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sábado, 10 de janeiro de 2015

Partidos de extrema-direita ganham força na Europa

O risco está em a intolerância exposta por terroristas islâmicos em Paris ser respondida na mesma moeda em todo o continente

Do ataque terrorista à Redação do “Charlie Hedbo” restaram os assassinatos e fissuras no conceito da tolerância — básico para a convivência numa sociedade democrática —, além do abalo no exercício das liberdades essenciais de expressão e imprensa.

E na esteira da tragédia reforçam-se os grupos políticos de extrema-direita, xenófobos, portanto anti-imigração, já em longo processo de fortalecimento durante a crise econômica por que passa o continente desde 2009. A recessão e o consequente desemprego, males da crise, acirraram as tensões entre comunidades locais e de imigrantes e descendentes.

O fortalecimento do islamismo sectário, sua penetração entre jovens em áreas muçulmanas na Europa, criou condições para a tragédia do “Charlie Hebdo” e seus desdobramentos até ontem. O fato de os terroristas serem franceses de nascimento torna a atmosfera política na França e em outros países europeus ainda mais pesada diante da questão da imigração.

A francesa Marine Le Pen, líder da Frente Nacional (FN), radical de direita, já propõe um plebiscito para a volta da pena de morte, banida em 1981. Na Alemanha, o movimento Pegida (sigla que significa em alemão Europeus Patriotas Contra Islamização do Ocidente) declarou na quinta, enquanto organiza mais uma manifestação para segunda-feira, em Dresden, que “os islamistas mostraram em Paris que não estão prontos para a democracia, e buscam respostas na violência e na morte”.

Sugestivo que pesquisa da Fundação Bertelsmann, citada pelo jornal inglês “Financial Times”, haja constatado que, para 61% dos alemães, o Islã nada tem a ver com o Ocidente. Não é bom o sentido de repulsa subjacente à resposta. Outra reação preocupante foi a de Matteo Salvini, líder do partido xenófobo italiano Liga do Norte. Segundo ele, será “suicídio” se os europeus responderem aos fundamentalistas com tolerância. Salvini, numa atitude rara para um italiano, criticou até o Papa por defender o diálogo com o Islã. “Ele não está fazendo um bom trabalho.

Já na Holanda, Geert Wilders, do Partido da Liberdade, anti-Islã, criticou o primeiro-ministro Mark Rutter e outros líderes do Ocidente por seguirem a linha do Papa de aproximação com os islamistas. “Quando eles, afinal, entenderão a mensagem? É guerra.”  A direita radical já avançou nas eleições para o Parlamento europeu. No caso da França em particular, a Frente Nacional colheu bons resultados no último pleito regional e espera avançar ainda mais nas urnas de março, também departamentais.

Especialistas preveem que a FN poderá vencer no Norte e no Sudeste. E, se os ânimos xenófobos continuarem agitados, talvez o avanço vá além, contra o projeto de uma Europa unida e aberta ao mundo.

Fonte: Editorial - O Globo 

[não é correto que uma Nação sacrifique seus nacionais, seus interesses patrióticos e soberanos e seu próprio progresso em prol de imigrantes que quase sempre trazem miséria, terrorismo, violência e outras mazelas.]

 

domingo, 7 de dezembro de 2014

"Jihadi John" - O controle do acolhimento a imigrantes é a única solução para que terroristas invadam o Ocidente

Grande desafio das democracias é neutralizar organizações como o Estado Islâmico sem destruir o regime de direitos e liberdades a tanto custo construído

Desde que um terrorista do Estado Islâmico (EI) apareceu no vídeo da primeira decapitação pelo grupo de um ocidental — o jornalista americano James Foley, em agosto — falando em inglês com sotaque britânico, o Ocidente começou a entender o tamanho da ameaça. Logo apelidado do “Jihadi John”, o terrorista voltou a aparecer em outros vídeos do EI em novas decapitações de americanos e britânicos. Até que dois terroristas franceses foram identificados em novo vídeo, de degola coletiva, no qual “Jihadi John” segura a cabeça cortada do trabalhador humanitário Peter Kassig, dos EUA.

O EI deixou de ser apenas algo diabólico, mas distante, lutando impiedosamente a partir de Síria e Iraque, onde implantou um califado, sob bombardeio de aviões americanos e de aliados, e até do Irã. Dos 31 mil combatentes atribuídos à organização, metade é de países estrangeiros, a grande maioria muçulmanos. Mas há também americanos, canadenses, britânicos, franceses, alemães e australianos, entre outros. Calcula-se em 3 mil o número de europeus que se juntaram à jihad no Oriente Médio — mais de 1.100 franceses e 500 britânicos.

A primeira consequência disso já era conhecida: a ameaça de esses jihadistas, com seus passaportes ocidentais, retornarem a seus países de origem para fazer atentados. Ou a hipótese de células adormecidas de organizações terroristas serem “despertadas” a qualquer momento. O jihadista de origem francesa Abu Salman al-Faranci sugeriu, em vídeo, que os que não pudessem se juntar ao EI em Síria e Iraque deveriam “operar dentro da França”.

Mas o que se compreende agora é que esses jihadistas puderam ser doutrinados e arregimentados no Ocidente, pelo Islã radical, graças a características próprias das democracias ocidentaissociedades abertas e, até certo ponto, acolhedoras de imigrantes. É todo esse modo de vida que está em xeque com a proliferação dos “Jihadi Johns”. Os governos ocidentais são obrigados a adotar medidas restritivas da imigração e contra suas próprias comunidades muçulmanas. São as liberdades democráticas que estão em jogo. Na Inglaterra, por exemplo, o governo apresentou um pacote para restringir a imigração e melhorar, junto ao eleitorado, a imagem do Partido Conservador para as eleições de 2015. 

É ambiente propício ao avanço de partidos de extrema direita, como a Frente Nacional, na França, e o Ukip, na Grã-Bretanha, com suas mensagens de intolerância, xenofobia e anti-UE. Nos EUA, o papel é representado pelo Tea Party, ala radical do Partido Republicano. O grande desafio das democracias ocidentais, portanto, é neutralizar organizações como o EI, cujo objetivo final seria um apocalíptico confronto entre civilizações, sem deixar que essa luta destrua o patrimônio democrático a tanto custo construído.

Fonte: Editorial - O Globo