Assim como ocorre em
Cuba com as “Brigadas
de Resposta Rápida” e na Venezuela com
suas “Guardas Bolivarianas”, o
Brasil, com o “exército de Stédile”, vai delineando, cada vez com mais clareza, o que quer e está fazendo o
Foro de São Paulo.
No dia 24
de fevereiro o
PT, junto com a CUT e a FUP (Federação Única dos Petroleiros), organizou uma
manifestação em defesa da Petrobras na
Associação Brasileira de Imprensa, na qual várias
“autoridades” fizeram discursos tão falsos quanto inflamados. Dentre eles falaram
o líder do MST, João Pedro Stédile e o ex-presidente Lula. Nenhum deles admitia
a roubalheira desenfreada na estatal petroleira e muito menos que os indiciados
cometeram crimes mas apenas “erros”.
Lá para as tantas Lula disse: “Eu quero paz e democracia
mas se eles não querem, nós sabemos brigar também, sobretudo quando o João
Pedro Stédile colocar o exército dele do nosso lado”. Nas ruas, a militância
petista, com camisas vermelhas da CUT e do PT, mostrava já estar
preparada distribuindo pontapés em pessoas que se manifestavam contra a
presidente. Vejam a fala de Lula abaixo:
Lula ameaça com ‘exército’ do mst
Enquanto
isto acontecia, o governo ordenava às
tropas da Força Nacional de Segurança que fossem retirar os caminhoneiros em
greve nas estradas que, ao contrário do que diz a mídia venal, não interditam as rodovias uma vez que
ocupam apenas uma faixa e parte do acostamento. Segundo denunciou em
discurso na Câmara o deputado Nilson Leitão, do PSDB/MT, dona Dilma “mandou a Força Nacional ‘descer a porrada’ nos
caminhoneiros grevistas”.
No mesmo
dia, na Venezuela, a Guarda Nacional
Bolivariana e a Polícia reprimiam as manifestações atirando para matar. Em
Táchira, o policial Javier Mora Ortiz disparou na
cabeça do estudante de 14 anos, Kluiberth Roa, quando saía do colégio e ao ver a confusão tentou se esconder debaixo
de um carro. O tiro foi fatal, mas o Ministério Público disse que o tiro
foi com “bala de plástico”. O registro é chocante:
VÍDEO:
Tachira San Cristobal UCAT 24
Essa nova manifestação ocorreu em
repúdio à Resolução nº 8.610, publicada no dia 23 de janeiro, que autoriza as forças de segurança a usar
arma de fogo para “reprimir as
manifestações”. Revolta ler o cinismo do que lá está escrito, uma vez supõe
que os manifestantes são vândalos que a polícia necessita reprimir em defesa
dos que não participam, mas sempre cuidando de não ferir ou maltratar ninguém.
Assim, no Capítulo I, lê-se sobre o Objetivo:
“Art. 1º
- A presente normativa tem como objetivo regular a atuação da Força Armada
Nacional Bolivariana para garantir a ordem pública, a paz social, a convivência
cidadã em reuniões públicas e manifestações, dentro do desenvolvimento do
Estado Democrático e Social de Direito e de Justiça e a proteção dos direitos
humanos”.
Os “direitos humanos”, a “proteção especial à vida, à saúde e à
integridade pessoal” são repetidos a
cada capítulo, artigo e parágrafo. A proteção às
pessoas em situação de “vulnerabilidade”
também é citado, no entanto, Kluiberth Roa tinha
apenas 14 anos e não participava das manifestações, mas foi assassinado fria e
brutalmente.
O Artigo
5º, parágrafo 5, trata do “uso
progressivo da Força” e mente sem o menor constrangimento, quando diz: “...
os procedimentos dirigidos a garantir a ordem pública, a paz social e a
convivência cidadã (...) rege-se pelos princípios de legalidade, necessidade e
proporcionalidade, utilização da escala progressiva em função da resistência e
oposição (...) devendo sempre manter o menor nível de uso da força possível
para a consecução do objetivo proposto”.
No
Capítulo IV, que trata desse “uso
progressivo da força”, o Artigo 22, parágrafo 7
descreve quando pode-se empregar o uso da “violência mortal”: “Criação
de uma situação de risco mortal, frente ao qual funcionária ou funcionário
militar, aplicará o método de uso da força potencialmente mortal, bem como a
arma de fogo ou com outra arma potencialmente mortal”.
O método é o mesmo. Há anos venho denunciando que o MST é o braço
armado do PT, que foi treinado e armado
pelos terroristas das FARC. Mas agora
foi o próprio Lula quem confessou e, assim como ocorre em Cuba com as “Brigadas de Resposta Rápida” e na Venezuela com
suas “Guardas
Bolivarianas”, o Brasil com o “exército de
Stédile” vai delineando cada vez com
mais clareza, o que quer e está fazendo
o Foro de São Paulo (FSP). O Foro é a Hidra Vermelha, com seus mil tentáculos.
Mas ainda tem gente que acredita que pode desmantelar essa mega organização
criminosa fazendo cara feia, ou pior: que o FSP não é isso que denunciamos...
A
propósito deste artigo, meu programa Observatório Latino do dia 27 de fevereiro na Rádio Vox, trata com mais detalhes desses temas.
Escrito por Graça Salgueiro