Rodrigo Constantino
Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.
Muito
me espanta alguns "conservadores" ocidentais alimentarem uma visão de
que Putin representaria uma espécie de defensor da família e dos bons
costumes contra os globalistas woke. [o que motiva os conservadores ocidentais a terem uma visão favorável de Putin, não é o que Putin foi, e muito provavelmente continua sendo ou, se necessário, voltará a ser e sim o 'lixo' que a esquerda ou os globalistas woke oferecem/representam.
A motivação dos conservadores, ao que pensamos. é o entendimento de ser preferível estar ao lado de uma serpente, cujo potencial danoso é conhecido, do que ao lado de demônios posando de anjos = melhor enfrentar belzebu, sem disfarces do que posando de ] m cuja capadi, A continua
Putin é um mafioso, um psicopata
assassino e, acima de tudo, um comunista vingativo.
Ele considerou, não
custa lembrar, a maior tragédia da geopolítica o debacle da União
Soviética.
Um sujeito que era diretor internacional da KGB aos 32 anos
não pode ser flor que se cheire...
Putin foi criado politicamente
por alguns poucos oligarcas muito poderosos e ligados a Yeltsin. Poucos
meses depois de sua ascensão ao poder, dois deles, Berezovsky e
Gusisnky, não por acaso os dois que comandavam veículos importantes de
imprensa, foram perseguidos e destruídos.
Putin foi desde então
concentrando mais e mais poder no Kremlin, distribuindo ativos que
expropriava dos velhos oligarcas aos seus aliados fiéis, e se
estabelecendo definitivamente como um novo czar ou líder soviético. [com sinceridade, alguém acha que se o atual presidente do Brasil tivesse um centésimo da inteligência ou da capacidade - esta no sentido de habilidade de articulação - do Putin, faria diferente? Certamente seria pior, mais vingativo, basta ver suas intenções de vingança contra Sérgio Moro.]
Em
uma "entrevista" feita para soar um bom moço, Putin foi perguntado se
era capaz de perdoar. Ele disse que sim, com carinha de fofo, mas logo
depois acrescentou: "não tudo". O entrevistador perguntou então o que
ele não perdoaria, e ele logo rebateu: "traição".
É nesse contexto que
podemos compreender a imensa quantidade de mortes suspeitas de gente que
ousou desafiá-lo ou criticá-lo com muita veemência. O caso mais recente
é do líder do grupo Wagner.
Bill Burns, o diretor da CIA,
refletiu recentemente sobre o destino que poderia aguardar Ievgeni
Prigozhin, o líder mercenário que organizou um motim de curta duração na
Rússia, em junho. Vladimir Putin, o presidente da Rússia, “pensa que a
vingança é um prato que se come frio”, disse ele. “Na minha experiência,
Putin é o apóstolo definitivo da vingança, então ficaria surpreso se
Prigozhin escapasse de represálias”. No dia 23 de agosto, precisamente
dois meses depois desse motim, o jato de Prigozhin despencou. Não é
preciso ser um diretor da CIA para prever esse tipo de coisa...
Tampouco
dá para compreender como uma revista como a The Economist diz que essa
morte consolida o poder de Putin e faz a Rússia virar um estado mafioso.
Oi? Consolida ainda mais o poder de um tirano absolutista?
Transforma a
Rússia num estado mafioso?
E o que era antes: uma democracia
republicana, por acaso?
Quem acompanha as notícias russas há anos sabe
que tal diagnóstico é velho. Não há qualquer novidade aqui; apenas mais
uma vítima, entre tantas.
Comunistas agem assim mesmo, desde
sempre. Tudo pelo poder, e quem ousa ficar no caminho acaba censurado,
humilhado em julgamentos teatrais e falsos, preso ou morto.
Deve ser
horrível viver num país sob comunistas, onde aviões com figuras
importantes caem com frequência ou ex-aliados do governo aparecem mortos
em causas estranhas.
Deve ser terrível viver num país em que a
democracia é de fachada e o estado opera para proteger bandidos.
Deve
ser um pesadelo viver num país sob o comando de um comunista vingativo,
não é mesmo? [a autoridade máxima do Poder Executivo brasileiro é indiscutivelmente vingativo, rancoroso e elogia o comunismo]
Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo