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sexta-feira, 26 de outubro de 2018

PT quer 3º turno aparelhando as OABs?

Se depender do Partido dos Trabalhadores, a eleição presidencial não acaba domingo, com o resultado do 2º Turno. Para isso, o PT investe recursos pesados em uma outra eleição: a da Ordem dos Advogados do Brasil – que acontece em novembro. A petelândia se articulou para eleger as chapas que apóia. O objetivo é “aparelhar” a entidade como instrumento de oposição a Jair Bolsonaro, principalmente para gerar críticas e produzir ações contra a futura política de direitos humanos da próxima administração federal.

O aparelhamento não tem intenção apenas política, mas também econômica. As OABs vão faturar R$ 1,3 bilhão só em 2018. Esta trincheira bilionária é que o PT deseja usar em quatro anos de pancada contra Bolsonaro. A jogada só corre risco de ser questionada pelo Tribunal de Contas da União. O TCU quer fiscalizar o uso de tanto dinheiro. Todos os conselhos de classe têm as contas escrutinadas, exceto a OAB. A entidade alega sua condição de “natureza autárquica sui generis” para não ser monitorada pela área técnica do TCU.

O privilégio da OAB em relação a outras entidades merece uma reflexão em um Brasil em ritmo de mudanças. Na prática, o dinheiro da OAB é um imposto (classificado como “contribuição”). É igual àquela que os sindicatos recebiam “compulsoriamente” – e que se transformou em “voluntária” com a reforma trabalhista. O lógico seria aplicar a mesma regra às OABs – que hoje parecem mais uma espécie de “Sistema S”. Advogados, que sentem no bolso a pesada contribuição anual obrigatória, deveriam pensar no assunto, ainda mais se o derrotado PT cumprir a meta de aparelhar a entidade.

Para aqueles que não se lembram ou eram muito jovens em 2003, vale a pena um lembrete. Uma das chaves do sossego dos dois governos do Chefão Lula da Silva foi o aparelhamento da máquina pública e afim - tudo executado com rigor stalinista. Vale a pena listar, para cada um refrescar a memória e constatar:

1) No movimento sindical: via pacto financeiro com as Centrais Sindicais que passaram a receber percentual do Imposto Sindical, sem nenhum tipo de fiscalização. Ou seja, o governo nazicomunopetralha repassou bilhões a meia dúzia de centrais sindicais que ficaram em silencio obediente em troca da grana. Tanto a CGU quanto o TCU denunciaram várias lideranças sindicais por fraudes e mau uso desta verba faraônica. O famoso cala-boca no sindicalismo brasileiro.  



Talvez tenha sido isso que os governos argentinos, peronistas, não fizeram... Por lá, os sindicatos estão nas ruas, democraticamente, calibrando as decisões do governo e do Congresso Nacional portenho.
Por aqui, os sucessivos governos petistas encheram os bolsos do movimento sindical que, com tanta grana e fartura financeira, se esqueceu completamente da função representativa que eles tinham.

2) No movimento estudantil: mesma fórmula. Repasses milionários para as entidades estudantis, que se envolveram de cabeça em eleições partidárias, elegendo desde vereadores, a deputados e senadores. Talvez o mais famoso, o senador cara pintada do RJ, Lindberg Farias.

Hoje o movimento estudantil, aparelhado pela máquina stalinista da esquerda, não consegue mais representar os estudantes que, pelo que tudo indica, estão votando em pautas defendidas pelos representantes da “dita direita” ou “liberalismo brasileiro”. Saudades da tranquilidade para os 8 anos do senhor guru Lula...

Nos últimos anos, mais especificamente a partir da operação LAVA JATO, o PT tem buscado abrigo nas OABs, pedindo que elas cegamente defendam os líderes partidários, publicamente, usando o papel histórico construído pela OAB BRASIL, ao longo de décadas. A tática é usar os advogados como porta-vozes para defender os corruptos presos, especialmente os que são do PT. Não conseguindo que nos estados as OAB assumissem tal defesa, assistimos hoje o PT e os diversos movimentos de esquerda estruturando chapas eleitorais para concorrerem nas eleições das OAB que ocorrerão neste ano. As campanhas na OAB promovem verdadeiras batalhas de marketing, campanhas de abordagem dos seus eleitores / advogados.
Tudo para promover o mesmo APARELHAMENTO que os defensores da Petelândia já fizeram anteriormente no movimento sindical e estudantil.

