PIB e estudantada nas ruas encolhem o que seria a melhor semana de Bolsonaro
[A estudantada nas ruas não conta, visto ser formada em grande parte por idiotas úteis aos interesses antipatrióticos da quadrilha do 'quanto pior, melhor'; a maioria dos que são realmente estudantes - entre os que posam de estudantes tem militantes da quadrilha citada - sabe que protestar por cortes que não ocorreram, equivale a servir de idiota para uma causa contra o Brasil;
o PIB, qualquer pessoa medianamente informada sabia que seria negativo ou, se muito, igual a zero.
Curioso é que ninguém destaca que a ideia do Supremo participar do pacto do foi do presidente daquela Corte;
alguns jornais, - vide destaque parágrafo abaixo - tentam até atribuir a ideia original do pacto ao nosso presidente da República.
Ainda sobre as manifestações mantemos o entendimento que são desnecessárias , visto que ainda que 10.000.000 decidam ir as ruas para protestas contra os cortes (que não ocorreram, contingenciar não é cortar) ou 10.000.000 expressem nas ruas posição favorável ao governo Bolsonaro, nada vai mudar, haja vista que o Congresso Nacional é quem decide sobre as leis - contamos que o STF em algum momento vai deixar de usurpar competência constitucional do Poder Legislativo (legislar) e se limitar a julgar.]
A expectativa de que esta fosse a melhor semana do presidente Jair
Bolsonaro, em seus cinco meses de governo, ruiu ontem com o anúncio do
PIB negativo e o despertar de um velho ator da política brasileira: a
estudantada. Uma nova fase de recessão entrou no radar e o bolsonarismo
conseguiu acionar o antibolsonarismo.
Desde as manifestações de domingo a seu favor, Bolsonaro andava
saltitante e feliz. Propôs um “pacto” ao Legislativo e ao Judiciário
(aliás, alvos dos atos bolsonaristas), aprovou sem dificuldade a MP que
reformou a Esplanada dos Ministérios e foi a pé, simpaticamente, ao
Congresso.
Dizem que “alegria de pobre dura pouco”, mas, desta vez, foi a alegria
do presidente que durou apenas três dias. Já na quinta-feira, o desânimo
voltou a turvar o ambiente político, econômico e, consequentemente,
social. Agora, com uma novidade: o intocável Paulo Guedes começa a ser
arranhado. A queda de 0,2% do PIB no primeiro trimestre não surpreendeu o mercado,
mas contém alguns dados de doer. Foi o primeiro recuo desde 2016 e
escancarou a dificuldade do País em garantir investimento. Por quê?
Porque os erros políticos do governo Bolsonaro afetam a confiança e a
economia. Quem investe num ambiente desses, cheio de trapalhadas e
incógnitas?
Um dos erros é provocar, sistematicamente, um setor com alto poder de
mobilização, a educação. O primeiro ministro, Vélez Rodríguez, foi
engolido por um redemoinho ideológico. O segundo, Abraham Weintraub, já
assumiu cutucando a onça com vara curta. Ambos veem esquerdistas por todos os lados, mas Weintraub foi das
palavras aos atos, com cortes no orçamento das universidades, desdém
pela área de Humanas e redução das pesquisas (sem falar na desconfiança
de órgãos de excelência como IBGE e Fiocruz, que têm fortes laços com a
academia). De tanto insistir, o governo conseguiu devolver os estudantes
às ruas, depois de anos e anos de preguiça, leniência e alegre
promiscuidade da UNE com o poder na era PT.
Bolsonaro teve uma inegável vitória com as manifestações de domingo.
Agora, está zero a zero. Os atos a favor dele tinham pauta genérica, com
público aberto, e os de ontem tinham foco específico, reunindo
estudantes, professores e suas famílias, mas também ocorreram em todos
os Estados e no DF. Fazendo as contas, o resultado é que os times
entraram em campo e não vão sair tão cedo. É bom para o governo ter
“povo” nas ruas o tempo todo? Difícil achar que sim.
Foi embalado pelo apoio de domingo que o presidente resgatou a proposta
de um “pacto nacional” feita pelo presidente do Supremo, Dias Toffoli.
Fala-se em pacto quando o ambiente político e econômico não é bom,
recorre-se à “governabilidade” e o grande beneficiário é sempre o mesmo:
o presidente da República.
Todos os presidentes pós-redemocratização tentaram articular em algum
momento um pacto em torno de si, mas o único grande pacto realmente
efetivo no País foi o governo Itamar Franco, na base do “quem pariu
Mateus que o embale”. Todas as forças políticas relevantes, exceto o PT,
cumpriram o compromisso de garantir uma travessia tranquila de dois
anos após o impeachment/renúncia de Collor.
Para qualquer pacto é preciso uma disposição de acertar e de somar, não
dividir. Se a previsão do PIB cai pela 13.ª semana, a sensação é de que o
governo não está acertando. E os atos de ontem funcionam como um banho
de água fria. Os bolsonaristas vão ter de fazer muita manifestação para
tentar reverter o desânimo, mas nem eles nem Paulo Guedes podem tudo. O
presidente precisa dar uma forcinha.