Embaixo da foto, onde aparecem, entre
outros, os generais Hamilton Mourão, o vice, e Augusto Heleno, ministro
do Gabinete de Segurança Institucional, está escrito: “Vamos às ruas em
massa. Os generais aguardam as ordens do povo”.
Como os retratados e ninguém pelo
Exército se pronunciaram sobre o cartaz assinado pelos Movimentos
Patriotas e Conservadores do Brasil”, Santos Cruz decidiu fazê-lo. E
ensinou na sua conta no Twitter a quem interessar, possa:
“IRRESPONSABILIDADE
Exército Brasileiro –
instituição de Estado, defesa da pátria e garantia dos poderes
constitucionais, da lei e da ordem. Confundir o Exército com alguns
assuntos temporários de governo, partidos políticos e pessoas é usar de
má fé, mentir, enganar a população.”
Duas horas depois, trocou a mensagem anterior por esta:
MONTAGEM IRRESPONSÁVEL
Exército –
instituição de Estado, defesa da pátria e garantia dos poderes
constitucionais, da lei e da ordem. Não confundir o Exército com alguns
assuntos temporários. O uso de imagens de generais é grotesco.
Manifestações dentro da lei são válidas.”
O que se passou entre uma mensagem e outra, só Santos Cruz sabe.
[Nota Blog Prontidão Total:
Por entendermos que o Exército tem que ser respeitado e os seus generais (respeito válido também para os oficiais generais da FAB e da Marinha, e que se estende, na devida proporção, ao oficialato, sargentos e praças) optamos por divulgar apenas o texto da 'convocação'.
Também entendemos inconveniente algumas postagens, algumas de colunistas, nas quais o vice-presidente Mourão é cobrado a apresentar um desmentido público.
A inconveniência surge de ser uma tentativa de indispor o vice-presidente Mourão com o presidente Bolsonaro - ao que sabemos a convocação não é da responsabilidade do presidente, nem tão pouco do vice-presidente, de qualquer um dos generais retratados, menos ainda das FF AA.
Talvez não seja cabível uma ação judicial, devido a ditadura vigente da 'liberdade de expressão'.]
Blog do Noblat - Ricardo Noblat, jornalista - VEJA