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Mostrando postagens com marcador Marcelo Miller e Ângelo Goulart Vilela. Mostrar todas as postagens
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domingo, 1 de outubro de 2017

Janot venceu

A obsessão da PGR contra Temer deu certo, mas Janot tem contas a acertar com a história

A enxurrada de revelações sobre Joesley Batista e o desgaste da PGR deixaram um rastro de destruição para o próprio Joesley e atingiram a imagem de Rodrigo Janot, mas nem por isso refletiram positivamente no presidente Michel Temer, principal alvo do complô da JBS com a PGR, com beneplácito do Supremo. O estrago feito em Temer está feito e é comprovado pelos chocantes 3% de aprovação na rodada CNI-Ibope. [uma curiosidade boba, mas, que tem total pertinência: Temer concluirá seu mandato em 31 dez 2017 e com 78 anos não será interessante se candidatar a nenhum cargo - talvez um recolhimento, com maior dedicação a família,  seja melhor do que ficar circulando estilo FHC que fala bobagens e acha que tem uma liderança que não possui; 
Temer não será condenado e a razão não é a tão divulgada por parte da imprensa, ou seja: que comprou deputados para arquivar as denúncias. Não será condenado devido o fato das denúncias não resistirem a um julgamento justo, portnaot, imparcial.
Condenar Temer agora é para figuras como 'Enganot' conquistar um troféu; mas, condená-lo na próxima década é impossível, o interesse de aparecer como algoz de um ex-presidente da República é ínfimo com o de agora em que Temer é presidente da República.
provavelmente das reformas que propõe e que são necessárias ao Brasil, pouco conseguirá aprovar - as reformas não são das mais simpáticas, apesar de necessárias,  e os únicos prejudicados com a não aprovação serão o BRASIL e o POVO BRASILEIRO, portanto, de difícil aprovação, seja quem for o presidente da República, em 2018, um ano eleitoral. 
Vamos à pergunta: que importa a Temer, no quadro atual, ter 1% de aprovação, 3% ou 90%? Certamente o que mais importa ao atual presidente é entregar ao seu sucessor (JAIR MESSIAS BOLSONARO) um Brasil com um PIB positivo e crescente, inflação abaixo dos 3% e menos de 5.000.000 de desempregados.]

Assim como o acordo de delação de Joesley explodiu, mas as provas sobreviveram firmes e fortes, a credibilidade da gestão Janot na PGR balançou, mas suas flechadas contra Temer atingiram o alvo e o presidente não consegue se recuperar. Não tira proveito algum, político ou pessoal, da debacle dos inimigos. Implodem todos, denunciantes e denunciados, e o desfecho da nova denúncia contra Temer é esperado, mas vai custar caro – inclusive ao País. [quanto a sobrevivência das provas é algo ainda pendente e que depende da resposta data a uma questão básica: o que não existe (as até agora consideradas provas) pode sobreviver?]

Já estava claro quem era Joesley Batista quando ele gravou Temer no Jaburu e “se pirulitou” para Nova York a bordo de seu jato e do acordo do século com a PGR de Janot, homologado rapidinho pelo ministro do STF Edson Fachin. Agora, é o próprio Joesley quem se declara, em nova gravação divulgada pela revista, como um criminoso – e de diversas organizações criminosas.

Uma questão central das delações da JBS foi Janot e sua equipe se recusarem a classificar Joesley como chefe de quadrilha. Por quê? Porque, se classificassem, ele não poderia se beneficiar do acordo. Não só se beneficiou por sair livre, leve, solto, como aproveitou para embolsar mais alguns milhões na Bolsa e no mercado de câmbio. Era óbvio, e está cada vez mais ululante, que Joesley era, sim, o chefe de uma das mais poderosas organizações criminosas gestadas neste País, algo que foi debatido nos quatro dias de julgamento do Supremo sobre até que ponto delações são intocáveis como cláusulas pétreas da Constituição. Não são, nem podem ser, como comprova a rebordosa Joesley e já vinha ensinando a PF, onde a perplexidade com a PGR é enorme.

Como diz um velho procurador, ninguém considera Michel Temer um santo, mas não cabe à PGR, ao STF ou à PF trabalhar com “a obsessão” de derrubar quem quer que seja, muito menos o presidente da República. A expectativa é de que a nova procuradora-geral, Raquel Dodge, seja dura no combate à corrupção e na condução da própria Lava Jato, mas sem passionalidade e flechas, só com leis e regras. Vamos rezar.

Uma das mais perigosas cascas de banana no seu caminho é a investigação sobre os procuradores tragados pelo tsunami, a começar de Marcelo Miller e Ângelo Goulart Vilela, preso por favorecimento à JBS. Ambos foram revelados por, digamos, agentes externos, não pela própria PGR. E agora, a PGR vai investigá-los?  Outro fator é que há tempos não damos bola para CPIs, mas a que investiga esse imbróglio tem apoio da PF, está a mil por hora e já produz efeitos, como a quebra dos sigilos de Miller. Podem surgir cobras e lagartos daí, inclusive a resposta para uma dica nas gravações de Joesley com Ricardo Saud: eles diziam que Miller seria só o primeiro da PGR no escritório de advocacia no Rio que defendia a JBS, depois viriam outroscomo o próprio Janot, após a PGR.

A bem de Rodrigo Janot, a imagem que ele deixa na PF, na Justiça, no próprio STF, é mais de um equivocado, um justiceiro estabanado, do que qualquer outra coisa mais grave. E deixa uma lição: no furor de combater a corrupção, não se podem eleger seus corruptos favoritos para tratar bem e os corruptos dos outros para flechar mortalmente. Isso costuma ter efeito bumerangue. Dito e feito. A função mais urgente de Dodge é botar a casa em ordem, descartar bambus e flechas e reativar as leis e a imparcialidade.


 Fonte: Eliane Cantanhêde - O Estado de S. Paulo