são 52.645 mortes e 1.145.906 casos
confirmados, sendo 1.374 mortes e 39.436 novos casos nas últimas 24
horas. Segundo o Ministério da Saúde, há 479.916 pacientes em
acompanhamento, enquanto 613.345 foram recuperados, o que não deixa de
ser uma boa notícia. A notícia pior é a queda de anticorpos em pacientes
assintomáticos dois meses após a infecção por covid-19. Em artigo
publicado pela Nature Medicine,o cientista Ai-Long Hua, da Universidade
Médica de Chongqing, na China, constatou em 37 pacientes assintomáticos
com o Sars CoV-2 que, oito semanas depois, os níveis de anticorpos
neutralizantes diminuíram 81,1%.O estudo não é conclusivo, mas acendeu
uma luz amarela para a possibilidade de as pessoas contraírem a doença
mais de uma vez. Nas Entrelinhas - Luiz Carlos Azedo, jornalista - Correio Braziliense
A busca de uma solução para que a máxima da
democracia representativa, “um homem, um voto”, leve ao Congresso um
espelho cada vez mais fiel do pensamento médio do cidadão eleitor, e não
seja distorcida por polarização política que leve à radicalização, tem
dominado o debate partidário em vários países. Aqui, diante da
possibilidade de reeditarmos em 2022 a polarização entre petistas e
anti-petistas, o ex-deputado federal Miro Teixeira, um dos mais
experientes políticos brasileiros propôs, em entrevista a Roberto
D’Avila na Globonews, que o segundo turno das eleições seja disputado
pelos três candidatos mais votados, e não apenas dois.
Nos
Estados Unidos, a cidade de Nova York, a mais populosa do país, acaba de
aprovar por vasta maioria o voto ranqueado(Ranking Choice Voting), que
dá mais peso ao desejo de cada eleitor, que pode escolher cinco
candidatos, dando uma classificação para cada uma de suas escolhas. O
balanço final determina quais os escolhidos para o Congresso, para
prefeito como ocorreu no Maine, ou, quem sabe, para a presidência da
República. Os dois sistemas substituem com vantagens o voto útil como o
conhecemos, pois permitem que o eleitor vote em vários candidatos dando
um peso especifico a cada um deles, e o melhor ranqueado leva, em vez o
vencedor leva tudo, como fazemos no voto majoritário.
No voto
ranqueado, candidatos que conseguem ter uma maior pontuação de primeiras
escolhas, mas também aparecem como a segunda escolha dos eleitores, ou
terceira, têm maior chance de se eleger. Se um candidato receber a
maioria de votos de primeira escolha, está eleito. Caso contrário, o
candidato com o menor número de primeiras escolhas é descartado, e seus
votos redistribuídos. Esse processo continua até que algum
candidato tenha a maioria. No caso da proposta de Miro Teixeira, assim
como no voto ranqueado, a radicalização da campanha cai drasticamente,
deixa de ser uma arma eleitoral, pois desencoraja a campanha negativa. [ao nosso ver, o melhor método é o segundo turno, com os dois primeiros colocados disputando em nova votação a preferência dos eleitores.] Candidatos
que pretendem ter o segundo ou terceiro votos do eleitor, terão que
moderar a campanha, tornando-a mais abrangente e menos radicalizada. O
voto ranqueado, segundo seus adeptos, promove o apoio da maioria, dá ao
eleitor uma maior variedade de opções. Os eleitores também têm
menos estímulos para não votar, pois podem dar a primeira escolha para
seu candidato, mesmo que ele tenha poucas chances de ganhar, mas colocar
os demais votos estrategicamente para barrar um candidato, ou fazer com
que sua segunda escolha saia beneficiada.
Vinte cidades dos
Estados Unidos, como Minneapolis, São Francisco, Santa Fé já estão
adotando o ranqueamento, que permite que os eleitores, em vez de votar
contra alguém, possam votar naqueles que realmente refletem seu desejo,
acabando com o voto útil, quando se escolhe o “mal menor”, como vimos
nas últimas eleições. O voto ranqueado começará a valer em Nova
York em 2021, nas primárias locais e eleições especiais. Seus opositores
alegam que o resultado às vezes pode demorar muito, o que levaria a uma
insegurança sobre a apuração. No caso da proposta do ex-deputado Miro
Teixeira, a apuração dos votos seria a mesma da atual, não havendo esse
perigo.
