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sexta-feira, 10 de novembro de 2023

Por que a ONU Mulheres fica em silêncio quando o Hamas assassina e rapta mulheres e crianças - Gazeta do Povo

Ideias - Haley Track

As organizações humanitárias femininas têm silenciado sobre a extrema violência do Hamas contra os inocentes de Israel, à medida que o grupo terrorista viola, rapta e assassina mulheres e crianças judias. 
Então, onde estão as mulheres?
 
A Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres orgulha-se de ser a “campeã global da igualdade de gênero”
Na verdade, a organização muitas vezes defendeu as mulheres. 
Quando o Talibã assumiu o poder no Afeganistão, após a retirada fracassada dos Estados Unidos em 2021, a ONU Mulheres perguntou às mulheres afegãs como ajudar a igualdade de gênero na região. 
Muitas das políticas resultantes centraram-se na geração de emprego e oportunidades de renda para as mulheres e na expansão do acesso à educação, políticas que a tomada do poder pelo Talibã dificultou ou imediatamente esmagou com o seu regime nada feminista. 
O lançamento de iniciativas empresariais pertencentes a mulheres pode não ter sido a chave para derrotar a opressão talibã, mas a ONU Mulheres pelo menos consultou as mulheres afegãs sobre o assunto.
E a organização foi firme na sua linguagem: a situação no Afeganistão é uma crise humanitária, uma crise econômica, uma crise de saúde mental, uma crise de desenvolvimento e uma crise dos direitos das mulheres, afirmou em agosto.

Imediatamente após o ataque terrorista do Hamas contra Israel, a [revista conservadora norte-americana] National Review perguntou à organização se iria propor iniciativas humanitárias semelhantes em Israel. 
Os relatórios do ataque do Hamas em Israel contam histórias horríveis de crianças raptadas, famílias massacradas e mulheres violadas — se alguma vez houve um momento para as mulheres apoiarem as mulheres, seria agora, enquanto o Hamas arranca bebês de suas mães e as famílias israelitas rezam para que suas filhas sequestradas estejam mortas e não passando por algo pior. 
A violência contra as mulheres israelenses parecia certamente sistemática e planejada o suficiente para despertar humanitários. 
Mas a eventual resposta da ONU Mulheres inclinou-se fortemente para um lado, e não é o das israelenses.

Cinco dias após os nossos pedidos iniciais e subsequentes, a comissão emitiu uma declaração “sobre a situação em Israel e no Território Palestino Ocupado” — depois de Israel ter iniciado o seu contra-ataque.

“A ONU Mulheres condena os ataques contra civis em Israel e nos Territórios Palestinos Ocupados e está profundamente alarmada com o impacto devastador sobre os civis, incluindo mulheres e meninas”, dizia o comunicado. “A situação humanitária em Gaza era terrível antes destas hostilidades e agora piorou gravemente. Isto acarreta custos injustificáveis ​​e específicos para as mulheres e meninas. A exigência de realocar imediatamente 1,1 milhão de pessoas do norte de Gaza, enquanto todo o território está sitiado, é extremamente perigosa. Reiteramos hoje o apelo do Secretário-Geral ao acesso irrestrito dos intervenientes humanitários em Gaza, incluindo as Nações Unidas, para prestar ajuda aos mais afetados. Isto é essencial para responder às necessidades desesperadas e imediatas das mulheres e crianças, incluindo alimentos, água e proteção. Também nos juntamos ao seu apelo pela libertação imediata dos reféns.”

As palavras de despedida da organização: “A ONU Mulheres tem apoiado as mulheres palestinas desde 1997 a alcançarem seus direitos sociais, econômicos e políticos. Continuamos presentes no terreno para fornecer apoio e assistência e faremos isso durante o tempo que for necessário”.

Fiel à sua declaração, a ONU Mulheres divulgou um relatório sobre o “impacto devastador da crise em Gaza sobre as mulheres e meninas” na sexta-feira. Após o “ataque de 7 de outubro do Hamas a Israel e os subsequentes ataques israelenses a Gaza”, a comissão disse que trabalhará com o Fundo Humanitário e para a Paz das Mulheres para investir 10 milhões de dólares com o objetivo de "promover a participação e a liderança das mulheres no planejamento e na resposta a crises humanitárias; e melhorar a segurança, a proteção e a saúde mental de mulheres e meninas e assegurar seus direitos humanos."

Se a ONU Mulheres conseguir canalizar ajuda para Gaza, o Hamas não dará prioridade ao fornecimento de suprimentos médicos ou combustível às mulheres grávidas. O grupo assassina, tortura e estupra mulheres em massa e existe muito fora de uma estrutura feminista. 
Os humanitários não deveriam acreditar que os terroristas que matam bebês por esporte apoiariam alguma vez o empoderamento das mulheres; e o acesso irrestrito a Gaza não é uma forma infalível de entregar ajuda aos palestinos, não com o Hamas no comando.

