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segunda-feira, 30 de novembro de 2015

De Prestes a Marighela - Ao Muro de Berlim

De novembro (27), 1935, a novembro (9) de 1989. Da Intentona Comunista, sob a liderança de Luiz Carlos Prestes, em cena até as décadas de 1960, e 70, com Carlos Marighela e outros, em termos de Brasil, até a queda do Muro de Berlim. Pá de cal usada pelo povo alemão para sepultar o marxismo-leninismo, da miséria, da opressão, da tortura, que conduzia os destinos da República Oriental, com a jocosa e contumaz expressão "Democrática" mantida pelos países comunistas, República Democrática Alemã, sob o tacão da União Soviética, do partido único.

A lembrar da Revolta de 1953, com o massacre de 153 operários e a fuga de três milhões de pessoas para o lado da República Federal Alemã, ​ com ​o ato seguinte da construção do Muro em 1961. Infame, maldito, fronteira separatista que vai além do concreto de cimento e pedra, alimento da luta de classes, insuflando o rancor entre irmãos, palco de metralhados, arame farpado, cães, sangue insepulto dos que tentaram fugir para a liberdade, emergir da obscuridade; do ir e vir sem opressão.

A Intentona Comunista de 1935, embora com assassinatos feitos por "colegas" de farda, infiéis ao juramento de defender a Pátria, foi derrotada. Os traidores condenados.


A reverenciar em nome das vítimas, José Sampaio Xavier e reprovar, quem fere com ferro, na noite da traição, não tem flor, ternura na mente, no coração, tem veneno, fel, horror, ódio no olhar. Agride o tenente no acordar, sangrando, com a mão na chaga, olhar de espanto no Bezerra, que supunha colega de farda, com a mão esquerda o afaga e com a outra, a golpeada.

No peito, profunda dor; dor da ferida e da alma agredida por outro soldado pela pátria adestrado, a serviço da nação comunista. Covarde, traidor, não tem nome melhor o sanguinário matador. Sublime ficou na história a vida do jovem tenente, José Sampaio Xavier, honrado por gente de bem e lembrado, bem alto, no pedestal da glória. Tão cedo teve a carreira cortada pela ação de Carlos Prestes e Gregório Bezerra que velhos morreram, com as manchas de sangue de gente inocente, na vida longa, de andança e expiação, dos crimes nas costas, terroristas, se espalhando, de Natal, Recife, no Nordeste, ao Rio de Janeiro, no Sudeste. Juntos com Apolônio de carvalho em 1935, que depois que vai à guerra civil espanhola, lutar e matar. Como dominó caindo, o mundo ensanguentando. Rússia, Hungria, Tchecoslováquia, Itália, França, China, Cuba (Fidel, "paredón", Che Guevara), Camboja,... Milhões de vidas ceifadas, pela devoção comunista, maoista, stalinista, trotskista.

Américas sacrificadas pelos terroristas (OLAS como foco), Argentina (Montoneros, ERP), Bolívia (ELN), Chile (MIR), Uruguai (Tupamaros), Peru (Sendero Luminoso), Equador, Colômbia (FARC, do Partido Comunista Colombiano, viva até hoje), Paraguai... Brasil (MR8, Ligas Camponesas, COLINA, VAR-Palmares, Molipo, PCBR, ALN... Prestes, João Amazonas, Maurício Grabois, Dilma, Genoíno, Zé Dirceu...) sem paz. Triste ilusão, utopia. Morte, explosão, assalto, terrorismo, insanidade e guerrilha.
 
A constatar como tratavam os colegas comunistas que denunciavam, abandonavam as organizações, o que chamavam de justiçamento. Tribunal macabro. Como exemplo, o assassinato de Elza Fernandes, jovem analfabeta.
Como os comunistas assassinaram Elza Fernandes
 

A História não se reescreve nem se desfaz. O falso, se bem pago, copia. Ganha do dinheiro roubado, mensalão, petrolão, denúncias todo dia, estudo na mesma cartilha, faz filme, mente e propaga, não é apegado à verdade, se vende com a capa de financiado, e ao bandido afaga, enganando, isto é, intentando como de costume, perdedores, incompetentes, assassinos na escuridão, desalmados e sem lume, arremedos de combatentes.

Quem fere com fel e ferro nem sempre com ferro será ferido, sem cicatriz e doença que dói. Será mal lembrado, talvez homenageado, por meia dúzia de compadres, inocentes e comprados, tentativa vã, em fazer do criminoso um soldado, transformar o bandido em Herói.