Caso o ranqueamento dos votos viesse a ser adotado no
Brasil, o sistema de votação teria que ser alterado. O ideal é que
fossem testadas as diversas formas em eleições municipais, o que não
será mais possível para as de 2020, pois a legislação só pode ser
alterada no máximo um ano antes da eleição, prazo que expirou em
outubro. Há ainda uma proposta já em tramitação no Congresso
para implantar o sistema de voto distrital, começando por municípios com
mais de 200 mil eleitores. As eleições de 2024 podem se transformar em
um grande laboratório em busca de uma representatividade mais exata do
eleitorado.
Aos poucos, com calma e sem pudor, o capitão Bolsonaro tenta
desmontar o Itamaraty. Seu filho Eduardo uma vez disse que “se quiser
fechar o STF basta mandar um soldado e um cabo”, não foi? Pois para desmontar o Itamaraty o capitão pensava que seria
ainda mais fácil, bastava sua vontade. Já descobriu que não é bem assim,
apesar de ter levado o carro à frente dos bois: segundo ele disse, já
fez saber ao Trump que vai indicar seu filho para embaixador do Brasil
em Washington.
Entusiasmado, lá em Santa Fé, na Argentina, o capitão ainda disse que
poderia sugerir ao chanceler Ernesto Araújo –nesse exato momento da
breve entrevista, Ernesto estava pertinho do capitão – que ele vá para
Washington e Eduardo para o comando do Itamaraty. Ainda estou pensando
nas inúmeras vantagens dessa troca. São tantas que eu talvez leve uma
semana para avaliar todas elas. O capitão, além de detalhar as grandes qualidades do filho, lembrou
outra grande vantagem do Eduardo Embaixador: o acesso imediato ao Trump.
Como grandes amigos que são, Trump atenderia ao Eduardo antes de
qualquer outra pessoa. (O que será que os embaixadores de outros países
pensarão a respeito desse afeto?)
Nepotismo? Que nada. Deixem de bobagem. Isso no governo Bolsonaro não
existe. Aqui rezamos conforme a Nova Política. Que é a mais limpinha do
mundo! Chega a cegar nossos olhos de tão branca! Pelo presidente, o assunto já estava definido mas, a contragosto, é
preciso esperar pela anuência do Senado Federal e do STF, [imperioso lembrar que a principio, constitucionalmente, o STF nada tem a ver com o assunto; pode se manifestar se for provocado mediante ação judicial para se manifestar sobre a constitucionalidade da decisão do presidente da República. A bola, a principio, é toda do Senado Federal.] de pessoas que
não conhecem bem seu filho, não sabem como ele já viajou o mundo todo,
como ele conhece bem a vida e as gentes de fora do Brasil.
Mas como o capitão é uma verdadeira usina de ideias, ainda soltou
outra: que nós, espectadores da entrevista, prestássemos atenção em
outro garoto Bolsonaro presente em Santa Fé, o adolescente Jair Renan.
(Bonitinho o garotinho). Que, segundo o pai, está sendo treinado para
também vir a ser embaixador. Tudo isso acompanhado daquele sorrisinho
curioso do capitão.Tomo a liberdade de pedir ao capitão que lembre ao amigão Trump que
os brasileiros gostariam de não ter que pedir visto para entrar nos
States. E mais, que o POTUS (President of the United States) não persiga
os brasileiros que estão lá sem licença formal. Afinal, amigos são para
essas coisas.
Ah! capitão, peça também ao Eduardo que não se esqueça de tirar uma
foto dele com os Trump Kids traçando um hambúrguer nos jardins da Casa
Branca. Para dar mais colorido local ao grande evento, seria bom que
todos usassem camisetas Make America Great Again e bonés TRUMP 2022. Tomara que na sabatina no Senado Eduardo Bolsonaro demonstre todo seu
vasto conhecimento sobre a História da Brasil e a história de nossas
Relações Internacionais, para assim calarmos a boca dos falastrões que
não sabem nem fritar um hambúrguer!
Mas também seria bom não esquecermos que o capitão-presidente fez
questão de dizer que não sabe de nenhum embaixador brasileiro em
Washington, de 2003 para cá, que tivesse feito algo de bom para o
Brasil. Ele não sabe ou não quer saber? Que o capitão fique sabendo que graças a alguns dos grandes
sucessores do Barão do Rio Branco, como Roberto Campos, Vasco Leitão da
Cunha, Araújo Castro, Azeredo da Silveira, Paulo Tarso Flecha de Lima,
Rubens Ricúpero, Mauro Vieira, Antonio Patriota e muitos outros
brilhantes diplomatas da carreira, o registro do papel deles na
embaixada em Washington é o que vai salvar o Itamaraty. [esclarecendo: o comentário do presidente Bolsonaro se refere a 2003 para cá e a maior parte dos citados antecede àquele ano.] Sabem de uma coisa? Creio que desta vez o presidente-capitão vai
aprender: mais fácil um burro voar do que desmontar o Itamaraty!
