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quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

Queda do viaduto do Eixão completa um ano; só 35% da obra está pronta

Queda de viaduto na Galeria dos Estados completa 1 ano

Brasília, 6 de fevereiro de 2018, 11h45. Há um ano, um bloco de concreto de 300 metros quadrados e 45 toneladas desabava no coração de Brasília. Uma cratera se abriu em duas das três faixas do Eixo Sul — uma das principais vias expressas da capital federal. Por lá passam cerca de menos 100 mil carros diariamente. Logo abaixo, na Galeria dos Estados, dois restaurantes foram afetados e quatro carros ficaram absolutamente destruídos. 

Ninguém morreu ou se feriu. Mas quem escapou por pouco teve a vida alterada. A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) ainda não apontaram a causa do acidente nem os culpados. Os donos dos veículos foram indenizados por danos materiais, mas os responsáveis pelos restaurantes ainda não receberam um centavo do governo. Os empresários ganharam um espaço de 30m² na Rodoviária do Plano Piloto — quase 30 vezes menor do que os 914m² que ocupavam na Galeria dos Estados. Mas, sem dinheiro e com o tamanho da loja reduzido, nenhum retomou as atividades, nem sequer tem perspectiva de retornar ao endereço anterior. Enquanto isso, as dívidas se acumulam. 

Os comerciantes que continuam na Galeria, em meio a andaimes e outros materiais de construção, reclamam das perdas nas vendas, com a interdição parcial do viaduto e o atraso nas obras de recuperação da estrutura.  A reconstrução do viaduto deve ser concluída em junho. Esta é a quarta data de previsão anunciada pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER-DF), responsável pela manutenção do Eixão. A primeira era setembro do ano passado. No entanto, foi justamente naquele mês que as obras tiveram início. O DER-DF mudou a meta para dezembro de 2018. Com só 18% da reconstrução concluída no mês estabelecido, ela mudou para 1º de março. Entretanto, como as obras não chegaram nem à metade na primeira semana de fevereiro, o órgão mudou para a metade do ano. [UMA ÚNICA CERTEZA: ESTE ANO NÃO FICA PRONTA E NO PRÓXIMO TAMBÉM NÃO.]


Hoje, de acordo com o DER-DF, 35% da reconstrução está concluída. Desde que a Via Engenharia, responsável pela empreitada, deu início aos reparos, em 24 de setembro, se passaram 136 dias. Ao todo, 110 homens se revezam no canteiro de obras — 70 pela manhã e 40, à noite. O novo viaduto deve custar R$ 10,9 milhões. Maria de Jesus vive uma espécie de luto com a destruição do Restaurante Floresta, seu comércio e segunda casa desde 1985. “Aquele dia, talvez, tenha sido o pior da minha vida. Posso dizer que enterrei um filho ali”, comentou a empresária, de 59 anos. Passando pela Galeria dos Estados, ela vê ferros, entulhos e terra com muita dor. Depois de um ano do acidente, Maria está mais atrelada ao que aconteceu em 2018 do que ao que pode acontecer. Sem ter recebido indenização do governo, tudo o que ela tem é um espaço vazio cedido na Rodoviária do Plano Piloto para começar do zero.

“Minha vida era meu comércio. Criei os meus filhos e criava os meus netos ali. Naquele dia, meu mundo acabou financeiramente”, disse Maria. Ela pegou um empréstimo de R$ 40 mil para pagar indenizações aos funcionários e parcelou as dívidas do restaurante em 60 meses. Agora, planeja a inauguração do novo espaço, que deve ser uma farmácia, neste mês. “É a esperança de dias melhores que me faz continuar trabalhando. Quando vejo que os meus filhos e os netos precisam de mim, tiro forças de onde não tenho, me torno gigante.”


MATÉRIA COMPLETA no Correio Braziliense


terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Centro de Brasília - Desaba parte de viaduto de eixo rodoviário sul de Brasília

Uma parte de um viaduto da principal via de Brasília – o Eixão Sul – desabou há alguns minutos no centro da capital federal. Uma viatura do Corpo de Bombeiros já está no local. Não há, até o momento, informações sobre vítimas. O desabamento ocorreu por volta do meio-dia em uma área de grande circulação, atingindo parcialmente um restaurante.

 

No último domingo (4), um outro desabamento ocorreu na garagem de um prédio localizado na 210 Norte, em meio às chuvas intensas que tem atingido a cidade.  Não há ainda qualquer informação sobre se o acidente de hoje (6) tem relação com essas chuvas.
A parte do viaduto que desabou é toda faixa da pista no sentido Asa Norte. Neste momento, o eixo rodoviário está interditado ao tráfego.


Viaduto da Galeria dos Estados desaba e abre rombo no Eixão Sul

Não há informações sobre feridos. Trânsito no Eixão Sul foi interrompido

Parte do viaduto da Galeria dos Estados, que possibilita o trânsito sob o Eixão Sul, no centro de Brasília, cedeu no fim da manhã desta terça-feira (6/2). Equipes do Corpo de Bombeiro e da Defesa Civil foram deslocadas para o local. Ainda não há informações sobre feridos nem se sabe o que causou o acidente, que provocou um rombo em duas das pistas na principal avenida da cidade.

Sob o viaduto que caiu, há grande fluxo de carros, que passam pela via para acessar o Setor Comercial Sul e o Setor Bancário Sul. Também há comércio no local. O Corpo de Bombeiros informou que cães farejadores serão usados na busca por possíveis soterrados.
Com o incidente, o Eixão Sul teve o trânsito interrompido nos dois sentidos. O Departamento de Estradas e Rodagens (DER) recomenda que os motoristas que precisam passar pelo local do incidente deve seguir pelos eixinhos leste e oeste. Porém, o trânsito continuará interditado por tempo indeterminado até que seja feito o conserto da via. Já o Metrô está funcionando normalmente, afirmou a empresa.
"Tremeu tudo" 
Os comerciantes da Galeria dos Estados relataram o susto. Whendre Alves, dono de uma loja de armas, disse que, no momento do desabamento, o chão vibrou como em um terremoto. “Tremeu tudo. Aí, em seguida, o barulho dos alarmes disparou.”

Mesmo com o susto, Whendre não viu pânico. “As pessoas ficaram muito assustadas, mas não houve desespero. A maior preocupação era saber se havia gente nos carros”, descreveu. Whendre, agora, espera o Corpo de Bombeiros decidir se ele deverá esperar no local. O lojista, até as 12h19, aguardava ordens de dentro da loja. 
Dono de um comércio na Galeria dos Estados há mais de 20 anos, Arthur de Almeida, 47 anos, se assustou com o barulho ocasionado pela queda de parte do viaduto. "Estava atendendo um cliente quando ouvimos um grande estrondo. Corremos e vimos a situação. Acredito que tem ao menos quatro carros lá", relatou. O comerciante acredita que isso se deve à falta de manutenção. "Já de tempos que havia infiltrações por ali. Isso foi falta de cuidado", reclama. 

Agência Brasil e Correio Braziliense