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quarta-feira, 30 de março de 2022

Já dá para dizer “Perdeu, Putin” ou proposta russa é apenas manobra? - Mundialista

A iniciativa de “reduzir drasticamente” as tropas em torno de Kiev equivaleria a um reconhecimento de enorme derrota 

Cuidado, avisou Boris Johnson, Putin ainda pode “virar a faca”. Não existe uma pessoa na face da Terra, inclusive entre as que continuam a admirar Vladimir Putin, que discorde do primeiro-ministro britânico.

É por isso que a declaração do vice-ministro da Defesa, Alexander Formin, foi vasculhada sob todos os ângulos possíveis. Relembrado-a, com toda sua linguagem enrolada: “Devido ao fato de que as negociações sobre um acordo sobre a neutralidade e o status não-nuclear da Ucrânia e garantias de segurança (para a Ucrânia) estão avançando para uma fase prática, e levando em consideração os princípios discutidos durante a reunião de hoje, o Ministério da Defesa da Federação Russa tomou a decisão de reduzir drasticamente as operações de combate nas áreas de Kiev e Chernihiv a fim de incentivar a confiança mútua e criar as condições necessárias para novas negociações e a assinatura do acordo acima mencionado”.

Note-se que os termos “desmilitarização” e “desnazificação”, as absurdas
condições originais, não aparecem. E que o “status não-nuclear” da Ucrânia nunca foi colocado em dúvida, fora do campo das especulações mais fora de propósito. Também vale lembrar que as negociações na Turquia, num prédio da era otomana às margens do Bósforo, transcorreram num clima de filme de suspense face à acusação de que dois integrantes da delegação ucraniana e o oligarca russo Roman Abramovich haviam sofrido uma tentativa de envenenamento no começo do mês.

Abramovich, segundo a denúncia do site Belliingcat, chegou a perder a visão por algumas horas e sofreu descamação na pele do rosto e das mãos. Foi internado numa clínica em Istambul, uma das poucas metrópoles internacionais que ainda pode frequentar por estar na lista de sanções da maioria dos países do Primeiro Mundo.

Fontes da inteligência americana negaram o suposto uso de agentes químicos contra o bilionário, mas o Bellingcat tem um histórico de investigações rigorosas, inclusive sobre os infames envenenamentos com Novichok do ex-agente russo Sergei Skripal e do oposicionista preso Alexei Navalny.

E a participação de Abramovich nas negociações entre Ucrânia e Rússia nunca tinha sido informada com tantos detalhes. O bilionário ontem apareceu abertamente nas negociações em Istambul. O porta-voz de Putin, Dmitri Peskov, confirmou a participação do embargado dono do Chelsea, também em termos enviesados: “Ele não é  membro oficial da delegação, mas está presente em Istambul do nosso lado. Para promover contatos entre as duas partes é preciso ter a aprovação das duas partes e, no caso de Abramovich, esta aprovação foi feita pelas duas partes”.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, interveio junto ao governo americano para tirar Abramovich da lista de sancionados pelo Departamento do Tesouro, argumentando justamente que ele estava mediando negociações.

Por que os russos tentariam envenenar um negociador do lado deles? Segundo Christo Grozev, do Bellingcat, site que foi fundado por um jornalista britânico – e talvez com um certo incentivo da inteligência britânica -, pode ter sido um “aviso” da linha dura do regime russo. Grozev acha que foi usada uma dosagem baixa de cloropicrina ou do próprio  Novichok.

Outra ameaça foi feita pelo próprio Putin. Segundo o Times de Londres, Abramovich viajou no seu jato particular de Istambul para Moscou na quarta-feira passada, levando uma proposta de paz escrita a mão por Zelensky. “Diga a ele que vou esmagá-lo”, avisou Putin.

É por motivos assim que a redução “drástica” de forças russas em torno de Kiev, algo que só pode ser interpretado, pelo valor de face, como um recuo histórico, deve ser vista com muito cuidado. Os fiascos protagonizados pelos invasores russos correram o mundo, mas a Rússia hoje ocupa mas da metade das regiões fronteiriças da Ucrânia, do Mar de Azov à Belarus. [no relato da mídia progressista esquerdista a Rússia está perdendo a guerra, nos fatos ela ganha territórios na Ucrânia. Tem caroço nesse angu; frear o avanço, estacionar tropas e fustigar o inimigo com fogo de artilharia e misseis, abate o moral do inimigo, destrói as defesas e infraestrutura do inimigo e facilita futuro avanço.]

