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segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

A chapa está esquentando



No artigo anterior eu havia comentado que o ano de 2015 havia fechado com reveses para o Foro de São Paulo e agora parece que o cerco está se fechando, embora isso não signifique, de maneira alguma, que o fim dessa organização criminosa esteja chegando.

Aqui no Brasil as operações de incontáveis nomes e etapas realizadas pela Polícia Federal, estão chegando perto do chefão mas ainda é cedo para cantar vitória. Entretanto, embora tenha sido divulgado no Brasil mas sem qualquer repercussão (oxalá, fizeram uma “operação abafa”), o delegado que assina o relatório da “Operação Acarajé” cita com firme convicção que a empresa Odebrecht pagou propina ao ex-secretário de Transportes do governo Cristina Kirchner, Ricardo Jaime - que hoje (25.02) foi processado por “malversação de dinheiro público” em irregularidades no reparo de vagões de trem da empresa Belgrano Norte -, e Ollanta Humala, ninguém menos que o presidente do Peru, apadrinhado e eleito pelo Foro de São Paulo.

Não há confirmação em nenhum dos dois casos ainda, porém o delegado afirma que através da análise de e-mails encontraram “provas robustas” do “pagamento de vantagem indevida”, ou seja: propina. Humala mandou seu embaixador no Brasil emitir uma nota de repúdio mas até o momento isso foi tudo o que fez para se defender da acusação. Não é segredo para ninguém que, quando o FSP apadrinha um candidato, malas de dinheiro passeiam até chegar aos apadrinhados, como foi o caso da primeira eleição de Cristina Kirchner que recebeu petro-dólares de Chavez e o mesmo Lula, que na primeira eleição em 2002 recebeu das FARC alguns milhares de dólares para sua campanha. 

Antes o que era encoberto, agora está vindo à tona. Na Bolívia o índio cocalero Evo Morales perdeu um referendo que pedia a autorização para sua re-eleição indefinida. O povo está farto de tanto comunismo, corrupção e de ver seu suado dinheiro não ser revertido em seu favor, mas nas eleições passadas em que Morales saía vencedor, havia por trás um Chávez que comprava consciências e fraudes (embora lá a votação ainda seja no papel) com os petro-dólares que hoje não existem mais. Não foi o povo que “acordou” mas o dinheiro que acabou: a Venezuela está falida e Chávez morto, mas Morales culpou as “redes sociais” e o “império” por sua derrota.

A situação da Venezuela é desesperadora, pois o desabastecimento já atinge os hospitais, onde não há sequer material descartável e medicamentos. Anos atrás eu vinha alertando em artigos e na Rádio Vox, que o Brasil chegaria aos patamares da Venezuela como esta chegou aos de Cuba. O que se vê em relação à saúde no Rio de Janeiro não faz inveja à Venezuela, infelizmente.

A gasolina, que deveria ser abundante no país do petróleo, há anos vem sendo importada da Rússia e agora está vindo também do “império”. As horas de Maduro estão começando a ser contadas, pois segundo o presidente da Assembleia Nacional, Ramos Allup, o Parlamento tem autonomia para destituí-lo, mesmo com maioria simples de votos, por “abandono de cargo”, figura contemplada na Constituição quando o mandatário não cumpre suas funções, ou não exerce muitas das suas faculdades por inação. E, nesse caso, não há necessidade de intervenção do Tribunal Supremo de Justiça, pois esse caso é o único onde expressamente a Constituição não assinala intervenção da Sala Constitucional.

E há rumores de que Maduro conversou com Ernesto Samper, atual presidente da UNASUR, para requerer asilo político na Colômbia e assim escapar de um julgamento por seus incontáveis crimes, inclusive eleitorais.

A situação da Colômbia é a mais crítica uma vez que Juan Manuel Santos, que só tem olhos para o Prêmio Nobel da Paz, tem dado asas demais às FARC com esse conto de “negociações de paz”. No dia 18 de fevereiro este bando narco-terrorista esteve no município El Conejo, com aval de Santos e levado pela Cruz Vermelha Internacional, fazendo, segundo eles, “pedagogia”. Armaram um enorme palanque onde puseram música e fizeram discursos, enquanto 300 guerrilheiros armados até os dentes distribuíam panfletos, inclusive em escolas, falando das maravilhas que farão quando o acordo for assinado e pedindo apoio à população que as rechaça veementemente.

Isto não é permitido e todos os promotores desse circo macabro sabem, mas como as críticas choveram de todos os lados, inclusive da Promotoria Geral da Nação que denunciou ao TPI (Tribunal Penal Internacional de Haya), os militares que esvaziaram a área para os que terroristas fizessem seu proselitismo afirmaram que “não sabiam” que o evento iria ser daquele porte nem com guerrilheiros armados assustando e pressionando a população.
Santos tem dito que o “acordo” será assinado no dia 23 de março mas as FARC negam, porque ainda não conseguiram tudo o que desejam. Eles já conseguiram não entregar as armas, não indenizar suas vítimas, não devolver o patrimônio robado de tantos agricultores, não prestar contas de sua situação financeira nem entregar suas vítimas sequestradas

Mas as FARC só vão assinar o “acordo” quando for para a rendição total do país aos seus pés. Quando eles possam se candidatar aos mais altos cargos políticos e quando puderem aniquilar totalmente as Forças Militares da Colômbia. Enquanto isso não chega, vão continuar assassinando militares e civis, se unindo com o ELN para praticar atos de terrorismo, seqüestrando pessoas inocentes e traficando drogas e armas. E o Brasil, através do Foro de São Paulo, aplaudindo e apoiando incondicionalmente.

Fonte: Graça Salgueiro -  http://notalatina.blogspot.com


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