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sábado, 10 de março de 2018

A vida da vítima do estupro coletivo no Rio


Quase dois anos depois, a vida da vítima do estupro coletivo no Rio


A jovem, vítima de um estupro coletivo numa favela do Rio, tenta vida nova em outro Estado, agora sem a ajuda do programa de proteção 

A adolescente, vítima de um estupro coletivo em um muquifo chamado de abatedouro pelos traficantes da favela carioca Morro da Barão, dificilmente seria identificada hoje por quem a conhecia na época. C. mudou o corte e a cor dos cabelos. Usa um novo r.g. e é maior de idade. Menos de um mês após denunciar o crime, em maio de 2016, ela se mudou para outro estado. Foi com os pais e o filhinho, que fará 5 anos em maio. A família estava aterrorizada. A menina recebia ameaças e uma avalanche de ataques a sua reputação, especialmente depois que surgiram quatro fotos dela posando com armas de traficantes. O pai, um servidor público aposentado por invalidez, viajou para o refúgio de cadeira de rodas. Havia sofrido um AVC um mês antes de o estupro da filha virar escândalo nacional. De lá para cá, teve mais dois acidentes vasculares cerebrais e só consegue andar apoiado em muletas. A mãe, formada em psicologia, nunca exerceu a profissão porque tem transtorno bipolar, o que a impede de trabalhar.

Durante um ano, C. recebeu dinheiro para pagar o aluguel em outra cidade, as contas fixas da casa e mais R$ 800 para alimentação. A verba era do Programa de Proteção à Criança e ao Adolescente Ameaçado de Morte, uma parceria do governo federal com os estados, que oferecia também o serviço de uma psicóloga particular. Ela se empolgou no início: consultava-se uma vez por semana e lia os livros que a terapeuta sugeria. Com o tempo, perdeu interesse na terapia e abandonou o tratamento.

>> "Não confio no sistema. Fui mil vezes à delegacia", diz Clara Averbuck sobre estupro

Para sua própria segurança e para continuar no programa, não podia manter contato com pessoas que sabiam quem ela era. Também ficava proibida de ter celular e acesso à internet. Mas não ter um telefone, nem redes sociais e ainda viver com outro nome foram imposições com as quais ela não soube lidar. Quando o primeiro ano se completou, em junho de 2017, o corpo técnico do Ministério dos Direitos Humanos poderia renovar a proteção por mais 12 meses, mas decidiu desligá-la.


“Ela desistiu da terapia, mas o pessoal do programa disse que não havia mais situação de ameaça”, contou sua avó — ela não quis que seu nome fosse publicado. “A família continua em outro estado, não pode voltar para o Rio. O filho dela está crescendo, daqui a pouco começa a entender as coisas e a perguntar sobre essa história. A gente só quer esquecer o que passou.”

Uma fonte do ministério confirmou a ÉPOCA que C. perdeu a proteção por “quebrar as regras”.


>> Trecho da reportagem de capa de ÉPOCA desta semana


 

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

PARABÉNS!!! presidente TEMER por demitir a a 'ministra' dos Direitos Humanos e controlado a primeira rebelião em presídio após a intervenção

Luislinda Valois é demitida do Ministério dos Direitos Humanos

A ministra dos Direitos Humanos, Luislinda Valois, durante evento em Brasília. 31/03/2017 - Givaldo Barbosa / Agência O Globo
[Já vai tarde ex-ministra; aliás, sequer deveria ter vindo; a senhora foi um dos muitos erros do presidente Temer  - felizmente é um erro definitivamente corrigido.]

Pasta deve perder status de ministério; Gustavo Rocha vai assumir interinamente [ao demitir a ministra que se autodeclarou 'escrava' Temer agiu certo e mais ainda ao extinguir o tal 'ministério dos direitos humanos'. A tônica desses órgãos que levam o nome 'direitos humanos' é sempre pugnar pelos direitos humanos dos bandidos. Os HUMANOS DIREITOS que se danem.

Apesar da intervenção ainda não ter sido iniciada o 'balão de ensaio' da bandidagem representado pela rebelião em um presídio, mostrou que o Governo não perdeu o controle dos presídios. Os bandidos se renderam, não ocorreu mortes de policiais e/ou reféns. 

Agora, é esperar que o Congresso Nacional cumpra seu dever, aprove a intervenção, que a Justiça MIlitar passe a expedir os mandados necessários a que as forças interventoras cumpram a missão e devolvam o Rio de Janeiro para os HOMENS e MULHERES de BEM.] 

A ministra de Direitos Humanos, Luislinda Valois, foi demitida nesta segunda-feira. Gustavo Rocha, atual Secretário de Assuntos Jurídicos, assumirá como ministro interinamente. No início desta tarde, ela foi chamada à Casa Civil para conversar com o titular da pasta, Eliseu Padilha, que lhe deu o recado sobre sua demissão. Depois, foi ao gabinete presidencial, onde recebeu os agradecimentos do presidente Michel Temer.


A pasta de Direitos Humanos deve perder o status de ministério para ser incorporada como uma secretaria no Ministério da Justiça nas próximas semanas. Porém, antes da mudança, há ações urgentes de direitos humanos relacionadas às crises em Roraima e Rio de Janeiro que precisarão caminhar rapidamente e por esta razão continuará com ministério por mais um tempo.

A saída de Luislinda vem sendo ventilada desde o ano passado. A desembargadora aposentada, além de pedir para furar o teto salarial se dizendo vítima de “trabalho escravo”, queria receber mais de R$ 300 mil em supersalários retroativos. Após a repercussão negativa, ela desistiu do pedido.  Em dezembro, pressionada por integrantes do PSDB para deixar o governo Temer, Luislinda pediu ao partido sua desfiliação para seguir à frente do ministério.

O Globo