Putin pode dizer “missão cumprida” e apresentar um meio fiasco como uma vitória inteira? Vamos ficar sabendo nos próximos dias.

Se Kiev for salva e Abramovich tiver alguma participação, merecerá até ter o Chelsea de volta.

Vilma Gryzinski, colunista - VEJA - Blog Mundialista

 

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

Os lobistas do Vacinão - Revista Oeste

Guilherme Fiuza

O Ministério Público do Trabalho existe para defender os direitos do trabalhador. E está agindo para coagir o trabalhador

Ministério Público do Trabalho recomendou às empresas que demitam por justa causa funcionário que não quiser tomar vacina contra a covid-19. Você sabe que coisas estranhas andam acontecendo. O mais estranho, nesse caso, é ninguém ter chamado a polícia.  O Ministério Público do Trabalho é uma instituição que existe para defender os direitos do trabalhador. É bem verdade que, em certa medida, virou uma usina demagógica para estimular conflitos e produzir demandas antipatronais. [Exemplo de medida demagógica: a montadora Ford está deixando o Brasil e por consequência natural fechando suas instalações. A consequência imediata é a necessidade de demitir milhares de trabalhadores. O MPT pediu a proibição das 'demissões coletivas' e a e a Justiça do Trabalho da BA deferiu. 
Consequência:  os milhares de trabalhadores cuja demissão é necessária, serão demitidos de forma individual, tipo uma dúzia por mês. Com isso daqui a meio século, ainda teremos trabalhadores a serem demitidos - naturalmente, tal medida será revogada e as demissões poderão ocorrer em uma única vez. 
O MPT e J Tr esqueceram que um trabalhador trabalha em média 40 anos.] Só que agora você está vendo o contrário: a instituição que existe para defender os direitos do trabalhador está agindo para coagir o trabalhador. Em favor de quem? Vamos examinar.

Para início de conversa: empregador que tentar obrigar empregado a se vacinar tem de responder na Justiça. A não ser que isso aqui tenha virado uma ditadura dos vendedores de vacina. Onde está a demonstração científica da necessidade de vacinação de todos contra a covid? Não existe. Pode procurar nas manchetes das fake news de grife, no armário dos empáticos de auditório, nos salões da quarentena vip, no receituário dos cientistas de zoom, na cantilena dos charlatões de toga, nos panfletos do Butantan, da Fiocruz e da OMS, na Anvisa, nos consultórios de marketing (ops, nos consultórios médicos), no BBB e nos demais centros de referência científica que você conheça. Achou? Não, não achou. [não podemos esquecer dos contadores de cadáveres - apresentadores de jornais que entre a apresentação dos números -  sempre destacam o que pode ser interpretado de forma negativa = contar cadáveres é importante, mas fazer sempre que possível referência contra o capitão, vale até promoção e quase garantia de emprego.]

