No artigo anterior eu havia comentado que o ano de 2015 havia fechado
com reveses para o Foro de São Paulo e agora
parece que o cerco está se fechando, embora isso
não signifique, de maneira alguma, que
o fim dessa organização criminosa esteja chegando.
Aqui no Brasil as operações de
incontáveis nomes e etapas realizadas pela Polícia Federal, estão
chegando perto do chefão mas ainda é cedo para cantar vitória.
Entretanto, embora tenha sido divulgado no Brasil mas sem qualquer repercussão (oxalá, fizeram uma “operação abafa”), o
delegado que assina o relatório da “Operação Acarajé” cita
com firme convicção que a empresa Odebrecht pagou propina ao ex-secretário de Transportes do governo Cristina Kirchner, Ricardo Jaime - que hoje (25.02) foi
processado por “malversação de dinheiro
público” em irregularidades no reparo de vagões de trem da empresa Belgrano
Norte -, e Ollanta Humala, ninguém
menos que o presidente do Peru, apadrinhado e eleito pelo Foro de São Paulo.
Não há
confirmação em nenhum dos dois casos ainda, porém o delegado afirma que através
da análise de e-mails encontraram “provas
robustas” do “pagamento de vantagem
indevida”, ou seja: propina. Humala mandou seu embaixador no Brasil
emitir uma nota de repúdio mas até o momento isso foi tudo o que fez para se
defender da acusação. Não é segredo para ninguém que,
quando o FSP apadrinha um candidato, malas de dinheiro passeiam até chegar aos apadrinhados, como foi o
caso da primeira eleição de Cristina Kirchner que
recebeu petro-dólares de Chavez e
o mesmo Lula, que na
primeira eleição em 2002 recebeu das FARC alguns milhares de dólares para
sua campanha.
Antes o que era encoberto, agora está vindo à tona. Na Bolívia o índio cocalero Evo Morales perdeu um
referendo que pedia a autorização para sua re-eleição indefinida. O povo está farto de tanto comunismo, corrupção e de ver seu
suado dinheiro não ser revertido em seu favor, mas nas eleições passadas
em que Morales saía vencedor, havia por trás um Chávez que comprava
consciências e fraudes (embora lá a
votação ainda seja no papel) com os petro-dólares
que hoje não existem mais. Não foi o povo que “acordou” mas o dinheiro que acabou:
a Venezuela está falida e Chávez morto,
mas Morales culpou as “redes sociais”
e o “império” por sua derrota.
A situação da Venezuela é
desesperadora, pois o
desabastecimento já atinge os hospitais, onde não há sequer material
descartável e medicamentos. Anos atrás eu vinha
alertando em artigos e na Rádio Vox, que
o Brasil chegaria aos patamares da Venezuela como esta chegou aos de Cuba.
O que se vê em relação à saúde no Rio de
Janeiro não faz inveja à Venezuela, infelizmente.
A gasolina, que deveria ser abundante
no país do petróleo, há anos
vem sendo importada da Rússia e agora está vindo também do “império”. As horas de Maduro estão
começando a ser contadas, pois segundo o presidente da Assembleia
Nacional, Ramos Allup, o Parlamento tem autonomia para
destituí-lo, mesmo com maioria simples de votos, por “abandono de cargo”, figura contemplada
na Constituição quando o mandatário não cumpre suas funções, ou não exerce muitas das suas faculdades
por inação. E, nesse caso, não há necessidade de intervenção do Tribunal
Supremo de Justiça, pois esse caso é o único onde expressamente a Constituição
não assinala intervenção da Sala Constitucional.
E há rumores de que Maduro
conversou com Ernesto Samper, atual presidente da UNASUR, para requerer asilo político na Colômbia
e assim escapar de um julgamento por seus incontáveis crimes,
inclusive eleitorais.
A situação da Colômbia é a mais
crítica uma vez que Juan Manuel Santos, que só tem olhos para o Prêmio Nobel da Paz, tem
dado asas demais às FARC com esse conto de “negociações
de paz”. No dia 18 de fevereiro este bando
narco-terrorista esteve no município El Conejo, com aval de Santos e levado
pela Cruz Vermelha Internacional, fazendo, segundo eles, “pedagogia”. Armaram um enorme palanque
onde puseram música e fizeram discursos, enquanto 300
guerrilheiros armados até os dentes distribuíam panfletos, inclusive em escolas,
falando das maravilhas que farão quando o acordo for assinado e pedindo apoio à
população que as rechaça veementemente.
Isto não é permitido e todos os
promotores desse circo macabro sabem, mas como as críticas choveram de todos os lados,
inclusive da Promotoria Geral da Nação que denunciou ao TPI (Tribunal Penal Internacional de Haya),
os militares que esvaziaram a área para os que terroristas fizessem seu
proselitismo afirmaram que “não sabiam”
que o evento iria ser daquele porte nem com guerrilheiros armados assustando e
pressionando a população.
Santos tem dito que o “acordo” será assinado no dia 23 de março mas as FARC negam, porque ainda não conseguiram tudo o que desejam.
Eles já conseguiram não entregar as armas, não
indenizar suas vítimas, não devolver o patrimônio robado de tantos
agricultores, não prestar contas de sua situação financeira nem entregar suas
vítimas sequestradas.
Mas as FARC só vão assinar o “acordo” quando for para a rendição total do país aos seus pés. Quando
eles possam se candidatar aos mais altos cargos políticos e quando puderem
aniquilar totalmente as Forças Militares da Colômbia. Enquanto isso não chega, vão continuar assassinando militares e civis, se unindo com o
ELN para praticar atos de terrorismo, seqüestrando pessoas inocentes e
traficando drogas e armas. E o
Brasil, através do Foro de São Paulo, aplaudindo e apoiando incondicionalmente.
Fonte: Graça Salgueiro - http://notalatina.blogspot.com