O bloco
dos novatos, formado por aqueles que nunca concorreram ao Executivo, tem como
mais inusitado representante o médico Dr. Robert Rey, mais conhecido como Dr.
Hollywood devido às cirurgias plásticas que já fez em diversas celebridades.
Ele anunciou a intenção de ser candidato caso consiga refundar o Prona, partido
que lançou o folclórico Enéas Carneiro à Presidência nos anos 1990. Na semana
passada, Rey gravou vídeo na página oficial da legenda pregando um Brasil “mais
conservador”.
Sua
página no Facebook mistura dicas para dar fim às olheiras e à calvície com
ideias, sem qualquer detalhamento programático, para “trazer o sistema
americano para escolas brasileiras”. Rey também já defendeu, em entrevista, que
o hino nacional toque todo dia de manhã em cadeia nacional de rádio e TV.
Convites
à espera de resposta
Propostas
excêntricas também estão nos discursos de outros novatos. Repleto de menções a
Deus, o discurso do deputado federal Cabo Daciolo, pré-candidato pelo Avante,
sai frequentemente em defesa da intervenção militar como uma solução para o país.
No ano passado, o bombeiro chegou a defender o fechamento do Congresso
Nacional, onde “só tem corruptos”.
Já a
ex-apresentadora de televisão Valéria Monteiro (PMN) tem pregado medidas como
licença maternidade de três anos e isenção de Imposto de Renda para quem ganha
menos de R$ 3.700. O impacto fiscal das ideias, contudo, não foi calculado pela
pré-candidata.
— Esses
candidatos não têm visibilidade eleitoral, mas acabam aparecendo com suas
atividades um tanto folclóricas. As eleições de 1989 e a de 2018 têm uma
relação no que se refere à possibilidade de muitas candidaturas, mas a conjuntura
política é muito diferente. No final dos anos 1980, a esperança era muito
grande. Agora, há o pessimismo generalizado, as pessoas estão desencantadas com
o sistema político — diz o cientista político Paulo Baía, da UFRJ.
Ao
contrário de Rey, Daciolo e Valéria, apoiados por partidos nanicos, há ainda os
novatos com maior relevância, que permanecem com o futuro indefinido. Caso do
apresentador Luciano Huck e do ex-presidente Supremo Tribunal Federal (STF)
Joaquim Barbosa, cortejados pelo PPS e PSB, respectivamente. Embora Huck tenha
conversas periódicas com economistas liberais, seu discurso de forte apelo
social tem potencial de crescimento em segmentos lulistas, apontam institutos
de pesquisa. Já Barbosa mantém-se em silêncio sobre o que seriam seus projetos
presidenciais, mas sua plataforma, apontam os socialistas, estaria focada na
sua trajetória pública de combate à corrupção. [o candidato que defender só o combate a corrupção, não pode ser eleito - qualquer programa de Governo tem que ter foco em acabar com a corrupção, mas, sem acabar com o Brasil.
Se o cara focar só em combater a corrupção, esquecendo de programas para desenvolver o Brasil, será um desastre sua eleição. Este o caso do Barbosa.
Já o Huck, cria do FHC, vem com discurso de apelo social, esquecendo que melhorar, na aparência, sem um crescimento que propicie melhora salarial assentada em fundamentos sólidos, é fazer com os menos favorecidos o que Lula e Dilma fizeram: induzi-los a pensar que são ricos por ter acesso ao crédito farto - sem condições de pagar as prestações - e achar que devido a renda aumentou R$2,00, deixaram de ser miseráveis.]
Guilherme
Boulos, que estuda a filiação ao PSOL, fecha a lista de novatos em dúvida.
Embora não admita, a candidatura do líder do Movimento dos Trabalhadores Sem
Teto (MTST) está diretamente relacionada ao futuro político do ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Boulos dividiria votos da esquerda com a
deputada estadual no Rio Grande do Sul Manuela D’Ávila (PCdoB).
— Não tem
um candidato competitivo no cenário eleitoral, e isso estimula o lançamento de
várias pré-candidaturas. Quando existe este nome, os partidos menores tendem a
ser atraídos pela coalizão. Tem que ter tempo de TV para haver um bom
desempenho — explica Fernando Antonio Azevedo, cientista político da
Universidade Federal de São Carlos (Ufscar).
O bloco
dos indefinidos também contempla nomes da base do governo, como o ministro da
Fazenda, Henrique Meirelles (PSD), o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM),
e o presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro (PSC). Os três sonham em ser o
nome que unificaria o centro político para acabar com a polarização entre Lula
[é errado incluir o condenado Lula em qualquer lista de presidenciáveis = além de ser inelegível por proibição expressa de Lei da Ficha Limpa, estará, na época das eleições, devidamente encarcerado.] e o deputado Jair Bolsonaro, em negociações para migrar para o PSL. No mesmo
espectro político, também apresentam-se João Amoêdo (Novo), com carreira ligada
ao mercado financeiro, e o senador Álvaro Dias (Podemos).
Estão no
páreo ainda os veteranos que já concorreram à Presidência em outras ocasiões: a
ex-senadora Marina Silva (Rede), que disputou pelo PV em 2010 e pelo PSB em
2014; o governador Geraldo Alckmin, candidato em 2006 pelo PSDB; o
ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT), que concorreu em 1998 e 2002; e o
senador Cristovam Buarque, que disputou em 2006. [este parágrafo é o dos SEM CHANCE - o quarteto fracassará, ainda no primeiro turno.]
A
campanha também terá velhos conhecidos do eleitorado como Eymael (PSDC), dono
do jingle chiclete “Ey-Ey-Eymael, um democrata cristão”, e Levy Fidelix, autor
do controverso projeto do “aerotrem”. Sem contar o ex-presidente Fernando
Collor (PTC), que, em discurso na semana passada, disse estar “diante da
retomada de uma missão”. Slogan esse que, aliás, já aparece na foto de capa de
sua página no Facebook. [se governar fosse possível apenas combatendo o homossexualismo o Levy Fidelix seria eleito e merecidamente.
Acontece que existe a necessidade da onda de valorização do homossexualismo, ser combatida, contida. Só que não pode ser o único item de Governo - existe outros pontos a ser considerados, devendo haver o combate ao homossexualismo, mas sem descuidar dos outros pontos.
O Collor, além de queimado por ter sido muito impulsivo no seu mandato anterior, está sendo vítima da queima precoce de sua candidatura.]