A taxa média de letalidade da covid-19, segundo cálculos do epidemiologista John Ioannidis, da Universidade de Stanford, é de 0,27%. É um dado preliminar, mas que não apresenta tendência de crescimento após um ano de pandemia. A taxa de letalidade abaixo dos 70 anos de idade, pelos mesmos cálculos, varia de acordo com as regiões estudadas, mas fica em média abaixo de 0,1% — faixa similar à da gripe sazonal.  
Onde está o fundamento científico para obrigar funcionários, ou seja, indivíduos em idade produtiva (na imensa maioria certamente abaixo dos 70 anos), a se vacinar contra a covid? Não está em lugar nenhum. Não existe esse fundamento. Acrescentando-se que os que não estão nos grupos de risco letal em geral também não desenvolverão sintomas graves, muito menos irreversíveis. Posto isto, resta outra pergunta crucial: qual o status atual das garantias de imunização disponíveis?
Resposta: status duvidoso. No mínimo. As duas vacinas em aplicação no Brasil foram autorizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária em caráter emergencial sendo que parte importante do grupo em situação de emergência, os idosos, não tem estudo suficiente quanto à segurança e à eficácia de nenhuma das duas vacinas, conforme laudo da própria Anvisa. E ainda aparece o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros, ameaçando “enquadrar” a Anvisa para acelerar — repetindo: acelerar! — o processo de autorização de vacinas. Estudar para quê? Aprova logo e estuda depois. Contando ninguém acredita.[atualizando: a Anvisa só está autorizada a liberar vacinas sem estudo detalhado, que tenham sido aprovadas por órgãos reguladores com credibilidade garantida - temos que reconhecer que um fármaco autorizado pelo FDA, por agência reguladora do Canadá, Reino Unido, Japão, pode ser utilizado no Brasil sem necessidade de maiores estudos. 
Tínhamos ressalva a produtos autorizados pela China - só que as dúvidas desapareceram, dado  que aquele país só libera para uso em seu território produtos já utilizados no Brasil e que não apresentaram efeitos colaterais graves!!!] 
 
O STF entende o que quiser de uma lei, dependendo da direção do vento
Para quem ainda não entendeu: o Brasil está aplicando vacinas experimentais, sendo que uma delas tem cerca de 50% de eficácia. Esse dado ensejaria uma pergunta simples às autoridades do Ministério Público do Trabalho: 
o funcionário vacinado que comparecer ao local de trabalho com 50% de chances de estar protegido da doença estará protegendo quem de quê? 
Vacina e fica em casa, para não arriscar? 
Isso é segurança sanitária ou lotérica?

O Supremo Tribunal Federal entendeu que a Lei Mandetta aquela que deu poderes aos governadores para descer o sarrafo na população — permite a adoção de medida compulsória de vacinação. Como você sabe, o STF entende o que quiser de uma lei, dependendo da direção do vento. E a lei em questão, mesmo com todo o seu autoritarismo, determina que quaisquer das medidas previstas requerem a devida fundamentação científica para entrarem em execução. Conforme mencionado anteriormente, essa fundamentação não existe — nem mesmo na literatura criativa do BBButantan.

A Anvisa resolveu aprovar o uso emergencial de vacinas incipientes, com cerca de seis meses de estudos e sem eficácia nem segurança devidamente testadas em idosos. Problema dela e de quem quiser tomar. Transformar esse experimento em obrigação é crime.
Corrigindo: problema também de todos os contribuintes, que estão pagando (caro) aos megalaboratórios pelo desenvolvimento de substâncias cuja efetividade e cujos riscos estão em estudo diretamente na população. Nunca se viu nada parecido. Há laboratório que é inclusive imune por contrato a demandas judiciais decorrentes de eventuais reações adversas provocadas pelo seu produto. Tudo normal. É assim mesmo, dizem.

É assim mesmo que querem te vacinar na marra (sem garantia de que isso salve alguém de alguma coisa) com a cobertura do Ministério Público do Trabalho, do STF, do Doria, do Aécio, do xiita de Niterói e de uma falange de ex-liberais fantasiados de cientistas de fundo de quintal. Repetindo o postulado inicial: o mais estranho é ninguém ainda ter chamado a polícia. Será que sobrou alguém fora do lobby?

Leia também o artigo de J. R. Guzzo desta edição, “O MP está doente”

Guilherme Fiuza,  jornalista - Coluna na Revista Oeste

 


terça-feira, 29 de dezembro de 2020

Eleições 2022 - Bolsonaro está do jeito que quer – sozinho

J.R. Guzzo

 Bolsonaro ri à toa enquanto oposição não for capaz de arrumar uns bons 70 milhões de votos e vencer, com eles, a eleição presidencial de 2022.

Poucas coisas parecem deixar mais impacientes os analistas políticos e frequentadores de mesas redondas na televisão do que as pesquisas sobre a aprovação do presidente da república. Os números que registram a popularidade de Jair Bolsonaro deveriam estar em queda sobretudo depois de nove entre dez cérebros da politologia nacional terem dado como indiscutível e definitiva a derrota maciça que ele teria sofrido nas últimas eleições municipais.