Vinte
anos após ataque em Columbine, país teve maior registro anual de casos e
vê crescimento da indústria voltada para proteção em câmpus
Vinte anos após o massacre de Columbine, no Colorado, o debate sobre
como evitar os tiroteios em escolas continua presente nos Estados Unidos
– e deve crescer no Brasil, após dois jovens deixarem 7 mortos em uma
escola em Suzano
(SP), antes de se matarem. Desde 1999, ao menos 221 mil jovens foram
expostos a situações de violência armada dentro de colégios americanos,
segundo levantamento feito pelo jornal Washington Post. De 2013
a este ano, pelo menos 61 pessoas foram mortas e 98 ficaram feridas em
tiroteios dentro de estabelecimentos de ensino. E as escolas tiveram de
repensar a segurança.
A cada tragédia perto de uma sala de aula, se reacende nosEstados Unidos
o debate sobre o maior rigor para compra de armas, mas o tema ainda
divide a sociedade e a classe política americana. O partido republicano,
do presidente Donald Trump e da maioria do Senado, é tradicionalmente contra um maior controle no acesso. A discussão está longe de ficar desatualizada nos Estados
Unidos – e 2018 foi o ano mais letal nesse aspecto em 13 anos, quando se
observam os dados da escola de pós-graduação da Marinha Americana. O
NPS Center for Homeland Defense and Security relatou 94 incidentes de
tiroteio em escolas no ano passado. É um aumento de quase 60% em relação
aos 60 registros de 2006 (maior número anterior, com o adendo de que a
estatística vem dos anos 1970). Entre os episódios, destacam-se os
ocorridos em Parkland, Flórida e Santa Fé.
Enquanto isso, há
Estados que passaram a adotar outras medidas de segurança. Menos acessos
de entrada à escola – comparando com eventos esportivos ou com locais
como a Disney –, câmeras de segurança em 3D, sistemas inteligentes e
detectores de metal portáteis passaram a fazer parte da realidade de
americanos.
O distrito escolar na Flórida onde fica a escola que foi alvo do tiroteio em Parkland,
em 2018, anunciou que vai adotar um novo sistema inteligente de
vigilância e monitoramento. No caso, um ex-aluno da Stoneman Douglas
High School, Nikolas Cruz, de 19 anos, chegou ao local com um rifle
AR-15 e atirou contra estudantes e professores, deixando 17 mortos.
Entre
outras coisas, esse novo sistema informa automaticamente autoridades
quando identifica uma movimentação suspeita. O anúncio até causou
controvérsia, uma vez que o software conta com algoritmos para rastrear o
comportamento das crianças que supostamente representam ameaças. Ken
Trump, da Associação Serviços de Segurança Nacional em Escolas, aponta
que a indústria de tecnologias de segurança “dominou” os colégios. “As
empresas se tornaram cada vez mais organizadas em seu lobby junto ao
Congresso e aos governos estaduais para financiamento focado em produtos
de proteção física, sob argumento de tirar as escolas do alvo”, avalia.
Em 2018, o Congresso aprovou lei contra a violência escolar, destinando
um fundo anual milionário para segurança nos estabelecimentos
americanos pela próxima década.
E não faltam aparatos para isso.
Após um caso em Oklahoma, em 2014, uma empresa chamada ProTecht passou a
oferecer “escudos” dobráveis para proteger alunos em caso de tiroteio. O
bodyguard blanket utiliza o mesmo material de armaduras militares.
Depois do caso de Parkland, foram distribuídas milhares de mochilas
transparentes – de forma a ser possível “controlar” a entrada de armas.
O conselho estudantil ainda prometeu para o futuro outras medidas, como
identidades eletrônicas e detectores de metal nos principais ambientes. Contrafluxo. Em contrapartida, a bandeira do
maior controle de armas passou a ser defendida pelos próprios alunos
sobreviventes. Os que escaparam do massacre em Parkland fundaram o
movimento mais organizado, o March For Our Lives – em tradução livre,
Marche Pelas Nossas Vidas. Eles visitaram escolas, foram a parlamentos,
publicaram um livro e até inspiraram um documentário da HBO. Entre
as conquistas do grupo está a mudança na legislação da Flórida,
republicana e aberta ao lobby das armas. Ali, conseguiram que os juízes
admitissem a possibilidade de confiscar armas de pessoas consideradas
instáveis, aumentar para 21 anos a idade mínima para compra e vedar
qualquer possibilidade de se adquirir armamento mais letal – que permite
rajadas de tiros. A próxima meta é conseguir assinaturas suficientes
para barrar de vez o comércio de fuzis de assalto – como o do massacre –
no Estado.
