Entre 2013 e 2015, a
polícia do Rio de Janeiro matou cinco vezes mais pessoas do que feriu. Só em 2015, para cada policial
morto no Rio, a polícia matou 24,8
civis. Os dados fazem parte de relatório da organização Human Rights Watch
sobre execuções extrajudiciais cometidas pela polícia fluminense, divulgado
nesta quinta-feira, 7. [essa
turma dos ‘direitos humanos’ – que sempre esquece os ‘direitos humanos’ dos
‘HUMANOS DIREITOS’ - precisa aceitar que o policial ao sair para o trabalho tem
dois compromissos:
- cumprir e fazer cumprir a lei; e,
- voltas ileso para sua casa, para
seus familiares.
No momento do confronto com bandidos
é que o policial tem condições de decidir qual dos dois compromissos deve ser prioritário.]
De acordo
com a entidade, “o uso ilegal da força
letal por policiais tem contribuído para o desmantelamento dos ambiciosos
esforços do Estado para melhorar a segurança pública”. O relatório O Bom Policial Tem Medo: Os Custos da Violência
Policial no Rio de Janeiro lembra que mais de 8 mil pessoas foram mortas pela
polícia do Rio entre 2005 e 2014. Em 2015, foram registradas 645 mortes por
policiais. Trinta policiais foram ouvidos para preparar o documento, de 117
páginas.
“O Rio enfrenta um problema sério
de criminalidade violenta, mas executar suspeitos não é a solução. Essas
execuções colocam as comunidades contra a polícia e comprometem a segurança de
todos”, disse
Maria Laura Canineu, diretora da Human Rights Watch no Brasil. “Não se pode esperar que o policiamento de
proximidade funcione quando a polícia continua a executar membros das
comunidades que deveria proteger.” [essas
favelas cujos membros deveriam ser
protegidos pela polícia, que são inadequadamente chamadas de comunidades,
abrigam elevado número de bandidos que contam com a simpatia dos moradores das
favelas.]
A
pesquisa reconhece que o número de
mortes cometidas por policiais vem caindo, mas chama atenção para um
aumento desses casos nos últimos anos. “Apesar
de o número oficial de homicídios cometidos pela polícia, que alcançou mais de
1.300 em 2007, ter caído para cerca de 400 em 2013, o número voltou a crescer
desde então, chegando a 645 em 2015 e 322 de janeiro a maio de 2016, de acordo
com os últimos dados disponíveis.”
O
documento relata 64 mortes em que há “provas
críveis” de que policiais tentaram encobrir “o uso ilegal da força letal”. “Essas mortes fomentam ciclos de
violência que colocam em risco as vidas dos policiais que atuam em áreas com
altos índices de criminalidade, destroem seu relacionamento com as comunidades
e contribuem para elevados níveis de estresse, prejudicando
sua capacidade de fazer bem o seu trabalho.” Procurada pela
reportagem, a Secretaria de Estado de Segurança do Rio não se pronunciou sobre
o relatório da Human Rights Watch até ao final da manhã desta quinta-feira.
Fonte: Estadão Conteúdo