Mas os números estão em alta; o que está em queda são os índices de reprovação. O motivo é que a derrota anunciada não aconteceu, simplesmente, e que Bolsonaro não está na situação de desmanche definitivo que os comentaristas atribuem a ele. Uma maneira talvez mais prática de se olhar para o “status” atual do presidente é fazer uma comparação com o passado recente. Bolsonaro estaria realmente na miséria descrita pela mídia em geral se estivesse, digamos, na situação em que Dilma Rousseff foi se meter em seu segundo mandato. Mas não está. Basta pensar um pouco. Ele objetivamente não está; desperta a ira dos editoriais, mas parece fazer cada vez mais amigos no Congresso Nacional.

É como nas pesquisas de aprovação: os índices de Bolsonaro sobem entre os congressistas, em vez de cair. Para quem quer o homem fora do Palácio do Planalto, é um problema. Nenhum presidente fica fraco por obter o apoio de senadores e de deputados, por mais viciados que sejam os métodos utilizados para isso.

Também não adianta dizer que Bolsonaro não merece a situação da qual desfruta
— ou ficar publicando, dia e noite, tudo o que diz o futuro ex-presidente da Câmara dos Deputados, na sua ideia fixa de falar mal do presidente; ter um comandante “de oposição” como ele é o que qualquer governo pede a Deus e aos 12 apóstolos.

O único problema real para o presidente da República seria a existência, já agora, de um candidato de oposição de verdade – alguém que fosse realmente capaz de arrumar uns bons 70 milhões de votos e vencer, com eles, a eleição presidencial de 2022. Enquanto esse candidato for feito do material que há por aí – “Rodrigo Maia”, “Boulos”, “Doria”, etc. a coisa não sai do lugar. Bolsonaro, nesse caso, está do jeito que quer – sozinho.

J.R. Guzzo, jornalista - Gazeta do Povo - Vozes

 

domingo, 9 de junho de 2019

‘Adiós, compañeros’ - Governo quer encerrar refúgio a acusados de elo com terrorismo

Acusados de sequestros, assassinatos e ligações com grupos terroristas receberam o status de refugiados no governo Lula. Moro vai devolvê-los a seus países


Jair Bolsonaro assumiu o mandato de presidente da República com a promessa de combater o comunismo, devidamente registrada no mantra “nossa bandeira jamais será vermelha”. Logo nos seus primeiros dias no Palácio do Planalto, ele comemorou a extradição do terrorista italiano Cesare Battisti, que vivia em liberdade no Brasil graças, entre outras coisas, ao status de refugiado político que recebeu do governo do então presidente Lula. “Finalmente a justiça será feita ao assassino italiano e companheiro de ideais de um dos governos mais corruptos que já existiram no mundo (PT)”, escreveu Bolsonaro numa rede social. “Ciao, Battisti. A esquerda chora”, acrescentou o deputado Eduardo Bolsonaro, o filho Zero Três do presidente. A extradição agradou às hostes bolsonaristas e estimulou o governo a programar novos expurgos de refugiados que receberam guarida na gestão petista e são associados a movimentos terroristas. [Presidente Bolsonaro, o senhor não pode esquecer o Achiles Lollo - especialista em matar queimando as suas vitimas, ainda vivas; foi assessor do PT e agora, salvo improvável desatualização,  assessora o PSOL.]
AJUDA – Martí (de óculos): status dado pelo PT livrou o sequestrador da Justiça

Em março, Bolsonaro prometeu ao presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, cancelar o status de refugiado de três paraguaios acusados de sequestro. Tal fatura está prestes a ser liquidada. No último dia 27, o coordenador-­geral do Comitê Nacional para Refugiados (Conare), Bernardo Laferté, defendeu em nota técnica a suspensão do refúgio de Juan Arrom, Anuncio Martí e Victor Cólman, que havia sido garantido a eles em 2003, no primeiro ano de mandato de Lula. O trio é acusado pelo governo paraguaio de integrar o grupo guerrilheiro Exército do Povo Paraguaio (EPP), de extrema esquerda, e de participar do sequestro, em 2001, de Maria Edith de Debernardi, nora de um ex-ministro e mulher de um dos empresários mais ricos do país vizinho. Acossados pela Justiça de lá, os três pediram refúgio ao governo brasileiro, sob a alegação de que sofreram perseguição política e foram torturados.