Outro grupo muito atuante é o Sandy Hook Promise, que
diz ter treinado mais de 5,5 milhões de pessoas de mais de 10 mil
escolas em todos os 50 Estados para esse tipo de caso. O massacre de
Sandy Hook aconteceu em 30 de novembro de 2012, no mesmo horário em que
se registrou o massacre de Suzano, por volta das 9h40. Antes de se
suicidar, Adam Lanza matou 20 crianças e 7 adultos, incluindo sua mãe.
Esse
episódio teve um desdobramento nesta semana. Por 4 votos a 3, a Corte
Suprema do Estado americano de Connecticut decidiu ontem que a
fabricante de armas Remington pode ser processada pelo tiroteio. Lei
federal de 2005 protegia a indústria de armas desse tipo de
questionamento na Justiça. Segundo a ação contra a Remington, a
publicidade da companhia glorificava a violência e associava virilidade
às armas.
Ao menos 8 Estados liberam arma a funcionário de colégio
Após
o tiroteio de Parkland em 2018, o presidente Donald Trump chegou a
sugerir que se os professores da escola estivessem armados a tragédia
seria menor. A medida é defendida também pela Associação Nacional do
Rifle, que promove os interesses das empresas de armas nos Estados
Unidos. No Brasil, a mesma ideia foi cogitada pelo senador Major Olímpio (PSL-SP) no dia do massacre no colégio de Suzano, na Grande SP.
Nos
Estados americanos, as leis fixam diferentes restrições a armas dentro
de colégios. Em ao menos oito Estados, funcionários– como professores
ou inspetores – têm o direito de carregar armas. Isso é o que diz o
relatório da Comissão Educacional dos Estados (Education Commission of
States), entidade não governamental que monitora normas do setor. Se
considerar os profissionais de segurança, mais de 30 Estados permitem o
uso da arma, segundo o mesmo levantamento. “Em vez de usar armas
para criar a ilusão de escolas seguras, precisamos tornar as escolas de
fato lugares seguros para as crianças, com aumento do investimento em
apoio à saúde mental”, escreveu Michael Hansen, pesquisador do think
tank Brookings, em Washington.
A legislação estadual do Texas,
por exemplo, já permite que os distritos escolares indiquem uma ou mais
pessoas para portar armas nas escolas locais. A norma, porém, estabelece
requisitos, como um treinamento de 80 horas e a manutenção da arma em
local fechado. Há também um limite para quantidade de
funcionários que podem portar a arma com base no número de alunos. Mas
um tiroteio recente fez acender a possibilidade de flexibilizar os
requisitos. Em maio de 2018, um jovem de 17 anos protagonizou um ataque
em uma escola de Santa Fé, no Texas, deixando dez mortos. O governador
do Estado se reuniu com lideranças locais para aprovar um plano de
sugestões ao Legislativo com medidas para ampliar a segurança dos
estudantes. O governador republicano Greg Abbot considera que
parte desses requisitos é muito onerosa e torna a legislação ineficaz,
sugerindo a flexibilização da medida. Ele também quer ampliar programas
de saúde mental nas escolas, para que alunos identificados com
comportamento agressivo sejam encaminhados para tratamento psicológico e
monitorados. Treinamento Em muitas regiões dos
Estados Unidos, têm ganhado força programas para treinar professores a
usar armas e reagir a situações de violência. Em Ohio, por exemplo,
professores de alguns distritos têm sido treinados para manusear esse
tipo de equipamento.
No Brasil, projetos no Congresso não foram adiante
No
Brasil, com menor número de casos de ataques em escolas, o debate sobre
mudanças, sobretudo legislativas, avança pouco. Após o massacre de
Realengo, com 12 mortos, vários projetos foram apresentados no Congresso, mas não progrediram.
