À Queima-roupa
Senadora Leila Barros (PSB-DF)
Por que atletas olímpicos devem ter prioridade na imunização contra covid-19?
A prioridade sempre foi, é e continuará sendo aquele grupo que inclui os
idosos, as pessoas com comorbidades e os profissionais da saúde e da
segurança pública que atuam na linha de frente do combate à pandemia. O
que estou propondo é que, concluída essa etapa, o governo federal tenha
autorização legal para vacinar e permitir que imunizantes sejam
comprados pela iniciativa privada para os nossos atletas olímpicos e paraolímpicos. Imunizar nossa delegação proporcionaria não apenas uma
proteção aos nossos atletas, mas contribuiria para reduzir os riscos de,
no retorno ao Brasil, eles trazerem inadvertidamente novas cepas do
vírus.
Não é um benefício que outros setores da sociedade, inclusive outros atletas, vão reivindicar?
A situação dos atletas paraolímpicos e olímpicos é bastante diferente e
única. Eles representarão o Brasil em jogos que reunirão cerca de 11 mil
atletas de mais de 200 países. Delegações vindas de lugares em
diferentes estágios da pandemia, e provavelmente com variantes
diferentes do vírus. [Leila, isso se chama furar a fila; o STF e STJ tentaram furar a fila, colocando seus ministros e servidores em situação diferente e única, não tiveram sucesso e foi tornado público e notório o péssimo exemplo dos dois tribunais.]
Os especialistas dizem que a imunização não impede que a
pessoa transmita a doença. Apenas garante não desenvolver a covid-19 na
forma grave. Então, a priorização de atletas vale a pena para a
sociedade?
A imunização não é uma garantia plena de que os atletas vindos do Japão
não contaminarão outras pessoas no Brasil. Porém, ela poderá reduzir
significativamente essa possibilidade.
Testes e quarentena para atletas não seriam suficientes?
Qualquer protocolo, desde que bem executado, contribui para minimizar os
riscos de disseminação da covid-19 por meio da prática esportiva. Mas
nenhum deles oferece a garantia plena de que não haverá contaminação.
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