A argumentação convenceu o governo Lula, que apontou para a existência de graves violações aos direitos humanos no caso. Desde então, diferentes presidentes paraguaios tentaram a extradição. Abdo Benítez, um ex-paraquedista do Exército, exatamente como Bolsonaro, está perto de alcançar esse objetivo. "É ardiloso sustentar tese de que haveria perseguição injusta baseado no perfil político dos interessados.”

Parecer do Ministério da Justiça
No pedido apresentado ao Conare, o governo paraguaio lista o que considera serem provas da participação do trio no crime. As cédulas entregues aos sequestradores como pagamento pelo resgate foram previamente fotografadas pela polícia. Depois, parte delas foi encontrada com Juan Arrom e com Victor Cólman. Além disso, Anuncio Martí teria sido reconhecido pela vítima como um dos guardas do cativeiro. Ele seria o “guarda mau”, segundo definição da própria sequestrada. Indicado para o cargo de coordenador-geral do Conare em novembro de 2017, ainda no governo de Michel Temer, Laferté diz que não há razão para a manutenção do refúgio. “Parece-nos estar diante de uma situação onde não mais a proteção internacional, conferida por intermédio do instituto do refúgio, se faz presente, tendo em vista a atual ausência de fundado temor de perseguição.” Em sua nota técnica, ele também destaca que, conforme relato do Itamaraty, o Paraguai vive um período de estabilidade política, e o presidente Abdo Benítez tem agido sem revanchismos.

Vinculado ao Ministério da Justiça, comandado pelo ex-juiz Sergio Moro, o Conare deve julgar o caso no próximo dia 14. Se a posição de Laferté prevalecer, estará pavimentado o caminho para a extradição. Desde que receberam o status de refugiados, Juan Arrom, Anuncio Martí e Victor Cólman são monitorados pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e pela Polícia Federal. Martí mora em Dourados (MS), Arrom em Curitiba (PR) e Cólman em Almirante Tamandaré (PR). A VEJA, a advogada Caroline Godoi, que representa o trio, negou o envolvimento de seus clientes no sequestro e a participação deles em grupos terroristas de esquerda.

No último dia 28 de maio, o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli, rejeitou recurso apresentado com o objetivo de impedir qualquer ordem de prisão decorrente de mandado ou pedido de extradição emitido pelo governo do Paraguai, bem como a suspensão de todo procedimento que vise à cessação ou perda da condição de refugiado. O governo também está analisando a revisão do status de outro terrorista famoso. O colombiano Francisco Antonio Cadena Collazos, conhecido como Padre Olivério Medina, mora no Brasil desde 2005.

 Ele se autointitulava porta-voz das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), organização paramilitar de inspiração comunista, notória pelos crimes em série, como sequestro e assassinato, recentemente dissolvida por acordo de paz. Investigações das autoridades colombianas revelaram que Medina contava com uma rede de proteção e financiamento que incluía vários petistas, alguns ocupando postos importantes no governo Lula. Em 2002, oficiais da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) produziram um relatório em que informavam que Medina, em uma reunião, teria prometido doar 5 milhões de dólares à campanha do candidato do PT. Não se sabe até hoje se o dinheiro efetivamente foi entregue.
CLANDESTINIDADE – Olivério Medina, em mensagens para as Farc e a militância no Brasil: “discrição” (Luis Acosta/AFP/.)