Ainda há muros a derrubar nas mentes dos seguidores do Foro de São Paulo e partidos que se inspiram e mantêm nas suas marcas, fotos e símbolos, dos que consideram ícones e farol a seguir do comunismo internacional.
 
Por: Ernesto Caruso - Blog  do horaciocb - http://horaciocb.blogspot.com.br/

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Intentona Comunista - 3ª Parte

Histórico da Intentona Comunista III

Extraído do Projeto Orvil pela Editoria do site www.averdadesufocada.com

CAPITULO III

Preparativos para a Intentona Comunista

1. A mudança da linha da Internacional comunista - IC

Induzido pela Internacional Comunista, o Partido Comunista- Seção Brasileira da Internacional Comunista - PC-SBIC - esforçara-se por se inserir no processo revolucionário brasileiro, que teve início no ano de sua fundação e que passa por 1924/26 e vai desaguar em 1930. Esse período de revoltas e revoluções tinha, porém, como motivação, uma problemática interna voltada para os problemas estruturais e sociais, mas essencialmente brasileiros.

Talvez por isso mesmo é que as direções do PC-SBIC jamais foram capazes de entendê-los. Suas análises estereotipadas viam, em cada ocasião, apenas uma luta entre os "imperialismos" inglês e norte-americano. Com esse dualismo mecanicista explicam também a revolução de 1932. Deste modo, por construírem suas análises sobre abstrações de caráter ideológico, não conseguiram sintonizar o Partido com o processo revolucionário em curso e acabaram por perder o "bonde da história". Essa frustração iria fazê-los desembocar na Intentona de 1935.

Vimos, no capitulo anterior, que a URSS, em 1934, mudara Sua política externa do isolamento .para o diálogo com o ocidente. As ameaças nazistas e fascistas contribuíram para alterar a linha política da IC. A política de "classe contra classe" não dera resultados e levara ao ostracismo diversos partidos comunistas. Quase que num "retorno às origens", a política da "frente" foi retomada, modificando-se o termo "Única" pelo "popular".

De um modo geral, a frente popular pretendia englobar todos os individuos e grupos numa luta contra o fascismo, indepedentemente de suas ideologias. E, é claro, aproveitar essa frente para tomar o poder.

2. A vinda dos estrangeiros

Concluindo que no Brasil já amadurecia uma situação revolucionária e que a nova politica de "frente popular" desencadearia a revolução, a curto prazo, a IC decidiu enviar diversos "delegados", todos especialistas, a fim de acelerar o processo. Com isso pretendia suprir a falta de quadros dirigentes do PC-SBlC que pudessem levar a tarefa a bom termo. Na realidade, a lC enviou um selecionado grupo de espiões e agitadores profissionais.

No inicio de 1934, chegou ao Brasil o ex-deputado alemão Arthur Ernsf Ewert, mais conhecido com "Harry Berger". Tendo atuado nos Estados Unidos, a soldo de Moscou, Berger veio acompanhado de sua mulher, a comunista alemã Elise Saborowski, que entrou no Pais com o nome falso de Machla Lenczycki. Berger acreditava que a revolução comunista teria inicio com a criação de uma "vasta frente popular antiimperialista" composta por operários, camponeses e uma parcela da burguesia nacionalista. A ação de derrubada do governo seria efetuada pelas "partes revolucionárias infiltradas no Exército" e pelos' "operários e camponeses articulados em formações armadas", embrião de um futuro "Exército Revolucionário do Povo". O governo a ser instituído seria um "Governo Popular Nacional Revolucionário", com Prestes a frente.

O mirabolante pIano de Berger, tirado dos compêndios doutrinários do marxismo-leninismo, não levava em conta, apenas, um pequenino detalhe: a política brasileira, aquinhoada com uma nova Constituição de fundo liberal e populista, estava cansada dos mais de 10 anos de crise e ansiava por um pouco de paz e estabilidade.

Outros agitadores profissionais vieram para o Brasil, a mando de Moscou, durante o ano de 1934. Rodolfo Ghioldi e Carmen, um casal de argentinos, vieram como jornalistas. Ghioldi, na realidade, pertencia ao Comitê Executivo da lC, era dirigente do PC argentino e escondia-se sob o nome falso de "Luciano Busteros". O casal León-Jules Valée e Alphonsine veio da Bélgica para cuidar das finanças. A esposa de Augusto Guralsk, secretário do Bureau Sul-Americano que a IC mantinha em Montevidéu veio para dar instrução aos quadros do PC-SBlC. Para comunicar-se clandestinamente com o grupo, foi enviado um jovem comunista norte-americano, Victor Allen Barron. O especialista em sabotagens e explosivos não foi esquecido: Paul Franz Gruber, alemão, veio com sua mulher Erika, que poderia servir como motorista e datilógrafa.