Com uma grande diferença: no Brasil, por força da “CONTRIBUIÇÃO COMPULSÓRIA”, as OAB arrecadam mais de R$ 1,3 bi por ano.
Ou seja, além da credibilidade que a OAB tem, os aparelhadores ainda querem colocar essa quantia bilionária a serviço da defesa dos corruptos presos pela LAVA JATO e contra todas e quaisquer mudanças que atinjam o Crime Institucionalizado, organizadíssimo, que tomou conta do poder público brasileiro.
Continue lendo em Alerta Total - Jorge Serrão

sábado, 26 de maio de 2018

Vítima errada

O ex-juiz da Corte Interamericana de Direitos Humanos, Roberto Caldas, agiu durante treze anos de casamento como um criminoso dentro da própria casa


O advogado Roberto de Figueiredo Caldas, até outro dia juiz da Corte Interamericana de Direitos Humanos, é um homem perigoso. Fique longe dele. Caldas faz parte daquele grupo de brasileiros que se colocam acima da lei por serem profissionais no negócio de “fazer o bem”, tão rendoso hoje neste país ─ e se um dia desses ele resolver agredir você, seja lá pelo motivo que for, prepare-se para reclamar com o bispo, pois vai ser mais fácil o camelo da Bíblia passar pelo buraco de uma agulha do que o homem receber qualquer punição penal séria. O ex-presidente Lula pode estar na cadeia por corrupção, junto com os seus mais poderosos ajudantes, mas gente como um Caldas não costuma receber nem uma multa de 10 reais. São heróis dos “direitos humanos”. Combatem o “trabalho escravo”. São convidados para dar palestras denunciando a violência contra as mulheres. Trabalham em favor dos “direitos sociaise nadam entre os peixes mais graúdos das OABs e grupos similares. Quando se metem em algum problema, chamam um advogado de Brasília que se vangloria de ter “influência” nos tribunais mais supremos da nação e “relações” entre os jornalistas “importantes” da capital federal. Quem vai encarar uma peça de artilharia deste tamanho? Melhor que não seja você.
Roberto Caldas: são apenas “tumultos e agressões verbais”, diz advogado de defesa (Acervo CIDH/.)

Os jornalistas Marcela Mattos e Gabriel Castro revelaram, numa reportagem publicada em edição recente de VEJA, um Roberto Caldas desconhecido no mundo em que circulam as grandes figuras do “campo progressista” ─ mas muito conhecido por sua própria mulher, Michella Marys Pereira, da qual está separado há três meses. Infelizmente para ela, esse Caldas oculto era um homem que durante os treze anos de casamento agiu como um criminoso dentro da sua própria casa. De acordo com a queixa que Michella acaba de prestar ao Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher em Brasília, seu marido a agrediu diversas vezes com pontapés na virilha, murros no rosto, socos no estômago, tapas na cabeça, humilhações de todos os tipos e outros atos de violência; chegou a puxá-la pelos cabelos escada abaixo, na sua casa num bairro tido como exclusivo na capital, e a ameaçou com uma faca de cozinha. Michella tem, a favor de suas acusações, fitas de áudio que gravou e o testemunho de pessoas que presenciaram algumas das agressões. Mas aí é que está: provas, em casos assim, não costumam valer grande coisa. Michella tem contra si, justamente, a força do sistema que protege o marido e gente do seu calibre ─ e é isso, quase sempre, que acaba vingando.

É verdade que Caldas teve de se “licenciar” do seu cargo de juiz na corte internacional; pouco depois foi demitido definitivamente dali, pois nesse tribunal seu caríssimo advogado brasiliense não manda nada. Foi desligado, também, do escritório de advocacia em que trabalhava. Está sujeito, enfim, a ser indiciado em inquérito e a responder à uma ação penal pelos crimes de que é acusado por sua ex-mulher. Mas querem saber? Se o caso acabar como têm acabado há décadas todos os casos deste tipo, cadeia mesmo, que é bom, não vai ter. Caldas vai resolver sua história a preço de custo, com um pouco de dor de cabeça e um apelo da Justiça para que não faça mais isso, doutor, por gentileza; afinal, dirão os colossos do nosso direito, a pior solução seria ceder à visão estreita e autoritária que recomenda punir o “infrator”.  

As penitenciárias, como se sabe, estão cheias de pobres coitados que não pagaram em dia a pensão familiar mas espancar a própria mulher durante anos a fio, como Caldas é acusado de ter feito, é considerado um pequeno deslize, algo como estacionar em lugar proibido ou bancar uma mesa de pif-paf. Não se vai agora punir um homem importante só por causa de uma coisinha dessas, não é mesmo? É por isso, exatamente, que gente do tipo de Caldas é perigosa. Não têm de pagar pelo que fazem. Podem fazer de novo.

Michella Marys, neste momento, está sozinha. Nenhuma organização feminista, até agora, deu um pio em seu apoio. Para ela, nada de militantes femininas vestidas de preto e segurando cartazinhos de “denúncia”. Nada de abaixo-assinado de artista de novela. Nada de discurso no plenário da Câmara. Michella é a vitima errada. Seu ex-marido é o acusado certo: foi nomeado para a Corte Interamericana por Dilma Rousseff, circula em campanhas eleitorais do PT e não se pode “deslegitimar”, através dele, a luta global pelos “direitos humanos”. De mais a mais: “a quem interessa” acusar o dr. Caldas? Eis aí mais uma missão para o nosso jornalismo investigativo.

Veja