A ONU Mulheres é uma entidade independente que recebeu 556,3 milhões de dólares de parceiros governamentais e doadores privados em 2021. Mais de 98% dessas doações foram voluntárias (contribuições que os estados-membros da ONU podem fazer, além das suas contribuições obrigatórias para o orçamento da entidade). Desde a sua criação em 2010, a organização tem sido “financiada principalmente por parceiros governamentais empenhados em tornar a igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres uma prioridade global”.

Suécia, Finlândia, Noruega, Canadá, Alemanha, Suíça, Austrália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos são os principais contribuintes para a ONU Mulheres, para ajudar a organização a impulsionar “a agenda global para o empoderamento das mulheres”, e os Estados Unidos até aumentaram a sua contribuição em 2021. Doadores privados notáveis ​​foram a Fundação Bill e Melinda Gates, De Beers PLC [N.t. conglomerado de mineração de diamantes], a Fundação BHP Billiton [da mineradora e petrolífera anglo-australiana], American Eagle Outfitters [varejista americana de roupas e acessórios], a Fundação Ford, Getty Images, Google Inc., Johnson & Johnson, L'Oréal, Mary Kay, Microsoft e McKinsey & Company [consultoria empresarial americana], embora muitas outras empresas americanas tenham doado.

A ONU Mulheres não é uma organização sem sentido, com as suas designações de ajuda de milhões de dólares e o poder de falar em nome da comunidade internacional de mulheres. A ONU Mulheres já condenou organizações terroristas que odeiam mulheres; e, pela primeira vez, a ONU Mulheres destituiu a República Islâmica do Irã da sua Comissão sobre o Estatuto da Mulher no ano passado. O estado de “apartheid de gênero” não tinha o direito de participar num órgão que protege os direitos das mulheres, afirmaram ativistas.

Mas quando se trata de Israel, as mulheres aparentemente já têm poder suficiente. A ONU Mulheres publicou um vídeo bastante majestoso de Nicole Kidman no ano passado, dizendo ao mundo para “desempenhar o seu papel no fim da violência contra as mulheres”. A organização deve ouvir esse conselho.

Haley Track, colunista - Ideias


sexta-feira, 15 de outubro de 2021

HOMENS, MULHERES, ETC. - Percival Puggina

Em 13 de outubro, a Gazeta do Povo publicou matéria do Daily Signal sobre a ONU Mulheres, uma organização das Nações Unidas. Como se diz cá no Rio Grande do Sul em situações de grande espanto: “Me caíram os butiás do bolso!”.

Imagine, leitor, que a ONU Mulheres, uma espécie de albergue internacional do movimento feminista, decidiu que em vez de cuidar dos direitos das mulheres passaria a tratar da igualdade de todos os gêneros. Segundo a organização, “termos como masculino e feminino, mulheres e homens, excluem pessoas não binárias e intersexuais que não se enquadram em nenhuma dessas categorias”. E recomenda que em vez de senhores e senhoras, sejam adotados vocativos de gênero neutro, como “Pessoal!”, “Crianças!”, “Vocês aí!”. Gente, é sério.

Recomendo fortemente a leitura da matéria em questão. O texto me fez pensar que, seguindo por essa mesma linha de raciocínio, a própria organização não deveria se chamar ONU Mulheres porque a palavra mulheres tem um sentido não inclusivo, ou diretamente excludente do sexo masculino e isso não fica bem para uma entidade que se pretende inclusiva. Talvez pudesse mudar o nome para ONU, simplesmente, encerrando-se as atividades da matriz que custa muito e faz pouco.

Pensando com meus botões, percebo que a própria palavra “casal”, opressoramente excludente como se sabe, poderia ser substituída por um coletivo, como “nós” ou “vocês”, ainda que vocês, por não serem nós, acabem também excluídos. Não se diga diferente de “família”, que além das incorretas questões de ordem sexista, reforça a exclusão com a presença de relações afetivas e – coisa terrível de consanguinidade.

E se todos os pronomes possessivos pudessem ser apagados na linguagem humana? 
Já pensou, leitor, num mundo sem meu nem teu, sem cercas nem muros, sem portas nem fechaduras, sem bens privados? 
Já pensou na fraternidade dos desprovidos e dos filhos de ninguém? 
Nem meu corpo, nem minhas regras, companheir@? (Não, isso não!). [Clique aqui e saiba um pouco mais sobre a estúpida linguagem neutra - Transcrito da Revista Oeste]

É incrível, mas ideias assim, que parecem cozidas numa enlouquecida babel linguística, são apresentadas como trunfos de superioridade moral. E o mais incrível ainda é que se propaguem e avancem, sem cessar, em direção aos objetivos propostos. A cada passo dado, mais remota vai ficando a pura e simples dignidade humana.

Aprendi, cedo, que advertir é um ato de amor.

Percival Puggina (76), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.