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quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Só investigação esclarecerá ‘lobby’ de Lula

E-mails apreendidos na sede da Odebrecht reforçam denúncias de que o ex-presidente se empenhou mais do que o aconselhável na defesa da empresa

[curioso é que o ex-seminarista de 'missa negra', Gilberto Carvalho, pau mandado de Lula, considera desonestidade e má fé acusar Lula.
Lula se vendeu e usou a influência do cargo para se tornar bilionário. O Cara é analfabeto, morava em uma casa de 40m2 e agora se tornou uma das maiores fortunas do Brasil.
Desafio Lula a somar, centavo a centavo, o que ela ganhou honestamente em toda sua vida e ver se o resultado representa um milésimo do que ele possui.
Sem contar os filhos, especialmente o 'fenomenal' Lulinha.
Gilberto, o pior é que tem outras coisas ligando você ao Lula, inclusive o cadáver ainda insepulto do ex-prefeito Celso Daniel e você sabe que essas coisas é só começar a investigar e mais sujeiras serão descobertas.
Portanto, se cuida. As coisas escusas são descobertas aos poucos - antes apenas se pensava em Lula ter alguma culpa, hoje ele é citado nominalmente.
É até interessante que ele processe os que o acusam, assim os acusadores poderão declarar nos tribunais e na imprensa o que sabem.
Um e-mail vazado aqui, outro acolá, uma delação ali, um patrimônio incompatível com a renda. Isso se constitui o que é chamado 'conjunto probatório'.]
Admita-se que no presidencialismo brasileiro, em que o poder da caneta do chefe do Executivo é imenso, proporcional à capacidade que tem o Estado de favorecer empresas bem relacionadas em Brasília, Lula não tenha sido o primeiro a passar pelo Planalto em meio a nuvens de suspeição.

A diferença é que, com o tempo, os rumores se transformaram em indícios, fortalecidos com a apreensão pela Polícia Federal, em junho, na sede da Odebrecht, em São Paulo, de e-mails que indicam intromissão de uma empresa privada em atos de Estado. E, por parte de Lula e também Dilma, uma indesejada permissividade no relacionamento com executivos da empreiteira. A começar pelo próprio Marcelo Odebrecht, preso em Curitiba, na Operação Lava-Jato.

Não se discute que governos de países em que há empresas que disputam concorrências no exterior atuam para que licitações sejam arrebanhadas por compatriotas. Mas deve haver uma linha divisória entre os interesses de Estado e de empresas privadas, além de cuidados para que governantes não sejam vistos como lobistas, geralmente bem remunerados. O discurso de defesa de Lula vai nesta direção: o ex-presidente nada mais fez do que, como vários chefes de Estado, atuar no exterior a fim de trazer negócios para o Brasil.

Alguns dos e-mails transmitidos pela Odebrecht, até do próprio Marcelo, na prática converteram o Planalto numa espécie de escritório avançado da empreiteira. Com interesses em Angola, por exemplo, nas proximidade de uma visita do presidente angolano, José Eduardo dos Santos, ao Brasil, Marcelo pediu a Lula que enaltecesse o papel de José Eduardo como “pacificador e líder nacional”, e lembrasse a atuação de empresas brasileiras em Angola, em especial a sua. Não deve ter sido coincidência que, no dia seguinte, ao recepcionar José Eduardo, Lula, em discurso, afirmou que o colega soubera “liderar Angola na conquista da paz.”

A julgar pelos e-mails divulgados, parece haver farto material em que Lula é instruído a defender interesses comerciais da empreiteira em seus contatos com dirigentes estrangeiros. Tudo fica ainda mais apimentado com um e-mail de resposta a um executivo da empreiteira em que o então ministro do Desenvolvimento Miguel Jorge garante que o “PR” (presidente da República) “fez o lobby”. Tratava-se de defender junto ao governo da Namíbia o consórcio brasileiro da qual a Odebrecht participava na disputa pela construção de uma hidrelétrica. 

Esta clara ingerência da Odebrecht no Planalto se soma a tudo o que foi descoberto até agora pela Lava-Jato e serve de forte justificativa para que haja séria investigação sobre este “lobby”. Não pode pairar a suspeita de que o Brasil virou uma republiqueta de banana em que um telefonema libera bilhões do BNDES, em nome dos “interesses nacionais”.

Fonte: Editorial - O Globo