O grupo de espiões instalou-se no Rio de Janeiro. De acordo com o insuspeito Fernando Morais: "Uma identidade comum os unia : eram todos comunistas, todos revolucionários profissionais a serviço do Comintern e vinham todos ao Barsil fazer a revolução " " Moraes, F : "Olga", Ed Alfa-ômega, São Paulo, 1985 pagina 67

Faltava, entretanto, o líder "brasileiro", aquele que estaria.à frente do novo governo comunista. Havia já alguns anos que Prestes vinha namorando os marxistas-Ieninistas. Desde os anos da Coluna, procurava uma ideologia que complementasse o seu espírito revolucionário. Entretanto, seus contatos com os dirigentes do PC-SBIC o desencantaram. Ou melhor, julgando-se acima deles, procurava uma visão do mundo mais perfeita e mais elaborada. Tentara, até, criar o seu próprio movimento, através do LAR.

A possibilidade de ir para a URSS, conversar com os próprios dirigentes do Kremlin, satisfez seus ambições. Em novembro de 1931, Prestes desembarcava em Moscou, com sua família, onde, durante três anos, aprenderia como fazer a revolução.

Em abril de 1935, o "Cavaleiro da Esperança" estava de volta ao Brasil, pronto para assumir a direção do PC e da revolução comunista. A insólita solução concretizava-se: o novo líder dos comunistas brasileiros seria imposto de cima para baixo, da cúpula da IC às células do PC-SBIC. A tiracolo, Prestes trazia sua jovem esposa, Olga Benário, ativa comunista alemã, de confiança dos soviéticos. A IC não poderia entragar, sem controle, a revolução comunista brasileira a um homem que, até aqule momento, ainda não pertencia aos quadros do PC.

Olga seria a sombra de Prestes, criada pela luz de Moscou.

3. O Partido Comunista do Brasil (PCB)

O ano de 1934 marcou o início de uma nova fase para o PC- SBIC.

Em julho, a sua I Conferência Nacional reelegeu, como secretário-geral, Antonio Maciel Bonfim, mais conhecido como "Miranda", antigo sargento da polícia militar baiana. Para minorar os efeitos aparentes de sua subordinação à IC, o PC-SBlC mudou seu nome para Partido Comunista do Brasil (Seção da Internacional Comunista), usando a sigla PC B

. Esse conclave mudou a linha politica do Partido, segundo os ditames da sua matriz. A luta era antifascista e deveria ser formada uma "frente popular contra os integralistas".

O PCB, radicalizando-se, passou a considerar-se como a "vanguarda na transformação da atual crise econômica em .crise revolucionária - que já se processa -- encaminhando todas as lutas para a revoiução operária e camponesa". Conclamou os camponeses à tomada violenta das terras e à sua defesa pelas armas. Exortou a luta das massas "em ampla frente´´unica, para transformação da guerra imperialista em guerra civil, em luta armada das massas laboriosas pela derrubada do feudalismo e do capitalismo". A luta, segundo o PCB, deveria ser elevada "até a tornada do poder, instaurando o Governo Operário e Camponês, a Ditadura Democrática baseada nos Conselhos de operários, camponeses, soldados e marinheiros".

Com relação ao marxismo-leninismo, jactava-se o Partido de que era o "único neste pais que está baseado· nessa ideologia, a qual já levou.à vitória o proletariado e as massas populares da sexta parte do mundo, a União Soviética" .( Pubicado em "A Classe Operária", jornal do PCB , de 1º de agosto de 1934)

Em documento dado a público logo depois da Conferência, o PCB, vislumbrando as eleiçôes de outubro, criticou a via parlamentar, sob qualquer forma ou rótulo com que se apresentàsse, afirmando que "de modo algum resolve a situação das massas; situação que só poderá ser resolvida pela derrubada víolenta desse governo e sua substituição pelo governo dos· soviets (conselho) de operários, camponeses, soldados e marinheiros" . ( Carone, E: "O PCB - 1922 a 1943 " , Difel S.A , RJ, 1982 - Páginas 143 a 159.

A. nova linha politica do "novo PCB", em agosto de 1934, .passou a ser a da insurreição armada para a derrubada do governo e a tornada do poder. Os fatos ocorridos no ano seguinte mostrariam se estava preparado para isso e se iria alcançar seu objetivo.