Partidos aliados da
presidente afastada Dilma Rousseff montaram um "kit obstrução" no plenário nesta
terça-feira, quando está prevista a análise da revisão da nova meta fiscal -
medida essencial para o governo do interino Michel Temer. Antes da proposta que autoriza um rombo de 170,5 bilhões de reais para
este ano ser votada, o Congresso tem de esvaziar a
lista de 24 vetos - onze já foram
mantidos, mas foram apresentados destaques para os outros treze.
Nesse caso, a votação passa por encaminhamento de bancada e votação nominal de cada
item, o que promete prolongar ainda mais a sessão, cuja ordem do dia foi
iniciada por volta de 12h40. Em meio à investida do PT, PCdoB e PDT, o presidente do
Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL),
voltou a fazer um apelo pela votação da proposta. "Não se trata aqui nem de presidente Dilma nem de presidente Michel
Temer. Trata-se de interesse do Brasil e o Congresso Nacional tem
responsabilidade com isso", afirmou.
Como a nova meta, apresentada ontem
por Temer, não foi analisada pela Comissão Mista de Orçamento, antes da votação ainda será necessária a leitura do relatório
em plenário e a consequente abertura de prazo para apresentação de emendas.
Aliados de Temer estão convocando os parlamentares a permanecerem na sessão até
o final, ainda que se arraste até a madrugada. Como será feriado na próxima quinta-feira, a previsão é que o Congresso
já fique esvaziado amanhã.
Fonte: Marcela Mattos, de Brasília -
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