Devo agir com cautela para não dar ao inimigo argumentos que levem ao questionamento do refúgio. Manterei a discrição até a neutralização. Uma vez obtido, terei um passaporte brasileiro e a primeira coisa que quero fazer é ir vê-los.”
Mensagem enviada por Olivério Medina, encontrada no computador de um líder das Farc morto em 2007
As autoridades colombianas sempre suspeitaram que a presença de Medina no Brasil envolvia a negociação de armas para a guerrilha. Apesar de tudo, em 2006, Lula concedeu refúgio ao terrorista. Protegido pelo Estado brasileiro, o padre continuou sua militância clandestina. Em uma troca de mensagens com um dos líderes das Farc, em 2007, escreveu: “Devo agir com cautela para não dar ao inimigo argumentos que levem ao questionamento do refúgio”. E acrescentou: “Manterei essa discrição até a neutralização. Uma vez obtido, terei um passaporte brasileiro e a primeira coisa que quero fazer é ir vê-­los”. A revisão do refúgio do guerrilheiro será feita por iniciativa do governo. De fato, acabou a moleza para os compañeros.
Colaborou Laryssa Borges
Publicado em VEJA de 12 de junho de 2019, edição nº 2638
 

sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

PF considera Battisti foragido. 'Conte conosco', diz Bolsonaro a ministro italiano

Segundo a Polícia Federal, italiano está em "local incerto e não sabido"

A Polícia Federal (PF) está procurando o ex-ativista Cesare Battisti, condenado na Itália por quatro assassinatos nos anos 1970, e com ordem de prisão cautelar determinada pelo ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF). O italiano está em "local incerto e não sabido". Há uma investigação em andamento para localizar o italiano. O advogado Igor Tamasauskas, que defende Battisti, informou que não conseguiu contato com o cliente após a decisão do ministro do Supremo. A última vez que conversaram, segundo o defensor, foi "no começo do mês ou fim do mês passado". Tamasauskas informou que eles só se falavam "quando havia necessidade".

Na decisão de quinta-feira, Fux expediu o mandado de prisão para ser cumprido pela Interpol, no Brasil representada pela Polícia Federal. Também citou pedido da Interpol para prender Battisti pelos crimes de evasão de divisas e lavagem de dinheiro.
Em 2010, o STF julgou procedente o pedido de extradição feito pela Itália três anos antes, mas deixou a palavra final para o presidente da República. À época, o petista Luiz Inácio Lula da Silva negou, no último dia de mandato, entregar Battisti. No ano passado, a Itália pediu que o governo Michel Temer revisasse a decisão de Lula. A defesa do italiano solicitou, então, ao STF um habeas corpus preventivo. À época, Fux concedeu liminar (decisão provisória), que ele mesmo revogou agora.
Agora, Fux considerou que, como o Supremo já reconheceu a possibilidade de extradição, outros presidentes podem tomar decisão diferente. "Tendo o Judiciário reconhecido a higidez do processo de extradição, a decisão do chefe de Estado sobre a entrega do extraditando, bem assim a sua eventual reconsideração, não se submetem ao controle judicial", escreve o ministro.
Durante a campanha eleitoral, o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) afirmou que extraditaria imediatamente Battisti. Em entrevista em novembro, Bolsonaro disse que confirmou à diplomacia italiana que devolveria o ativista ao país, após manifestação do STF.
A decisão de Fux pegou de surpresa o entorno de Battisti. O advogado do italiano não tinha sido comunicado até as 22h30min de quinta. Tamasauskas disse que vai recorrer assim que tiver acesso ao teor do documento.Amigos de Battisti acreditavam que o plenário do Supremo, composto pelos 11 ministros da Corte, deveria julgar a reclamação sobre a extradição de Battisti antes de tomar qualquer medida em relação ao italiano. [o Brasil das pessoas de BEM, das pessoas que respeitam os DIREITOS HUMANOS dos HUMANOS DIREITOS,  ficarão felizes e gratos se os 'amigos' de Battisti optarem por ir embora do Brasil junto com o assassino italiano.]
Eventual fuga
No pedido de prisão feito na quinta-feira, Raquel Dodge afirmou que "revela-se não apenas necessário, mas premente e indispensável a custódia cautelar, seja para evitar o risco de fuga, seja para assegurar eventual e futura entrega do extraditando à Itália, adimplindo, desse modo, com os compromissos de cooperação internacional assumidos pelo Brasil, nos termos do Tratado Bilateral firmado entre os países interessados".
Battisti, de 63 anos, integrou nos anos 1970 um grupo terrorista na Itália e foi condenado à prisão perpétua por homicídios. Ele fugiu da Itália e foi preso em 2007 no Rio de Janeiro. O então ministro da Justiça do Brasil, Tarso Genro, concedeu a Battisti o status de refugiado político, decisão muito criticada na Itália.

