Thais Arbex - Folha de S. Paulo
Felipe Santa Cruz afirma ainda que 'é hora de os democratas darem um basta'
[essa OAB é realmente esquisita;
para contestar a manifestação de um vereador - que não comanda nem um pelotão - que na ótica da OAB é uma ameaça de um atentado a democracia, para que o presidente da OAB recomenda um golpe = A FAVOR DA DEMOCRACIA.
A recomendação dos democratas darem um basta, deixa a impressão de ser a sugestão de um Golpe, dado pela democracia contra um governo - tudo em função de uma postagem de um vereador.]
O presidente nacional da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil),
Felipe Santa Cruz, reagiu às declarações do vereador Carlos Bolsonaro
(PSC-RJ) e afirmou que "não há como aceitar uma família de ditadores". "É hora dos democratas do Brasil darem um basta. Chega", disse Santa Cruz à Folha na noite desta segunda-feira (9). Filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL), Carlos escreveu em seu perfil
no Twitter que, por "vias democráticas", não haverá as mudanças rápidas
desejadas no país.
"Por vias democráticas a transformação que o Brasil quer não acontecerá
na velocidade que almejamos... e se isso acontecer. Só vejo todo dia a
roda girando em torno do próprio eixo e os que sempre nos dominaram
continuam nos dominando de jeitos diferentes!", escreveu o vereador.
Antes de escrever que não haverá transformações rápidas no país por vias
democráticas, Carlos afirmou que o atual governo tenta colocar o Brasil
"nos eixos", mas que os "avanços são ignorados, e os malfeitores
esquecidos".
A postagem de Carlos repercutiu rapidamente entre seus seguidores. Parte
dos internautas encarou a manifestação como uma defesa à ditadura e
chamou o vereador de "golpista". A família Bolsonaro é conhecida pela
exaltação ao período da ditadura militar, que vigorou no Brasil de 1964 a
1985. No fim de junho, Jair Bolsonaro disse que poderia explicar como o pai de
Santa Cruz desapareceu durante a ditadura militar (1964-1985).
O presidente da OAB disse à época que chefe do Executivo demonstrava "crueldade e falta de empatia". "O mandatário da República deixa patente seu desconhecimento sobre a
diferença entre público e privado, demonstrando mais uma vez traços de
caráter graves em um governante: a crueldade e a falta de empatia",
escreveu Santa Cruz em nota.