Governador de Minas Gerais afirmou que não há garantia de que o salário dos funcionários públicos será pago no quinto dia útil de cada mês
Após atrasar o salário dos servidores referente a dezembro, o governador de Minas Gerais Fernando Pimentel (PT) afirmou na quarta-feira não haver qualquer garantia de que a folha do funcionalismo público do Estado será paga a cada quinto dia útil de cada mês, como vinha ocorrendo.Segundo o governador, a tendência é que seja estabelecido um cronograma para os depósitos nas contas dos servidores. "O fundamental é que haja a segurança de que não haverá interrupção no pagamento. Agora vamos negociar para ver o dia", afirmou Pimentel, que participou do lançamento de um aplicativo de celular criado pelo Estado para prestação de serviços à população.
O salário referente a dezembro, que deveria ser pago amanhã, só entrará na conta corrente dos funcionários na quarta-feira da semana que vem, dia 13. A justificativa do governo para o atraso foi a necessidade de aguardar o repasse de recursos do ICMS, que entra no caixa do governo no dia 10. Pimentel afirmou que, com a quitação de duas folhas em dezembro, referente a novembro e ao 13º salário, não teve dinheiro suficiente para o pagamento que deveria ser feito no quinto dia útil de janeiro. "Teremos um ano muito difícil do ponto de vista orçamentário", admitiu o governador.
Segundo o petista, a expectativa é que o cronograma dos pagamentos dos servidores seja apresentado às associações e ao sindicato que representa o funcionalismo na próxima semana. Questionado sobre o salário dos servidores públicos do Judiciário e Legislativo, que já foram pagos, Pimentel afirmou se tratar de poderes com orçamentos independentes.
O anúncio do atraso do pagamento relativo a dezembro foi feito no dia 2. O Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público de Minas acusou o governador de não ter negociado com a categoria. Na quarta-feira, o diretor do sindicato Geraldo Henrique da Conceição afirmou que a entidade vai discutir o que chamou de "desrespeito" do governo. O líder do bloco de oposição na Assembleia, Gustavo Corrêa (DEM), questionou a declaração do petista. "O rombo nas contas públicas do governo do PT em 2015 não foi causado pelos governos anteriores. Uma das primeiras medidas de Pimentel, ao assumir o governo, foi inchar a máquina."
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Fonte: Estadão Conteúdo