GauchaZH

'Conte conosco', diz Bolsonaro a ministro italiano sobre extradição de Battisti

Nesta quinta-feira (13), o ministro Luiz Fux do Supremo Tribunal Federal determinou a prisão do italiano Cesare Battisti para que ele possa ser extraditado para a Itália.

  1. Em resposta a
    Grazie Presidente . Se serve prendo il primo volo per riportare finalmente in Italia un delinquente condannato all’ergastolo.


segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

PARABÉNS!!! presidente TEMER por demitir a a 'ministra' dos Direitos Humanos e controlado a primeira rebelião em presídio após a intervenção

Luislinda Valois é demitida do Ministério dos Direitos Humanos

A ministra dos Direitos Humanos, Luislinda Valois, durante evento em Brasília. 31/03/2017 - Givaldo Barbosa / Agência O Globo
[Já vai tarde ex-ministra; aliás, sequer deveria ter vindo; a senhora foi um dos muitos erros do presidente Temer  - felizmente é um erro definitivamente corrigido.]

Pasta deve perder status de ministério; Gustavo Rocha vai assumir interinamente [ao demitir a ministra que se autodeclarou 'escrava' Temer agiu certo e mais ainda ao extinguir o tal 'ministério dos direitos humanos'. A tônica desses órgãos que levam o nome 'direitos humanos' é sempre pugnar pelos direitos humanos dos bandidos. Os HUMANOS DIREITOS que se danem.

Apesar da intervenção ainda não ter sido iniciada o 'balão de ensaio' da bandidagem representado pela rebelião em um presídio, mostrou que o Governo não perdeu o controle dos presídios. Os bandidos se renderam, não ocorreu mortes de policiais e/ou reféns. 

Agora, é esperar que o Congresso Nacional cumpra seu dever, aprove a intervenção, que a Justiça MIlitar passe a expedir os mandados necessários a que as forças interventoras cumpram a missão e devolvam o Rio de Janeiro para os HOMENS e MULHERES de BEM.] 

A ministra de Direitos Humanos, Luislinda Valois, foi demitida nesta segunda-feira. Gustavo Rocha, atual Secretário de Assuntos Jurídicos, assumirá como ministro interinamente. No início desta tarde, ela foi chamada à Casa Civil para conversar com o titular da pasta, Eliseu Padilha, que lhe deu o recado sobre sua demissão. Depois, foi ao gabinete presidencial, onde recebeu os agradecimentos do presidente Michel Temer.


A pasta de Direitos Humanos deve perder o status de ministério para ser incorporada como uma secretaria no Ministério da Justiça nas próximas semanas. Porém, antes da mudança, há ações urgentes de direitos humanos relacionadas às crises em Roraima e Rio de Janeiro que precisarão caminhar rapidamente e por esta razão continuará com ministério por mais um tempo.

A saída de Luislinda vem sendo ventilada desde o ano passado. A desembargadora aposentada, além de pedir para furar o teto salarial se dizendo vítima de “trabalho escravo”, queria receber mais de R$ 300 mil em supersalários retroativos. Após a repercussão negativa, ela desistiu do pedido.  Em dezembro, pressionada por integrantes do PSDB para deixar o governo Temer, Luislinda pediu ao partido sua desfiliação para seguir à frente do ministério.

O Globo
 

sexta-feira, 28 de julho de 2017

Polícia eficiente muitas vezes é obrigada a escolher entre MATAR ou MORRER - os policiais do Estado de SP fazem a escolha certa

Morte pela polícia do Estado de SP bate recorde no 1º semestre


O número de mortes causadas por policiais no Estado de São Paulo no primeiro semestre de 2017 é o maior dos últimos 14 anos, na comparação com o mesmo período. A cada dois dias, cinco pessoas foram mortas por agentes em serviço ou de folga, totalizando 459 óbitos. Desde que a série histórica foi iniciada, em 2001, só em 2003 o número foi mais alto, com 487 casos. A estatística deste ano é 13,8% maior ante os primeiros seis meses de 2016. 