Houve
quem propusesse tornar obrigatória a presença da Polícia Militar 24
horas nas escolas das redes pública e privada. Outra sugestão era
colocar chips nas armas, para facilitar rastreio. Os projetos foram
arquivados. Ali, e em Câmaras e Assembleias, também não se
deixou de sugerir os detectores de metais – sem aval final. E o caso de
Suzano fez a discussão ser revista. Na Assembleia do Rio e na Câmara de
Campo Grande já surgiram projetos na semana passada solicitando esse
aparelhamento.O Estado de S. Paulo
Polícia prendeu suspeito, de origem grega, que
invadiu aula de artes; explosivos foram encontrados em prédio
Estudante que matou dez em escola no Texas sofria bullying
Dimitrios
Pagourtzis, suspeito de ter matado dez pessoas na Santa Fe High School, no
Texas - HANDOUT / REUTERS
Um
estudante abriu fogo em uma escola secundária em Santa Fé, no Texas, durante a
manhã desta sexta-feira e deixou ao menos dez pessoas mortas, nove alunos e um
professor, além de outras dez feridas. Duas pessoas foram presas após a ação
policial, sendo uma delas, um adolescente de 17 anos, Dimitrios Pagourtzis,
suspeito de ser o responsável pelo crime — além disso, a polícia encontrou
explosivos em alguns pontos do prédio da escola. A instituição foi interditada
e os arredores cercados.
O jovem,
de origem grega, é aluno da escola, onde fez parte do time de futebol, e também
integrante da equipe de dança de uma Igreja Grega Ortodoxa local. Segundo
outros estudantes, ele sofria bullying. Pagourtzis
é acusado de homicídio e não tem direito a fiança. Em uma coletiva de imprensa
em que confirmou o número de mortos e feridos até o momento, o governador do
Texas, Greg Abbott, disse que o atirador utilizou uma escopeta e uma pistola
calibre .38, as duas pertencentes ao seu pai. Ainda segundo o governador, os
planos do atirador não envolviam ser preso pela polícia. — Ele não
apenas queria realizar o ataque, mas também cometer suicídio ao fim do
tiroteio. Ele não teve coragem — afirmou Abbott.
Apesar
disso, Abbott disse que Pagourtzis não deu sinais prévios de que poderia
cometer um ato violento. Ele não tinha antecedentes criminais e o único sinal
de perigo encontrado até agora foi uma foto em seu perfil no Facebook na qual
ele usava uma camiseta com a frase "Born to kill"(nascido para
matar). —
Diferente de Parkland, diferente de Sutherland Springs, não houve esses tipos
de sinais alarmantes — disse o governador. — Os alertas foram não existentes ou
quase imperceptíveis.
Dustin
Severin, estudante de 17 anos, contou que Pagourtzis era alvo de bullying na
escola, não só de alunos, mas também de alguns treinadores. Segundo ele, o
jovem usava um casaco pesado, o mesmo que estaria vestindo no momento do
ataque, todos os dias, mesmo quando estava calor. — Ele já
foi alvo de piada por treinadores antes, por cheirar mal e coisas assim — disse
à NBC. — E ele não fala muito com muitas pessoas também. Ele fica mais na dele.
Outra
testemunha contou à rede KTRK, afiliada da CNN, que o estudante entrou em uma
aula de artes na Escola Secundária Santa Fé e começou a disparar. A fonte disse
que viu uma garota baleada na perna. Logo após
entrar no edifício da escola, a polícia localizou o que poderiam ser
dispositivos explosivos na escola e no campus. O Departamento de Educação do
Distrito de Santa Fé informou em um comunicado que iniciou um bloqueio da
região após um incidente com tiros na escola.
Uma
imagem aérea do lado de fora da escola transmitida pela televisão local mostrou
policiais escoltando filas de estudantes para fora do prédio e, em seguida,
procurando por armas, enquanto muitos carros da polícia e pelo menos duas
ambulâncias estavam no local.
O
presidente americano, Donald Trump, classificou o episódio como
"desolador":
— Meu
governo está determinado a fazer tudo em seu poder para proteger nossos
estudantes, nossas escolas, e manter armas longe das mãos daqueles que impõem
ameaça a si mesmos e aos outros — disse o republicano.
A aluna
Leila Butler disse à afiliada local da ABC que os alarmes de incêndio
dispararam por volta das 7h45m (horário local), e os alunos deixaram suas salas
de aula. O novo tiroteio em uma escola americana reacendem um debate nacional
sobre controle de armas, que se intensificou depois que um agressor matou 17
alunos e funcionários em fevereiro em um colégio da Flórida.
Escola
em Santa Fé, no Texas, é interditada após relatos de tiros - AP
Um
estudante que não se identificou descreveu a cena em uma entrevista à rede CBS.
— Foram
três disparos que eu ouvi, então todos nós saímos pelos fundos e tentamos
chegar até umas árvares, já que queríamos nos esconder. Foi então que ouvi
quatro outros tiros, e então resolvemos pular a cerca que divide a escola de
algum vizinho — afirmou.