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segunda-feira, 8 de julho de 2019

Novos diálogos têm efeitos diferentes na Justiça e na opinião do público

Certo apenas o fato de que Moro não poderá ambicionar uma vaga no STF; se quiser seguir na vida pública, a única opção é a via político-partidária-eleitoral

 [tudo depende da economia; indo bem, desemprego em queda, escândalo do intercePTação descendo pelo esgoto, Bolsonaro indica quem quiser, Senado não tem moral para recusar e Moro assume a vaga no STF.

Talvez até renuncie em 2022 para ser vice da chapa de Bolsonaro.

O valor, a importância, das coisas expelidas pelo intercePTação agora, tem exatamente o mesmo valor das anteriores = NENHUM, NÃO VALEM NADA.]




A nova leva de mensagens trocadas pelo então juiz Sergio Moro com procuradores da Operação Lava Jato, publicadas na edição desta semana de VEJA, requer uma avaliação diferenciada sobre a repercussão na decisão a ser tomada pelo Supremo Tribunal Federal sobre a suspeição dele no caso Lula/triplex e na reação da opinião pública. A reportagem feita em parceria com o site Intercept Brasil não “bate” da mesma maneira nesses dois ambientes.

Na Justiça pode ser que os diálogos influenciem a posição do STF, embora o voto do ministro Celso de Mello considerado crucial já estivesse pronto antes da publicação desta sexta-feira, 5. No STF sempre pode haver mudanças de posições até a decretação do resultado do julgamento. No âmbito judicial, a situação de Moro pode se complicar. Não porque as mensagens mostrem produção de provas falsas, mas devido à evidência de que Moro atuou como ministro de instrução, figura inexistente na nossa legislação. [não esqueçam que qualquer decisão baseada nas provas roubadas, para possuir pelo menos uma aparência de legalidade, precisa que o  inciso LVI do artigo 5º da Constituição Federal seja revogado;
se isto não ocorrer, vai ficar aquela impressão, não muito favorável a ideia que o Brasil é um Estado Democrático de Direito, visto que sua Constituição se adapta ao que pensam os ministros do Supremo.
Certamente o STF vai cumprir seu dever de zelar pela CF, da qual é guardião, e tomar uma decisão respeitando a Lei Maior.]

Na opinião pública, e aqui entramos no terreno político, nada indica que possa haver maiores danos além dos já provocados entre aqueles que questionam a posição de Moro desde que ele aceitou ser ministro da Justiça. Seu núcleo de apoiadores mais fiéis não se abala com isso. Ao contrário, ignora o valor dos ritos legais e celebra o papel de justiceiro.

Esses dois agrupamentos não “conversam” entre si. Quer dizer, um Moro popular não significa um Moro imune à lei. Lula é popular e está preso com mais seis processos nas costas. [diferença entre Moro e o presidiário petista: - - - Lula é ladrão, duas condenações comprovam isto, tem uma terceira no forno e a primeira já foi confirmada por dezenas de magistrados, entre juízes, desembargadores e ministros.
- Moro é um paladino da JUSTIÇA e HONESTIDADE e está sendo acusado com provas obtidas mediante roubo e que não tiveram sua autenticidade comprovada.]  Não há, por isso, risco a “desmonte” da Lava Jato semelhante ao que ocorreu às Mãos Limpas na Itália.   Certo apenas o fato de que Moro não poderá ambicionar uma vaga no STF e que, se quiser seguir na vida pública, sua única opção é a via político-partidária-eleitoral, cujos desmandos combateu como juiz.