Especialistas dizem que o dado indica excesso de uso da força por policiais e pedem acompanhamento das corregedorias e do Ministério Público (MP), além de novas políticas da Secretaria da Segurança Pública (SSP), para reduzir as mortes. Os dados, compilados pela pesquisadora Samira Bueno, diretora executiva do Fórum Brasileiro de Segurança, mostram ainda que 30 policiais foram mortos no primeiro semestre de 2017, menor número da série. [a Polícia do Rio se deixou levar pela conversa fiada de PACIFICAÇÃO, pelo POLITICAMENTE CORRETO e agora está entre a Polícia que mais morre no Brasil;
as famosas - e agora se comprova, ineficientes - UPPs se transformaram pela leniência da polícia carioca em Unidade de Perigo aos Policiais.
Entre a morte de um bandido ou de um policial que morram dois bandidos.]

O levantamento aponta que a maior parte das mortes, classificadas oficialmente como “decorrentes de intervenção policial”, partiram de PMs: 430 óbitos. Do total, 117 foram quando os agentes estavam de folga, quantidade que também é um recorde da série. Nos últimos quatro anos, a soma de mortos por policiais ficou acima de 400 no primeiro semestre.  Para Samira, é necessário cobrar alterações na política estadual de segurança. “Esse fenômeno tem sido ignorado pelo Estado, que é, no mínimo, omisso. Enquanto isso não se tornar um problema para a secretaria, que age de forma pouco transparente, a situação vai continuar.” 

Ela classifica como “mentirosa” a associação feita entre a alta da letalidade da polícia e a redução da criminalidade. “É uma ideia hiperfantasiosa dizer aos policiais que eles podem ser justiceiros, deixar nas mãos deles a decisão de quem pode viver ou morrer”, diz. [não cabe aos policiais decidir quem pode viver ou morrer - cabe sim, o DIREITO de exercer o DEVER de não morrer e assim ele pode decidir se morre para não matar um bandido.] “Nenhuma sociedade foi capaz de reduzir a violência gerando mais violência.”

A especialista cobrou a implementação integral do que está previsto na resolução 40 da SSP, de 2015. Vendo os números saltarem, o então secretário Alexandre de Moraes determinou procedimento-padrão para investigar esses casos, com designação imediata da apuração pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e comunicação ao MP. Ainda tramita a investigação de dois casos cuja atuação policial foi criticada no último mês. Em 27 de junho, equipes das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) invadiram a Favela do Moinho, na região central, em ação contra o tráfico que terminou na morte de Leandro Santos, de 18 anos. No dia 12, um PM matou o carroceiro Ricardo Nascimento, de 39 anos, em Pinheiros, após discussão. [mortes durante ou após discussões sempre ocorrem e não é o fato de um dos envolvidos na discussão ser policial que torna obrigatório que seja ele a morrer.]
Para Júlio César Neves, ouvidor das polícias do Estado, os agentes não estão praticando o que é ensinado na academia de formação. “Há orientação de atirar só em último caso. É impossível que tantas mortes sejam legítima defesa.”

Confrontos
O ex-comandante da PM de São Paulo, que ocupou o cargo entre o fim de 2012 e o início de 2015, coronel Benedito Roberto Meira, discorda e atribui a alta ao crescimento da violência e ao destemor dos criminosos. “Nenhum policial sai às ruas com o propósito de atirar e matar. O confronto hoje acontece porque, para o bandido, isso representa status. Se matou, tem status na facção. Se morreu, foi em batalha, como se não fosse crime”, disse. 

Em nota, a SSP disse desenvolver ações para reduzir a letalidade, mas ressaltou que “a opção pelo confronto é sempre do criminoso”. Segundo a pasta, houve no primeiro semestre “1.850 confrontos apenas com PMs em serviço. O índice de criminosos que morrem após reação da polícia para combater crimes foi de 17%. Ou seja, na grande maioria dos casos, o confronto não resulta em óbito”. A secretaria ainda destacou que todos os casos são rigorosamente apurados para constatar se a ação policial foi realmente legítima.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.