A Morte do surfista catarinense
Ricardo dos Santos causou comoção, não poderia ser o contrário, afinal
toda morte abrupta e estúpida carece de consternação social, porém certos comentários
passaram a brotar nas redes sociais criminalizando e demonizando a Polícia
Militar pelo episódio, mostrando o quão perigoso é o contexto histórico atual de nosso país.
Segundo informações da polícia de Santa Catarina, o autor dos disparos
tem 25 anos, estava de folga e acompanhado do irmão caçula no momento do crime
e compõe o efetivo do 8º Batalhão da PM em Joinville desde 2008. Até o momento duas versões foram
apresentadas, a
do autor do crime e a das testemunhas
que estavam com a vítima, entretanto, neste momento, o que realmente deve-se ressaltar é que a polícia realizou seu trabalho: prendeu o
policial e abriu inquérito.
Ainda assim, muitos são os jovens
com posts no Facebook atribuindo a culpa do crime a toda a corporação policial,
seja ela de Santa Catarina, São Paulo ou Rio de Janeiro, não importa: policial bom é policial morto para aqueles
que recitam a ideologia da opressão social.
Li um post que relacionava a morte do surfista com a atuação da
polícia militar de São Paulo nas manifestações do Passe Livre. O texto continha
link para um vídeo com a legenda: “A PM
persegue, a PM machuca, a PM aterroriza, a PM maltrata, a PM não salva e pior
de tudo, a PM só mata”.
Esquecem estes jovens que a profissão
policial é de alta honradez, é de abnegação
da própria vida pela vida de um desconhecido, esquecem que a cada 32 horas um policial (que é pai, filho, irmão) morre
no país, esquecem
que um policial está na rua sem o apoio governamental necessário para fazer cumprir
seu ofício, esquecem o estresse, a má
remuneração, esquecem as jornadas
prolongadas, esquecem das
emboscadas do crime contra os homens de bem...
Tudo isto fica mais lamentável ao se
somar o fato da consternação e piedade tanto
social quanto do Governo Federal pela condenação de Marco Archer na Indonésia
por tráfico internacional de drogas, ou seja, estamos diante de um Governo e de uma juventude - adestrada para - comover-se e atuar contra o certo, para inverter
os valores sociais
e assim gerar um caos perpétuo
que só possa ser controlado por meio de punhos de ferro – ou melhor – por meio do uso da foice e do martelo, eis o plano da esquerda em curso e correndo
não só a pleno vapor, mas com sucesso.
Fazer jovens criminalizarem o papel
da corporação policial, aceitarem a indignação
pela condição de criminosos no exterior, a justificarem a não redução da maioridade penal por ser o menor infrator
fruto da injustiça social, fazer a juventude entender e articular movimentos de “minorias sociais” em busca de igualdade é
transformar a todos em desiguais, é desuniformizar a sociedade com um
único fim: “os que estão conosco e os que são
contra nós”.
Infelizmente, nesse viés, para estas jovens mentes que se dizem de
esquerda, a corporação policial
está do outro lado, do lado dos “contra
nós”,
lamentavelmente.
Fonte: Blog Alerta Total - Augusto Azevedo é Escritor e Poeta.