Se depender do Partido dos Trabalhadores, a eleição presidencial não
acaba domingo, com o resultado do 2º Turno. Para isso, o PT investe recursos
pesados em uma outra eleição: a da Ordem dos Advogados do Brasil – que acontece
em novembro. A petelândia se articulou para eleger as chapas que apóia. O
objetivo é “aparelhar” a entidade como instrumento de oposição a Jair
Bolsonaro, principalmente para gerar críticas e produzir ações contra a futura
política de direitos humanos da próxima administração federal.
O aparelhamento não tem intenção apenas política, mas também econômica.
As OABs vão faturar R$ 1,3 bilhão só em 2018. Esta trincheira bilionária é que
o PT deseja usar em quatro anos de pancada contra Bolsonaro. A jogada só corre
risco de ser questionada pelo Tribunal de Contas da União. O TCU quer
fiscalizar o uso de tanto dinheiro. Todos os conselhos de classe têm as contas
escrutinadas, exceto a OAB. A entidade alega sua condição de “natureza
autárquica sui generis” para não ser monitorada pela área técnica do TCU.
O privilégio da OAB em relação a outras entidades merece uma reflexão em
um Brasil em ritmo de mudanças. Na prática, o dinheiro da OAB é um imposto
(classificado como “contribuição”). É igual àquela que os sindicatos recebiam
“compulsoriamente” – e que se transformou em “voluntária” com a reforma
trabalhista. O lógico seria aplicar a mesma regra às OABs – que hoje parecem
mais uma espécie de “Sistema S”. Advogados, que sentem no bolso a pesada
contribuição anual obrigatória, deveriam pensar no assunto, ainda mais se o
derrotado PT cumprir a meta de aparelhar a entidade.
Para aqueles que não se lembram ou eram muito jovens em 2003, vale a pena
um lembrete. Uma das chaves do sossego dos dois governos do Chefão Lula da
Silva foi o aparelhamento da máquina pública e afim - tudo executado com rigor
stalinista. Vale a pena listar, para cada um refrescar a memória e constatar:
1) No movimento sindical: via pacto financeiro com as Centrais Sindicais
que passaram a receber percentual do Imposto Sindical, sem nenhum tipo de
fiscalização. Ou seja, o governo nazicomunopetralha repassou bilhões a meia
dúzia de centrais sindicais que ficaram em silencio obediente em troca da
grana. Tanto a CGU quanto o TCU denunciaram várias lideranças sindicais por
fraudes e mau uso desta verba faraônica. O famoso cala-boca no sindicalismo
brasileiro.
Talvez tenha sido isso que os governos argentinos, peronistas, não
fizeram... Por lá, os sindicatos estão nas ruas, democraticamente, calibrando
as decisões do governo e do Congresso Nacional portenho.
Por aqui, os sucessivos governos petistas encheram os bolsos do movimento
sindical que, com tanta grana e fartura financeira, se esqueceu completamente
da função representativa que eles tinham.
2) No movimento estudantil: mesma fórmula. Repasses milionários para as
entidades estudantis, que se envolveram de cabeça em eleições partidárias,
elegendo desde vereadores, a deputados e senadores. Talvez o mais famoso, o
senador cara pintada do RJ, Lindberg Farias.
Hoje o movimento estudantil, aparelhado pela máquina stalinista da
esquerda, não consegue mais representar os estudantes que, pelo que tudo
indica, estão votando em pautas defendidas pelos representantes da “dita
direita” ou “liberalismo brasileiro”. Saudades da tranquilidade para os 8 anos
do senhor guru Lula...
Nos últimos anos, mais especificamente a partir da operação LAVA JATO, o
PT tem buscado abrigo nas OABs, pedindo que elas cegamente defendam os líderes
partidários, publicamente, usando o papel histórico construído pela OAB BRASIL,
ao longo de décadas. A tática é usar os advogados como porta-vozes para defender
os corruptos presos, especialmente os que são do PT. Não conseguindo que nos estados as OAB assumissem tal defesa, assistimos
hoje o PT e os diversos movimentos de esquerda estruturando chapas eleitorais
para concorrerem nas eleições das OAB que ocorrerão neste ano. As campanhas na
OAB promovem verdadeiras batalhas de marketing, campanhas de abordagem dos seus
eleitores / advogados.
Tudo para promover o mesmo APARELHAMENTO que os defensores da Petelândia
já fizeram anteriormente no movimento sindical e estudantil.
Com uma grande diferença: no Brasil, por força da “CONTRIBUIÇÃO
COMPULSÓRIA”, as OAB arrecadam mais de R$ 1,3 bi por ano.
Ou seja, além da credibilidade que a OAB tem, os aparelhadores ainda
querem colocar essa quantia bilionária a serviço da defesa dos corruptos presos
pela LAVA JATO e contra todas e quaisquer mudanças que atinjam o Crime Institucionalizado,
organizadíssimo, que tomou conta do poder público brasileiro.
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